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a importancia das oficinas pedag

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LUDICIDADE E INFÂNCIA: A IMPORTÂNCIA DAS OFICINAS 
PEDAGÓGICAS 
 
LEITE, Sandra Regina Mantovani – UEL1 
 
BARROS, Marta Silene Ferreira – UEL2 
 
Grupo de Trabalho – Educação da Infância 
Agência Financiadora: não contou com financiamento 
 
Resumo 
 
O objetivo principal deste trabalho se encontra em oferecer oficinas de natureza lúdica e 
propiciar vivências a partir de atividades (brinquedos e brincadeiras) junto a crianças da 
Educação Infantil e anos iniciais do Ensino Fundamental, educadores, pais e estudantes de 
pedagogia e demais licenciaturas. As atividades são interligadas ao Programa de Extensão 
Ludoteca - UEL. Refletindo sobre a produção de significados relacionados a ludicidade se 
pretende valorizar o brincar e a brincadeira utilizando a Ludoteca como espaço privilegiado 
para o exercício de tais práticas. A relevância deste trabalho está em propiciar atividades 
diferenciadas das que comumente as crianças têm acesso na sociedade. Como metodologia as 
oficinas de formação seguirão uma perspectiva da Pesquisa Etnográfica, possibilitando aos 
participantes voz e vez no desenvolvimento das atividades, entendendo cada sujeito como 
participante que expressa seus entendimentos sobre a experiência do brincar individual ou 
coletiva. As observações realizadas são levadas às reuniões de estudos em que são 
confrontadas com os textos estudados. Os autores que nos acompanham nesta empreitada são 
Leontiev, Mello, Benjamin, Nascimento, Kramer, Sarmento, Pinto entre outros. Acreditamos 
que como educadores devemos enfatizar o respeito pela infância. Infância caracterizada pela 
criação, imaginação, fantasia, brincadeiras, características específicas desta fase que 
contribuem para a compreensão de mundo e apropriação de conhecimentos específicos e 
científicos pela criança. Precisamos enquanto educadores, pesquisadores, defender o brincar 
livre e espontâneo na instituição escolar e também fora dela, utilizar de experiências lúdicas 
no sentido de tornar possível e prazeroso o aproveitamento do tempo e espaço da criança, 
como também o enriquecimento da qualidade de suas interações sociais, haja vista que por 
meio do brincar possibilitamos momentos importantes, vivenciados coletivamente, entre 
educadores e crianças, crianças e crianças, crianças e pais. 
 
1 Mestre em Educação pela UEL, Professora do curso de Pedagogia da UEL. Realiza estudos sobre Formação de 
Professores, Educação, Infância, Organização do Trabalho Pedagógico na Educação Infantil. E-mail: 
sandramantovani@sercomtel.com.br 
2 Doutora em Educação pela USP, Professora do curso de Pedagogia da UEL. Coordenadora do Programa 
Ludoteca – UEL. Realiza estudos sobre Formação de professores, Educação Infantil, Psicologia da Educação, 
Prática pedagógica e desenvolvimento humano na perspectiva dialética e histórico cultural. E-mail: 
mbarros_22@hotmail.com 
25216 
 
 
 
Palavras-chave: Infância. Ludicidade. Oficinas e Vivências. 
Introdução 
A presente pesquisa se desenvolve por meio de um Projeto de Extensão intitulado 
Infância e ludicidade: oficinas e vivências, este projeto é apoiado pelo GEPEI – Grupo de 
estudos e pesquisas em Educação e Infância, cadastrado no CNPQ, fazendo parte do 
Programa de Extensão LUDOTECA – UEL. As atuações acontecem junto a pais, alunos de 
graduação, professores e crianças de CEIs (municipais e filantrópicos) e Escolas Públicas, que 
são participantes da Ludoteca. O objetivo principal deste trabalho se encontra em oferecer 
oficinas de natureza lúdica e propiciar vivências partindo de atividades (brinquedos e 
brincadeiras) junto a crianças da Educação Infantil e anos iniciais do Ensino Fundamental, 
educadores e pais. 
A relevância deste trabalho está em propiciar atividades diferenciadas das que 
comumente as crianças têm acesso na sociedade. Não há como duvidar da exorbitante força 
exercida pelas transformações tecnológicas sobre as distintas dimensões da vida social e 
econômica do homem. Vivemos numa época em que tempo e espaço ganham conotação 
particular, envolvendo a concepção do imediato, do muito rápido e próximo. Ficando a 
sensação da incapacidade de acompanhar o ritmo frenético destas transformações. Neste 
contexto ao olhar para as crianças exigimos delas que acompanhem o mesmo ritmo. 
Na verdade, por que enfrentamos essa situação? Porque vivemos e somos comandados 
pelo modo capitalista de produção, que “cria novos desejos e necessidades, explora a 
capacidade do trabalho e do desejo humano, transforma espaços e acelera o ritmo da vida” 
(HARVEY, 1992, p. 307). 
No entanto, as crianças resistem, pois tem um tempo que lhe é próprio, vivem em 
outro ritmo, às vezes até parece que em outro mundo. Neste universo da criança, ainda é 
imprescindível brincar. Mas será que enquanto sociedade, temos esta visão? Entendemos o 
lúdico como sendo algo de valor? 
Algo que chama a atenção, é o fato de que nossas crianças por mais que se esforcem, 
não conseguem acompanhar por vontade própria esse ritmo de vida do mundo adulto, do 
mundo moderno. Mesmo assim, como pais, educadores e sociedade, desrespeitamos essa 
criança e a forçamos a acompanhar a lógica da sociedade capitalista, comandada “por uma 
25217 
 
 
rígida disciplina temporal, em que tudo gira em torno da ideia de que ‘tempo é dinheiro’” 
(MOURA, 2008, p. 108). 
Para complementar esta afirmativa, tem-se a contribuição de Meszáron (2005 apud 
OLIVEIRA, 2008) que nos faz entender que ponderar uma sociedade distinta da que está 
colocada “(tendo como parâmetro o ser humano e não o consumo) exige superação da lógica 
desumanizadora do capital, que tem no individualismo, no lucro e na competição, seus 
fundamentos, o que leva à desconstrução dos conceitos de ludicidade e de brincar” 
(OLIVEIRA, 2008, p.84). 
No entanto, olhar para o mundo com os olhos de criança pode nos revelar uma outra 
forma de perceber a realidade, aponta Kramer (2007). Desta forma, para elaborar uma 
proposta nesta perspectiva de trabalho que respeite a criança, torna-se essencial considerar a 
infância como eixo primordial. 
Acreditamos que como educadores devemos enfatizar o respeito pela infância desta 
criança. Infância caracterizada pela criação, imaginação, fantasia, brincadeiras, características 
específicas desta fase que contribuem para a compreensão de mundo e apropriação de 
conhecimentos específicos e científicos pela criança. 
As crianças têm modos próprios de conceber e interagir com o mundo. Cabe aos 
educadores auxiliar “a criação de um ambiente escolar onde a infância possa ser vivida em 
toda a sua plenitude, um espaço e um tempo de encontro entre os seus próprios espaços e 
tempos de ser criança dentro e fora da escola” (NASCIMENTO, 2007, p. 31). 
Na verdade, um dos grandes desafios hoje é pensar sobre a infância vivida em sua 
plenitude. Sendo que um dos espaços apresentados para ser criança fora dos parâmetros de 
uma educação formal, no nosso entendimento, é a Ludoteca. Deste modo, o reflexo desse 
olhar pode ser fator primordial para o desenvolvimento da criança inserida neste espaço 
lúdico, possibilitado pelo desenvolvimento deste projeto junto aos envolvidos. 
O Programa de Extensão Ludoteca – UEL, do qual faz parte este projeto, está em 
funcionamento desde 1990, atende crianças na faixa etária de 4 a 10 anos, são atendidas 25 
crianças por período, a maioria das crianças atendidas no projeto são filhos de funcionários da 
universidade, sendo um espaço que faz a diferença na vida dos que participam. 
Neste contexto, certamente podemos afirmar que o ser criança está aliado à presença 
do aspecto lúdico, não exatamente à sua quantidade ou ao tempo despendido para, mas à sua 
qualidade, entendendo-a como subjetividade. Sendo assim, que tendências na 
25218 
 
 
contemporaneidade direcionam o modo como enxergamos a criança? Atualmente, após tantas 
conquistas em termos legais e de discurso, faz-se necessárioenxergar a criança como um 
sujeito de direitos, um ser que possui identidade, vivências e lógica de pensamentos próprios, 
e não como um vir a ser, apenas a ser preparado para a vida futura, antecipando-se a 
juventude e a vida adulta. 
No nosso entendimento, as brincadeiras fazem parte desta vivência. Mesmo que parte 
da sociedade atribua um baixo status social ao brincar, vendo-o muitas vezes como perda de 
tempo. Precisamos enquanto educadores, pesquisadores, defender o uso desta prática na 
instituição escolar e também fora dela. E mais do que isso, é preciso aprofundar o estudo 
sobre esta temática, pois se acreditarmos que a ludicidade é desnecessária, certamente esta 
concepção trará implicações sobre a constituição da infância contemporânea. 
Diante dessas reflexões, uma questão ainda persiste: será que estamos conseguindo 
olhar para nossas crianças como crianças? Existe de fato este esforço de nossa parte? 
Friedmann (2005, p.13) apresenta um posicionamento preocupante a este respeito, isto é, “a 
nossa sociedade está abafando a alma, o ser das crianças, esta tirando-lhes a oportunidade de 
serem elas mesmas”. 
Consideramos que é inconcebível que nossa sociedade, nossa cultura esqueça que 
precisa de crianças. “Mas está a caminho de esquecer que as crianças precisam de infância. 
Aqueles que insistem em lembrar prestam um nobre serviço” (POSTMAN, 1999, p.167). 
Enquanto educadoras e pesquisadoras, nos colocamos em oposição a uma tendência que 
apressa a infância, que “abafa a infância”. Desejamos fazer parte do grupo que insiste em 
lembrar que criança é criança e precisa desfrutar plenamente de sua infância, usufruindo todas 
as contribuições que um ambiente, um universo lúdico possa proporcionar. Por intermédio das 
oficinas com pais e educadores conseguimos vislumbrar mudanças no comportamento adulto 
com relação à criança. 
É importante ressaltar que acreditamos que “oferecer este espaço ao brincar é uma 
forma de possibilitar a interação, valorizando a cultura lúdica, bem como o desenvolvimento 
integral e aprendizagem, por meio das oportunidades e descobertas que o brinquedo 
proporciona” (VALLE, 2004, p. 13). Por meio do trabalho realizado com os educadores, é 
possível redimensionar as dimensões que envolvem a prática docente, os educadores 
conseguem por intermédio das oficinas perceber o quanto é importante valorizar os simples 
momentos de interação que acontecem entre criança-criança, criança-adulto e as práticas 
25219 
 
 
cotidianas na instituição educativa refletem mudanças no próprio pensar do professor e no 
relacionamento destes com os pais das crianças. 
Metodologia 
A metodologia que permeia esta pesquisa, se pauta sobre o pressuposto de que a 
criança quando age, inventa ou pensa algo que é novo para si mesmo, o faz mobilizada por 
seu ato criador. Assim, além de proporcionar atividades diversificadas e planejadas, faz-se 
necessário que se possibilite à criança a expressão livre em busca da representação do 
imaginário infantil. Neste contexto, as oficinas de formação seguirão uma perspectiva da 
Pesquisa Etnográfica, possibilitando aos participantes voz e vez no desenvolvimento das 
atividades, entendendo cada sujeito como participante que expressa seus entendimentos sobre 
a experiência do brincar individual ou coletiva. As observações realizadas são levadas às 
reuniões de estudos onde são confrontadas com os textos estudados. Os autores que nos 
acompanham nesta empreitada são Leontiev, Sarmento, Pinto, Mello, Benjamin, Kramer, 
Nascimento, entre outros. 
A escolha pelo estudo etnográfico se deve ao fato de que por intermédio desta forma 
de pesquisa podemos enxergar melhor e decifrar os fatos e os personagens considerados, 
enxergando e interpretando como se vêem e como vêem os outros. O estudo etnográfico faz 
parte da abordagem descritiva/qualitativa de pesquisa, que tem como peculiaridade a 
valorização do ser/estar junto do grupo cultural, suas inter-relações e suas relações com o 
entorno próximo e distante. (LEITE, 2003, p.53) 
Nesse sentido, queremos pensar o brincar para além de uma estratégia de ensino ou 
como recurso da aprendizagem. Queremos demonstrar a possibilidade de abertura de um 
campo em que os aspectos da subjetividade se encontram como elementos da realidade 
externa para possibilitar uma experiência da infância enquanto condição humana de 
resistência, como uma experiência para a formação do humano e nos caminhos que se abre 
como possibilidade para a educação. Experimentar é uma questão de tomar o real como sendo 
um lugar de não-modelos, de engendramentos de singularidades, de não comparação. 
As oficinas propõem não só a oportunização de experiências lúdicas no sentido de 
tornar possível e prazeroso o aproveitamento do tempo e espaço da criança, como também o 
enriquecimento da qualidade de suas interações sociais. 
25220 
 
 
Considerações Finais 
A ludicidade, portanto, precisa ser mais considerada, sendo o espaço lúdico da criança 
merecedor de mais atenção, pois é o espaço de exercício, da relação com o mundo, com os 
objetos, com as inúmeras descobertas, com as pessoas e seus pares. 
Neste contexto, entendemos o brincar como fonte inspiradora para o desenvolvimento 
e para o aprendizado dos seres humanos, pois possibilita benefícios essenciais como: 
criatividade, “prazer, alegria, espontaneidade, criticidade, autonomia, busca de 
conhecimentos” (OLIVEIRA, 2008, p.84). Conforme Leontiev, ao desenvolver seus estudos 
acerca do desenvolvimento do Psiquismo, evidencia que, 
A criança não está de modo algum sozinha em face do mundo que a rodeia. As suas 
relações com o mundo têm sempre por intermediário a relação do homem aos outros 
seres humanos; a sua atividade está sempre inserida na comunicação. [...] a criança, 
o ser humano deve entrar em relação com os fenômenos do mundo circundante 
através doutros homens, isto é, num processo de comunicação com eles. Assim, a 
criança aprende a atividade adequada. Pela sua função, este processo é, portanto, um 
processo de educação. (1978, p. 271-272) 
Enquanto educadores é preciso estimular as crianças nas situações cotidianas, a 
manipular, explorar, imaginar, criar, reaproveitar objetos que podem se transformar em 
brinquedos, jogos, tudo isso por meio da ação desses sujeitos. Para tanto, é oportuno 
possibilitar situações para que as crianças façam, criem seus próprios brinquedos, 
viabilizando, portanto, situações para que estas explorem sua imaginação e seu universo de 
fantasia. 
Acreditamos que como educadores devemos enfatizar o respeito pela infância desta 
criança. Infância caracterizada pela criação, imaginação, fantasia, brincadeiras, características 
específicas desta fase que contribuem para a compreensão de mundo e apropriação de 
conhecimentos específicos e científicos pela criança. 
As crianças têm modos próprios de conceber e interagir com o mundo. Cabe aos 
educadores auxiliar “a criação de um ambiente escolar onde a infância possa ser vivida em 
toda a sua plenitude, um espaço e um tempo de encontro entre os seus próprios espaços e 
tempos de ser criança dentro e fora da escola” (NASCIMENTO, 2007, p. 31). 
O Brincar no mundo moderno está se tornando cada dia mais difícil, as crianças estão 
cada dia mais voltadas a brinquedos eletrônicos, não se pode esquecer é claro que o a nossa 
25221 
 
 
sociedade esta se tornando cada dia mais tecnológica, mas é necessário que a crianças tenha 
momentos para brincar com brinquedos que instiguem a criatividade e a imaginação. 
Acreditamos que brincar independente de objetos, jogos ou brinquedos sofisticados, 
pois as crianças podem “estar brincando” e com criatividade transformar, por 
exemplo, um pano em uma boneca e tampinhas de garrafas em interação ou função 
que a criança dá a qualquer objeto do que da sofisticação presente na sua fabricação 
(SILVA; BARROS; LEITE, 2012, p.283). 
Na Sociedade atual com o avanço da tecnologiapode-se perceber que as brincadeiras 
tradicionais estão desaparecendo, e isso faz com que a criança se torne individualista, e assim 
comprometendo o imaginário infantil, por isso é importante estimular as crianças a brincarem 
com brincadeiras tradicionais. 
Por meio da brincadeira a criança se humaniza. Nesse sentido, percebemos a 
importância das atividades lúdicas, por meio da brincadeira, a criança passa a 
entender o mundo que esta a sua volta, cria, recria, fantasia, e imagina inúmeras 
possibilidades para compreender o mundo dos adultos. Neste sentido, valorizam-se 
as brincadeiras tradicionais, pois estas promovem a socialização e a relação com o 
outro (SILVA; BARROS; LEITE, 2012, p.284). 
É preciso que os educadores criem ambientes e situações lúdicas que estimulem as 
crianças a viver a sua infância de maneira livre e espontânea, e de forma que desenvolva todas 
as suas habilidades. Precisamos enquanto educadores, pesquisadores, defender o brincar livre 
e espontâneo na instituição escolar e também fora dela, como fator que suscita uma 
apropriação das qualidades humanas, uma vez que são atividades vivenciadas coletivamente 
entre educadores e as crianças (SILVA; BARROS; LEITE, 2012, p. 285). 
REFERÊNCIAS 
FRIEDMANN, Adriana. O que é Infância? Revista Pátio-Educação Infantil. Porto Alegre, 
n. 6, p. 10-13, dez/mar. 2005. 
HARVEY, David. Condição Pós-moderna. Uma pesquisa sobre as origens da mudança 
cultural. 5.ed. SP: Loyola, 1992. 
KRAMER, Sonia. A Infância e sua singularidade. In: BEAUCHAMP, Jeanete; PAGEL, 
Sandra Denise; NASCIMENTO, Aricélia Ribeiro do (orgs). Ensino Fundamental de nove 
anos: orientações para a inclusão da criança de seis anos de idade. Brasília: Ministério da 
Educação, Secretaria de Educação Básica, 2007. 
LEITE, Sandra Regina Mantovani. A criança, a rua e a escola. Dissertação de Mestrado. 
Londrina, Paraná, 2003. 
25222 
 
 
LEONTIEV, A. N. O desenvolvimento do psiquismo. Tradução de Manuel Dias Duarte. 
Lisboa: Livros horizontes, 1978. 
MOURA, Jeani Delgado Paschoal. A dimensão tempo-espacial das práticas cotidianas do 
brincar. In: PASCHOAL, Jaqueline Delgado; BATISTA, Cleide Vitor Mussini; MORENO, 
Gilmara Lupion. (Orgs). As crianças e suas infâncias: o brincar em diferentes contextos. 
Londrina: Humanidades, 2008. p. 107 -116. 
NASCIMENTO, Ana Elise Monteiro do. A Infância na escola e na vida: uma relação 
fundamental. In: BEAUCHAMP, Jeanete; PAGEL, Sandra Denise; NASCIMENTO, 
Aricélia Ribeiro do (orgs). Ensino Fundamental de nove anos: orientações para a inclusão da 
criança de seis anos de idade. Brasília: Ministério da Educação, Secretaria de Educação 
Básica, 2007. 
OLIVEIRA, Marta Regina Furlan de. O brincar na sociedade contemporânea: para além da 
lógica do consumo. In: PASCHOAL, Jaqueline Delgado; BATISTA, Cleide Vitor Mussini; 
MORENO, Gilmara Lupion. (Orgs). As crianças e suas infâncias: o brincar em diferentes 
contextos. Londrina: Humanidades, 2008. p. 81-91 
POSTMAN, Neil. O desaparecimento da infância. RJ: Graphia, 1999. 
SILVA, Anilde Tombalato T. da; BARROS, Marta Silene F.; LEITE, Sandra Regina M.; A 
Infância e o brincar: a experiência do programa de extensão LUDOTECA – UEL. In: 50 anos 
da pedagogia – FFCL / Londrina e UEL – 1962 a 2012 / Maria Luiza Macedo Abbud... [ET 
AL]. (Organizadores) – Londrina : UEL, 2012. p. 279 à 288. 
VALLE, Maria Cristina Carreira do Valle. (Coord.) Programa de Extensão Universitária 
Ludoteca UEL. Londrina. 2004.

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