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ESTUDOS DISCIPLINARES TOMO VIII Profa. Walkiria Rigolon Reflexão Curso de pedagogia Integração e Articulação de Saberes Docência Pesquisa Conhecimento Orientações de Estudo 1. Leitura da Questão 2. Introdução Teórica – Tema da questão 3. Retomada da questão com a resposta correta 4. Análise da questão 5. Indicações bibliográficas Questões Índice Remissivo Questão 6 Transversalidade. Conhecimento: construção coletiva. Questão 7 Gestão escolar democrática. Gestão escolar democrática. Criação de cultura institucional crítico-reflexiva. Questão 8 Gestão escolar democrática. Gestão escolar democrática. Gestão compartilhada. Questão 9 Projeto Político Pedagógico (PPP). Construção, discussão e avaliação do PPP. Caráter pedagógico do PPP. Questão 10 Projeto Político Pedagógico (PPP). Construção, discussão e avaliação do PPP. Caráter pedagógico do PPP. Questão 6 Questão 21 – Enade 2014 O conhecimento é uma construção coletiva e a aprendizagem acontece por meio de eixos, na troca dos sentidos construídos no diálogo e na valorização das diferentes vozes que circulam nos espaços de interação. A partir desses eixos, é importante que o trabalho pedagógico com as crianças garanta o estudo articulado das Ciências Sociais, das Ciências Naturais, das Noções Lógico-Matemáticas e das Linguagens. Na perspectiva das ideias apresentadas no texto acima, avalie as asserções a seguir e a relação proposta entre elas. Questão 6 Questão 21 – Enade 2014 I. O objetivo do trabalho com as áreas do conhecimento é ajudar a criança a pensar de forma interdisciplinar e a desenvolver atitudes de observação, estudo e comparação das relações entre homem, espaço e natureza. PORQUE II. O trabalho didático com as áreas do conhecimento de forma articulada tem a finalidade de desafiar as crianças a simular situações, elaborar hipóteses, refletir sobre situações do cotidiano e se posicionar, estabelecendo relações e percebendo o significado dos saberes integrados dessas áreas em suas ações cotidianas. Questão 6 Questão 21 – Enade 2014 A respeito dessas asserções, assinale a opção correta. a) As asserções I e II são proposições verdadeiras e a II é uma justificativa da I. b) As asserções I e II são proposições verdadeiras e a II não é uma justificativa da I. c) A asserção I é uma proposição verdadeira e a II é uma proposição falsa. d) A asserção I é uma proposição falsa e a II é uma proposição verdadeira. e) As asserções I e II são proposições falsas. Introdução teórica Transversalidade O conhecimento é uma construção coletiva e a aprendizagem deve acontecer por meio de eixos. A educação, nesse caso, está baseada na transversalidade. Trata-se de uma educação não compartimentada, não segmentada em disciplinas simples. Na realidade, é necessário o diálogo integrado entre áreas do conhecimento, como Ciências Naturais, Ciências Sociais, Linguagens e Noções Lógico-Matemáticas. Introdução teórica Transversalidade De acordo com Gallo (2000), para exemplificar o que tem sido considerado tradicional em nossa educação, ou seja, o ensino compartimentado e subdividido nas disciplinas que conhecemos (História, Geografia, Matemática, Português etc.), quando um aluno assiste a uma aula de História, “abre a gaveta” de seu arquivo mental, no qual são armazenados os conhecimentos históricos. Ao final da aula, essa “gaveta” é fechada, para que outra, referente à matéria a ser estudada na próxima aula, possa também ser recrutada. Cada gaveta é estanque, não tem relação com as outras. Assim, os alunos não conseguem perceber que os conhecimentos vivenciados na escola referem-se a uma única realidade, parecendo que cada área do conhecimento é autônoma e desconectada das demais. Introdução teórica Transversalidade Há dificuldade para o professor trabalhar sob o prisma da transversalidade, já que a maioria formou-se em um sistema compartimentado e tende a fazer repetições inconscientes de modelos de sistemas antigos de educação. Entretanto, o ensino compartimentado nos impede de constatar com clareza que o mundo é complexo e multifacetado. Os alunos dificilmente encontrarão respostas para os desafios do mundo atual nas aulas tradicionais, especialmente se considerarmos que a humanidade desfruta de mais meios de comunicação e interatividade do que em qualquer outra época de nossa história, o que traz novos desafios. Introdução teórica Transversalidade Portanto, o intuito do trabalho com áreas do conhecimento é auxiliar nossas crianças a pensarem de forma interdisciplinar e a desenvolverem a prática da observação, do estudo e das relações entre o homem, o espaço e a natureza. O trabalho transversal e baseado em eixos tem como finalidade primordial desafiar as crianças a simularem situações, criarem hipóteses, posicionarem-se em relação às suas vivências cotidianas e refletirem sobre elas, com base nos saberes integrados, promovidos pelo trabalho pedagógico com eixos. Análise das asserções I. Asserção correta. Justificativa. De fato, o objetivo do trabalho com as áreas do conhecimento é superar o aprendizado compartimentado e fazer com que a criança pense de forma interdisciplinar e desenvolva atitudes de observação, estudo e comparação das relações entre homem, espaço e natureza. II. Asserção correta. Justificativa. O trabalho didático com as áreas do conhecimento de forma articulada tem a finalidade de desenvolver as habilidades da criança por meio dos saberes integrados. A asserção II, além de correta, justifica a I. Alternativa correta: A. Indicações bibliográficas GALLO, S. Transversalidade e Educação: pensando uma educação não disciplinar. In. O Sentido da Escola. Rio de Janeiro: DP&A, 2000. MATURANA, H.; VARELA, F. A árvore do conhecimento. Campinas: Editorial PSY, 1995. INTERVALO Questão 7 Questão 23 – Enade 2014 Questões 7 – Gestão escolar democrática Muitos pais e funcionários de escolas são membros de conselhos e de colegiados escolares, mas, usualmente, exercitam um pacto de silêncio, não participando, de fato, dessas instâncias e servindo de “modelo passivo” para outros setores da comunidade educativa que compõem colegiados. Por que eles se comportam assim? Porque, na maioria dos casos, estão presentes para referendar demandas corporativas, ou para fortalecer diretorias centralizadoras. Questão 7 Questão 23 – Enade 2014 Como elo mais fraco do poder, eles participam para “compor”, para dar número e quórum necessários aos colegiados, contribuindo com esse comportamento para não construir nada e nada mudar. Embora os colegiados sejam um espaço legítimo e uma conquista para o exercício da cidadania, até por serem previstos em lei, essa cidadania tem de ser qualificada e construída na prática. Os projetos políticos dos representantes dos diferentes segmentos e grupos, seus valores e suas visões de mundo, interferem na dinâmica desses processos participativos. Questão 7 Questão 23 – Enade 2014 Para terem como meta projetos emancipatórios, eles devem ter como lastro de suas ações os princípios da igualdade e da universalidade. Os colegiados devem construir ou desenvolver essa sensibilidade por meio de um conjunto de valores que venham a ser refletidos em suas práticas. Sem isso, temos uma inclusão excludente: um aumento do número de alunos nas escolas e estruturas descentralizadas que não ampliam, de fato, a intervenção da comunidade na escola. GOHN, M. G. Educação não-formal na pedagogia social. In: Anais do I Congresso Internacional de Pedagogia Social, 2006 (com adaptações). Questão 7 Questão 23 – Enade 2014 Considerando as ideias do texto, avalie as afirmativas a seguir. I. A gestão compartilhada, em suas diferentes formas de conselhos e colegiados, precisa desenvolver uma nova cultura departicipação que altere as mentalidades, os valores e a forma de conceber a gestão pública em nome dos direitos da maioria, e não de grupos. II. É uma utopia a articulação da educação, em seu sentido mais amplo, com os processos de formação dos indivíduos como cidadãos ou da escola com a comunidade educativa. Questão 7 Questão 23 – Enade 2014 Considerando as ideias do texto, avalie as afirmativas a seguir. III. É preciso desenvolver saberes que orientem as práticas sociais, construindo novos valores por meio da participação de coletivos de pessoas diferentes, mas com metas iguais. IV. Os projetos emancipatórios visam à formação de cidadãos éticos, ativos, participativos, com responsabilidade diante do outro e preocupados com questões universais e, para tal, devem priorizar as normatizações legais, em detrimento dos órgãos colegiados de natureza deliberativa. V. A transformação das escolas em centros de referências civilizatórias nos bairros onde se localizam exige preparação contínua e aprendizado permanente, no que diz respeito à participação da comunidade escolar em conselhos e colegiados. Questão 7 Questão 23 – Enade 2014 É correto o que se afirma em: a) I e IV. b) II e III. c) I, III e V. d) I, II, IV e V. e) II, III, IV e V. Análise das afirmativas Questão 7 I. Afirmativa correta. Justificativa. A gestão compartilhada, em suas diferentes formas de conselhos e colegiados, requer novas mentalidades e valores que concebam os direitos da maioria como a meta da gestão pública. Deve-se, também, estimular a cultura de participação. II. Afirmativa incorreta. Justificativa. Não é uma utopia a articulação da educação, em seu sentido mais amplo, com os processos de formação dos indivíduos como cidadãos ou da escola com a comunidade educativa. Essa articulação deve ser uma das metas principais de todo o processo educativo. Análise das afirmativas Questão 7 III. Afirmativa correta. Justificativa. Atingir metas comuns envolve a participação de coletivos de grupos diferentes. Essa participação é estimulada pelo desenvolvimento de saberes que orientam as práticas sociais. IV. Afirmativa incorreta. Justificativa. Os projetos emancipatórios visam à formação de cidadãos éticos, ativos, participativos, com responsabilidades diante do outro e preocupados com questões universais. No entanto, as normatizações legais não devem ser priorizadas em detrimento dos órgãos colegiados de natureza deliberativa. Análise das afirmativas Questão 7 V. Afirmativa correta. Justificativa. A participação da comunidade escolar em conselhos e colegiados é essencial para a transformação da escola referência civilizatória, uma vez que é necessário ouvir os sujeitos e suas necessidades. É correto o que se afirma em: a) I e IV. b) II e III. c) I, III e V. d) I, II, IV e V. e) II, III, IV e V. Alternativa correta: C. Indicações bibliográficas GOHN, M. G. Educação não-formal na pedagogia social. In: Anais do I Congresso Internacional de Pedagogia Social, 2006. LDB/96. Disponível em <https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/Leis/L9394.htm>. Acesso em 9 dez. 2016. LÜCK, H. et al. A escola participativa: o trabalho do gestor escolar. 5. ed. Petrópolis: Vozes, 2005. LÜCK, H. Concepções e processos democráticos de gestão educacional. 5. ed. Petrópolis: Vozes, 2010. PARO, V. H. Gestão democrática da escola pública. 4. ed. São Paulo: Cortez, 2016. VASCONCELOS, T. A importância da educação na construção da cidadania. Saber(e)Educar. Porto: ESE de Paula Frassinetti. n. 12, 2007. INTERVALO Questão 8 – Gestão democrática Questão 31 – Enade 2014 WATERSON, C. Haroldo e seus amigos, 1988 (com adaptações). Questão 8 Questão 31 – Enade 2014 A gestão democrática pode ser definida como um processo político no qual as pessoas que atuam na e sobre a escola identificam problemas, discutem, deliberam, planejam, encaminham, acompanham, controlam e avaliam o conjunto das ações voltadas ao desenvolvimento da própria escola, na busca da solução daqueles problemas. Esse processo, sustentado no diálogo, na alteridade e no reconhecimento das especificidades técnicas das diversas funções presentes na escola, tem como base a participação efetiva de todos os segmentos da comunidade escolar, o respeito às normas coletivamente construídas para os processos de tomada de decisões e a garantia de amplo acesso às informações aos sujeitos da escola. SOUZA, A. R. Explorando e construindo um conceito de gestão escolar democrática. Educação em Revista. Belo Horizonte, v.25, n.03, dez. 2009, p. 125-126 (com adaptações). Questão 8 Questão 31 – Enade 2014 Com base nos textos apresentados, conclui-se que a gestão democrática da educação: I. Implica colocar as instituições a serviço da formação qualificada dos estudantes, tendo a participação como prática cotidiana de todos os envolvidos. II. Propicia a criação de uma cultura institucional crítico- reflexiva, cujos envolvidos tenham discernimento em relação aos conteúdos que necessitam ou não para tomarem decisões sempre coletivas. III. Pressupõe a existência de líderes capazes de orientar pessoas para o desenvolvimento de ações que visem ao cumprimento de objetivos definidos por eles. IV. Efetiva-se pelo processo de construção coletiva do projeto pedagógico e de seu acompanhamento e avaliação. Questão 8 Questão 31 – Enade 2014 É correto o que se afirma em: a) I e II. b) I e III. c) III e IV. d) I, II e IV. e) II, III e IV. Introdução teórica Gestão democrática na escola Os órgãos colegiados nas escolas são um tema relevante na gestão democrática, pois eles garantem, legalmente, que haja participação escolar, descentralizando o poder e aumentando a consciência social que a oferta de uma educação de qualidade deve suscitar. Uma gestão democrática deve estar baseada na autonomia dos sujeitos, a fim de que todas as decisões sejam tomadas de forma compartilhada, captando o potencial de colaboração de cada pessoa e dos segmentos escolares, o que promove, em primeiro lugar, um trabalho coletivo de construção de cidadania. Introdução teórica Gestão democrática na escola A função da educação escolar é, com embasamento em princípios de cidadania e de democracia, proporcionar aos sujeitos o acesso ao saber historicamente acumulado pela humanidade em todos os campos do conhecimento. O conselho escolar deve, portanto, zelar pela aprendizagem dos alunos e atuar para que os conhecimentos sejam de fácil acesso a eles e aos demais membros de uma comunidade escolar. Introdução teórica Gestão democrática na escola De acordo com o artigo 3º da Lei de Diretrizes e Bases (LDB/96), os sistemas de ensino devem definir as regras da gestão democrática do ensino público na Educação Básica, de acordo com suas especificidades. Devem estar garantidas a participação dos profissionais da educação na elaboração do projeto político-pedagógico da escola e a participação das comunidades, escolar e local, nos conselhos escolares ou nas instâncias equivalentes. Introdução teórica Gestão democrática na escola Para a legislação educacional brasileira, a gestão democrática é um princípio norteador, presença obrigatória em qualquer instituição escolar que apregoe a existência de conselhos escolares como forma de participação e promoção do diálogo da comunidade educativa. Um conselho escolar, de acordo com Vasconcellos (2007), “deve ser um espaço de exercício autêntico do diálogo, do poder de decisão, portanto, de resgate da condição de sujeitos históricos de transformação, na busca do bem comum no âmbito da escola e de suas relações”. Introdução teórica Gestão democrática na escola Em suas diferentes formas de conselhos e colegiados, a gestão compartilhada deve desenvolver uma nova cultura de participação que altere as mentalidadesvigentes, os valores e a forma de conceber a gestão pública, tendo em vista os direitos da maioria, e não de grupos. Ou seja, sua base é a democracia. Introdução teórica Gestão democrática na escola É preciso desenvolver saberes que orientem as práticas sociais, construindo novos valores por meio da participação de coletivos de pessoas diferentes, mas com metas iguais. Para tanto, os projetos emancipatórios devem visar à formação de cidadãos éticos, ativos, participativos, com responsabilidade diante do outro e preocupados com questões universais. A transformação da escola em referência civilizatória nos bairros onde se localizam exige sempre preparação contínua e aprendizado permanente em relação à participação da comunidade escolar em conselhos e colegiados. Análise das afirmativas Questão 8 I. Afirmativa correta. Justificativa. A formação qualificada dos estudantes é a meta que deve ser atingida pela gestão democrática e, para isso, é necessária a participação de todos os envolvidos. II. Afirmativa correta. Justificativa. A tomada de decisão coletiva, na gestão democrática da educação, requer a criação de uma cultura institucional crítico-reflexiva. Análise das afirmativas Questão 8 III. Afirmativa incorreta. Justificativa. A gestão democrática da educação não pressupõe a existência de líderes capazes de orientar pessoas para o desenvolvimento de ações que visem ao cumprimento de objetivos definidos por eles. Se os líderes fazem cumprir objetivos definidos por eles, então, não se está falando de gestão democrática. Para que a gestão possa ser caracterizada como democrática, é preciso que os objetivos sejam definidos por todos ou pela maioria, não por líderes. IV. Afirmativa correta. Justificativa. Além da construção coletiva do projeto pedagógico, é necessária a participação de todos os envolvidos no seu acompanhamento e na sua avaliação. Questão 8 Questão 31 – Enade 2014 É correto o que se afirma em: a) I e II. b) I e III. c) III e IV. d) I, II e IV. e) II, III e IV. Alternativa correta: D. Indicações bibliográficas GOHN, M. G. Educação não-formal na pedagogia social. In: Anais do I Congresso Internacional de Pedagogia Social, 2006. LDB/96. Disponível em <https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/Leis/L9394.htm>. Acesso em 9 dez. 2016. LÜCK, H. et al. A escola participativa: o trabalho do gestor escolar. 5. ed. Petrópolis: Vozes, 2005. LÜCK, H. Concepções e processos democráticos de gestão educacional. 5. ed. Petrópolis: Vozes, 2010. PARO, V. H. Gestão democrática da escola pública. 4. ed. São Paulo: Cortez, 2016. VASCONCELOS, T. A importância da educação na construção da cidadania. Saber(e)Educar. Porto: ESE de Paula Frassinetti. n. 12, 2007. INTERVALO Questão 9 Questão 34 – Enade 2014 Questões 9 e 10 – Projeto Político Pedagógico (PPP). Construção, discussão e avaliação do PPP. O Projeto Político-Pedagógico (PPP) relaciona-se à organização do trabalho pedagógico da escola, indicando uma direção, explicitando os fundamentos teórico-metodológicos, os objetivos, o tipo de organização e as formas de implementação e avaliação da escola. VEIGA, I. P. A.; RESENDE, L. M. G. (Org.). Escola: espaço do Projeto Político-Pedagógico. 4. ed. Campinas-SP: Papirus, 1998 (com adaptações). Questão 9 Questão 34 – Enade 2014 Questões 9 e 10 Considerando a elaboração do PPP, avalie as seguintes afirmativas. I. O PPP constitui-se em um processo participativo de decisões para instaurar uma forma de organização do trabalho pedagógico que desvele os conflitos e as contradições no interior da escola. II. A discussão do PPP exige uma reflexão acerca da concepção de educação e sua relação com a sociedade e a escola, o que implica refletir sobre o homem a ser formado. III. A construção do PPP requer o convencimento dos professores, da equipe escolar e dos funcionários para trabalharem em prol do plano estabelecido pela gestão educacional. Questão 9 Questão 34 – Enade 2014 É correto o que se afirma em: a) I, apenas. b) III, apenas. c) I e II, apenas. d) II e III, apenas. e) I, II e III. Introdução teórica Projeto Político Pedagógico (PPP) Desde a instituição da Lei de Diretrizes e Bases, LDB/9394-96, em seu artigo 12, cada unidade escolar tem o dever de buscar caminhos organizatórios para a autoadministração do processo educacional. O Projeto Político Pedagógico (PPP) adquire importância ainda maior quanto à organização do trabalho da escola. Conforme determinação da legislação, a construção do PPP na escola é dever de todos os sujeitos inseridos e envolvidos na comunidade escolar, a fim de que seus anseios e suas projeções sirvam de base para que se possa discutir, elaborar, executar e avaliar o andamento da vida escolar em todos os seus aspectos, tendo o PPP como base norteadora. Introdução teórica Projeto Político Pedagógico (PPP) Nas escolas, deve haver a premissa de que a governança escolar de qualidade social para todos tenha subjacente a si a demanda de um projeto institucional coletivo e participativo, com grandes possibilidades de mudanças favoráveis mais pelas discussões e ações do coletivo do que por práticas ou iniciativas individuais. O PPP, em condições ideais, reflete a escola como instância social que viabiliza os caminhos para a construção da cidadania, pois deve estar comprometido com a formação cidadã, ou seja, a formação do cidadão partícipe, crítico, compromissado. O PPP é a “carta de definição da política educativa da escola” (ALARCÃO, 2003). Análise das afirmativas e das asserções I. Afirmativa correta. Justificativa. O PPP é o documento que fundamenta a forma de organização do trabalho pedagógico. II. Afirmativa correta. Justificativa. O PPP é construído a partir da noção do indivíduo a ser formado, da concepção de educação e da sua relação com a sociedade e a escola. Análise das afirmativas e das asserções III. Afirmativa incorreta. Justificativa. A construção do PPP não requer o convencimento dos professores, da equipe escolar e dos funcionários para trabalharem em prol do plano estabelecido pela gestão educacional. Não é preciso que haja convencimento. O necessário é que as decisões sejam tomadas de forma democrática pela maioria. E todos, a qualquer momento, têm o direito de se mostrar contrários ao que foi estabelecido (o que pode, em muitos casos, provocar mudanças no PPP se a maioria julgar o novo ponto de vista pertinente e condizente com a forma de trabalho da escola). Análise das afirmativas e das asserções Questão 9 É correto o que se afirma em: a) I, apenas. b) III, apenas. c) I e II, apenas. d) II e III, apenas. e) I, II e III. Alternativa correta: C. Questão 10 – Projeto Político Pedagógico Questão 25 – Enade 2014 Considerando as concepções atuais de Projeto Político Pedagógico (PPP) presentes na literatura, avalie as asserções a seguir e a relação proposta entre elas. Questão 10 Questão 25 – Enade 2014 I. Na avaliação de um PPP, deve-se reconhecer que esse processo é constituído de uma dimensão de cunho político, cujas expectativas ou intenções e realidade curricular encontram-se inseridas em contexto amplo, no que se refere às políticas educacionais e, especificamente, ao cotidiano escolar. PORQUE II. O PPP deve estar comprometido com a formação do cidadão para um tipo de sociedade, e é pedagógico devido à possibilidade e concretização das intencionalidades da escola, ou seja, da formação do cidadão partícipe, compromissado, crítico e criativo. Questão 10 Questão 25 – Enade 2014 A respeito dessas asserções, assinale a opção correta: a) As asserções I e II são proposições verdadeiras e a II é uma justificativa da I. b) As asserções I e II são proposições verdadeiras e a II não é uma justificativa da I. c) A asserçãoI é uma proposição verdadeira e a II é uma proposição falsa. d) A asserção I é uma proposição falsa e a II é uma proposição verdadeira. e) As asserções I e II são proposições falsas. Análise das afirmativas e das asserções Questão 10 I. Asserção correta. Justificativa. A avaliação de um PPP não pode ter como base apenas o ambiente interno da instituição. Ela deve ser realizada em um contexto social e político amplo. II. Asserção correta. Justificativa. O PPP deve ter comprometimento com a formação do cidadão para um tipo de sociedade. O PPP apresenta caráter pedagógico, uma vez que traz em si as intenções da escola quanto às suas possibilidades de concretização de ações, especialmente quanto à formação do cidadão partícipe, compromissado, crítico e criativo. Análise das afirmativas e das asserções Questão 10 As asserções I e II são corretas, mas não há relação de causa e efeito entre elas. Assim, a II não é justificativa da I. Alternativa correta: B. A respeito dessas asserções, assinale a opção correta. a) As asserções I e II são proposições verdadeiras e a II é uma justificativa da I. b) As asserções I e II são proposições verdadeiras e a II não é uma justificativa da I. c) A asserção I é uma proposição verdadeira e a II é uma proposição falsa. d) A asserção I é uma proposição falsa e a II é uma proposição verdadeira. e) As asserções I e II são proposições falsas. Indicações bibliográficas ALARCÃO, I. Professores reflexivos em uma escola reflexiva. São Paulo: Cortez, 2003. CEDAC - Comunidade Educativa. Projeto Político Pedagógico: orientações para o gestor escolar/textos. São Paulo: Fundação Santillana, 2016. Disponível em <http://www.moderna.com.br/lumis/portal/file/fileDownload.jsp?fileI d=8A808A8254748F0001547843B3585C3B>. Acesso em 03 abr. 2017. GADOTTI, M.; ROMÃO, J. E. (orgs.). Autonomia da escola: princípios e propostas. São Paulo: Cortez, 1997. LDB/96. Disponível em <https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/Leis/L9394.htm>. Acesso em 9 dez. 2016. VEIGA, I. P. A. (org.). Projeto Político Pedagógico – uma construção possível. Campinas: Papirus, 1997. ATÉ A PRÓXIMA! ESTUDOS DISCIPLINARES Prof. Tadeu Santos Reflexão Curso de Pedagogia integração e articulação de saberes Docência Pesquisa Conhecimento Orientações de estudo 1. Leitura da questão 2. Introdução teórica – tema da questão 3. Retomada da questão com a resposta correta 4. Análise da questão 5. Indicações bibliográficas Questão 1 Questão 1 (questão discursiva 5 – Enade 2014) As Diretrizes Curriculares Nacionais para o Curso de Graduação em Pedagogia (Resolução CNE/CP n. 1, de 15/05/2006), em seu art. 4o, dispõem: “O curso de Licenciatura em Pedagogia destina-se à formação de professores para exercer funções de magistério na Educação Infantil e nos anos iniciais do Ensino Fundamental, nos cursos de Ensino Médio, na modalidade Normal, de Educação Profissional na área de serviços e apoio escolar e em outras áreas nas quais sejam previstos conhecimentos pedagógicos”. Considerando o disposto acima, elabore um texto dissertativo acerca do tema a seguir. Continuação questão 1 A atuação do pedagogo em espaços não escolares. Em seu texto, faça o que se pede nos itens a seguir. Cite um dos espaços não escolares de atuação do pedagogo, descreva as atividades pertinentes ao trabalho pedagógico que podem ser nele realizadas e explicite de que maneira essas atividades se relacionam com os aspectos teóricos da formação desse profissional. Apresente argumentos que defendam a importância da participação do pedagogo em espaços não escolares. Introdução teórica: A atuação do pedagogo em espaços não escolares As mudanças nas relações de trabalho implicam o fato de as empresas precisarem se reorganizar em diversos âmbitos, sobretudo com relação a cargos, funções e atividades organizacionais. Segundo Minarelli (1996), as grandes empresas e corporações, para sobreviver à crise econômica mundial e atender às novas demandas do mercado, eliminaram ou redesenharam cargos e, em muitos casos, operações inteiras. Os trabalhadores precisarão reciclar-se periodicamente para manter seus conhecimentos atualizados e desenvolver outras habilidades. Introdução teórica: A atuação do pedagogo em espaços não escolares Ainda segundo o autor, muito desse novo cenário deve-se à mudança de foco das atividades profissionais, que, atualmente, são menos centradas em trabalhos físicos e passaram a ser mais intelectuais. Resultam, dessa nova configuração do mundo do trabalho, novos acontecimentos que demandam um profissional que seja capacitado para ajudar a organização, de qualquer segmento, a atingir os objetivos e as metas organizacionais: trata-se do pedagogo que atua em espaços não escolares e que facilita a interação entre as habilidades dos profissionais das instituições e as necessidades e os anseios das empresas. Introdução teórica: A atuação do pedagogo em espaços não escolares O pedagogo em espaços empresariais deve ser dotado de: flexibilidade em suas ações; conhecimento e experiências relativos à gestão participativa; competências e habilidades na busca de soluções para os impasses que possam surgir; compreensão do processo histórico, social, administrativo e operacional em que está inserido; comprometimento e envolvimento com a rotina da empresa; habilidade para planejar, organizar, liderar, monitorar e empreender. Introdução teórica: A atuação do pedagogo em espaços não escolares A formação do pedagogo deve, portanto, ser generalista, com ênfase em gestão dos processos educativos em diferentes instituições educacionais e também fora delas, em diversos contextos socioculturais e profissionais. Retomada da questão 1 com a resposta Padrão de resposta do INEP O aluno deve redigir um texto argumentativo com colocações que contemplem os aspectos a seguir. Quanto aos espaços não escolares para atuação do pedagogo Retomada da questão 1 com a resposta A resposta deve indicar que: Há vários espaços não escolares em que o pedagogo costuma atuar, como empresas do ramo de gestão de pessoas, de serviço social, ONGs, recursos humanos etc. Devem ser descritas as atividades relativas ao trabalho pedagógico nesses ambientes, como produção e disseminação do conhecimento, elaboração de materiais de caráter didático-instrucional, acompanhamento das dificuldades dos funcionários. Ademais, as atividades desenvolvidas devem ser descritas e teorizadas de acordo com os campos do saber que lhes possam dar sustentação, como didática, filosofia, política, sociologia, economia etc. Retomada da questão 1 com a resposta Quanto à importância do pedagogo em espaços não escolares A resposta deve mencionar que: O pedagogo é importante nesses espaços porque é o profissional dotado das competências e das habilidades necessárias para propiciar a interação entre os colaboradores das mais diferentes áreas de uma empresa ou organização. Seu papel, de fundamental importância, visa à adequada realização das atividades descritas no item anterior. Fonte: <http://download.inep.gov.br/educacao_superior/enade/provas/2014/36_pedagogia.pdf>. Acesso em 6 de fev. 2017. Indicações bibliográficas Indicações bibliográficas DELORS, J. Educação: um tesouro a descobrir. São Paulo: Cortez, 1998. LIBÂNEO, J. C. Pedagogia e pedagogos, para quê? São Paulo: Cortez, 1999. MINARELLI, J. A. Empregabilidade: o caminho das pedras. São Paulo: Gente, 1995. INTERVALO Questão 2 (questão 27 – Enade 2014) Com base na visão sociocultural de inteligência, propõe-se que a escola participe do processo de desenvolvimento da inteligência da criança ao lhe oferecer acesso a instrumentos e objetos simbólicos, como sistemas de numeração,que amplificam sua capacidade de registrar quantidades, lembrar e solucionar problemas. Essa perspectiva está vinculada à Teoria dos Campos Conceituais (VERGNAUD, 1988), segundo a qual os conceitos são desenvolvidos num longo período de tempo por meio da experiência, maturação e aprendizagem, expressas por esquemas. NUNES, T. et al. Educação Matemática: números e operações matemáticas. São Paulo: Cortez, 2005 (com adaptações). Questão 2 (questão 27 – Enade 2014) A partir do texto anterior, avalie as afirmativas a seguir. I. Os conceitos de adição e subtração têm origem nos esquemas de ação de juntar, separar e colocar em correspondência “um-a-um”. II. Os conceitos de multiplicação e divisão têm origem nos esquemas de ação de correspondência “um-a-muitos” e de distribuir. III. O raciocínio aditivo implica a existência de uma relação fixa entre duas variáveis e o raciocínio multiplicativo da relação parte-todo. IV. A criança consegue coordenar sua atividade teórica com a contagem quando se torna capaz de resolver problemas simples de adição e subtração. Questão 2 (questão 27 – Enade 2014) É correto apenas o que se afirma em: a) I e II. b) I e IV. c) III e IV. d) I, II e III. e) II, III e IV. Introdução teórica: A Teoria dos Campos Conceituais na Educação Matemática Derivada da intersecção de interesses da Matemática, da Pedagogia e da Psicologia; a Educação Matemática pode ser definida como o estudo das práticas de ensino e aprendizagem das relações matemáticas. A discussão sobre o ensino da Matemática ganhou força no século XX, quando vários professores começaram a se reunir em congressos e outros diversos tipos de eventos para pensar o ensino dessa disciplina. A Didática da Matemática surge, então, como o campo para a sistematização dos estudos acerca do ensino de Matemática. Introdução teórica: A Teoria dos Campos Conceituais na Educação Matemática Nesse campo, poucos nomes são tão conhecidos e reverenciados quanto o de Gérard Vergnaud, cuja contribuição mais importante é a denominada Teoria dos Campos Conceituais, que auxilia na compreensão de como as crianças constroem os conhecimentos matemáticos. Tal teoria permite prever formas mais eficientes de trabalhar os conteúdos das aulas dessa disciplina (embora o autor afirme que também há “campos conceituais” na Biologia, na História, na Geografia, na Educação Física, entre outras). Introdução teórica: A Teoria dos Campos Conceituais na Educação Matemática Vergnaud estabelece como premissa o conhecimento organizado em campos conceituais, cujo domínio por parte do sujeito ocorre com o passar do tempo, com a experiência, a maturidade e a aprendizagem. Assim, para ele, “campo conceitual” representa um conjunto heterogêneo de problemas, conceitos, situações, estruturas, relações, conteúdos e operações mentais interconectados. Introdução teórica: A Teoria dos Campos Conceituais na Educação Matemática A Teoria dos Campos Conceituais, por ser cognitivista, pressupõe que o cerne da cognição é a conceitualização. Por exemplo, os conceitos de adição e subtração têm origem nos esquemas de ação de juntar, separar e colocar em correspondência “um-a-um”, ao passo que os de multiplicação e divisão são originários dos esquemas de ação de correspondência “um-a-muitos” e de distribuir. É preciso, portanto, dar toda a atenção aos aspectos conceituais dos esquemas oferecidos ou desenvolvidos pelos alunos para que eles possam aprender e apreender competências mais complexas. Outros construtos teóricos que embasam a Teoria dos Campos Conceituais são os conceitos de esquema, invariante operatório (“conceito-em-ação” ou “teorema-em-ação”) e situação. Retomada da questão 2 com a resposta correta Com base na visão sociocultural de inteligência, propõe-se que a escola participe do processo de desenvolvimento da inteligência da criança ao lhe oferecer acesso a instrumentos e objetos simbólicos, como sistemas de numeração, que amplificam sua capacidade de registrar quantidades, lembrar e solucionar problemas. Essa perspectiva está vinculada à Teoria dos Campos Conceituais (VERGNAUD, 1988), segundo a qual os conceitos são desenvolvidos em um longo período de tempo por meio da experiência, da maturação e da aprendizagem, expressas por esquemas. Retomada da questão 2 com a resposta correta A partir do texto anterior, avalie as afirmativas a seguir. I. Os conceitos de adição e subtração têm origem nos esquemas de ação de juntar, separar e colocar em correspondência “um-a-um”. II. Os conceitos de multiplicação e divisão têm origem nos esquemas de ação de correspondência “um-a-muitos” e de distribuir. III. O raciocínio aditivo implica a existência de uma relação fixa entre duas variáveis e o raciocínio multiplicativo da relação parte-todo. IV. A criança consegue coordenar sua atividade teórica com a contagem quando se torna capaz de resolver problemas simples de adição e subtração. Retomada da questão 2 com a resposta correta É correto apenas o que se afirma em: a) I e II. b) I e IV. c) III e IV. d) I, II e III. e) II, III e IV. Alternativa correta: A. Vamos analisar cada uma das respostas? I. Afirmativa correta. Justificativa. Os esquemas de ação de juntar, separar e colocar em correspondência “um-a-um” permitem que o aluno apreenda os conceitos de soma e subtração. II. Afirmativa correta. Justificativa. Os esquemas de ação de correspondência “um-a-muitos” e de distribuir permitem que o aluno apreenda os conceitos de multiplicação e divisão. Vamos analisar cada uma das respostas? III. Afirmativa incorreta. Justificativa. O invariante conceitual do raciocínio aditivo é a relação parte-todo. O invariante conceitual do raciocínio multiplicativo é a existência de uma relação fixa entre duas variáveis (ou duas grandezas ou quantidades). IV. Afirmativa incorreta. Justificativa. A criança não necessariamente consegue coordenar sua atividade teórica com a contagem quando se torna capaz de resolver problemas simples de adição e subtração. Indicações bibliográficas NUNES, T. et al. Educação Matemática: números e operações matemáticas. São Paulo: Cortez, 2005. VERGNAUD, G. La théorie des champs conceptuels. In: Recherches en Didactique des Mathématiques, 10 (23): 133-170, 1990. VERGNAUD, G. A trama dos campos conceituais na construção dos conhecimentos. In: Revista do GEMPA, Porto Alegre, n. 4: 9-19, 1996. INTERVALO Questão 3 – questão 28 – Enade 2014 Uma jornalista baiana passou pelo que classificou como “enorme constrangimento” ao tirar a foto para renovar o passaporte, em Salvador: agentes da Polícia Federal pediram que ela prendesse o cabelo estilo black power, pois o sistema não aceitava a imagem gerada. “Eu gosto do meu cabelo e, naquela foto, fiquei terrível”, disse. A jornalista descarta ter recebido qualquer tratamento racista dos funcionários do local, mas reclamou no Facebook: “essas coisas podem não ser intencionais, mas tudo, no fundo, tem um padrão que desvaloriza a estética que foge do convencional”. O delegado, chefe do setor, explicou que um cabelo de proporções maiores diminui o rosto do fotografado, e foi isso que o sistema impediu. “A gente concorda com ela que isso é inadmissível. O caso já foi passado para nossa sede em Brasília, para sabermos que medidas podem ser adotadas”, afirmou. Diários Associados. Estado de Minas, 18 jul. 2014 (com adaptações). Questão 3 – questão 28 – Enade 2014 A notícia publicada no jornal abre um leque de possibilidades para o professor abordar o tema da diversidade cultural, por meio de práticas educativas que contemplem as questões históricas e suas implicações na vida cotidiana. Nessa perspectiva, avalie as afirmativas a seguir. I. A temática diversidade cultural é parte do currículo de História doBrasil, conforme preconiza a Lei n. 9.394/1996 (LDB), e, por estar relacionada a aspectos referentes à identidade nacional, portanto, a abordagem das temáticas correlatas deve restringir-se ao âmbito da referida disciplina. II. A abordagem disciplinar da diversidade cultural deve ser priorizada, buscando-se associações com conhecimentos não constantes do programa da disciplina. Questão 3 – questão 28 – Enade 2014 III. A diversidade cultural é tema a ser abordado na perspectiva da transversalidade, o que possibilita colocar em prática a relação entre as áreas dos conhecimentos em sua aplicabilidade transformadora dos fenômenos sociais e naturais. IV. A principal característica do trabalho com temas transversais é a condição de estabelecimento de relações entre disciplinas, teoria e prática; sujeito e sua produção de conhecimento; conhecimento trabalhado em sala de aula e conhecimentos não constantes dos programas escolares. Questão 3 – questão 28 – Enade 2014 É correto apenas o que se afirma em: a) I e II. b) I e III. c) III e IV. d) I, II e IV. e) II, III e IV. Introdução teórica – a Lei n. 9.394/1996 e a diversidade cultural A Lei n. 9.394/1996, de 20 de dezembro de 1996, estabelece, com relação à questão da diversidade cultural brasileira, o que segue. Art. 26o-A. Nos estabelecimentos de ensino fundamental e de ensino médio, públicos e privados, torna-se obrigatório o estudo da história e cultura afro-brasileira e indígena (Redação dada pela Lei n. 11.645, de 2008). § 1º O conteúdo programático a que se refere este artigo incluirá diversos aspectos da história e da cultura que caracterizam a formação da população brasileira, a partir desses dois grupos étnicos, tais como o estudo da história da África e dos africanos, a luta dos negros e dos povos indígenas no Brasil, a cultura negra e indígena brasileira e o negro e o índio na formação da sociedade nacional, resgatando as suas contribuições nas áreas social, econômica e política, pertinentes à história do Brasil (Redação dada pela Lei n. 11.645, de 2008). Introdução teórica – a Lei n. 9.394/1996 e a diversidade cultural § 2º Os conteúdos referentes à história e cultura afro-brasileira e dos povos indígenas brasileiros serão ministrados no âmbito de todo o currículo escolar, em especial nas áreas de educação artística e de literatura e história brasileiras (Redação dada pela Lei n. 11.645, de 2008). Recentemente, cresceram, nos principais debates sobre educação, as discussões em torno do conceito de cultura como construção sócio-histórica e o tema tem ganhado notoriedade em diversos espaços sociais, acadêmicos, midiáticos etc. Há um discurso frequente de tolerância, comumente confrontado com outro que se refere a direitos civis, políticos, sociais e identitários, de reconhecimento e de respeito às diferenças. Introdução teórica – a Lei n. 9.394/1996 e a diversidade cultural O trabalho com a diversidade cultural na escola deve ser realizado para que nasça a devida revisão de determinados padrões formativos, estéticos e, sobretudo, éticos. Assim, a lei em questão preconiza que o estudo da história e da cultura afro-brasileira e indígena deve acontecer no âmbito de todo o currículo escolar, não estando restrito somente a algumas disciplinas específicas. Retomada da questão 3 – com a resposta correta Uma jornalista baiana passou pelo que classificou como “enorme constrangimento” ao tirar a foto para renovar o passaporte, em Salvador: agentes da Polícia Federal pediram que ela prendesse o cabelo estilo black power, pois o sistema não aceitava a imagem gerada. “Eu gosto do meu cabelo e, naquela foto, fiquei terrível”, disse. A jornalista descarta ter recebido qualquer tratamento racista dos funcionários do local, mas reclamou no Facebook: “essas coisas podem não ser intencionais, mas tudo, no fundo, tem um padrão que desvaloriza a estética que foge do convencional”. O delegado, chefe do setor, explicou que um cabelo de proporções maiores diminui o rosto do fotografado, e foi isso que o sistema impediu. “A gente concorda com ela que isso é inadmissível. O caso já foi passado para nossa sede em Brasília, para sabermos que medidas podem ser adotadas”, afirmou. Diários Associados. Estado de Minas, 18 jul. 2014 (com adaptações). Retomada da questão 3 – com a resposta correta A notícia publicada no jornal abre um leque de possibilidades para o professor abordar o tema da diversidade cultural, por meio de práticas educativas que contemplem as questões históricas e suas implicações na vida cotidiana. Nessa perspectiva, avalie as afirmativas a seguir. I. A temática diversidade cultural é parte do currículo de História do Brasil, conforme preconiza a Lei n. 9.394/1996 (LDB), e, por estar relacionada a aspectos referentes à identidade nacional, portanto, a abordagem das temáticas correlatas deve restringir-se ao âmbito da referida disciplina. II. A abordagem disciplinar da diversidade cultural deve ser priorizada, buscando-se associações com conhecimentos não constantes do programa da disciplina. Questão 3 – questão 15 – Enade 2011 – resposta correta III. A diversidade cultural é tema a ser abordado na perspectiva da transversalidade, o que possibilita colocar em prática a relação entre as áreas dos conhecimentos em sua aplicabilidade transformadora dos fenômenos sociais e naturais. IV. A principal característica do trabalho com temas transversais é a condição de estabelecimento de relações entre disciplinas, teoria e prática; sujeito e sua produção de conhecimento; conhecimento trabalhado em sala de aula e conhecimentos não constantes dos programas escolares. Questão 3 – questão 15 – Enade 2011 – resposta correta É correto apenas o que se afirma em: a) I e II. b) I e III. c) III e IV. d) I, II e IV. e) II, III e IV. Alternativa correta: C. Análise da questão 3 Análise das afirmativas I. Afirmativa incorreta. Justificativa. A temática da diversidade cultural é parte de todo o currículo, não se refere somente à disciplina de História. II. Afirmativa incorreta. Justificativa. A abordagem disciplinar da diversidade cultural não deve ser priorizada; deve-se priorizar a abordagem multidisciplinar da diversidade cultural brasileira. Análise da questão 3 Análise das afirmativas III. Afirmativa correta. Justificativa. A diversidade cultural é, de fato, tema a ser abordado na perspectiva da transversalidade, visando à ação transformadora dos problemas sociais. IV. Afirmativa correta. Justificativa. Os temas transversais não podem ser encarados como um conjunto de conhecimentos teóricos, desvinculados da realidade do aluno. Indicações bibliográficas BRASIL. Lei n. 9.394, de 20 de dezembro de 1996. Diário Oficial da República Federativa do Brasil. Brasília, 23 dez. 1996. RIBEIRO, D. O povo brasileiro: a formação e o sentido do Brasil. São Paulo: Cia das Letras, 1995. SANTOMÉ, J. T. As culturas negadas e silenciadas no currículo. In: SILVA, T. T. (Org.). Alienígenas em sala de aula: uma introdução aos estudos culturais em educação. Petrópolis: Vozes, 1995. INTERVALO Questão 4 – questão 29 – Enade 2014 Hoje, o aluno traz para a escola o que descobre na internet para discutir com seus colegas e professor. Ele não vê mais o professor como um transmissor ou principal fonte de conhecimento, mas espera que ele se apresente como um orientador das discussões travadas em sala de aula ou mesmo nos ambientes online integrados às atividades escolares. As possibilidade de pesquisar, ler e conhecer os mais variados assuntos por meio da internet confere ao aluno um novo perfil de estudante, que exige um novo perfil de professor. Questão 4 – questão 29 – Enade 2014 Cabe ao professor estar atento a essa nova fonte de informações, para transformá-las, junto comos alunos, em conhecimento. O professor é parte inerente e necessária a todo esse processo, possui um lugar insubstituível de mediador e problematizador do conhecimento; ele aprende com o aluno. FREITAS, M. T. Letramento Digital e formação de Professores. Educação em Revista. Belo Horizonte, v. 26, n. 03, 2010, p. 335-362 (com adaptações). Questão 4 – questão 29 – Enade 2014 Considerando os desafios colocados para o educador diante das exigências de novas práticas pedagógicas decorrentes dos avanços das tecnologias digitais, avalie as afirmativas a seguir. I. As novas tecnologias estimulam a busca de mais informações por parte do aluno nativo digital, mas, por si só, não mudam diretamente o processo de ensino- aprendizagem, o qual depende do uso que se faz delas. II. O professor que não domina as tecnologias digitais deve ser capaz de identificar o aluno nativo digital pelas informações que ele obtém pela internet. Questão 4 – questão 29 – Enade 2014 III. A utilização das novas tecnologias nos ambientes online, integrada às atividades escolares e aos conhecimentos prévios do aluno, é suficiente para a construção do conhecimento. IV. Uma das tarefas do professor é desenvolver novas formas de ensinar e aprender, incentivando o olhar crítico do aluno frente às inúmeras informações que a tecnologia digital oferece. Questão 4 – questão 29 – Enade 2014 É correto apenas o que se afirma em: a) II. b) IV. c) I e III. d) I e IV. e) II e III. Antes de analisar, vamos para a Questão 5 – questão 30 – Enade 2014 Na atualidade, o surgimento de um novo tipo de sociedade tecnológica é determinado principalmente pelos avanços das tecnologias digitais de comunicação e informação e pela microeletrônica. Essas novas tecnologias – assim consideradas em relação às tecnologias anteriormente existentes –, quando disseminadas socialmente, alteram as qualificações profissionais. A ciência, hoje, na forma de tecnologias, altera o cotidiano das pessoas e coloca-se em todos os espaços. Não há dúvida de que as novas tecnologias de comunicação e informação trouxeram mudanças consideráveis e positivas para a educação. Antes de analisar, vamos para a Questão 5 – questão 30 – Enade 2014 Vídeos, programas educativos na televisão e no computador, sites educacionais e softwares diferenciados transformam a realidade da aula tradicional, dinamizam o espaço de ensino- aprendizagem, onde anteriormente predominava a lousa, o giz, o livro e a voz do professor. Para que as Tecnologias de Comunicação e Informação (TIC) possam fazer alterações no processo educativo, elas precisam, no entanto, ser compreendidas e incorporadas pedagogicamente. Isso significa que é preciso respeitar as especificidades do ensino e da própria tecnologia para poder garantir que seu uso realmente faça diferença. KENSKI, V. M. Educação e Tecnologias: o novo ritmo da informação. Campinas: Papirus, 2007 (com adaptações). Questão 5 – questão 30 – Enade 2014 Na perspectiva do texto anterior, avalie as seguintes asserções e a relação proposta entre elas. I. O avanço das tecnologias digitais de comunicação e informação e da microeletrônica pode ser incorporado às tecnologias mais antigas do trabalho educativo, desde que se compreendam as especificidades do ensino e da própria tecnologia. PORQUE II. O ensino mediado pelas TIC permite ampliar não somente as possibilidades pedagógicas de aprendizagem, mas também a interação entre os atores do processo educativo. Questão 5 – questão 30 – Enade 2014 A respeito dessas asserções, assinale a opção correta. a) As asserções I e II são proposições verdadeiras e a II justifica a I. b) As asserções I e II são proposições verdadeiras e a II não justifica a I. c) A asserção I é uma proposição verdadeira e a II é uma proposição falsa. d) A asserção I é uma proposição falsa e a II é uma proposição verdadeira. e) As asserções I e II são proposições falsas. Introdução teórica O uso da tecnologia na educação Se, por um lado, é impossível, na atualidade, ignorar a importância da tecnologia na vida de pessoas do mundo inteiro, especialmente das mais jovens; por outro, o uso da tecnologia em sala de aula ainda causa acalorados debates entre educadores e acadêmicos. Isso acontece porque não há consenso a respeito do assunto, pois muitos estudos ainda não encontraram correlações diretas entre uso da tecnologia e a melhora no aprendizado. Evidências indicam que a internet, tablets, computadores e aplicativos estimulam a imaginação e a criatividade dos alunos, além de auxiliarem o trabalho do professor. No entanto, usar a tecnologia não deve ser um fim em si mesmo, e sim um meio, uma ferramenta, um instrumento agregador e facilitador do aprendizado e do trabalho docente. Além disso, o uso bem sucedido da tecnologia, em situações ideais, deve vir acompanhado de mudanças de caráter mais profundo, como currículo, avaliação e capacitação e desenvolvimento profissional dos professores. Introdução teórica O uso da tecnologia na educação Dito de outra forma, o uso das novas tecnologias, embora muito estimulante se devidamente utilizadas, não muda diretamente o processo de ensino-aprendizagem, que depende de como essas tecnologias são aplicadas. Tanto professores quanto alunos devem ter olhar crítico frente às inúmeras informações que a tecnologia digital coloca a nosso dispor. Também é de suma importância não perder de vista que a tecnologia deve agregar valor ao trabalho do professor e não substituí-lo. As novas ferramentas tecnológicas devem ser incorporadas aos métodos e aos recursos mais antigos do trabalho educativo. Introdução teórica O uso da tecnologia na educação Diversos estudos acadêmico-científicos indicam que não tem serventia usar a tecnologia apenas para se ter uma aparência de escola moderna; projetos sem objetivos claros nem integração com o currículo escolar vão agregar pouco ao aprendizado, pois o ensino mediado pela tecnologia só amplia as possibilidades pedagógicas quando há objetivos bem determinados e interação entre os atores do processo educativo. É importante que as escolas sejam capazes de ver a internet além dos sites de busca e das redes sociais e que consigam orientar os alunos na elaboração de tarefas bem feitas e criteriosas, que fujam do habitual gesto de “CtrlC+CtrlV” (comandos de computador de “copiar e colar”). Retomada da questão 4 com a resposta correta Hoje, o aluno traz para a escola o que descobre na internet para discutir com seus colegas e professor. Ele não vê mais o professor como um transmissor ou principal fonte de conhecimento, mas espera que ele se apresente como um orientador das discussões travadas em sala de aula ou mesmo nos ambientes online integrados às atividades escolares. As possibilidade de pesquisar, ler e conhecer os mais variados assuntos por meio da internet confere ao aluno um novo perfil de estudante, que exige um novo perfil de professor. Retomada da questão 4 com a resposta correta Cabe ao professor estar atento a essa nova fonte de informações, para transformá-las, junto com os alunos, em conhecimento. O professor é parte inerente e necessária a todo esse processo, possui um lugar insubstituível de mediador e problematizador do conhecimento; ele aprende com o aluno. FREITAS, M. T. Letramento Digital e formação de Professores. Educação em Revista. Belo Horizonte, v. 26, n. 03, 2010, p. 335-362 (com adaptações). Retomada da questão 4 com a resposta correta Considerando os desafios colocados para o educador diante das exigências de novas práticas pedagógicas decorrentes dos avanços das tecnologias digitais, avalie as afirmativas a seguir. I. As novas tecnologias estimulam a busca de mais informações por parte do aluno nativo digital, mas, por si só, não mudam diretamente o processo de ensino-aprendizagem, o qual depende do uso que se faz delas. II. O professor que não domina as tecnologias digitais deve ser capaz de identificar o aluno nativo digital pelas informações que ele obtém pela internet. Retomada da questão 4 com a resposta correta III. A utilização das novas tecnologias nos ambientes online, integrada às atividades escolares e aos conhecimentos prévios do aluno, é suficiente para a construção do conhecimento. IV. Uma das tarefas do professor é desenvolver novas formas de ensinar e aprender, incentivando o olhar crítico do aluno frente às inúmeras informações que a tecnologia digital oferece. Retomada da questão 4 com a resposta correta É correto apenas o que se afirma em: a) II. b) IV. c) I e III. d) I e IV. e) II e III. Alternativa correta: D. Análise das afirmativas e das asserções da questão 4 I. Afirmativa correta. Justificativa. O maior acesso às informações, promovido pelas tecnologias, não muda diretamente o processo de ensino-aprendizagem. II. Afirmativa incorreta. Justificativa. A afirmação de que o professor que não domina as tecnologias digitais deve ser capaz de identificar o aluno nativo digital pelas informações que ele obtém pela internet não tem sentido. Para o trabalho docente, não é necessário nenhum tipo de identificação dessa natureza. Análise das afirmativas e das asserções da questão 4 III. Afirmativa incorreta. Justificativa. Ao contrário do que diz a afirmativa, a utilização das novas tecnologias nos ambientes online, integrada às atividades escolares e aos conhecimentos prévios do aluno, não é, de forma alguma, suficiente para a construção do conhecimento. O trabalho docente é e sempre será fundamental e imprescindível. IV. Afirmativa correta. Justificativa. As formas de ensinar e aprender são dinâmicas e devem acompanhar as inovações tecnológicas. Cabe ao professor encontrar as melhores maneiras para desenvolver o olhar crítico do aluno frente às inúmeras informações que a tecnologia digital oferece. Alternativa correta: D. Retomada da questão 5 Na atualidade, o surgimento de um novo tipo de sociedade tecnológica é determinado principalmente pelos avanços das tecnologias digitais de comunicação e informação e pela microeletrônica. Essas novas tecnologias – assim consideradas em relação às tecnologias anteriormente existentes –, quando disseminadas socialmente, alteram as qualificações profissionais. A ciência, hoje, na forma de tecnologias, altera o cotidiano das pessoas e coloca-se em todos os espaços. Não há dúvida de que as novas tecnologias de comunicação e informação trouxeram mudanças consideráveis e positivas para a educação. Retomada da questão 5 Vídeos, programas educativos na televisão e no computador, sites educacionais e softwares diferenciados transformam a realidade da aula tradicional, dinamizam o espaço de ensino- aprendizagem, onde anteriormente predominava a lousa, o giz, o livro e a voz do professor. Para que as Tecnologias de Comunicação e Informação (TIC) possam fazer alterações no processo educativo, elas precisam, no entanto, ser compreendidas e incorporadas pedagogicamente. Isso significa que é preciso respeitar as especificidades do ensino e da própria tecnologia para poder garantir que seu uso realmente faça diferença. KENSKI, V. M. Educação e Tecnologias: o novo ritmo da informação. Campinas: Papirus, 2007 (com adaptações). Retomada da questão 5 Na perspectiva do texto anterior, avalie as seguintes asserções e a relação proposta entre elas. I. O avanço das tecnologias digitais de comunicação e informação e da microeletrônica pode ser incorporado às tecnologias mais antigas do trabalho educativo, desde que se compreendam as especificidades do ensino e da própria tecnologia. PORQUE II. O ensino mediado pelas TIC permite ampliar não somente as possibilidades pedagógicas de aprendizagem, mas também a interação entre os atores do processo educativo. Retomada da questão 5 A respeito dessas asserções, assinale a opção correta. a) As asserções I e II são proposições verdadeiras e a II justifica a I. b) As asserções I e II são proposições verdadeiras e a II não justifica a I. c) A asserção I é uma proposição verdadeira e a II é uma proposição falsa. d) A asserção I é uma proposição falsa e a II é uma proposição verdadeira. e) As asserções I e II são proposições falsas. Análise das afirmativas e das asserções da questão 5 I. Asserção correta. Justificativa. As tecnologias digitais de comunicação e informação e a microeletrônica devem dialogar com as tecnologias mais antigas do trabalho educativo para que se desenvolva o processo educativo. II. Asserção correta. Justificativa. As novas tecnologias facilitam a comunicação e a interação entre as pessoas e essa característica pode ser bem aproveitada no processo educativo. As duas asserções são corretas, mas não há, entre elas, relação de causa. Alternativa correta: B. Indicações bibliográficas Indicações bibliográficas HABERMAS, J. Teoría de la acción comunicativa. Madrid: Taurus, 1987. LÉVY, P. A conexão planetária: o mercado, o ciberespaço, a consciência. São Paulo: Editora 34, 2001. MERCADO, L. P. L. Novas tecnologias na educação: reflexões sobre a prática. Maceió: EDUFAL, 2002. ATÉ A PRÓXIMA! ESTUDOS DISCIPLINARES TOMO IX Prof. Tadeu Santos Questão 6 – questão 33 – ENADE 2014 Os currículos organizam conhecimentos, culturas, valores e artes a que todo ser humano tem direito. Assim, o currículo deve ser analisado conforme as experiências vividas pelos estudantes, nas quais se articulam os saberes, aprendidos por eles na vivência e na convivência em suas comunidades, com os conhecimentos sistematizados que a escola deve lhes tornar acessíveis. ARROYO, M. G. Educandos e educadores: seus direitos e o currículo. In: ARROYO, M. G. Indagações sobre o currículo, educandos e educadores: seus direitos e o currículo. Brasília: Ministério da Educação, Secretaria de Educação Básica, 2007, p. 67 (com adaptações). Questão 6 – questão 33 – ENADE 2014 A partir da definição de currículo abordada pelo autor, avalie as afirmações a seguir. I. A construção do currículo constitui um processo de seleção cultural, o que pode colocar em desvantagem determinados grupos sociais e culturais. II. O sistema educativo confere ao currículo efetividade que envolve uma multiplicidade de relações, razão pela qual esse deve ser considerado práxis e sua materialização corresponder à forma como foi idealizado. III. As teorias críticas reconhecem a existência de poderes diversos diluídos nas relações sociais, conferindo ao currículo a função de atuar em processos para a inclusão escolar. IV. É desafio da escola incluir no currículo experiências culturais diversificadas, que não reproduzam estruturas da vida social em suas assimetrias e desigualdades. Questão 6 – questão 33 – ENADE 2014 É correto o que se afirma em: a) I, apenas. b) II e III, apenas. c) II e IV, apenas. d) I, III e IV, apenas. e) I, II, III e IV. Introdução teórica Composição curricular O termo currículo sofreu mudanças e passou por várias definições no campo da Pedagogia. Significava, tradicionalmente, a relação entre matérias/disciplinas e uma sequência lógica, um corpo organizado de conhecimento. Na prática, a visão mais comum, que, muitas vezes, perdura até hoje, é a de que se trata de um conjunto de disciplinas a serem ensinadas em cada curso ou série associado ao tempo destinado a cada uma dessas disciplinas. Introdução teórica Com os problemas socioeconômicos surgidos a partir do processo de industrialização e urbanização do século XVIII, teorias progressivistas foram ganhando força e a escola passou a ser vista, naquele contexto, como a instituição responsável pela “compensação dosproblemas da sociedade”. Assim, as teorias críticas passaram a reconhecer que há vários poderes diluídos nas relações sociais, o que confere ao currículo a função de atuar em processos para a inclusão escolar e social. O foco do currículo deixou de ser o conteúdo e passou a ser a forma de organização das atividades. Introdução teórica A composição curricular é um dos temas de maior sensibilidade e complexidade no campo educacional. De acordo com Souza (2009), “o professor deve ter a consciência de que os currículos não são conteúdos prontos a serem transmitidos aos alunos”. Ainda segundo o autor, o currículo é uma construção, uma seleção de conhecimentos e práticas que devem ser reinterpretados em cada contexto histórico. A construção do currículo é, portanto, um momento que reúne múltiplas e diversificadas forças sociais e culturais que, por vezes, se aproximam, se complementam ou estabelecem conflitos de valores e prioridades. Isso é natural em decorrência da multiplicidade de valores e de manifestações culturais que cada grupo social tem e não é diferente no Brasil, país de grandes dimensões territoriais e de enorme diversidade social e cultural. Introdução teórica Isso significa que a construção do currículo pode colocar em desvantagem certos grupos sociais e culturais. Dessa forma, é desafio da escola atual incluir experiências culturais diversificadas, a fim de dirimir desigualdades e não reproduzir, por conseguinte, estruturas da vida social em que haja assimetrias. Outro aspecto extremamente significativo na composição curricular é a política educacional, que é dinâmica e deve ser interpretada e reinterpretada em cada contexto sócio-histórico. Sua aplicação requer uma estratégia de ação complexa, composta por diversos conteúdos, valores e procedimentos metodológicos. Como as propostas curriculares adotadas nas escolas são provenientes de saberes situados em contextos sociais e históricos delimitados, os saberes devem ser articulados com os conhecimentos sistematizados que a escola deve tornar acessíveis aos alunos e baseados na vivência e na convivência dos alunos em suas comunidades. Retomada da questão A partir da definição de currículo abordada pelo autor, avalie as afirmações a seguir. I. A construção do currículo constitui um processo de seleção cultural, o que pode colocar em desvantagem determinados grupos sociais e culturais. II. O sistema educativo confere ao currículo efetividade que envolve uma multiplicidade de relações, razão pela qual esse deve ser considerado práxis e sua materialização corresponder à forma como foi idealizado. III. As teorias críticas reconhecem a existência de poderes diversos diluídos nas relações sociais, conferindo ao currículo a função de atuar em processos para a inclusão escolar. IV. É desafio da escola incluir no currículo experiências culturais diversificadas, que não reproduzam estruturas da vida social em suas assimetrias e desigualdades. Retomada da questão (cont.) É correto o que se afirma em: a) I, apenas. b) II e III, apenas. c) II e IV, apenas. d) I, III e IV, apenas. e) I, II, III e IV. Alternativa correta: D Análise das afirmativas I. Afirmativa correta. Justificativa. A construção do currículo de um curso ou de uma diretriz curricular para todos os cursos de um país é momento de escolha de conteúdos técnicos e culturais que representam valores aceitos por determinado grupo social. É, portanto, um momento de decisão política e social, que nem sempre contempla os interesses de grupos sociais minoritários ou com menor possibilidade de intervenção nessas escolhas. Por isso, é correto afirmar que a construção do currículo constitui um processo de seleção cultural, o que pode colocar em desvantagem determinados grupos sociais e culturais. Quanto maior a prática multicultural, menor a desvantagem dos diversos grupos sociais e culturais. Análise das afirmativas II. Afirmativa incorreta. Justificativa. O sistema educativo nem sempre consegue tornar o currículo efetivo, porque vários fatores devem ser levados em conta. A formação e a seleção dos professores, a remuneração que eles recebem, o local em que o currículo será aplicado e o momento histórico, econômico e social em que o currículo será desenvolvido na prática interferem decisivamente na concretude do currículo. Muitas vezes, a prática do professor em sala de aula será diversa daquela que foi planejada no currículo, pois suas condições objetivas estarão diferentes das que foram originariamente pensadas. Análise das afirmativas III. Afirmativa correta. Justificativa. A inclusão escolar não se limita a garantir que o aluno faça matrícula na escola. Compreende o ingresso do aprendiz no ambiente de educação e também sua permanência durante todos os anos necessários para sua formação, além de sua participação efetiva e constante nas atividades planejadas pela escola. A participação do aluno, a partir de suas vivências e experiências de vida, é a única forma de analisar se os conteúdos escolhidos para aquele currículo estão em consonância com a realidade. O respeito às experiências e vivências que cada aluno traz para o ambiente escolar é o reconhecimento da existência de poderes diversos diluídos nas relações sociais, o que permite ao currículo exercer a função de atuar nos processos para a inclusão escolar. Análise das afirmativas IV. Afirmativa correta. Justificativa. A sociedade é um campo de forças no qual estão em permanente confronto os diversos grupos sociais, seus valores, suas escolhas e suas opções. A escola não deve reproduzir em seu ambiente esse confronto, mas permitir que os distintos grupos sociais se manifestem de forma interativa, democrática, para que diferentes ideias, valores e escolhas dialoguem. É nesse sentido que se pode afirmar que um dos grandes desafios da escola é construir o currículo com experiências culturais diversificadas, que não reproduzam estruturas da vida social em suas assimetrias e desigualdades. Indicações bibliográficas ARROYO, M. G. Educandos e educadores: seus direitos e o currículo. In: ARROYO, M. G. Indagações sobre o currículo, educandos e educadores: seus direitos e o currículo. Brasília: Ministério da Educação, Secretaria de Educação Básica, 2007. LOPES, A. R. C. Pluralismo cultural em políticas de currículo nacional. In: MOREIRA, A. F. B. Currículo: políticas e práticas. São Paulo: Papirus, 1999. SOUZA, T. M. L C. O currículo e a cultura. In: Das 1001 noites aos 200 dias letivos: a representação do livro didático para os professores e o currículo necessário ao mundo contemporâneo. Rio de Janeiro: Saci, 2009. UNESCO. Organização das Nações Unidas para a Educação, Ciência e Cultura. Disponível em: <http://www.unesco.org/new/pt/brasilia/>. Acesso em 23 nov. 2015. INTERVALO Questão 7 – questão 32 – ENADE 2014 O Plano Nacional de Educação (PNE) inclui 20 metas e estratégias traçadas para o setor nos próximos 10 anos. Entre as metas, está a aplicação de valor equivalente a 10% do Produto Interno Bruto (PIB) na educação pública, promovendo a universalização do acesso à educação infantil para crianças de quatro a cinco anos, do ensino fundamental e do ensino médio. Esse plano também prevê a abertura de mais vagas no ensino superior, investimentos maiores em educação básica em tempo integral e em educação profissional, além da valorização do magistério. BRASIL. Conheça as 20 metas definidas pelo PNE. Disponível em: <http://www.brasil.gov.br>. Acesso em 4 jul. 2014 (com adaptações). Questão 7 – questão 32 – ENADE 2014 A Lei n. 13.005, de 25 de junho de 2014, que aprova o PNE, prevê importantes dispositivos, tais como: Art. 5º A execução do PNE e o cumprimento de suas metas serão objeto de monitoramento contínuo e deavaliações periódicas. Questão 7 – questão 32 – ENADE 2014 Art. 10 O plano plurianual, as diretrizes orçamentárias e os orçamentos anuais da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios serão formulados de maneira a assegurar a consignação de dotações orçamentárias compatíveis com as diretrizes, metas e estratégias deste PNE e com os respectivos planos de educação, a fim de viabilizar sua plena execução. Art. 11 O Sistema Nacional de Avaliação da Educação Básica, coordenado pela União, em colaboração com os Estados, o Distrito Federal e os Municípios, constituirá fonte de informação para a avaliação da qualidade da educação básica e para a orientação das políticas públicas desse nível de ensino. Questão 7 – questão 32 – ENADE 2014 Art. 13 O poder público deverá instituir, em lei específica, contados 2 (dois) anos da publicação desta Lei, o Sistema Nacional de Educação, responsável pela articulação entre os sistemas de ensino, em regime de colaboração, para efetivação das diretrizes, metas e estratégias do Plano Nacional de Educação. a) Considerando as informações anteriores, conclui-se que o PNE possibilita ao país iniciar seu processo de desenvolvimento, pois prevê aumento anual de 10% nos patamares de aplicação do PIB em educação e sistema de monitoramento da aplicação de investimentos, o Sistema de Avaliação da Educação Básica, a ser instituído nos próximos dois anos. Questão 7 – questão 32 – ENADE 2014 b) Prevê meta de aplicação de 10% do PIB em educação, sinalizando que os gestores escolares terão 10 vezes mais possibilidades de atingir patamares mais elevados de educação nos próximos 10 anos, pois vincula os investimentos com a educação aos níveis de desenvolvimento do país, aferidos pelo PIB. Questão 7 – questão 32 – ENADE 2014 c) Estabelece que a melhoria da educação básica – universalização do acesso à Educação Infantil, aumento de vagas no Ensino Superior, maior investimento em educação em tempo integral e em educação profissional – evidencia a base para o desenvolvimento, pois o crescimento econômico é o indicador do percentual de recursos do PIB a ser aplicado em educação. d) Disponibiliza para os gestores escolares o crescimento de 10% dos investimentos do PIB em educação, ao ano, durante os próximos 10 anos e um Sistema Nacional de Avaliação para verificar a efetivação de diretrizes e metas dispostas no referido Plano. Questão 7 – questão 32 – ENADE 2014 e) Permite planejar a educação para os próximos 10 anos e institui mecanismos de monitoramento e avaliação, tanto da execução do Plano como da qualidade da educação, por meio do estabelecimento de metas educacionais e definição dos investimentos a serem disponibilizados para o alcance dessas metas. Introdução teórica O Plano Nacional de Educação (PNE) O Plano Nacional de Educação (PNE) inclui 20 metas e estratégias para o setor educacional por dez anos. É o documento responsável pelo planejamento da educação até 2024, já que foi estabelecido em 2014, e institui mecanismos de monitoramento e avaliação. Em seu art. 5º, consta que “a execução do PNE e o cumprimento de suas metas serão objeto de monitoramento contínuo e de avaliações periódicas”. Introdução teórica De acordo com o art. 10, do PNE: “O plano plurianual, as diretrizes orçamentárias e os orçamentos anuais da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios serão formulados de maneira a assegurar a consignação de dotações orçamentárias compatíveis com as diretrizes, metas e estratégias deste PNE e com os respectivos planos de educação, a fim de viabilizar sua plena execução”. Introdução teórica As 20 metas estabelecidas no PNE 2014 são reproduzidas a seguir. Meta 1: universalizar, até 2016, a Educação Infantil na pré-escola para as crianças de 4 (quatro) a 5 (cinco) anos de idade e ampliar a oferta de Educação Infantil em creches, de forma a atender, no mínimo, 50% (cinquenta por cento) das crianças de até 3 (três) anos até o final da vigência deste PNE. Meta 2: universalizar o Ensino Fundamental de 9 (nove) anos para toda a população de 6 (seis) a 14 (quatorze) anos e garantir que, pelo menos, 95% (noventa e cinco por cento) dos alunos concluam essa etapa na idade recomendada, até o último ano de vigência deste PNE. Meta 3: universalizar, até 2016, o atendimento escolar para toda a população de 15 (quinze) a 17 (dezessete) anos e elevar, até o final do período de vigência deste PNE, a taxa líquida de matrículas no Ensino Médio para 85% (oitenta e cinco por cento). Introdução teórica Meta 4: universalizar, para a população de 4 (quatro) a 17 (dezessete) anos com deficiência, transtornos globais do desenvolvimento e altas habilidades ou superdotação, o acesso à educação básica e ao atendimento educacional especializado, preferencialmente na rede regular de ensino, com a garantia de sistema educacional inclusivo, de salas de recursos multifuncionais, classes, escolas ou serviços especializados, públicos ou conveniados. Meta 5: alfabetizar todas as crianças, no máximo, até o final do 3º (terceiro) ano do Ensino Fundamental. Introdução teórica Meta 6: oferecer educação em tempo integral em, no mínimo, 50% (cinquenta por cento) das escolas públicas, de forma a atender, pelo menos, 25% (vinte e cinco por cento) dos alunos da educação básica. Meta 7: fomentar a qualidade da educação básica em todas as etapas e modalidades, com melhoria do fluxo escolar e da aprendizagem, de modo a atingir as seguintes médias nacionais para o Ideb: 6,0 nos anos iniciais do Ensino Fundamental; 5,5 nos anos finais do Ensino Fundamental; 5,2 no Ensino Médio. Introdução teórica Meta 8: elevar a escolaridade média da população de 18 (dezoito) a 29 (vinte e nove) anos, de modo a alcançar, no mínimo, 12 (doze) anos de estudo no último ano de vigência deste plano, para as populações do campo, da região de menor escolaridade no País e dos 25% (vinte e cinco por cento) mais pobres, e igualar a escolaridade média entre negros e não negros declarados à Fundação Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística – IBGE. Meta 9: elevar a taxa de alfabetização da população com 15 (quinze) anos ou mais para 93,5% (noventa e três inteiros e cinco décimos por cento) até 2015 e, até o final da vigência deste PNE, erradicar o analfabetismo absoluto e reduzir em 50% (cinquenta por cento) a taxa de analfabetismo funcional. Introdução teórica Meta 10: oferecer, no mínimo, 25% (vinte e cinco por cento) das matrículas de educação de jovens e adultos, nos Ensinos Fundamental e Médio, na forma integrada à educação profissional. Meta 11: triplicar as matrículas da educação profissional técnica de nível médio, assegurando a qualidade da oferta e, pelo menos, 50% (cinquenta por cento) da expansão no segmento público. Introdução teórica Meta 12: elevar a taxa bruta de matrícula na Educação Superior para 50% (cinquenta por cento) e a taxa líquida para 33% (trinta e três por cento) da população de 18 (dezoito) a 24 (vinte e quatro) anos, assegurada a qualidade da oferta e expansão para, pelo menos, 40% (quarenta por cento) das novas matrículas, no segmento público. Meta 13: elevar a qualidade da Educação Superior e ampliar a proporção de mestres e doutores do corpo docente em efetivo exercício no conjunto do sistema de Educação Superior para 75% (setenta e cinco por cento), sendo, do total, no mínimo, 35% (trinta e cinco por cento) doutores. Introdução teórica Meta 14: elevar gradualmente o número de matrículas na pós- graduação stricto sensu, de modo a atingir a titulação anual de 60.000 (sessenta mil) mestres e 25.000 (vinte e cinco mil) doutores. Meta 15: garantir, em regime de colaboração entre a União, os Estados, o Distrito Federal e os Municípios, no
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