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a cosmetologia nas estéticas facial e corporal

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A Cosmetologia nas Estéticas Facial e 
Corporal
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V
1.
1
2/228
A Cosmetologia nas Estéticas Facial e Corporal
Autoria: Ana Carla Comune de Oliveira
Como citar este documento: OLIVEIRA, A. C. C. A cosmetologia nas estéticas facial e corporal. 
Valinhos: 2017.
Sumário
Apresentação da Disciplina 04
Unidade 1: Introdução à Cosmetologia. Formas e Fórmulas Cosméticas. Legislação Cosmética 06
Assista a suas aulas 26
Unidade 2: Permeação e absorção cutânea 34
Assista a suas aulas 58
Unidade 3: Veículos utilizados para os tratamentos estéticos com recursos terapêuticos manuais e 
com o uso da eletroterapia.
61
Assista a suas aulas 86
Unidade 4: Fitoterápicos 89
Assista a suas aulas 110
2/228
3/2283
Unidade 7: Veiculação dos Princípios Ativos: Lipossomas, Nanosferas e Microesferas. Despigmen-
tantes de Última Geração e Protetor Solar
171
Assista a suas aulas 194
Unidade 8: Abordagem Toxicológica de Produtos Cosméticos 201
Assista a suas aulas 220
Sumário
A Cosmetologia nas Estéticas Facial e Corporal
Autoria: Ana Carla Comune de Oliveira
Como citar este documento: OLIVEIRA, A. C. C. A cosmetologia nas estéticas facial e corporal. 
Valinhos: 2017.
Unidade 5: Cosmecêuticos, Nutricosméticos e Neurocosméticos 117
Assista a suas aulas 136
Unidade 6: Principais ativos cosméticos utilizados na prevenção e correção das disfunções estéti-
cas corporais e faciais. Mecanismo de ação.
144
Assista a suas aulas 163
4/228
Apresentação da Disciplina
Prezado aluno,
Seja bem-vindo à disciplina de Cosmetolo-
gia na Estética Facial e Corporal, de extrema 
importância para que você, aluno, com-
preenda os aspectos químicos e biológicos 
da ação dos produtos cosméticos.
Nesta disciplina, você compreenderá o que 
são cosméticos, formas de atuação na pele, 
novas tendências e tecnologias de mercado, 
bem como aprenderá a aplicar e a fazer uso 
corretamente desses produtos; conhecerá 
também um pouco mais sobre a história da 
cosmetologia, a legislação cosmética, os 
aspectos da penetração de ativos cosméti-
cos na pele, as formas de veiculação dess-
es ativos no tecido cutâneo – por meio dos 
nanossistemas, lipossomas, nanoesferas, 
nanopartículas, nanoemulsões –, con-
hecerá os ativos cosméticos utilizados nas 
diferentes disfunções estéticas e seus me-
canismos de ação, aprenderá conceitos atu-
ais, como: cosmecêuticos, nutricosméticos, 
nutracêuticos, e também abordagem tox-
icológica dos produtos cosméticos. Final-
izaremos a disciplina com um tema muito 
importante, os fotoprotetores e, com isso, 
você terá sucesso em sua carreira.
O profissional em cosmetologia e estética 
desenvolve suas atividades em centros e 
clínicas de estética, SPAS e salões de bele-
za. Atua na aplicação de tratamentos es-
téticos corporais, faciais, capilares e dos 
anexos cutâneos (pelos e unhas), bem como 
na busca permanente de tendências, técni-
cas e tecnologias de estética e beleza. Tem 
a competência necessária para o planeja-
5/228
mento e a gestão de serviços na área, com 
conhecimentos administrativos e gerenci-
ais, visão de marketing e qualidade.
O mercado de trabalho está em plena as-
censão, a variedade de produtos destinados 
a estética e cosmética cresce consideravel-
mente a cada dia. A busca incessante pela 
beleza deixou de ser exclusividade do uni-
verso feminino, ganhando atualmente um 
vasto espaço para cosméticos destinados 
ao público masculino, aumentando con-
sideravelmente o campo de atuação dos 
profissionais de cosmetologia e estética; 
com isso, tornam-se importantes a quali-
ficação e capacitação para acompanhar o 
desenvolvimento desse segmento do mer-
cado.
6/228
Unidade 1
Introdução à Cosmetologia. Formas e Fórmulas Cosméticas. Legislação Cosmética
Objetivos
1. Conhecer o histórico e a importância 
da cosmetologia.
2. Compreender o que são formas cos-
méticas.
3. Identificar os principais componentes 
das formulações cosméticas.
4. Entender e compreender a legislação 
cosmética.
Unidade 1 • Introdução à Cosmetologia. Formas e Fórmulas Cosméticas. Legislação Cosmética7/228
1. Introdução
Cosmetologia é o estudo de produtos cos-
méticos para diferentes funções, como hi-
gienizar, conservar/proteger, reparar/corri-
gir e maquilar/enfeitar. Acompanha todas 
as etapas, desde o desenvolvimento do cos-
mético até a chegada às mãos do consumi-
dor. Diferentes estudiosos deram sua con-
tribuição para a definição do termo “cos-
metologia”, conforme apresentado a seguir.
Ciência que trata da preparação, estocagem 
e aplicação de produtos cosméticos, como 
também de regras que regem essas ativida-
des – sejam elas de natureza física, química, 
biológica ou microbiológica (JELLINEK apud 
REBELLO, 2004, s.p.).
Foram encontrados relatos de uso de pro-
dutos para embelezamento muito antes do 
nascimento de Cristo. O primeiro registro 
considerável data de 4500 a.C., quando os 
chineses descobriram o poder das plantas. 
Os egípcios também exploraram as pro-
priedades químicas dos vegetais; no século 
I a.C., Cleópatra destacava-se com suas ma-
quiagens e seus banhos com leite de cabra, 
que deram origem às pesquisas cosméticas.
Máscaras faciais noturnas, feitas de farinha 
e favas de miolo de pão diluídas em leite 
de jumenta, foram difundidas por Pompeia 
e eram as favoritas do Imperador Nero na 
Roma Antiga Imperial.
No século II d.C., Galeno, médico grego, in-
ventou o primeiro creme facial do mundo, 
feito à base de cera de abelha, azeite de oli-
va e água.
Unidade 1 • Introdução à Cosmetologia. Formas e Fórmulas Cosméticas. Legislação Cosmética8/228
A indústria cosmética teve início no século 
XX. O primeiro salão de beleza do mundo foi 
inaugurado em 1910, em Londres, por He-
lena Rubinstein. Onze anos depois, o batom 
passou a ser comercializado na forma de 
bastão.
Muitas novidades chegaram ao Brasil na 
década de 1950, incluindo produtos mas-
culinos, por meio de empresas como L’Ore-
al (francesa) e Avon (norte-americana). Os 
protetores solares, os tratamentos a laser e 
os ácidos retinoicos e glicólicos chegaram 
ao Brasil entre as décadas de 1970 e 1980. 
Nos anos 1990, surgiram os cosméticos 
multifuncionais.
No século XXI, as novidades são os neuro-
cosméticos, os fonocosméticos e o uso de 
células-tronco de origem vegetal como ati-
vos cosméticos.
A cosmetologia torna-se uma ciência mul-
tidisciplinar, visto que, cada vez mais, as-
socia-se a outras áreas de conhecimento, 
como aromaterapia, aromacologia, biotec-
nologia, nanotecnologia e fitoterapia.
2. Formas Cosméticas
A forma de um cosmético é escolhida de 
acordo com sua utilização, visando à prati-
cidade, à higiene e aos custos de fabricação 
(considerando matérias-primas e embala-
gens). As formas cosméticas mais utilizadas 
são: sólida, stick, semissólida, líquida, gaso-
sa, gel, sérum e emulsão.
• Sólida: cosmético no estado sólido, 
como pó (talcos, máscaras argilosas, 
maquiagens) e cristais de banho.
Unidade 1 • Introdução à Cosmetologia. Formas e Fórmulas Cosméticas. Legislação Cosmética9/228
• Stick: cosméticos em bastão, como 
desodorantes, batons e lapiseiras de 
maquiagens.
• Semissólida: máscaras muito consis-
tentes e pomadas capilares, que con-
têm elevados teores de cera e óleo.
• Líquida: mistura de substâncias quí-
micas, transparente ou opaca, incolor 
ou colorida. Os veículos utilizados po-
dem ser: água, álcool, propilenoglicol 
e óleo. São loções aquosas (exemplos: 
loção tônica sem óleo), loções hidroal-
coólicas (exemplos: loção de limpeza 
com álcool) e líquidos oleosos (exem-
plo: óleo de banho).
• Gasosa: cosmético em aerossol con-
siste na dispersão de um líquido e/ou 
sólido em um gás (propelente). A pro-
pulsão é feita pela embalagem (enva-
se sob pressão) e por gás propelente.
• Gel: forma cosmética viscosa, mucila-
ginosa, que, ao secar, deixa uma pelí-
cula invisível sobre a pele. Os géis são 
isentos de substâncias graxas.
• Sérum: cosmético com textura leve e 
concentração de princípios ativos – 
geralmente maior que noscosméticos 
habituais. Tem grande teor de água e 
uma ínfima quantidade de óleo, faci-
litando a entrada do produto na pele 
e melhorando sua distribuição. Apre-
senta, ainda, efeito sinérgico com ou-
tros cosméticos de tratamento.
Unidade 1 • Introdução à Cosmetologia. Formas e Fórmulas Cosméticas. Legislação Cosmética10/228
• Emulsão: produto que apresenta uma 
fase aquosa e uma fase oleosa mistu-
radas sob a ação de um emulsionante. 
Pode estar classificado de acordo com 
sua viscosidade e quanto aos teores 
de água e óleo contidos.
2.1 Classificação das emulsões 
quanto à viscosidade
• Creme: emulsão consistente – viscosi-
dade média.
• Loção: emulsão menos consistente 
que o creme – viscosidade baixa.
• Leite: emulsão fluida – viscosidade 
abaixo da loção.
• Espuma (musse): emulsão bifásica, 
em que a fase interna é o ar (ou outro 
gás) e a fase externa é um líquido ou 
um sólido.
2.2 Classificação das emulsões 
quanto ao teor de água
A/O – emulsão água em óleo. Apresenta 
menor teor de água e maior teor de óleo, 
resultando em sensorial oleoso e secagem 
demorada. É a forma indicada para produ-
tos de massagem, removedores de maquia-
gem e cosméticos de forma oclusiva.
O/A – emulsão óleo em água. Apresenta 
menor teor de óleo e maior teor de água, re-
sultando em secagem rápida e toque seco 
e suave. É indicada para cosméticos faciais, 
produtos para mãos e pés (geralmente com 
ação desodorante).
Unidade 1 • Introdução à Cosmetologia. Formas e Fórmulas Cosméticas. Legislação Cosmética11/228
A/O/A e O/A/O – emulsões múltiplas (conhe-
cidas como “emulsões das emulsões”). As 
gotículas de uma das fases contêm, em seu 
interior, gotículas menores da outra fase. 
Ou seja, no sistema A/O/A, a fase interna, 
que é oleosa, tem gotículas de água em seu 
interior, já no sistema O/A/O, a fase interna, 
que é aquosa, tem gotículas de óleo.
 
3. Fórmulas Cosméticas
3.1 Formulação de um produto 
cosmético
Em uma formulação ou composição cosmé-
tica, são encontradas substâncias ou gru-
Para saber mais
Emulsão é uma dispersão constituída de dois lí-
quidos, no mínimo, não miscíveis entre si. Um dos 
líquidos é dispersado dentro do outro, sob forma 
de gotas: é a fase dispersada, descontínua ou in-
terna. A outra fase é a dispersante, contínua ou 
externa. Exemplos de emulsões naturais: leite; fil-
me hidrolipídico de superfície.
Link
No link a seguir, você encontrará um artigo que 
fala sobre as questões da vaidade, da autoesti-
ma e do consumo de produtos e procedimen-
tos estéticos. Disponível em: <http://www.
scielo.br/pdf/rausp/v50n1/0080-2107-
rausp-50-01-0073.pdf>. Acesso em: 7 set. 
2017.
Unidade 1 • Introdução à Cosmetologia. Formas e Fórmulas Cosméticas. Legislação Cosmética12/228
pos de substâncias que vão compor as se-
guintes categorias:
• Veículo ou excipiente.
• Ativos ou princípios ativos.
• Conservantes.
• Corretivos.
• Corantes.
• Pigmentos.
• Perfumes ou óleos essenciais.
Veículo ou excipiente: geralmente consti-
tui a maior parte da formulação, portanto é 
o que determinará a forma física do cosmé-
tico. Por exemplo, no pó compacto, o veícu-
lo é constituído por talco e calium; na loção 
pós-barba, por uma solução hidroalcoólica. 
A natureza física e química do veículo influi 
na estabilidade dos princípios ativos, na for-
ma de liberação, na facilidade de aplicação 
do cosmético, na duração da ação etc.
Ativos ou princípios ativos: substâncias 
químicas (sintéticas ou naturais) responsá-
veis pelo efeito que se deseja obter. Exem-
plos:
Cloridróxido de alumínio – substância sinté-
tica usada como adstringente (antiperspi-
rante) em desodorantes.
Colágeno – bioativo de origem animal utili-
zado como hidratante.
Flavonóis – bioativos de origem vegetal cuja 
função é aumentar a resistência dos vasos 
sanguíneos; são antirradicais livres.
Unidade 1 • Introdução à Cosmetologia. Formas e Fórmulas Cosméticas. Legislação Cosmética13/228
Conservantes: substâncias que protegem o 
produto cosmético tanto de contaminações 
microbianas como de oxidações indesejá-
veis, assegurando, dessa forma, seu prazo 
de validade e segurança de uso.
Corretivos: substâncias que vão corrigir a 
fórmula conforme o efeito desejado. São os 
espessantes, emulsificantes, sequestrantes 
e neutralizadores de pH.
Corantes e pigmentos: de origem animal 
ou sintética, destinam-se a produzir sensa-
ções visuais ao indivíduo.
Perfumes ou óleos essenciais: compostos 
por várias substâncias aromáticas que con-
ferem ao produto individualidade.
3.2 Principais formulações cos-
méticas
3.2.1 Sabonetes
Produtos utilizados com a finalidade de hi-
gienizar a pele, remover as sujidades. Deve-
-se dar preferência aos sabonetes líquidos 
ou cremosos, pois são menos alcalinos, res-
secando menos a pele.
Muitas pessoas ainda acreditam que devem 
lavar a pele várias vezes ao dia com sabo-
nete. O que não sabem é que essa prática é 
prejudicial, uma vez que os sabonetes, além 
de ressecarem a pele, retiram a camada 
de proteção, deixando a pele vulnerável às 
agressões do meio. O ideal é usar sabone-
Unidade 1 • Introdução à Cosmetologia. Formas e Fórmulas Cosméticas. Legislação Cosmética14/228
tes, no máximo, duas vezes ao dia nas peles 
mistas e oleosas. Para as peles muito alípi-
cas, existem leites e emulsões de limpeza 
com ação menos agressiva.
Não se deve esquecer de que os tensoati-
vos (detergentes) contidos nos sabonetes 
e xampus devem ser removidos completa-
mente da pele e dos cabelos.
3.2.2 Demaquilantes
Produtos destinados a remover a maquia-
gem da pele. Devem ser utilizados antes da 
higienização com sabonete, para fazer a 
remoção dos pigmentos e resíduos da ma-
quiagem, que obstruem os poros.
Todo demaquilante tem algum tipo de óleo 
em sua formulação, para facilitar o arraste 
de pigmentos.
3.2.3 Loções tônicas
Equilibram o pH da pele, devolvendo-lhe a 
normalidade que foi retirada com a utiliza-
ção do higienizante. Podem ter ação ads-
tringente, calmante, hidratante ou revigo-
rante.
Os ativos com ação adstringente mais utili-
zados são:
• Ácidos orgânicos de baixo peso mole-
cular (ácido cítrico e ácido lático).
• Álcoois (etanol).
• Extratos vegetais ricos em taninos 
(hamamélis).
• Sulfato de zinco.
Unidade 1 • Introdução à Cosmetologia. Formas e Fórmulas Cosméticas. Legislação Cosmética15/228
Alguns exemplos de ativos utilizados em 
tônicos com função específica são:
• Alantoína (ação reepitelizante).
• Alfabisabolol (ação anti-inflamató-
ria).
• Calêndula (ação calmante).
• Pantenol (ação emoliente).
• Tília (ação calmante).
3.2.4 Esfoliantes
Produtos que têm a finalidade de afinar a 
capa córnea da epiderme, removendo as 
células mortas. Apresentam-se na forma de 
cremes, géis, sabonetes.
Um esfoliante pode ter ação química na 
pele; são os chamados queratolíticos, subs-
tâncias que reagem quimicamente, desfa-
zendo a camada superficial de queratina na 
pele.
Pode também ter efeito físico ou mecânico. 
Nesse caso, apresentam, em sua formula-
ção, grânulos, que podem ser microesferas 
de polietileno, caroços de frutas triturados 
ou qualquer outra substância capaz de ge-
rar atrito na pele e remover células mortas 
por ação mecânica.
Cuidado especial deve ser tomado com es-
foliantes à base de cristais, como sal e açú-
car refinados, pois podem provocar micro-
arranhaduras e microfissuras na pele.
O uso diário de esfoliantes é contraindi-
cado para a maioria dos tipos de pele, pois 
Unidade 1 • Introdução à Cosmetologia. Formas e Fórmulas Cosméticas. Legislação Cosmética16/228
pode levar à remoção exagerada da cama-
da de proteção, deixando o órgão exposto a 
agressões ambientais.
3.2.5 Emulsões
Formulações que contêm óleo, água e um 
agente emulsionante. Podem variar quan-
to a sua viscosidade (cremes, loções, loções 
cremosas, leite, musses) e quanto ao teor de 
água e óleo. Gel-creme é uma emulsão O/A 
com aspecto mais leve, quando comparado 
ao creme.
3.2.6 Géis
Formulações feitas à base de água, sem ne-
nhumtipo de óleo. São indicados para peles 
muito oleosas e acneicas.
3.2.7 Máscaras
Utilizadas para finalização de protocolos 
estéticos. Podem ter ação calmante, hidra-
tante, nutritiva, secativa ou tensora da pele.
As máscaras podem ser apresentadas nas 
formas de gel, creme e pó. Esta última deve 
ser misturada a loções ou soro fisiológico, 
por isso, algumas são vendidas com o di-
luente específico.
A finalidade da máscara é aumentar a pene-
tração (ou permeação) dos ativos aplicados 
anteriormente na pele, além de promover a 
entrada de seus próprios ativos pelo tempo 
de contato. A maioria das máscaras deve 
permanecer na pele por cerca de 20 minu-
tos, em média, para que tenha sua ação as-
segurada.
Unidade 1 • Introdução à Cosmetologia. Formas e Fórmulas Cosméticas. Legislação Cosmética17/228
As máscaras chamadas hidroplásticas cos-
tumam ter alginato em sua formulação, o 
que lhes permite secar na forma de uma pe-
lícula plástica que promove a oclusão dos 
ativos colocados na pele. Se a aplicação da 
máscara for feita sobre uma gaze, sua re-
moção se torna mais fácil.
Máscaras de gesso ou porcelana devem ser 
aplicadas sobre algodão e gaze e também 
têm a função de ocluir os ativos colocados 
na pele, aumentando sua penetração.
Algumas máscaras tensoras formam uma 
fina película, como uma segunda pele. Por 
demorarem um pouco mais para secar, tam-
bém é possível coloca-las sobre uma gaze 
fina, que, além de facilitar a secagem, ajuda 
na remoção da máscara.
Quando em forma de gel ou creme, as más-
caras podem ser removidas com espátula. 
Na sequência, deve-se retirar os resíduos 
com algodão e gaze embebidos em água ou 
loção.
Para saber mais
A fabricação de produtos cosméticos envolve uma 
sucessão de operações que vão desde a pesagem 
das matérias-primas até sua mistura em equipa-
mentos apropriados. Todo processo de fabricação 
segue um conjunto de ações abrangentes descri-
tas no Manual de GMP (Good Manufacturng Prac-
ticies, isto é, Boas Práticas de Fabricação). Essas 
normas e procedimentos tratam também de hi-
giene do trabalho, limpeza e sanitização de equi-
pamentos de fabricação e envase.
Unidade 1 • Introdução à Cosmetologia. Formas e Fórmulas Cosméticas. Legislação Cosmética18/228
4. Legislação Cosmética
4.1 Classificação dos produtos 
cosméticos
Os produtos cosméticos podem ser classifi-
cados de diferentes formas:
• Classe de produtos.
• Função.
• Risco sanitário.
• Forma de apresentação dos cosméti-
cos.
4.1.1 Classe de produtos
Os produtos são divididos em quatro gru-
pos, segundo suas finalidades gerais: per-
fume, produto de higiene, produto de uso 
infantil e cosmético.
4.1.2 Função
Considerando-se sua função principal, os 
cosméticos podem higienizar, conservar, 
proteger, reparar, corrigir, maquilar e enfei-
tar.
Link
No próximo link, você encontrará informações 
sobre formulações cosméticas contendo pante-
nol. Disponível em: <http://www.teses.usp.br/
teses/disponiveis/60/60137/tde-17012007-
143439/pt-br.php>. Acesso em: 12 dez. 2017.
Unidade 1 • Introdução à Cosmetologia. Formas e Fórmulas Cosméticas. Legislação Cosmética19/228
Há muito tempo, os produtos deixaram de 
ter uma única função, como sabonetes para 
higienizar, loções para tonificar e hidratan-
tes para hidratar. Vive-se a era dos produ-
tos multifuncionais, com atuação cada vez 
mais complexa e eficiente na pele.
Assim, por exemplo, existem sabonetes 
que são esfoliantes e hidratantes, loções 
que equilibram o pH, hidratam, combatem 
os radicais livres ou têm ação adstringente 
associada à ação calmante. Há hidratantes 
que são, ao mesmo tempo, antienvelheci-
mento, calmantes, antioxidantes e proteto-
res solares.
4.2.3 Risco sanitário
Indica o grau de risco que um produto pode 
oferecer ao usuário quando utilizado de for-
ma adversa.
Grau I (risco mínimo): pertencem a esse 
grau os produtos com propriedades básicas, 
sem necessidade de comprovação de eficá-
cia e sem a necessidade de conter em seus 
rótulos informações detalhadas quanto a 
modo e restrições de uso. Exemplos são: sa-
bonetes, xampus, cremes hidratantes, óle-
os, perfumes e maquiagens sem proteção 
solar e sem ações específicas como efeito 
antisséptico, antiacne e antienvelhecimen-
to.
Grau II (risco máximo ou potencial): per-
tencem a esse grau os produtos com indi-
Unidade 1 • Introdução à Cosmetologia. Formas e Fórmulas Cosméticas. Legislação Cosmética20/228
cações específicas, com eficácia e segurança comprovadas. O rótulo deve conter informações 
detalhadas quanto a modo e restrições de uso. Exemplos são xampus tonalizantes, xampus anti-
caspa, protetores solares, desodorantes antiperspirantes, esfoliantes químicos, tinturas capila-
res, clareadores faciais e cosméticos antienvelhecimento.
A classificação é baseada em fatores como composição química, local de aplicação do cosmé-
tico, tempo de contato do produto com o local da aplicação e o usuário do cosmético. Em razão 
deste último fator, todos os produtos infantis são classificados como Grau II, já que a criança 
tende a utilizá-lo de forma incorreta.
Para saber mais
A Legislação Brasileira que rege a preparação e a comercialização de produtos cosméticos abrange alguns 
órgãos governamentais, como:
• Ministério da Saúde: estabelece leis com o objetivo de regulamentar diversos segmentos 
ligados à Saúde Pública, incluindo a fabricação de produtos cosméticos.
• Ministério da Justiça: regulamenta as informações que devem ser transmitidas ao consu-
midor.
• Ministério do Meio Ambiente: controla a poluição do ar e das águas, de que faz parte o tra-
tamento de efluentes despejados pelas indústrias, incluindo a de cosméticos.
Unidade 1 • Introdução à Cosmetologia. Formas e Fórmulas Cosméticas. Legislação Cosmética21/228
Link
No link a seguir, você encontrará informações so-
bre a Legislação de Produtos cosméticos determi-
nadas pela ANVISA (Agência Nacional de Vigilân-
cia Sanitária) e saberá distinguir os produtos de 
Grau I e Grau II. Disponível em: <http://portal.
anvisa.gov.br/cosmeticos>. Acesso em: 6 set. 
2017.
http://portal.anvisa.gov.br/cosmeticos
http://portal.anvisa.gov.br/cosmeticos
Unidade 1 • Introdução à Cosmetologia. Formas e Fórmulas Cosméticas. Legislação Cosmética22/228
Glossário
Grau de Risco I: produtos isentos de registro no Ministério da Saúde, que oferecem riscos míni-
mos ao usuário.
Grau de Risco II: produtos que devem ter segurança e eficácia comprovadas, além do registro no 
Ministério da Saúde.
Cosméticos naturais: estendem seus efeitos por todo o organismo. As fases oleosas são feitas 
com ceras e esqualenos naturais, além de lanolina e ésteres, fosfolipídeos, derivados biológicos.
Questão
reflexão
?
para
23/228
Prezado aluno,
Conforme você viu na aula, as formas cosméticas são 
o modo como os cosméticos estão disponíveis para o 
consumidor. Faça uma revisão geral de todas as formas 
cosméticas e liste-as. Reflita se todas elas podem ser 
utilizadas em todos os tipos de pele. Se você achar que 
sim, explique; se discordar, justifique.
24/228
Considerações Finais
• Cosmetologia é a ciência que trata da preparação, da estocagem e da apli-
cação de produtos cosméticos, bem como das regras que orientam essas 
atividades – sejam elas de natureza física, química, biológica ou microbio-
lógica.
• Cosméticos, produtos de higiene e perfumes são preparações constituídas 
por substâncias naturais ou sintéticas, de uso externo, nas diversas partes 
do corpo humano – pele, sistema capilar, unhas, lábios, órgãos genitais ex-
ternos, dentes e membranas mucosas de cavidade oral.
• Produtos de Grau I são aqueles que oferecem risco mínimo ao indivíduo, 
como xampus, sabonetes e outros sem filtro solar. Produtos de Grau II são 
aqueles que oferecem risco aos usuários, por exemplo: filtros solares, pro-
dutos infantis e produtos antienvelhecimento.
• A legislação brasileira que rege a preparação de produtos cosméticos abran-
ge vários órgãos, como: Ministério da Saúde, Ministério da Justiça,Ministé-
rio do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior e Ministério do Meio 
Ambiente.
Unidade 1 • Introdução à Cosmetologia. Formas e Fórmulas Cosméticas. Legislação Cosmética25/228
Referências
ANVISA. Agência Nacional de Vigilância Sanitária. Cosméticos. Disponível em: <http://portal.an-
visa.gov.br/cosmeticos>. Acesso em: 6 set. 2017.
CAMARGO JUNIOR, F. B. de. Desenvolvimento de formulações cosméticas contendo pantenol 
e avaliação dos seus efeitos hidratantes na pele humana por bioengenharia cutânea. 2006. 
Dissertação (Mestrado em Ciências Farmacêuticas) – Faculdade de Ciências Farmacêuticas de 
Ribeirão Preto, Ribeirão Preto, 2006. Disponível em: <http://www.teses.usp.br/teses/disponi-
veis/60/60137/tde-17012007-143439/pt-br.php>. Acesso em: 12 dez. 2017.
HERNANDEZ, M; MERCIER-FRESNEL, M. M. Manual de cosmetologia. 3. ed. Rio de Janeiro: Revin-
ter, 1999.
LACRIMANTI, L. M; VASCONCELOS, M. G; PEREZ, E. Curso didático de estética: volume 1. 2. ed. 
São Caetano do Sul: Yendis, 2014.
REBELLO, T. Guia de produtos cosméticos. 8. ed. São Paulo: Editora Senac, 2004.
STREHLAU, V. I.; CLARO, D. P.; LABAN NETO, S. A. A vaidade impulsiona o consumo de cosméticos 
e de procedimentos estéticos cirúrgicos nas mulheres? Uma investigação exploratória. R. Adm. 
São Paulo, v. 50, n. 1, jan.-mar., 2015. Disponível em: <http://www.scielo.br/pdf/rausp/v50n1/
0080-2107-rausp-50-01-0073.pdf>. Acesso em: 7 set. 2017.
http://portal.anvisa.gov.br/cosmeticos
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26/228
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Aula 1 - Tema: Introdução a Cosmetologia. Blo-
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27/228
1. Princípios ativos são substâncias químicas (sintéticas ou naturais) respon-
sáveis pelo efeito que se deseja obter. Um exemplo de bioativo de origem 
animal utilizado como hidratante é o(a):
a) Colágeno.
b) Cloridróxido de alumínio.
c) Flavonol.
d) Matrixyl.
e) Óxido de zinco.
Questão 1
28/228
2. São produtos que têm a finalidade de afinar a capa córnea da epiderme, 
removendo as células mortas. Apresentam-se na forma de cremes, géis, 
sabonetes. A forma cosmética citada corresponde ao:
a) Creme.
b) Gel.
c) Sérum.
d) Esfoliante.
e) Sabonete.
Questão 2
29/228
3. Formas cosméticas que equilibram o pH da pele, devolvendo-lhe a nor-
malidade que foi retirada com a utilização do higienizante. Podem ter ação 
adstringente, calmante, hidratante ou revigorante na pele, são os(as):
a) Esfoliantes.
b) Máscaras.
c) Loções tônicas.
d) Géis.
e) Sabonetes.
Questão 3
30/228
4. A forma cosmética que se apresenta como máscaras muito consistentes 
e pomadas capilares, que contêm elevados teores de cera e óleo é a:
a) Sólida.
b) Semissólida.
c) Líquida.
d) Gel.
e) Sérum.
Questão 4
31/228
5. As formulações cosméticas de origem animal ou sintética, que se desti-
nam a produzir sensações visuais ao indivíduo, são os:
a) Conservantes.
b) Hidratantes.
c) Corretivos.
d) Corantes ou pigmentos.
e) Veículos ou excipientes.
Questão 5
32/228
Gabarito
1. Resposta: A.
O colágeno é uma proteína que dá estrutu-
ra, firmeza e elasticidade à pele, ele é produ-
zido naturalmente pelo corpo, mas também 
pode ser encontrado em alimentos como 
carne e gelatina, em cremes hidratantes ou 
suplementos alimentares em cápsulas ou 
pó. Essa proteína é muito importante para 
manter as células firmes e unidas, não ape-
nas da pele, mas também de outros teci-
dos, como para conservar a integridade dos 
músculos, dos ligamentos, dos tendões e 
das articulações, melhorando a sua saúde. 
O colágeno é muito utilizado como bioativo 
de origem animal e um potente hidratante.
2. Resposta: D.
Um esfoliante pode ter ação química na pele, 
como os chamados queratolíticos, substân-
cias que reagem quimicamente com a pele, 
desfazendo a camada superficial de quera-
tina. Pode também ter efeito físico ou me-
cânico, para este último, os esfoliantes têm, 
em sua formulação, grânulos, que podem 
ser microesferas de polietileno, caroços de 
frutas triturados ou qualquer outra subs-
tância capaz de gerar atrito na pele e remo-
ver células mortas por ação mecânica.
33/228
Gabarito
3. Resposta: C.
As loções tônicas têm a finalidade de equili-
brar o pH da pele, devolvendo-lhe a norma-
lidade retirada com a utilização do higieni-
zante. Podem ter ação adstringente e cal-
mante, hidratante ou revigorante na pele.
4. Resposta: B.
Formas semissólidas são demasiadamente 
utilizadas, trata-se de máscaras muito con-
sistentes e pomadas capilares, que contêm 
elevados teores de cera e óleo.
5. Resposta: D.
Corantes ou pigmentos são formulações 
cosméticas de origem animal ou sintética, 
que se destinam a produzir sensações visu-
ais no indivíduo.
34/228
Unidade 2
Permeação e absorção cutânea
Objetivos
1. Compreender a estrutura da barreira 
epidérmica.
2. Entender o mecanismo de permeabi-
lidade e absorção cutânea.
3. Conhecer as vias de entrada dos cos-
méticos na pele.
4. Entender a permeação cutânea em 
relação ao subtipo ou tipos cutâneos.
5. Compreender os fatores que afetam 
a permeabilidade cutânea.
6. Conhecer os principais procedimen-
tos estéticos que facilitam a permea-
bilidade cutânea.
Unidade 2 • Fitoterápicos35/228
Introdução
A cosmética desenvolve fórmulas capazes 
de interagir cada vez mais com a estrutura 
da pele, promovendo mudanças fisiológi-
cas, tratando um ou mais componentes da 
pele e corrigindo as desordens cutâneas. Já 
está comprovado que produtos de ação tó-
pica, até mesmo a água, afetam a estrutura 
da pele. 
O uso desses produtos pode levar a um pro-
cesso de penetração, ou até absorção, de-
correntes da interação do tecido cutâneo 
com os produtos químicos. Exemplos disso 
são os tratamentos da camada lipídica com 
os antisseborreicos, do extrato córneo com 
hidratantes e/ ou renovadores celulares, das 
desordens envolvendo melanócitos (como 
manchas e hipercromias) com despigmen-
tantes.
A grande procura por tratamentos perso-
nalizados e eficazes fez as empresas inova-
rem suas tecnologias para oferecerem ao 
público ampla variedade de fórmulas com-
patíveis com as necessidades dos diferentes 
tipos de pele.
Sabe-se que a epiderme é praticamente 
impermeável a todas as substâncias não 
gasosas, e essa é uma característica de sua 
função protetora. Se não fosse assim, seria 
possível provocar fenômenos de sensibili-
zação pela aplicação de algumas substân-
cias, principalmente proteínas, ou seria fá-
cil a penetração de microrganismo por meio 
dessa barreira que é a pele.
Unidade 2 • Fitoterápicos36/228
1. A estrutura da barreira 
epidémica
A pele é um órgão flexível e autorregenerativo 
que reveste e molda o corpo, atuando como 
uma barreira protetora que previne a pene-
tração de irritantes e alérgenos do ambiente 
e que evita a perda de água do organismo, 
mantendo a homeostase interna. A pele tam-
bém protege fisicamente os órgãos internos, 
limita a passagem de substâncias e contribui 
para a manutenção da temperatura corporal 
e dapressão sanguínea. Possui três camadas: 
a epiderme, a derme e o tecido subcutâneo.
 A epiderme é responsável pela função de bar-
reira da pele e é composta por uma camada de 
queratinócitos justapostos, que são formados 
no estrato basal (camada germinativa) por 
divisão celular. Conforme os queratinócitos 
se movem por meio das camadas espinhosas 
(camadas de células de Malpighi) e granulosa 
em direção ao estrato córneo, sofrem modifi-
cações graduais em sua forma e composição 
química. Assim, é formada uma estrutura rígi-
da de queratina, microfilamentos e microtú-
bulos.
 Ao chegarem à camada córnea, essas célu-
las diferenciadas estão mortas, achatadas e 
anucleadas e são ditas corneócitos. Entre os 
corneócitos existe uma camada de lipídeos 
e proteínas, que atuam evitando a perda de 
água. Os lipídeos são expelidos dos corpos la-
melares, presentes nos estratos granuloso e 
espinhoso. Dessa maneira, o espaço intercor-
neócito é formado por bicamadas multilame-
lares altamente organizadas, sendo a camada 
lipídica o principal componente da barreira 
epidérmica.
Unidade 2 • Fitoterápicos37/228
 A camada córnea pode ser comparada a uma 
parede de tijolos e os lipídeos lamelares o ci-
mento. O estrato córneo (EC) é um tecido bio-
logicamente ativo que funciona como a pri-
meira interface com o ambiente externo e é 
essencial para prevenir a desidratação e pro-
teger contra agressões externas.
A retenção de água na camada córnea é de 
extrema importância à manutenção da pele 
saudável. Os corneócitos contém uma subs-
tância capaz de reter água em seu interior, o 
fator de hidratação natural (natural moisturi-
zing fator – NMF). Assim, o grande volume de 
água retido faz com que inchem, prevenindo 
a formação de fissuras e fendas entre eles.
Para saber mais
A permeabilidade cutânea é a 
capacidade que a pele tem em 
deixar passar, seletivamente, cer-
tas substâncias em função de sua 
natureza química ou de determi-
nados fatores.
Unidade 2 • Fitoterápicos38/228
 A flexibilidade e a elasticidade da pele estão 
diretamente relacionadas com os conteú-
dos de água. Tanto os lipídeos intercelulares, 
quanto as substâncias hidrossolúveis presen-
tes no NMF contribuem efetivamente para o 
controle do conteúdo de água da pele. Na ca-
mada córnea, o conteúdo hídrico médio é de 
15% podendo aumentar por oclusão da pele 
ou por longa exposição a água. 
Para saber mais
Ionoforese é o processo pelo qual 
se realiza a introdução de produtos 
cosméticos por meio de corrente 
galvânica (corrente elétrica contínua 
utilizada em tratamentos estéticos). 
Apenas substâncias iônicamente 
dissociadas ou substâncias covalen-
tes podem ser introduzidas por esse 
método. A penetração desses íons se 
dá por meio do folículo piloso. Os fa-
tores que influenciam a quantidade 
de penetração dos princípios ativos 
ionizados são: o tempo de passagem 
de corrente elétrica e a intensidade 
da corrente elétrica.
Unidade 2 • Fitoterápicos39/228
2. Permeabilidade Cutânea
Permeabilidade cutânea é a capacidade que 
a pele possui de deixar passar, seletivamente 
determinadas substâncias em função de sua 
natureza bioquímica ou de determinados fa-
tores, como idade, sexo, patologias e gesta-
ção.
Foi visto que os cosméticos são formulações 
de uso tópico, sem penetração sistêmica, des-
tinados a higienizar e embelezar a pele, pre-
venindo, mantendo e melhorando suas ca-
racterísticas básicas. Sabe-se também que a 
epiderme tem como função principal a prote-
ção do corpo humano contra a ação de agen-
tes externos. Essa função de barreira torna a 
epiderme quase totalmente impermeável a 
substâncias não gasosas.
Dessa forma, um dos grandes desafios da in-
dústria cosmética é formular produtos que 
consigam vencer essa barreira e sejam apro-
veitados nas camadas cutâneas mais inter-
nas. 
Alguns cosméticos, dependendo de suas pro-
priedades físico-químicas conseguem.
• Substâncias com maior capacidade de 
permeação (permeáveis): gases, princi-
palmente O2 e CO2; etanol; água; molécu-
las muito pequenas abaixo de 0,8 nanôme-
tros; substâncias hidrossolúveis; e substân-
cias lipossolúveis de baixo peso molecular. 
Os filamentos de queratina presentes na 
pele permitem a passagem de substân-
cias hidrossolúveis, e os lipídeos existentes 
entre as camadas de queratina permitem 
a passagem de substâncias lipossolúveis. 
Uma boa hidratação cutânea facilita a en-
trada dos ativos hidrossolúveis; já os lipos-
Unidade 2 • Fitoterápicos40/228
solúveis devem possuir baixa volatilidade e 
viscosidade para que a entrada seja eficaz.
• Substâncias com capacidade mediana de 
permeação (semipermeáveis): aminoácidos; 
glicose; nucleotídeos; íons (Ca2+, Na+, K+, Cl-
); vitaminas D e E; hormônios; anestésicos; re-
sorcina; e hidroquinona.
• Substâncias sem capacidade de permeação 
(impermeáveis): eletrólitos, proteínas e car-
boidratos. A entrada dos eletrólitos só é con-
siderável se estiverem ionizados. Proteínas e 
carboidratos são impermeáveis em razão do 
seu tamanho e da baixa lipossolubilidade. O 
colágeno e a elastina, em suas formas natu-
rais, são utilizados em cosméticos por suas 
propriedades de umectância na superfície da 
pele, mas não conseguem agir em camadas 
mais profundas. Essa dificuldade pode ser mi-
nimizada se o peso molecular for reduzi-
do por meio de hidrólise e consequente 
ionização.
2.1 – Vias de entrada dos cos-
méticos na pele
• Transepidérmica – pode ser intercelular 
ou intracelular (transcelular). Na via in-
tercelular, o cosmético entra através dos 
espaços vazios entre as células. Já na via 
intracelular, o cosmético entra na pele 
atravessando a célula. A entrada tran-
sepidérmica é muito lenta, mas, por cau-
sa da grande extensão da pele, é consi-
derada a mais importante. Dessa forma, 
por terem superfície corporal geralmente 
maior, os homens têm melhor aproveita-
mento dos produtos cosméticos do que 
Unidade 2 • Fitoterápicos41/228
as mulheres.
• Transanexial – o cosmético entrará pelos 
orifícios pilossebáceos e folículos pilosos, 
sendo responsável por aproximadamen-
te 1% da entrada de cosméticos na pele. 
Como parte da entrada dos produtos ocor-
re através dos folículos pilosos, uma região 
com maior quantidade de pelos terá absor-
ção cutânea maior do que uma região gla-
bra, ou seja, que não possui pelos.
2.2 – Permeação cutânea em 
relação ao subtipo ou tipos cutâ-
neos
Peles hidratadas apresentam maior per-
meabilidade cutânea, enquanto peles lipí-
dicas ou acneicas demonstram dificuldade 
para a entrada de cosméticos, em razão da 
obstrução dos óstios (orifícios pilossebáce-
os). Peles alípicas também tem menor per-
meabilidade cutânea, decorrente do baixo 
número ou ausência de folículos pilossebá-
ceos em algumas regiões.
2.3 – Fatores que afetam a 
permeabilidade cutânea
2.3.1 - Fatores biológicos
• Espessura da epiderme: pele hiperquerati-
nizada tem menor permeabilidade cutânea.
Unidade 2 • Fitoterápicos42/228
• Idade: com o avanço da idade ocorre re-
dução da hidratação natural, favorecendo 
o espessamento do estrato córneo e difi-
cultando a entrada de cosméticos na pele.
• Região anatômica: mucosas, regiões com 
grande número de orifícios pilossebáceos, 
ou áreas mais vascularizadas, têm maior 
permeabilidade cutânea.
2.3.2 – Fatores Fisiológicos
• Fluxo sanguíneo: o aumento do fluxo san-
guíneo provoca hiperemia, tornando a 
pele mais permeável.
• Hidratação: peles hidratadas apresentam 
maior permeabilidade cutânea.
• pH da pele: o pH fisiológico é de aproxi-
madamente 5,0 (ácido). Um pH alcalino 
eleva a permeabilidade.
2.3.3 – Fatores cosmetológi-
cos
• Peso molecular baixo: quanto menor a 
molécula, mais fácil é sua entrada na 
pele.
• Concentração: quanto maior a concen-
tração do princípio ativo no cosmético, 
maior é a sua permeabilidade, pela ca-
pacidade de difusão de substâncias.
• Solubilidade: a permeabilidade aumen-
ta com a lipossolubilidade do cosméti-
co. Deve-se destacar que as emulsões 
Unidade 2 • Fitoterápicos43/228do tipo O/ A demonstram maior perme-
abilidade cutânea quando comparadas 
com as A/ O, ou seja, o excesso de óleo 
pode dificultar a entrada do cosméti-
co, enquanto uma pequena quantidade 
pode auxiliar.
• Substâncias iônicas: essas substâncias 
atravessam a pele com maior facilidade. 
A entrada desses ativos, que ocorre atra-
vés do folículo pilossebáceo, é influen-
ciada pela intensidade e pelo tempo de 
passagem da corrente elétrica. Ativos 
ou substâncias ionizadas mais utiliza-
das: colágeno, placenta, fator natural de 
hidratação cutânea (NMF), salicilato de 
sódio e uréia.
• Tempo de exposição: quanto maior o tem-
po de exposição, maior é a permeabilida-
de cutânea.
• pH do cosmético: deve estar de acordo 
com sua finalidade. Geralmente, encon-
tra-se ácido. No entanto, para resultar em 
elevada permeabilidade, o pH pode ser al-
calino.
• Veículos: veículos vetoriais, como lipos-
somas, nanosferas, ciclodextrinas e fitos-
somas, facilitam a permeabilidade até as 
camadas mais profundas.
2.3.4 – Veículos
Unidade 2 • Fitoterápicos44/228
2.3.4.1 - Lipossomas
Estruturas unilamelares ou multilamelares 
com grande afinidade pelos fosfolipíde-
os cutâneos, pois, geralmente, são feitos 
com fosfolipídeos (como a fosfatidilcolina 
com ou sem colesterol). Também podem 
ser feitos com éteres de poliglicerol ou ce-
ramidas. Sua concentração usual é de 1 a 
3% em cremes não iônicos e géis. Podem 
transportar ativos de diferentes finalidades 
(extratos vegetais, vitaminas, enzimas, fil-
tros solares, entre outros). Ao se depararem 
com a membrana da célula, os lipossomas 
liberam ativos contidos em seu interior.
2.3.4.2 – Nanosferas
São esferas poliméricas, microporosas de 
polietileno. Possuem elevada estabilidade 
em formulações com tensoativos. Liberam 
gradualmente os princípios ativos que con-
tém em seu interior.
Para saber mais
Tensoativos são substâncias que, por 
possuírem em sua estrutura molecular 
grupos com afinidade pela água (hidro-
fílicos) e por lipídeos (lipofílicos), têm a 
capacidade de diminuir a tensão super-
ficial ou interfacial de um sistema. São 
os higienizantes, emulsificantes, condi-
cionantes e antimicrobianos.
Unidade 2 • Fitoterápicos45/228
2.3.4.3 – Ciclodextrinas Tha-
lasphere
São macrosferas de colágeno marinho, re-
coberta por uma película de carboidrato da 
classe das glicosaminoglicanos (GAG).
2.3.4.4 – Fitossomas
São quitossomas com extratos vegetais. 
Formados pela dissolução do extrato con-
centrado da planta, ou do princípio ativo, 
em solução de quitosana em meio ácido, 
gerando um gel homogêneo. O gel pode 
ser transformado em microesferas pela 
técnica da emulsão em óleo ou pelo méto-
do de spray em meio alcalino. Apresentam 
maior estabilidade e maior vida de pratelei-
ra. Tem melhor quantificação do extrato e do 
princípio ativo. Seus princípios ativos são li-
berados gradualmente. Possuem total com-
patibilidade e fácil absorção pelo organismo.
2.3.4.5 – Silanóis
São compostos a base de silício orgânico, 
que, por ter grande afinidade com a pele, 
possui alta capacidade de penetração cutâ-
nea. O silício atua ainda como antioxidante, 
combatendo radicais livres e estimulando a 
síntese proteica. O silício é fundamental na 
formação do colágeno.
Unidade 2 • Fitoterápicos46/228
2.3.5 – Principais procedi-
mentos estéticos que facilitam 
a permeabilidade cutânea.
• Higienização: primeira etapa de qualquer 
tratamento estético, visa tirar as impure-
zas acumuladas na superfície cutânea.
• Esfoliação: os esfoliantes físicos, químicos 
ou biológicos são capazes de remover im-
purezas e células mortas do estrato cór-
neo.
• Tonificação: é um procedimento capaz de 
corrigir o pH cutâneo e, ainda, remover as 
impurezas que não foram retiradas nas 
etapas anteriores.
Para saber mais
O silício é um oligoelemento funda-
mental para o desenvolvimento do ser 
humano. Faz parte da estrutura da elas-
tina, do colágeno, das proteoglicanas e 
das glicoproteínas. A reposição do silí-
cio no tecido dérmico é feita por meio 
dos silícios orgânicos, pois, dessa forma, 
são biologicamente ativos. Com o enve-
lhecimento do indivíduo, o teor de silício 
diminui. Atua diretamente no metabo-
lismo celular, estimulando a síntese das 
fibras de sustentação da pele (colágeno, 
elastina e proteoglicanas), conferindo 
firmeza e tonicidade aos tecidos.
Unidade 2 • Fitoterápicos47/228
• Hidratação: pele hidratada tem melhor 
permeabilidade cutânea.
• Massagem: é um procedimento que 
melhora o fluxo sanguíneo e aumenta a 
temperatura corporal local, facilitando a 
entrada dos cosméticos na pele.
• Limpeza de pele profunda: promove a 
desobstrução dos óstios, facilitando a 
entrada dos cosméticos via transnexial.
• Peeling: peelings físicos, químicos ou bio-
lógicos reduzem a espessura do estrato 
córneo, ou seja, diminuem a hiperque-
ratinização. Os peelings químicos ou 
biológicos também amolecem o cimen-
to que une as células de queratina, faci-
litando a entrada dos ativos pela via in-
tercelular.
• Alteração de pH: peles com pH alcalino 
demonstram maior permeabilidade cutâ-
nea. Procedimentos, como aplicação de 
trietanolamina (substância quimicamen-
te básica) com vapor de ozônio O3, ou com 
alta frequência durante três a cinco minu-
tos, tornam a pele mais alcalina.
• • Iontoforese: é um processo pelo qual se 
realiza a introdução de cosméticos ionto, 
por meio de corrente galvânica.
• Cosméticos hiperemiantes: promovem 
vasodilatação, aumentando o fluxo san-
guíneo e a temperatura corporal local, 
melhorando a permeabilidade da pele.
• Equipamentos a vapor: promovem a dila-
Unidade 2 • Fitoterápicos48/228
tação dos orifícios da pele e uma vasodi-
latação, facilitando a entrada dos ativos 
cosmetológicos por meio da epiderme e 
dos anexos cutâneos.
• Equipamentos de alta frequência: ge-
ram gás O3 (ozônio) na superfície da 
pele e, ao mesmo tempo, apresentam 
ação bactericida, bacteriostática e ci-
catrizante, provocam aumento de tem-
peratura ao atravessar o organismo. 
Consequentemente, ocorre vasodilata-
ção periférica local, aumentando o fluxo 
sanguíneo e, assim, o aporte de oxigê-
nio, melhorando a oxigenação e o meta-
bolismo celular.
Unidade 6 • Abordagem Toxicológica de Produtos Cosméticos49/228
Glossário
Silanóis ou silícios orgânicos: o silício faz parte das estruturas do colágeno, da elastina, 
das proteoglicanas e das gliproteínas, que formam as estruturas de sustentação da derme.
Fator antirradical livre: é um complexo com extratos, vitaminas, ácidos graxos e flavonoi-
des. Evita o envelhecimento dos tecidos causados pelo ataque de radicais óxidos e supe-
róxidos e outros agentes citotóxicos formados pelo organismo.
Tonificação: os tônicos são utilizados no tratamento facial após a limpeza da pele e antes 
da hidratação. Sua função é firmar a pele, reduzir o tamanho dos poros (ação adstringen-
te), auxiliar a retirar eventuais resíduos dos leites ou loções cremosas de limpeza e, em 
geral, restabelecer o pH cutâneo.
Questão
reflexão
?
para
50/228
É de extrema importância que, a fim de obter sucesso 
em tratamentos estéticos, a permeação dos ativos cos-
méticos ocorra de forma íntegra e adequada. Reflita so-
bre a permeação de ativos cosméticos em peles com pH 
ácido (em torno de 5,0) e em peles com pH alcalino. Qual 
dessas duas você acha que terá maior absorção de ati-
vos cosméticos? Por que isso ocorre? 
51/228
Considerações Finais
• CA pele é o maior órgão do corpo humano e possui propriedades específicas 
de proteção e ação contra agentes alergênicos. É basicamente dividida em 
três partes: epiderme, derme e tela subcutânea.
• Permeabilidade cutânea é a capacidade que a pele possui de deixar passar, 
seletivamente, determinadas substâncias em função de sua natureza bio-
química ou de determinados fatores.
• Peles hidratadas apresentam maior permeabilidade cutânea, enquanto pe-
les lipídicas ou acneicas demonstram dificuldade para a entrada de cosmé-
ticos.
• Existem duas viasde entradas dos produtos cosméticos na pele: a via tran-
sepidérmica, que pode ser intercelular ou intracelular; e a via transanexial, 
onde o cosmético entrará pelos orifícios pilossebáceos e folículos pilosos.
Unidade 6 • Abordagem Toxicológica de Produtos Cosméticos52/228
Referências
AHERNANDEZ, M; MERCIER-FRESNEL, MM. Manual de Cosmetologia. 3 ed. Rio de Janeiro, RJ: 
Revinter, 1999.
KEDE, M.P.V; SABATOVICH, O. Dermatologia estética. 2 ed. São Paulo: Editora Atheneu, 2009.
LACRIMANTI, L.M; VASCONCELOS, M.G; PEREZ, E. Curso didático de estética: volume 1. 2 ed. São 
Caetano do Sul, SP: Yendis, 2014.
REBELLO, T. Guia de produtos cosméticos. 8ed. – São Paulo, SP: Editora Senac, 2004.
53/228
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1. A epiderme é responsável pela função de barreira da pele e é composta 
por uma camada de ________________ justapostos, que são formados 
no estrato basal (camada germinativa) por divisão celular. Assinale a alterna-
tiva que preenche corretamente a lacuna:
a) Corneócitos.
b) Queratinócitos.
c) Melanócitos.
d) élulas ependimárias.
e) Cimento celular
Questão 1
55/228
2. Assinale a alternativa que apresenta as substâncias que atravessam a pele 
com maior facilidade. Substâncias iônicas.
a) Substâncias iônicas.
b) Substâncias catiônicas.
c) Substâncias aniônicas.
d) Substâncias anfóteras.
e) Substâncias impermeáveis.
Questão 2
56/228
3. Aminoácidos, glicose, nucleotídeos e íons, são classificados como subs-
tâncias:
a) Permeáveis.
b) Impermeáveis.
c) Semipermeáveis.
d) Muito permeáveis.
e) Totalmente impermeáveis.
Questão 3
57/228
4. É um é um procedimento capaz de corrigir o pH cutâneo, e, ainda, re-
mover as impurezas que não foram retiradas nas etapas anteriores. O texto 
acima refere-se a:
a) Hidratação.
b) Tonificação.
c) Esfoliação.
d) Nutrição.
e) Higienização.
Questão 4
58/228
5. Estruturas unilamelares ou multilamelares com grande afinidade pelos fos-
folipídeos cutâneos, pois, geralmente, são feitos com fosfolipídeos (como a 
fosfatidilcolina com ou sem colesterol). Também podem ser feitos com éte-
res de poliglicerol ou ceramidas. O texto acima refere-se a:
a) Ciclodextrinas.
b) Lipossomas.
c) Nanosferas.
d) Fitossomas.
e) Silanóis.
Questão 5
59/228
Gabarito
1. Resposta: B.
A epiderme é responsável pela função de 
barreira da pele e é composta por uma ca-
mada de queratinócitos justapostos que 
são formados no estrato basal (camada 
germinativa) por divisão celular. Conforme 
os queratinócitos se movem através das ca-
madas espinhosas (camadas de células de 
Malpighi) e granulosa em direção ao estrato 
córneo, sofrem modificações graduais em 
sua forma e composição química.
2. Resposta: A.
A entrada desses ativos, que ocorre através 
do folículo pilossebáceo, é influenciada pela 
intensidade e pelo tempo de passagem da 
corrente elétrica. Ativos ou substâncias io-
nizadas mais utilizadas: colágeno, placenta, 
fator natural de hidratação cutânea (NMF), 
salicilato de sódio e uréia.
60/228
Gabarito
3. Resposta: C.
São classificados como substâncias semi-
permeáveis, pois podem não ser absorvidas 
por completo pelas células.
4. Resposta: B.
Tonificação - os tônicos são utilizados no 
tratamento facial após a limpeza da pele 
e antes da hidratação. Sua função é firmar 
a pele, reduzir o tamanho dos poros (ação 
adstringente), auxiliar a retirar eventuais re-
síduos dos leites ou loções cremosas de lim-
peza e, em geral, restabelecer o pH cutâneo.
5. Resposta: B.
Lipossomas são estruturas unilamelares ou 
multilamelares com grande afinidade pelos 
fosfolipídeos cutâneos, pois, geralmente, 
são feitos com fosfolipídeos (como a fosfa-
tidilcolina com ou sem colesterol). Também 
podem ser feitos com éteres de poliglicerol 
ou ceramidas. Sua concentração usual é de 
1 a 3% em cremes não iônicos e géis. Podem 
transportar ativos de diferentes finalidades 
(extratos vegetais, vitaminas, enzimas, fil-
tros solares, entre outros). Ao se depararem 
com a membrana da célula, os lipossomas 
liberam ativos contidos em seu interior.
61/228
Unidade 3
Veículos utilizados para os tratamentos estéticos com recursos terapêuticos manuais e com o 
uso da eletroterapia.
Objetivos
1. Conhecer os principais tipos de veículos e 
suas formas.
2. Identificar os principais veículos que 
compõem produtos cosméticos.
3. Reconhecer os principais veículos cha-
mados de lipossomas.
4. Reconhecer os principais veículos cosmé-
ticos chamados de polímeros e outros ti-
pos de vetores cosméticos.
Unidade 5 • Veiculação dos Princípios Ativos: Lipossomas, Nanosferas e Microesferas. Despigmentantes de Última Geração e 
Protetor Solar
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nará a forma física do cosmético. Por exem-
plo, no pó compacto o veículo é constituído 
por talco e calium; na loção após barba, é 
constituído por uma solução hidroalcoolica. 
A natureza física e química do veículo influi 
na estabilidade dos princípios ativos, na for-
ma de liberação, na facilidade de aplicação 
do cosmético na duração da ação etc. Estes 
são agentes para espalhar os produtos, ne-
cessário para a formulação de um cosméti-
co. A água e os emolientes são exemplos de 
veículos.
Lipossomas são esferas de lipídeos fecha-
dos de camada dupla que encapsulam os 
ingredientes, direcionam seu transporte 
para tecidos específicos da pele e controlam 
sua liberação. A estrutura de camada dupla 
dos lipossomas é semelhante as membra-
Introdução
Em uma formulação, ou composição cos-
mética, são encontradas substâncias, ou 
grupos de substâncias, que comporão as 
seguintes categorias: veículo ou excipiente, 
ativos ou princípios ativos, conservantes, 
corretivos, corantes, pigmentos, perfumes 
ou óleos essenciais.
Neste material, abordaremos, principal-
mente, os veículos ou excipientes, que são 
chamados de sistemas de transportes.
Os sistemas de transportes são sistemas 
químicos que transportam os ingredientes 
para tecidos específicos da epiderme. Veí-
culos, lipossomas e polímeros são tipos de 
sistemas de transporte.
Os veículos, geralmente, constituem a maior 
parte da formulação e, portanto, determi-
Unidade 5 • Veiculação dos Princípios Ativos: Lipossomas, Nanosferas e Microesferas. Despigmentantes de Última Geração e 
Protetor Solar
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nas das células e, portanto, são compatíveis 
com elas, diferentemente das emulsões de 
gotículas de água convencionais, que rom-
pem e danificam as membranas.
Os polímeros são compostos químicos for-
mados por várias moléculas pequenas. São 
usados como veículos avançados que libe-
ram as substâncias na superfície da pele em 
um ritmo microscopicamente controlado. 
Também são chamados de microesponjas.
1 Veículos cosméticos – quími-
ca cosmética e suas formas de 
apresentação
Cada ingrediente empregado na química 
cosmética cumpre uma função no produto 
finalizado. Esses ingredientes são divididos 
em dois tipos básicos: funcionais e de de-sempenho.
Os ingredientes funcionais constituem a 
maior parte do produto. Permitem que os 
produtos sejam espalhados, fornecem cor-
po e textura e sua mistura forma uma base 
específica, como loção, creme ou gel. Um 
conservante é um exemplo de um ingre-
diente funcional.
Unidade 5 • Veiculação dos Princípios Ativos: Lipossomas, Nanosferas e Microesferas. Despigmentantes de Última Geração e 
Protetor Solar
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Os ingredientes de desempenho causam 
mudanças reais na aparência da pele. Os 
exemplos incluem a glicerina, que hidrata, 
os alfa-hidroxi-ácidos (AHAs), que esfoliam 
a camada córnea; e os lipídeos que ajudam 
a restaurar as barreiras da pele. Também 
são chamados de princípios ativos.
1.1 Água
A água é o solvente mais utilizado em pro-
dutos cosméticos e farmacêuticos, pois, 
além de dissolver inúmeras substâncias, é 
um constituinte normal dos tecidos, fisiolo-
gicamente compatível e desprovida de toxi-
cidade.
Por possuir constante dielétrica e polaridade 
elevadas, a água é o solvente por excelên-
cia dos compostos eletrovalentes, como os 
sais, bases e ácidos minerais. Dissolve tam-
bém muitos compostos orgânicos, princi-
palmente os que possuem radicais hidrófilo.
Essa hidrossolubilidade geral dos compos-
tos orgânicos varia bastante dentro de uma 
série homóloga. A hidrossolubilidade di-
minui progressivamente com o aumento 
do peso molecular dos membros da série 
considerada, sendo os de cadeia ramificada 
mais solúveis que os de cadeia linear.
Embora a água seja amplamente utilizada 
em preparações farmacêuticas e cosméti-
cas, pode ocorrer que a dissolução comple-
ta de todos os componentes da formulação, 
Unidade 5 • Veiculação dos Princípios Ativos: Lipossomas, Nanosferas e Microesferas. Despigmentantes de Última Geração e 
Protetor Solar
65/228
em temperaturas normais de armazena-
mento, não possa ser garantida. As subs-
tâncias fortemente ionizadas tendem a ser 
solúveis em água em uma ampla faixa de 
pH. 
Já os ácidos e bases fracos podem ser ade-
quadamente solubilizados em pH favorável. 
Ainda que esteja em solução, é importante 
garantir que a concentração de qualquer 
substância não seja próxima de seu limite 
de solubilidade, a fim de evitar que ocorra 
precipitação caso o produto seja resfriado 
ou ocorra a evaporação do veículo.
 Para ativos não ionizados ou eletrólitos fra-
cos, em pH desfavorável para sua ionização, 
é possível melhorar a solubilidade por meio 
da adição de um co-solvente, como álcool, 
sorbitol, glicerina, propilenoglicol etc. Daí o 
emprego, na farmacotécnica, das misturas 
hidroalcoólicas, hidroglicerinadas, hidro-
gliceroalcoólicas e outras, que permitem 
a obtenção de soluções de concentrações 
impossíveis de atingir utilizando unicamen-
te a água como dissolvente.
A água é o ingrediente cosmético usado 
com mais frequência e, muitas vezes, em 
maior quantidade em um cosmético. Como 
veículo, ajuda a manter outros ingredientes 
cosméticos na solução e a espalhar os pro-
dutos. Como ingrediente de desempenho, 
recupera a umidade na superfície da pele. 
Quase todos os produtos de cuidados com a 
pele são misturas de óleo com água, ou seja, 
Unidade 5 • Veiculação dos Princípios Ativos: Lipossomas, Nanosferas e Microesferas. Despigmentantes de Última Geração e 
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emulsões. 
Os produtos que não contém água são cha-
mados de anidros. Incluem os óleos; produ-
tos à base de vaselina, como gloss para os 
lábios e silicones. Geralmente, os produtos 
anidros são designados para a pele muito 
seca, com deficiência de óleo.
1.2 – Emolientes
Emolientes são ingredientes gordurosos 
usados para lubrificar e hidratar a pele. Po-
dem agir como veículos ou ingredientes 
de desempenho. Como veículos, ajudam a 
aplicar, espalhar e manter os outros agentes 
na pele. Por exemplo, os emolientes do pro-
tetor solar ajudam a espalhar o produto na 
pele e mantê-lo no lugar. Em um pó, ajudam 
o produto a deslizar uniformemente sobre a 
pele e aderir a ela.
Como ingrediente de desempenho, os emo-
lientes lubrificam a superfície da pele e for-
mam uma proteção para a função de bar-
reira. Ficam sobre a pele e impedem a de-
sidratação porque aprisionam a água e di-
minuem sua perda transepidérmica, o que 
aumenta a hidratação da epiderme. Essa 
técnica de hidratação é chamada de oclu-
são. Os silicones e óleos são emolientes.
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1.3 – Óleos
Muitos óleos são usados nos cuidados com 
a pele. Variam em densidade, teor de gordu-
ra e espessura. Também variam em sua ten-
dência de causar comedões na pele oleosa 
ou propensa a acne. Os óleos são derivados 
de muitas fontes, tanto de origens vegetal, 
animal e mineral.
1.3.1 – Óleo da terra
O óleo mineral e a vaselina vêm da terra, 
especificamente das fontes de petróleo. 
Esses dois emolientes oferecem excelente 
proteção contra a desidratação. São com-
pletamente não reativos e biologicamente 
inertes, o que significa que não reagem com 
outras substâncias químicas envolvidas na 
função da pele. Podem ser combinados com 
água e misturados com emulsificante para 
produzir uma emulsão (creme ou loção cre-
mosa, veículos muito utilizados que promo-
vem a espalhabilidade do produto cosméti-
co na pele). O clássico cold cream, um dos 
primeiros hidratantes fabricados, era mis-
turado com óleo mineral. O óleo mineral e 
a vaselina podem ser usados sem adição de 
conservantes porque não hospedam bac-
térias e outros organismos. O óleo mineral 
também é lubrificante. Os lubrificantes co-
brem a pele e reduzem a fricção.
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1.3.2 – Óleos vegetais
Dezenas de óleos vegetais são usados nos 
produtos de cuidados com a pele. A maioria, 
por suas propriedades emolientes, mas al-
guns, como os óleos essenciais aromáticos, 
são usados, principalmente, por suas fra-
grâncias e sensação de bem-estar. Os óle-
os vegetais contêm ácidos graxos, benéficos 
para a pele que não produz sebo suficiente, 
que ajudam a impedir que desidrate. Os óleos 
vegetais variam em seu teor de ácidos graxos 
e espessura. O óleo de coco e o de palma são 
dos mais gordurosos e espessos. Alguns óleos 
naturais mais leves e menos comedogênicos 
são os de linhaça, girassol, canola e jojoba.
1.3.3 – Outros emolientes
Existem, literalmente, centenas de emolien-
tes. Alguns vêm de fontes naturais e outros 
são sintetizados em um laboratório ou deriva-
dos de outros óleos ou materiais gordurosos.
1.3.3.1 – Ácidos graxos
São ingredientes lubrificantes derivados de 
óleos de plantas ou gordura animal. Embo-
ra esses ingredientes sejam ácidos, não são 
irritantes. Os ácidos graxos são muito pare-
cidos com os óleos. Os mais comuns são os 
ácidos oleico, esteárico e caprílico.
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1.3.3.2 – Álcoois graxos
São ácidos graxos que foram expostos ao hi-
drogênio. Não desidratam a pele; possuem 
uma consistência semelhante à de cera e 
são usados como emolientes ou agentes 
para espalhar o produto. Exemplos são os 
álcoois cetil, laurel e estearil.
1.3.3.3 – Ésteres Graxos
São produzidos a partir dos ácidos e álcoois 
graxos. São fáceis de reconhecer nos rótu-
los, porque quase sempre terminam em ato, 
como o palmitato de octila. Com frequência 
tem uma espessura melhor que a dos óleos 
naturais e lubrificam de maneira mais uni-
forme. Os ésteres graxos usados com mais 
frequência são miristato de isopropila, pal-
mitato de isopropila e estearato de glicerila.
1.3.3.4 – Silicones
São um grupo de óleos quimicamente com-
binados com silício e oxigênio, que deixam 
uma película protetora na superfície da pele. 
Também agem como veículos em alguns 
produtos, incluindo bases de maquiagens. 
Sãoexcelentes protetores, ajudando a man-
ter a umidade na pele. Os silicones também 
podem acrescentar uma textura elegante e 
não gordurosa ao produto. Os exemplos são 
dimeticone, ciclometicone e feniltricometi-
cone. S são usados com frequência em pro-
tetores solares, bases e hidratantes.
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Para saber mais
Emolientes são matérias-primas des-
tinadas a evitar ou atenuar o resse-
camento da pele. Essas substâncias 
exercem a ação de emoliência (do latim 
mollire – abrandar, suavizar). Encontra-
mos dentro dessa categoria vários com-
postos de funções orgânicas diversas.
2. Lipossomas e microencapsu-
lados
2.1 – Lipossomas
Lipossomas são pequenas vesículas consti-
tuídas por um número variável de folhas ou 
pequenas lâminas bimoleculares de fosfoli-
pídeos, separadas umas das outras por com-
partimentos aquosos. Essa estrutura muito 
próxima daquela das membranas celulares, 
permite fusionar com ela, liberando os prin-
cípios ativos que elas contêm no interior do 
citoplasma.
Nos lipossomos podemos incluir os princípios 
ativos lipófilos na parede ou hidrófilos na ca-
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Protetor Solar
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vidade central. Classificamos os lipossomos 
em vários tipos, conforme seu tamanho e o 
número de compartimentos:
• Os lipossomas multilamelares ou MLV (mul-
tilamellar vesicle): são vesículas que com-
portam várias paredes e vários comparti-
mentos concêntricos.
• Os pequenos lipossomas unilamelares ou 
SUV (small unilamellar vesicle): são vesículas 
que comportam uma só parede e uma só 
cavidade aquosa.
• Os grandes lipossomas unilamelares ou 
LUV (large unilamellar vesicle): são vesículas 
maiores que as precedentes, mas do mes-
mo tipo.
Lipossomas tem dois inconvenientes impor-
tantes:
• Falta de especificação para a célula-alvo.
• Oxidação e a instabilidade química dos fos-
folipídeos.
A indústria cosmética colocou no mercado os 
lipossomas não iônicos ou niossomos, cuja 
parede não é constituída por fosolipídeos, 
mas por lipídeos não iônicos.
Vantagens da utilização dos niossomos:
• São muito estáveis.
• Sua similitude estrutural com os lipídeos 
intercorneocitários ou cimento intercelular 
permite restaurar o estrato córneo na sua 
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integridade ou coesão.
2.2 – Microencapsulados
A história dos microencapsulados começa em 
1954, por iniciativa da National Cash Register, 
nos Estados Unidos da América. Naquela épo-
ca foi introduzido o papel autocopiativo, que, 
ao ser pressionado com uma caneta, reproduz 
cópias fiéis do riscado nas demais vias. Isso 
ocorre porque o verso da primeira via do for-
mulário é revestido por camada de microcáp-
sulas de tintas invisíveis a olho nu. Ao serem 
pressionadas tais microcápsulas arrebentam, 
liberando o pigmento que, por contato direto 
com o revestimento ácido aplicado na super-
fície frontal da segunda via, muda de cor em 
função do pH, e propicia a obtenção da cópia.
As microcápsulas são definidas como partí-
culas de diâmetro que variam de 1 até 1000 
micrômetros, contendo material de núcleo 
envolvido por membrana especial, liberando-
-o no tempo desejado. O material do núcleo 
pode ser constituído por pequenas partícu-
las sólidas, gotículas de líquido ou pequenas 
quantidades de gás, que no processo de en-
capsulação são revestidas por um filme ou 
membrana. A substância encapsulada pode 
ser liberada por ação mecânica, isto é, por 
rompimento das cascas sob pressão ou por 
variações físico-químicas de temperatura ou 
pH no meio em que as cápsulas se encontram.
Existem vários tipos de estrutura física de mi-
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crocápsulas, como as esferas mononuclea-
das ou multinucleares e partículas irregulares 
multinucleares. As condições de fabricação 
determinam o tipo de cápsula resultante, sen-
do a esfera mononuclear mais comum.
As microcápsulas têm várias utilidades. Por 
exemplo, o tempo de vida útil de um compos-
to volátil pode ser bastante aumentado por 
microencapsulação, pois a membrana impe-
de a sua evaporação. As microcápsulas po-
dem também proteger um material de núcleo 
dos efeitos da radiação ultravioleta, umidade 
ou de contato com o oxigênio. Também as re-
ações químicas entre duas espécies ativas po-
dem ser evitadas pela separação física ofere-
cida pela membrana. Pós muito finos podem 
ser encapsulados para reduzir sua tendência 
a aglomeração. A microencapsulação pode 
ainda modificar a cor, a forma, o volume ou a 
fotossensibilidade da substância encapsula-
da.
Graças a essas propriedades, as microcápsu-
las encontram inúmeras aplicações, seja na 
área farmacêutica, odontológica, veterinária, 
alimentícia, indústrias de ração de animais, 
pesticidas, em publicidade nas indústrias de 
cigarros ou no setor que mais nos interessa 
nesse momento: o cosmético ou dermatoló-
gico.
Vários produtos para tratamento facial e ca-
pilar usam as microcápsulas para, entre ou-
tros benefícios, preservá-los. É o caso da vi-
tamina C, usada nos produtos antienvelheci-
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mento para combater os radicais livres. Nesse 
segmento, é mais comum o uso de partículas 
menores de 1 micrômetro, chamadas de na-
nocápsulas, cujo diminuto tamanho permite 
uma penetração mais fácil na pele.
Pigmentos também costumam ser microen-
capsulados, com o objetivo de mascarar as 
propriedades do núcleo, como, por exemplo, 
controlar a mudança de cor em função da 
mudança de pH.
O controle da liberação de odor é outra apli-
cação das microcápsulas. O principal uso se 
dá em materiais de propaganda de perfumes. 
Nesse caso, a peça publicitária recebe uma 
camada de verniz incolor contendo microcáp-
sulas com o perfume e invisíveis a olho nu.
Para saber mais
A nanotecnologia está relacionada às 
estruturas, propriedades e processos, 
envolvendo materiais com dimensões 
em escala nanométrica. Essas partícu-
las são extensivamente investigadas 
por promoverem muitas vantagens em 
relação às formulações tradicionais. A 
nanotecnologia aplicada à cosmética 
refere-se à utilização de pequenas par-
tículas contendo princípios ativos que 
são capazes de penetrar nas camadas 
mais profundas da pele, potencializan-
do os efeitos do produto.
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3. Outros tipos de vetores cos-
méticos
3.1 – Biovetores Supramolecula-
res (BVSM)
Possuem uma estrutura próxima a dos li-
possomas. Em vez de ser líquido, o núcleo 
possui uma estrutura polimérica sólida de 
natureza polissacarídea. Em torno desse 
núcleo, uma camada de ácidos graxos e fos-
folipídeos é depositada. As partículas obti-
das são então, hidrófilas no seu interior e 
lipófilas no exterior.
3.2 – Microesferas
São de tamanho idênticos as microcápsu-
las, mas são produtos sólidos, cheios e esfé-
ricos. Os principais ativos são aí dissolvidos 
ou dispersados.
3.3 – Colaesferas
São esferas ocas com membranas de co-
lágeno e de glicosaminoglicano, que per-
mitem veicular ativos muito diversos, tais 
como: soluções, suspensões hidrófilas, lipó-
filas, emulsões etc.
3.4 – Nanocápsulas, nanopartí-
culas
São cápsulas ou partículas esféricas cujo di-
âmetro é inferior ao micrômetro. Penetram 
no interior da célula por endocitose. São fei-
Unidade 5 • Veiculação dos Princípios Ativos: Lipossomas, Nanosferas e Microesferas. Despigmentantes de Última Geraçãoe 
Protetor Solar
76/228
tas à base de polímeros naturais ou sintéti-
cos e são mais estáveis que os lipossomas.
3.5 – Vetores magnéticos
A inclusão de partículas de magnetita ul-
trafina nas microesferas, sob ação de um 
campo magnético externo, poderá permitir 
atingir células específicas.
Para saber mais
Os veículos devem propiciar aos cosmé-
ticos poder de penetração e liberação 
de ativos, entre os mais usados temos 
os lipossomas (já tratado anteriormen-
te), a nanoesferas e fitossomas. As na-
noesferas são polímeros elaborados de 
poliestireno, cuja estrutura matricial é 
microporosa. Apresenta liberação gra-
dual de princípios ativos e são produtos 
estáveis na presença de tensoativos.
Unidade 3 • Cosmecêuticos, Nutricosméticos e Neurocosméticos77/228
Glossário
Poder lipossolvente: o desengorduramento da pele pode melhorar a absorção percutâ-
nea, pois retira a barreira lipídica.
Fitossomas: são extratos de plantas ligados a fosfolipídeos.
Ciclodextrinas: utilizadas no processo de encapsulação de princípios ativos que devem 
ser transportados para o interior da epiderme.
Questão
reflexão
?
para
78/228
Os veículos cosméticos são de extrema importância 
dentro de uma formulação cosmética. Não devem inter-
ferir na ação dos ativos e, além disso, devem liberar os 
princípios ativos de maneira sinérgica, gradual e devem 
ser estáveis em todas as formulações.
Sendo assim, realize uma pesquisa bibliográfica sobre 
três tipos de veículos cosméticos que você acredite ser 
de extrema importância para seu conhecimento. Leve 
em consideração a tecnologia cosmética.
79/228
Considerações Finais
• A água é o solvente mais utilizado em produtos cosméticos e farmacêuti-
cos, pois, além de dissolver inúmeras substâncias, é um constituinte normal 
dos tecidos, é fisiologicamente compatível e desprovida de toxicidade.
• Emolientes são ingredientes gordurosos usados para lubrificar e hidratar a 
pele. Podem agir como veículos ou ingredientes de desempenho. Como veí-
culos, ajudam a aplicar, espalhar e manter os outros agentes na pele. 
• As microcápsulas são definidas como partículas de diâmetro que variam de 
1 até 1000 micrômetros, contendo material de núcleo envolvido por mem-
brana especial, liberando-o no tempo desejado.
• Lipossomas são pequenas vesículas constituídas por um número variável 
de folhas ou pequenas lâminas bimoleculares de fosfolipídeos, separadas 
umas das outras por compartimentos aquosos.
Unidade 3 • Cosmecêuticos, Nutricosméticos e Neurocosméticos80/228
Referências
HERNANDEZ, M; MERCIER-FRESNEL, MM. Manual de Cosmetologia. 3 ed. Rio de Janeiro, RJ: Re-
vinter, 1999.
LACRIMANTI, L.M; VASCONCELOS, M.G; PEREZ, E. Curso didático de estética: volume 1. 2 ed. São 
Caetano do Sul, SP: Yendis, 2014.
REBELLO, T. Guia de produtos cosméticos. 8 ed. São Paulo, SP: Editora Senac, 2004.
81/228
Assista a suas aulas
Aula 3 - Tema: Veículos utilizados para os tra-
tamentos estéticos com recursos terapêuticos 
manuais e com o uso da eletroterapia. Bloco I
Disponível em: <https://fast.player.liquidplatform.com/
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c66f73c580a3bdf7e69885a5193ffe60>.
Aula 3 - Tema: Veículos utilizados para os trata-
mentos estéticos com recursos terapêuticos ma-
nuais e com o uso da eletroterapia. Bloco II
Disponível em: <https://fast.player.liquidplatform.com/
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1d/08382e5973627c23e4d93317f6b2c80f>.
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1. A água é o ingrediente cosmético usado com mais frequência, e muitas ve-
zes, em maior quantidade em um cosmético. Como veículo, ajuda a manter 
outros ingredientes cosméticos na solução e a espalhar os produtos. Como 
ingrediente de desempenho, sua principal função é:
a) Promover a espalhabilidade do produto.
b) Recuperar a umidade da pele.
c) Manter a emoliência da pele.
d) Dar brilho ao tecido epidérmico.
e) Promover a quebra de sujidades da pele.
Questão 1
83/228
2. Dezenas de óleos vegetais são usados nos produtos de cuidados com a pele. 
A maioria, por suas propriedades _________________, mas alguns, como os 
óleos essenciais aromáticos, são usados, principalmente, por suas fragrâncias e 
sensação de bem-estar. Os óleos vegetais contêm ácidos graxos, que são be-
néficos para a pele que não produz sebo suficiente. Ajudam a impedir que de-
sidrate. Os óleos vegetais variam em seu teor de ácidos graxos e espessura. O 
óleo de coco e o de palma são dos mais gordurosos e espessos. Alguns óleos 
naturais mais leves e menos comedogênicos são os de linhaça, girassol, canola 
e jojoba.
Leia atentamente o texto acima e preencha corretamente a lacuna:
a) Esfoliantes.
b) Hidratantes.
c) Tonificantes.
d) Higienizantes.
e) Emolientes.
Questão 2
84/228
3. Leia atentamente o texto abaixo:
São um grupo de óleos quimicamente combinados com silício e oxigênio, 
que deixam uma película protetora na superfície da pele. Também agem 
como veículos em alguns produtos, incluindo bases de maquiagens. São ex-
celentes protetores, ajudando a manter a umidade na pele. Também podem 
acrescentar uma textura elegante e não gordurosa ao produto. Os exemplos 
são dimeticone, ciclometicone e feniltricometicone. São usados com frequ-
ência em protetores solares, bases e hidratantes.
O texto acima refere-se ao veículo:
a) Silicones.
b) Nanoesferas.
c) Lipossomas.
d) Ácidos graxos.
e) Óleos da terra.
Questão 3
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4. São esferas ocas com membranas de colágeno e de glicosaminoglicano, 
que permitem veicular ativos muito diversos, tais como: soluções, suspen-
sões hidrófilas, lipófilas, emulsões etc.
O texto acima refere-se a:
a) Nanoesferas.
b) Colaesferas.
c) Silicones.
d) Microencapsulados.
e) Lipossomas.
Questão 4
86/228
5. As nanocápsulas ou nanopartículas são cápsulas ou partículas esféricas, 
cujo diâmetro é inferior ao micrômetro. São feitas a base de polímeros natu-
rais ou sintéticos e são mais estáveis que os lipossomas. Penetram no inte-
rior da célula por:
a) Clasmocitose.
b) Fagocitose.
c) Endocitose.
d) Diferença de pH.
e) Diferença de temperatura.
Questão 5
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Gabarito
1. Resposta: B.
Como ingrediente de desempenho, a água 
deve recuperar a umidade da pele, dessa 
forma, a pele se torna mais hidratada.
3. Resposta: A.
Os silicones são um grupo de óleos quimi-
camente combinados com silício e oxigê-
nio, que deixam uma película protetora na 
superfície da pele. Também agem como ve-
ículos em alguns produtos, incluindo bases 
de maquiagens. São excelentes protetores, 
ajudando a manter a umidade na pele. Os 
silicones também podem acrescentar uma 
textura elegante e não gordurosa ao produ-
to. Os exemplos são dimeticone, ciclometi-
cone e feniltricometicone. São usados com 
frequência em protetores solares, bases e 
hidratantes.
2. Resposta: E.
Os óleos possuem ações de emoliência 
sobre a pele, suavizando-a e melhorando 
a espalhabilidade dos produtos cosméti-
cos sobre ela. Muito indicado para uso em 
peles secas.
88/228
Gabarito
4. Resposta: B.
As colaesferas são esferas ocas com mem-
branas de colágeno e de glicosaminogli-
cano, que permitem veicular ativos muito 
diversos, tais como: soluções, suspensões

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