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Auditoria Financeira Caso Prático #4 I) Identifique as principais falhas do sistema de controlo interno, respetivas consequências e apresente sugestões para a sua melhoria. 2) - Pagamento dos Boletins Itinerários no mês seguinte à realização das despesas. Consequências: Como a empresa apenas paga os Boletins Itinerários no mês seguinte à realização das despesas, está a supor que os seus funcionários possuem o dinheiro necessário para as deslocações. Se por diversas razões o funcionário não possuir dinheiro para essas deslocações, poderá ter de tirar da caixa, o que iria originar erros nas contagens da Caixa e na contabilidade pois estas transações não são contabilizadas. Sugestões: Se a empresa fizesse uma estimativa no início do mês dos gastos que são necessários para as deslocações, poderia atribuir um fundo de maneio a cada funcionário responsável pelas deslocações da empresa, de modo a ser mais fácil para e empresa e para os funcionários. 3) - Pagamento de comissões, prémios e horas extraordinárias no mês seguinte. Consequências: Ao a empresa pagar as comissões, prémios e horas extraordinárias de um certo mês, apenas no mês seguinte, faz com que os gastos não correspondam ao trabalho que efetivamente foi prestado. Deste modo, o reconhecimento dos gastos e o resultado final, não será o correto. Sugestões: Para que não existam incorreções a nível de reconhecimento de gastos e do resultado final, a empresa Loja do Gato Pardo deve optar por imputar os gastos relativos aos pagamentos de comissões, prémios e horas extraordinárias no mês em que os mesmo são incorridos. 4) - Recrutamento do pessoal feito entre pessoas indicadas pelos funcionários da loja. Consequências: Se o recrutamento é apenas feito através de pessoas indicadas pelos funcionários das lojas, a empresa poderá perder oportunidades de contratar pessoas com mais habilitações para o cargo pretendido. Sugestões: Para um recrutamento mais abrangente e selecionado, de modo a encontrar a pessoa mais adequada e com mais habilitações para o cargo em questão, a empresa deve publicar anúncios em jornais, cartazes, panfletos..., contactar com agências de emprego e etc. 5) - Ficha de Pessoal no sistema informático, mas desatualizada. Consequências: Estas desatualizações nas Fichas de Pessoal trazem influências negativas para a empresa, uma vez que serão notados erros nas obrigações declarativas a que a mesma está submetida. Por outro lado, pode ainda causar falhas no pagamento dos salários, essencialmente se a desatualização consta no agregado familiar. É dificultada a análise do desenvolvimento e evolução dos funcionários da empresa, uma vez que não se procede à atualização da sua constante mudança no trabalho. Sugestões: A Ficha de Pessoal deve estar devidamente atualizada. É necessário conter o processo individual de forma resumida e permitir uma fácil consulta de modo a que as suas informações sejam fiáveis. 6) - Compras efetuadas nos fornecedores habituais. Consequências: Se as compras forem feitas sempre nos mesmos fornecedores, sem que exista consulta de outros é possível que a empresa não usufrua das melhores condições de preço e qualidade, perdendo acesso a novos produtos e oportunidades mais vantajosas. Sugestões: A secção de compras deve dispor de dois tipos de ficheiros: um de artigos, com indicações de quais os fornecedores em condições de fornecer os bens, e outro relativo aos fornecedores que conterá as informações das condições de venda de cada um, ambos permanentemente atualizados. Esta secção, de maneira a que as necessidades da empresa sejam satisfeitas, deve fazer uma atualização do ficheiro dos fornecedores periodicamente através de consultas ao mercado, abrir concursos e então decidir relativamente a qual o fornecedor mais indicado para tal efeito. - Nota de encomenda com quantidades destinada à secção de receção de mercadorias. Consequências: Se a nota de encomenda na secção de receção de mercadorias contiver as quantidades, no momento da chegada da mercadoria, o responsável na receção poderá rececionar os bens sem proceder à contagem dos mesmo, correndo o risco de a empresa estar a receber menos bens do que aquilo que efetivamente deveria receber. Sugestões: A nota de encomenda entregue à secção de receção de mercadorias não deve mencionar as quantidades encomendadas, de maneira a que a receção registe de facto, após contagem, as quantidades enviadas pelo fornecedor. Isto é, no momento da chega da mercadoria à empresa, o responsável da receção deve solicitar a guia de remessa e posteriormente mandar proceder à contagem dos bens para verificar se as quantidades contadas coincidem com as mencionadas na remessa. - Falta de emissão de nota de encomenda para a secção da contabilidade. Consequências: Sem que haja nota de encomenda na secção da contabilidade, quando a fatura do fornecedor chega à mesma é impossível a verificação adequada. Ou seja, é impraticável a conferência de que o fornecedor está a faturar aquilo que realmente foi encomendado e recebido nas condições acordadas. Não se consegue também conferir que os cálculos de fatura estão corretos aritmeticamente. Sugestões: Devem ser emitidas, no mínimo, quatro exemplares de nota de encomenda. O original deverá ser cedido ao fornecedor. O duplicado, destina-se à secção da contabilidade, para que se possa conferir com os restantes documentos originados pela empresa, entre eles a fatura do fornecedor, a guia de remessa, a guia de receção e a guia de armazém. O documento triplicado entregue na secção de receção de mercadorias de maneira que saibam que a compra foi lançada, é ainda prudente que este terceiro exemplar não apresente as quantidades, para que a receção registe, após contagem, as verdadeiras quantidades enviadas pelo fornecedor. Por último, o quadruplicado é arquivado provisoriamente na secção de compras, anexado ao pedido de compra inicial, após a entrada do bem será movimentado para o arquivo definitivo. Em certos casos, quintuplicado poderá trazer vantagens para a secção de compras arquivar por ordem alfabética de fornecedores. 7) - Falta de emissão de Guia de Receção para a contabilidade. Consequências: Se a Guia de Receção não chegar à secção da contabilidade de maneira a justificar as entregas de mercadoria, não é possível conferir se os bens que foram entregues se adequam no pedido, levando a erros de contabilidade. É ainda frequente que a empresa não tenha rececionado todas as faturas na data de encerramento, no entanto é necessário o registo de todos os factos económicos imputáveis ao exercício, neste caso se as guias de receção não se encontram na secção da contabilidade, a empresa apresentará incorreções por não conseguir contabilizar todos os factos. Sugestões: Uma vez que a receção está ligada ao armazém, não se justifica que seja emitida uma guia de entrada em armazém, deste modo esta é substituída pela própria guia de receção. No entanto devem serem emitidos 3 exemplares da guia de receção: o original entregue à secção da contabilidade, o duplicado para a secção das compras e o triplicado para o arquivo da própria secção. 8) - Reconhecimento de diferenças cambiais apenas no momento das faturas. Consequências: Se a contabilização for feita na data da fatura, poderá não representar efetivamente as dívidas que a empresa tem, uma vez que a taxa de câmbio da data da fatura poderá não ser a mesma da data do pagamento, afetando assim as demonstrações financeiras. Sugestões: O pagamento das dívidas a fornecedores que não se localizem em território de zona euro, as respetivas contas devem ser objeto de codificação própria. Da mesma forma que as contas individuais devem ser escrituradas em euros nas respetivas divisas. Estas dívidas devem ser valorizadas ao câmbio da data das demonstrações financeiras. II) Apresente os ajustamentos e reclassificaçõesque devem ser propostos à empresa Loja do Gato Pardo. 9) Fornecedor A: 1ª Fatura: O Custo das Mercadorias Vendidas (CMV) foi subestimado, devido à mercadoria estar incluída nos Inventários Finas, sem que esta estivesse registada em Compras. Débito Crédito Valor Contabilização da Compra 311 2211 1744,70 Transferência para Mercadorias 321 311 1744,70 Correção do CMV 611 321 1744,70 2ª Fatura: A situação patrimonial da empresa deve ser regularizada, dado que a fatura é de 31/12/19 e representa uma compra e uma obrigação do ano 2019. Como os bens não foram inventariados, a mercadoria encontra-se em trânsito e não foi contabilizada no cálculo do CMV. Não é então necessário corrigir a conta 611, pois a mercadoria não foi incluída no Inventário Final nem estava na conta Compras. Débito Crédito Valor Contabilização da Compra 311 2211 1000,00 Transferência para Mercadorias 321 311 1000,00 Fornecedor B: A nota de crédito deve ser contabilizada no ano 2019, mas como os bens não foram inventariados não é necessário abatê-los no inventário. A sua exclusão do inventário sem a justa contabilização diminui o Custo das Mercadorias Vendidas (CMV) no mesmo valor. Débito Crédito Valor Contabilização da devolução da nota de crédito 2211 317 4000,00 Transferência para Mercadorias 317 321 4000,00 Correção do CMV 221 611 4000,00 Fornecedor C: Não há nenhuma operação a ser registada. O cheque foi enviado no dia 30/12/19 e ainda não foi recebido pelo fornecedor. Quando o fornecedor o receber, a conta será saldada. Fornecedor Z: No final do ano, as dívidas em moeda estrangeira devem ser valorizadas ao câmbio da data das DF (Demonstrações Financeiras). O saldo correto do saldo da empresa é de 15481,5 (1832550,72/118,37). A diferença de 225,5 (15256-15481,5) deve ser contabilizada a débito na conta 6887 (diferenças de câmbio negativas) em contrapartida da conta do fornecedor Z. Débito Crédito Valor Contabilização da diferença de câmbio 6887 2211 225,5 10) No ano 2019 foram regularizados os encargos com férias, o subsídio de férias e a segurança social, não sendo necessário regularizar mais encargos. Existiu apenas uma diferença entre o valor das férias pagas e o valor das férias estimado que necessita de ser regularizada (131734,35-126831,38=4902,97). Devemos tirar da diferença o valor da Segurança Social: 4902,97/1,2375= 3962 Segurança Social: 4902,97-3962= 940,97 Regularização das remunerações e encargos relativos às férias de 2019: Débito Crédito Valor Valor da diferença c/ Segurança Social 27221 4902,97 Valor da diferença 632 3962,00 Segurança Social da Diferença 635 940,97 Está previsto um aumento de vencimentos de 2% que também deve ser regularizado. Remunerações acrescidas do aumento de 2%: 55898x1,02= 57015,96 Mês de férias e subsídio de férias: 57015,96x2= 114031,92 Segurança social: 114031,92x23,75%= 27082,58 Mês de férias, subsídio de férias e segurança social: 114031,92+27082= 141114,5 Diferença entre as remunerações c/ aumento e a estimativa das remunerações a pagar em 2020: 141114,5-138347,55= 2766,95 Devemos tirar o valor da Segurança Social para obtermos o valor das remunerações: 2766,95/1,2375= 2235,92 Segurança Social: 2766,95-2235,92= 531,03 Ajustamento das remunerações e encargos relativos às ferias do ano de 2020: Débito Crédito Valor Remunerações c/ Segurança Social 27221 2766,95 Remunerações 632 2235,92 Segurança Social 635 531,03 O saldo da conta 27221 em 31/12/2019 após estes novos registos será então de: Débito Crédito Saldo inicial 126831,38 Encargos com férias pagos em 2019 131734,35 Encargos com férias a pagar em 2020 138347,55 Valor da diferença e encargos da SS 4902,97 Aumento das remuneração e encargos da SS 2766,95 Saldo em 31/12/2019 141114,5 11) Remunerações de Dezembro de 2019 = Horas extraordinárias + Comissões dos vendedores + Ajudas de Custo = 2350+534+345,23 = 3229,23 Como as Ajudas de Custo estão isentas de contribuições para a Segurança Social têm de ser retiradas das Remunerações para podermos calcular o valor da Segurança Social. Remunerações sem as Ajudas de Custo = 3229,23-345,23= 2884 Segurança Social = 2884x23,75%= 684,95 Remunerações com a Segurança Social = 3229,23+684,95= 3914,18 Regularização das remunerações e encargos de dezembro de 2019. Débito Crédito Valor Remunerações de Dezembro 2019 632 3229,23 Segurança Social das Remunerações 635 684,95 Remunerações c/ Segurança Social 27221 3914,18 Alunas: l37697 Bárbara Birra l37699 Mariana Gomes
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