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Centro Universitário FEI Gabriel Giocoli Cavalcanti RA: 11.116.047-9 Turma: 116 Experimento de Reynolds São Paulo 2020 1 – Resumo Nesta experiência, utilizou-se tubos de Pitot com o objetivo de determinar as velocidades de água em escoamento turbulento numa determinada seção transversal de um duto. Obteve-se perfis de velocidades na referida seção para diversas vazões decrescentes. Pode-se então comparar as velocidades médias obtidas por dos métodos, sendo assim utilizando gráficos para comparar -las. Sumário 2 - Objetivos .................................................................................................................................. 4 3 – Materiais utilizados ................................................................................................................. 4 4 - Introdução teórica .................................................................................................................... 5 5 – Análise de dados ...................................................................................................................... 7 5.1 – Pitot na posição central ...................................................................................................... 11 6 – Conclusão .............................................................................................................................. 15 7 – Bibliografia ............................................................................................................................. 15 2 - Objetivos Nesse relatório procura - se conhecer mais sobre o experimento do tubo de Pitot e realizar os cálculos para determinar a velocidade em cada momento do experimento, além de montar o diagrama da velocidade. 3 – Materiais utilizados - Tubo de Pitot - Tubos de PVC - Tanque de água - Medidor transdutor - Torneira - Cronometro - Manómetro - Medidor tipo manómetro em “U” - Tudo de Venture 4 - Introdução teórica Henri Pitot (1965 / 1771) foi um engenheiro hidráulico francês muito renomado. Em 1732 Henri desenvolveu um método para medida de velocidade, pois para experimentos de escoamento é necessário determinar o módulo e a direção da velocidade do fluido. Portanto, o tubo de Pitot é um instrumento de medida de velocidades em que, utiliza - se da diferença entre as pressões total e estática (medida através de manômetros) permite a obtenção do módulo do escoamento em uma seção. Este equipamento é utilizado atualmente em todos os aviões é um instrumento importantíssimo. A pressão total (pressão total = pressão estática + pressão dinâmica) é medida através do orifício principal no tubo do disposto longitudinalmente ao escoamento e a pressão estática através de orifícios secundários dispostos transversalmente ao escoamento (Fig. 1). Figura 1: Tubo de Pitot Fonte: http://culturaaeronautica.blogspot.com/2011/04/tubo-de-pitot-como-funciona.html Portanto utilizando a equação de pressão total: Ptotal = Pest + Pdin Pdin = Ptotal - Pest (Eq. 1 e 2) Aplicando a equação de energia e da Equação de Bernoulli em que: (Eq. 3): H1 = H2 + Hp1,2 Hp1,2 é desprezível Através da equação de Bernoulli, temos que: (Eq. 4) 𝑣2 2g = 𝑝2−𝑝1 𝛾 http://culturaaeronautica.blogspot.com/2011/04/tubo-de-pitot-como-funciona.html Aplicando assim a equação manométrica: (Eq. 5) 𝑝1 + 𝛾𝑚.ℎ − 𝛾.ℎ = 𝑝2 → 𝑝2 − 𝑝1 = ℎ(𝛾𝑚 − 𝛾) Substituindo na equação 4: (Eq. 6) v = √2𝑔ℎ ( γm− γ γ ) Como g; 𝛾 e 𝛾𝑚 são constantes: (Eq. 7) v = K. √ℎ v = velocidade g = gravidade p1 = pressão 1 p2 = pressão 2 𝛾 = peso específico do fluido h = altura em relação ao referencial 𝛾m = peso específico do fluido “m” (Bromofórmio) Portanto a partir disso temos a velocidade teórica de aproximação do fluido. 5 – Análise de dados O tubo de Pitot utilizado no experimento é do tipo duplo (Fig. 2), faz a captação das duas pressões, estática e total, levando as mesmas através de mangueiras para um manômetro diferencial. O fluido manométrico utilizado é “Bromofórmio”, com um peso específico 𝛾m. Figura 2: Representação do tudo de Pitot utilizado no experimento Fonte: Apostila de Laboratório de Mecânica dos Fluidos - Centro Universitário da FEI - Professores Brunetti, Coquetto e Sérgio Lopes Primeiramente, foi realizado o ensaio do tubo de Pitot, com vazão máxima (Q=2,72 x 10-3 m3/s), em 5 posições diferentes em (mm), sendo elas +15,0;+7,5; 0 (central); -7,5 e -15,0. A partir dessas diferentes posições obtivemos diferentes alturas no medidor tipo manômetro em “U”. Utilizando a equação de velocidade experimental (Eq. 7), obtive -se os seguintes resultados: Tendo como base g= 9,81 m/s2; 𝛾m = 29200 N/m3 e 𝛾 = 10000 N/m3. Exp. PITOT Tabela Desenvolvimento ensaio posição r h √ h v - - mm mm m1/2 m/s 1 parede + 20,5 0 0 0 2 A + 15,0 130 0,360 2,24 3 B + 7,50 160 0,4 2,48 4 C 0 180 0,424 2,64 5 D - 7,50 165 0,406 2,52 6 E - 15,0 140 0,374 2,32 70 parede - 20,5 0 0 0 ∆h =10 cm t =20,07 s K =6,14 m½/s Q =2,72 L/s (utilizada no ensaio) Vm =2,06 m/s Para descobrirmos a velocidade é necessário saber que: 𝑣 = 𝑣max (1 - 𝑟 𝑅 )1 7⁄ e 𝑣𝑚 𝑣𝑚𝑎𝑥 = 49 60 Após descobrir a vazão, calcularemos o nº de Reynolds, utilizando: m = 𝑄 𝐴 = 4.𝑄 𝜋.𝐷2 e 𝑣𝑚𝑎𝑥= 60 49 𝑣𝑚 Obtendo esses dados, somente para uma confirmação, utilizaremos o Re, em que se sabe que o escoamento é turbulento, portanto, o Re> 2400. Caso o Re seja maior que 2400 (turbulento), podemos substituir as equações para obter a velocidade: Dados: D = 41 mm; H20 = 10-6 m2/s. Realizando as contas, sabendo que o Q=cte.: m = 4.𝑄 𝜋.𝐷2 = 2,06 m/s; Re> 2400 Obtendo outra tabela, porem em relação a velocidade teórica: Exp. PITOT Desenvolvimento ensaio posição r v - - mm m/s 1 parede + 20,5 0 2 A + 15,0 2,09 3 B + 7,50 2,36 4 C 0 2,52 5 D - 7,50 2,63 6 E - 15,0 2,72 7 parede - 20,5 0 ∆h =100 mm t =20,07 s Utilizando esses dados obtidos, podemos comparar as velocidades obtidas na equação teórica e no experimental, montando um gráfico da velocidade x posição do Pitot: Gráfico comparando as velocidades (Velocidade x Posição do Pitot) A partir da integração gráfica é possível também obter a velocidade, utilizando uma equação que permite determinar a velocidade média através de uma integração. Através dessa integração, consegue – se uma somatória. Dividindo o diagrama em várias partes vamos obter um ri e um vi referente a esse ri, assim obtendo: -20,5 -15 -7,5 0 7,5 15 20,5 Teórico 0 2,72 2,63 2,52 2,36 2,09 0 Experimental 0 2,32 2,52 2,64 2,48 2,24 0 0 0,3 0,6 0,9 1,2 1,5 1,8 2,1 2,4 2,7 3 V el o ci d ad e (m /s ) Posição do Pitot (mm) Velocidade x Posição Teórico Experimental Teremos uma seguinte tabela: 2,78 2,76 2,72 2,63 2,59 2,52 2,43 2,36 2,09 1,86 1,48 0 0,5 1 1,5 2 2,5 3 3,5 -20 -18 -15 -7,5 -4,5 0 4,5 7,5 15 18 20 V el o ci d ad e (m /s ) Posições Pitot (mm) Velocidade Velocidade Linear (Velocidade) Desenvolvimento r v mm m/s - 20,0 2,77 - 18,0 2,76 - 15,0 2,72 -7,5 2,63 -4,5 2,59 0 2,52 + 4,5 2,43 + 7,50 2,36 + 15,0 2,09 + 18,0 1,86 + 20,0 1,48t =20,07 s ∆h =100 mm Percebe -se que conforme a alteração da posição do Pitot vai sendo positiva, sua velocidade vai diminuindo. Utilizando: Teremos assim a velocidade média que é de: vm = 2.∆𝑟 𝑅2 (vi.ri) = 2,652 m/s 5.1 – Pitot na posição central Para a segunda parte do experimento foram realizadas seis medidas com diferentes vazões, assim obtendo 6 (seis) pontos de medição. O ponto 1, somente foi obtido a pressão de entrada e de saída, e a potência da bomba, pois foi realizado com vazão zero. Partindo do último ponto (6), com vazão máxima, foi – se diminuindo a pressão de saída (Ps). Conforme a pressão abaixava, iam sendo assim coletado os dados conforme a tabela. Juntando todas as medições com o tubo Pitot na posição central, obtive assim, uma tabela com os seguintes dados: Experimento de Pitot Ponto Medida Pe (mmHg) Ps (kPa) Pitot (mm Brenof) Pitot (mca) Pmedidor vazão (mca) Psingular (mca) Pdist. (mca) Tanque h (mm) t (s) Nm (kW) 1 -50 300 - - - - - - - 0,8 2 -100 280 25 0,04 0,16 0,23 0,3 100 58,43 1,1 3 -120 260 60 0,12 0,44 0,65 - 100 33,94 1,3 4 -150 240 90 0,16 0,76 1,10 1,53 100 26,15 1,4 5 -165 220 120 0,22 1,07 1,54 2,18 100 21,87 1,5 6 -180 210 180 0,3 1,28 1,91 2,62 100 20,07 1,6 Com o Pitot na posição central, podemos calcular a velocidade, sendo adotado K =6,22 m½/s: Para se ter uma base melhor, será calculado esses dados pelo método teórico para verificação. Como o Pitot nesse teste sempre se manteve na posição central (zero), o r=0, portanto: 𝑣= 60 49 𝑣𝑚 Exp. PITOT ensaio Q h √ h v - L/s mm m1/2 m/s 1 0 0 0 0 2 0,934 25 0,158 0,98 3 1,609 60 0,245 1,52 4 2,088 90 0,3 1,86 5 2,496 120 0,346 2,15 6 2,720 180 0,424 2,64 Exp. PITOT ensaio Q 𝑣𝑚 v - L/s m/s m/s 1 0 0 0 2 0,934 0,707 0,87 3 1,609 1,219 1,49 4 2,088 1,582 1,93 5 2,496 1,864 2,28 6 2,720 2,061 2,52 Comparando - as graficamente, teremos: Gráfico comparando as velocidades (Velocidade x Vazão) 0,98 1,52 1,86 2,15 2,64 0,87 1,49 1,93 2,28 2,52 0 0,5 1 1,5 2 2,5 3 0,934 1,609 2,088 2,496 2,72 V el o ci d ad e (m /s ) Vazão (L/s) Comparação de velocidade (v x Q) Experimental Teórico Linear (Teórico) 6 – Conclusão Com a análise do experimento e dos dados, foi possível construir um gráfico, comparando as velocidades de escoamento. Os valores calculados das velocidades médias pelos métodos foram muito próximos, considerando-se os desvios intrínsecos. Apesar disso, os valores calculados foram satisfatórios. Observou -se também que a medida em que se vai mudando a posição do tubo de Pitot, diminui -se a velocidade, ou seja, quanto mais o tubo de Pitot vai se distanciando da posição central (posição 0), menor será a velocidade de escoamento. 7 – Bibliografia CENGEL, Y.A., CIMBALA, J.M; Mecânica dos fluidos, Fundamentos e Aplicações, 1ºed. São Paulo: Editora McGraw-Hill, 2007. https://edisciplinas.usp.br/pluginfile.php/1902439/mod_resource/content/1/Experiencia_Tub o_de_Pitot.pdf - Acesso: 08/04/2020; 18:30 https://edisciplinas.usp.br/pluginfile.php/1902439/mod_resource/content/1/Experiencia_Tubo_de_Pitot.pdf https://edisciplinas.usp.br/pluginfile.php/1902439/mod_resource/content/1/Experiencia_Tubo_de_Pitot.pdf
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