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ANÁLISE CRÍTICA NATURALISMO X CONTRATUALISMO

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LARISSA DA SILVA VIEIRA
1º PERÍODO - DIREITO MATUTINO
 PROFESSOR: ALEX IAN PSARSKI CABRAL
MATÉRIA: TEORIA GERAL DO ESTADO E CIÊNCIAS POLÍTICAS
 larissa.vieira@soukennedy.com.br
ANÁLISE CRÍTICA: NATURALISTAS X CONTRATUALISTAS
 O objetivo desta análise é expor de forma crítica as ideias dos principais filósofos naturalistas – Aristóteles e Tomás de Aquino – e contratualistas – Hobbes e Rousseu. A base usada para isto é o artigo feito por alunas da faculdade Luciano Feijão. 
 Segundo os filósofos naturalistas o homem é um animal gregário, eles têm a necessidade de viver em sociedade e possuem um impulso associativo natural. Para eles, o que diferencia a espécie humana dos outros seres que vivem em grupo são a linguagem, a cultura, os costumes etc, características que só são obtidas no convívio uns com os outros. Observando a sociedade atual é possível validar essa teoria, a socialização é algo natural do homem a partir do momento que tem contato com seu semelhante. Esta é importante também para analisar a construção da identidade humana pois viver em sociedade, fazer parte de grupos e construir culturas acontece desde a infância, onde a criança é inserida em um meio social – normalmente a escola – indo até a vida adulta, momento que é possível ver a personalidade formada. Aristóteles diz que o homem é um animal político, ou seja, para concretizar sua essência humana ele precisa ser inserido em uma pólis. Em tempo, completa que essa definição é dada porque, diferente dos outros animais, são dotados da razão e do discurso. Santo Tomás de Aquino vem para completar o pensamento de Aristóteles e expõe que a existência de cada um de nós depende do outro, pois somos animais sociais, citou ainda que existem apenas três casos salvos desta definição que são: o ser humano extremamente virtuoso em comunhão com a própria divindade, os casos de anomalia mental e os acidentes que obrigam os seres humanos a viver só. É notória a relação da teoria desses filósofos com a corrente naturalista pois, como citado, eles afirmam constantemente que o homem é por natureza um animal social e o que diferencia a espécie humana das outras é a existência da vontade, da liberdade e da racionalidade.
 Ao contrário dos autores naturalistas, os contratualistas argumentam que os seres humanos decidiram racionalmente criar a sociedade, pois perceberam que mesmo vivendo próximos viveriam isolados, impossibilitados de se organizar socialmente. É possível rebater essa ideia com exemplos da atualidade, com a naturalidade do contato que o homem tem com seus semelhantes não se pode dizer que isso surgiu racionalmente, como um combinado, pois isso remeteria uma obrigação impossibilitando o contato natural uns com os outros. Para Hobbes o estado de natureza era o momento que os homens eram brutos e fariam qualquer coisa para alcançar seus objetivos, era o período antes da criação da sociedade. Ele expõe que este estado era uma ameaça que pairava sobre todos pois o homem agia pela paixão e não através da razão, diz que a sociedade foi formada a partir da invenção de instituições que previam sanções para aqueles que violassem as normas impostas. Podemos cogitar que Hobbes se equivocou ao dizer que a sociedade surgiu após a criação de instituições, exemplo, o que era o mundo no período pré-histórico? Algo indefinido? Devemos levar em conta que mesmo sem um estado acima de tudo, com aparência rude e animalesca os homens das cavernas se comunicavam, socializavam e precisavam da companhia alheia para sobreviver. Rousseau discorda de Hobbes ao dizer que o estado de natureza humano não significava desordem porque ele acreditava que este é bom, ou seja, antes da corrupção o homem não tinha maldade e não atacaria seu semelhante para alcançar seus objetivos. Ele explica que a sociedade foi criada a partir da vontade geral e da liberdade de todos, quando perceberam a corrupção e a desigualdade decidiram se unir para melhorar tal situação, esta é a chamada teoria do contrato social, onde a criação de leis e regras seria feita pelo povo. A teoria de Rousseau por mais que não seja completamente aceitável não deve ser descartada pois, apesar de não justificar a criação da sociedade, mostra o surgimento do contrato social que hoje chamamos de democracia. 
 A partir desta análise é possível notar que atualmente a teoria mais aceitável é a naturalista, pois como questionado anteriormente, o que era o mundo no período pré-histórico? Algo indefinido? E são questionamentos facilmente respondidos pelo naturalismo, onde o homem é um animal político, um animal gregário que depende do próximo para sobreviver e diferente das outras espécies é dotado da razão e do discurso, deduzimos então, que a sociedade surgiu a partir do primeiro grupo humano existente no mundo. A teoria contratualista por mais que não sirva para responder como surgiu a sociedade, pode ajudar responder outros questionamentos a exemplo de “como surgiu a democracia? ” a partir de um estudo mais aprofundado sobre o contrato social e as instituições provavelmente seria possível chegar a uma resposta concreta.
REFERÊNCIA: 
BRAGA, Amanda Carla Moura; FRANÇA, Clistenes Chaves. Naturalismo v.s Contratualismo. Sobre a origem do social. 2016. 3 v. - Scientia, Ceará, 2016.
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