Buscar

aula14_dirconst_5FONTES

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 3, do total de 204 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 6, do total de 204 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 9, do total de 204 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Prévia do material em texto

.
CURSO ON-LINE - D. CONSTITUCIONAL NAS 5 FONTES 
PROFESSOR: VÍTOR CRUZ 
1 
www.pontodosconcursos.com.br 
Aula 14 - Controle de Constitucionalidade: 
E aí galera, tudo bem? Infelizmente, nosso curso está acabando! Que 
pena!!! Mas não fiquem tristes, pois agora vamos estudar um dos 
mais legais assuntos do Direito Constitucional, estão prontos? 
Hoje veremos que o controle de constitucionalidade é uma 
“brincadeira”, um tema simples que, se estudado corretamente, vira 
um ponto ganho na prova, pois é pura lógica. 
Assim, convido-os agora a deixar para trás qualquer barreira que 
tenham em relação a este tema e venham se divertir com este 
agradável assunto... Tenho certeza que vão gostar! 
Vamos nessa. 
 
Controle de Constitucionalidade: 
O que é? 
Controle de constitucionalidade nada mais é do que a atividade de se 
controlar a compatibilidade dos atos normativos com o texto 
constitucional. Assim, quando um ato normativo está submetido ao 
controle de constitucionalidade, caberá a quem estiver fazendo este 
controle, decidir se tal ato é compatível ou não com o disposto na 
Constituição. Essa compatibilidade deverá ser observada tanto 
materialmente (conteúdo) quanto formalmente (procedimentos e 
demais formalidades). 
 
Controle de Compatibilidade x Controle de 
Constitucionalidade: 
Controle de compatibilidade é o nome genérico que se dá ao ato de 
se verificar se uma norma é compatível ou não com algum diploma 
superior a ela, o qual a norma controlada deve respeitar. 
O controle de compatibilidade ocorre principalmente de 3 formas: 
1- Controle da Constitucionalidade - verifica a compatibilidade 
entre uma norma e a Constituição. A decisão será pela 
constitucionalidade ou inconstitucionalidade da norma. 
É importante observar que: a Constituição em face da qual se 
faz o controle de constitucionalidade deve ser sempre a 
Constituição que era (ou é) vigente no momento que a norma foi 
criada. 
2- Controle de Legalidade - verifica se normas infralegais 
(decretos, portarias e etc.) são compatíveis com as leis das quais 
decorrem. A decisão será pela legalidade ou ilegalidade do ato. 
.
CURSO ON-LINE - D. CONSTITUCIONAL NAS 5 FONTES 
PROFESSOR: VÍTOR CRUZ 
2 
www.pontodosconcursos.com.br 
3- Juízo de recepção - ocorre para verificar se uma norma 
anterior à Constituição vigente possui compatibilidade material 
(somente o conteúdo) com a nova Constituição. Aqui não existe 
termos como "constitucionalidade" ou "inconstitucionalidade" de 
normas, a decisão será pela recepção ou revogação (não-recepção) 
da norma - neste caso se falará em "juízo negativo de recepção". 
 
Esquema sobre os controles de compatibilidades: 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Supremacia da Constituição e o Controle de 
Constitucionalidade: 
Sabemos que a Constituição pode ser enxergada sob dois aspectos: o 
aspecto material e o aspecto formal. Vamos relembrar: 
Aspecto material - o que importa é o conteúdo das normas 
(matéria), assim, basta uma norma tratar de um assunto que seria 
essencialmente constitucional (normalmente consideramos a 
organização do Estado e limitação do poder Estatal) que será 
considerada constitucional. Não importa a forma com que tratou isso, 
o que importa é só ter ou não ter conteúdo constitucional. 
Aspecto formal - o que importa é unicamente a norma ser ou não 
ser declarada como Constituição. Assim, caso uma norma pertença ao 
corpo constitucional, independente do conteúdo tratado por ela, ela 
poderá se impor e "cobrar observância" de todo o resto do 
ordenamento jurídico. 
Normas infralegais do 
período P 
CF vigente após 
o período P 
CF vigente 
no período P 
Lei publicada no 
período P Controle de 
Legalidade: 
compatibilidade 
material e formal 
 
Controle de 
Constitucionalidade: 
compatibilidade 
material e formal 
 
Juízo de recepção: 
compatibilidade 
apenas material 
 
.
CURSO ON-LINE - D. CONSTITUCIONAL NAS 5 FONTES 
PROFESSOR: VÍTOR CRUZ 
3 
www.pontodosconcursos.com.br 
O aspecto formal se apóia no conceito de rigidez constitucional, pois 
somente uma constituição rígida é capaz de assegurar como 
"Constituição" normas que, em princípio, estariam fora do contexto 
constitucional. 
Somente em constituições formais e rígidas é que podemos verificar o 
fenômeno da "supremacia da constituição", já que, em constituições 
materiais e flexíveis, basta uma norma tratar de matérias que são 
reservadas à Constituição para que ela seja considerada 
constitucional revogando a norma anterior que versava sobre tal 
matéria. Não há também o que se falar em controle de 
constitucionalidade em constituições flexíveis, pois não há uma 
imposição formal de observância da Constituição perante o resto do 
ordenamento. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Para que se assegure a rigidez constitucional é imprescindível que 
haja um sistema de controle de constitucionalidade efetivo. Uma 
Constituição que não possui um sistema efetivo de controle de 
constitucionalidade começa a conviver em um ordenamento jurídico 
repleto de leis inconstitucionais, e devido a serem estas normas (leis 
infraconstitucionais) as que são realmente aplicadas na prática, a 
Constituição deixa de ser aplicada. Desta forma, sem um efetivo 
controle de constitucionalidade, a constituição rígida esta fadada à 
morte, tornando-se flexível, já que seu conteúdo foi ignorado e na 
prática foi substituído. 
 
1. (FCC/EPP-SP/2009) O princípio da supremacia hierárquica ou 
formal da Constituição está diretamente relacionado com 
Constituição Rígida - 
Supremacia da Constituição 
sobre o ordenamento - 
patamares hierárquico das 
normas, simplesmente pela 
forma atribuída, pouco 
importando o conteúdo tratado 
- aspecto formal 
 
CF 
 
CF 
 
Constituição Flexível - Não 
há supremacia hierárquica da 
Constituição sobre o 
ordenamento - o que importa é 
somente o conteúdo tratado - 
aspecto material. 
 
.
CURSO ON-LINE - D. CONSTITUCIONAL NAS 5 FONTES 
PROFESSOR: VÍTOR CRUZ 
4 
www.pontodosconcursos.com.br 
a) o sistema político democrático. 
b) a irresponsabilidade política do Chefe de Estado. 
c) a dignidade da pessoa humana. 
d) o duplo grau de jurisdição. 
e) a rigidez das normas constitucionais. 
Comentários: 
Somente nas constituições rígidas que temos a noção de supremacia 
que a Constituição detém sobre as outras normas. 
Gabarito: Letra E. 
 
2. (CESPE/Auditor-TCU/2009) Pelo princípio da supremacia da 
Constituição, constata-se que as normas constitucionais estão no 
vértice do sistema jurídico nacional, e que a elas compete, entre 
outras matérias, disciplinar a estrutura e a organização dos órgãos do 
Estado. 
Comentários: 
A Constituição é um instrumento de organização política do Estado e 
de limitação do poder estatal face aos particulares. Desta forma, está 
perfeito se falar que cabe à constituição, entre outras coisas, 
disciplinar a estrutura e a organização dos órgãos do Estado. 
Gabarito: Correto. 
 
3. (CESPE/Auditor-TCU/2009) Mesmo que a CF fosse 
classificada como flexível, seria legítimo o controle de 
constitucionalidade de seu sistema jurídico. 
Comentários: 
O controle de constitucionalidade só existe em constituições rígidas, 
pois somente nesse tipo de constituição é que existe uma supremacia 
constitucional a ser observada. Quando estamos diante de uma 
constituição flexível, se uma lei contrariar o que estava disposto na 
constituição, ela vai revogá-la, pois tem a mesma "hierarquia" dela, 
não devendo se submeter formalmente à Constituição. Assim, 
somente em constituições rígidas é que pode haver o controle de 
constitucionalidade, pois é uma forma de se assegurar a supremacia 
constitucional e não deixar que normas de status inferior contrárias à 
Constituição continuem em vigor no mundo jurídico. 
Gabarito: Errado. 
 
.
CURSO ON-LINE - D. CONSTITUCIONAL NAS 5 FONTES 
PROFESSOR: VÍTOR CRUZ 
5 
www.pontodosconcursos.com.br 
4. (ESAF/EPPGG-MPOG/2009) Sob o ponto de vista jurídico, a 
supremaciada Constituição sob os aspectos formal e material se 
apóia na regra da rigidez decorrente da maior dificuldade para 
modificação da Constituição do que para a alteração das demais 
normas jurídicas. 
Comentários: 
Só se pode falar em rigidez no aspecto formal, já que o aspecto 
material se preocupa somente com o conteúdo das normas. 
Gabarito: Errado. 
 
5. (ESAF/PGFN/2007) A supremacia jurídica da Constituição é 
que fornece o ambiente institucional favorável ao desenvolvimento do 
sistema de controle de constitucionalidade. 
Comentários: 
Se a constituição não tivesse supremacia sobre as outras normas, 
não precisaríamos falar em controlar a constitucionalidade, pois uma 
norma que fosse contrária à constituição iria revogá-la. Desta forma, 
só quando a constituição possui poder impositivo sobre os demais 
atos normativos é que ocorre o "controle de constitucionalidade", 
para assegurar que essa supremacia continue garantida. 
Gabarito: Correto. 
 
6. (ESAF/CGU/2004) A existência de supremacia formal da 
constituição independe da existência de rigidez constitucional. 
Comentários: 
A supremacia das normas decorre diretamente da rigidez, já que esta 
é a qualidade que impede que normas de ordem infraconstitucionais 
possam alterar o texto da Carta Magna. 
Gabarito: Errado. 
 
7. (FGV/Procurador - TCM-RJ/2008) É conseqüência da 
rigidez constitucional: 
(A) o princípio do Estado Democrático de Direito. 
(B) o princípio da Supremacia da Constituição. 
(C) a inalterabilidade do texto constitucional. 
(D) o controle concentrado da constituição. 
(E) a presença, em seu texto, de normas fundamentais. 
Comentários: 
.
CURSO ON-LINE - D. CONSTITUCIONAL NAS 5 FONTES 
PROFESSOR: VÍTOR CRUZ 
6 
www.pontodosconcursos.com.br 
Somente em constituições formais e rígidas é que podemos 
verificar o fenômeno da "supremacia da constituição", já que, 
em constituições materiais e flexíveis, qualquer norma que tratasse 
de assunto essencialmente constitucional seria considerada 
Constituição. 
Gabarito: Letra B. 
 
Constitucionalidade Congênita X Superveniente: 
A inconstitucionalidade não é um evento no percurso da vigência de 
uma lei. A inconstitucionalidade é um defeito ao se fazer a lei, é um 
vício. Uma lei para ser considerada inconstitucional ela já deve estar 
com esse defeito desde a sua edição, logo não existe no Brasil o 
que chamamos de “inconstitucionalidade superveniente”, aquela 
que se dá ao longo do tempo, temos somente o que chamamos de 
inconstitucionalidade congênita, ou seja, a norma inconstitucional já 
nasceu inconstitucional. 
Importante salientar que, se uma lei nasceu inconstitucional, esse 
vício de inconstitucionalidade não poderá ser sanado futuramente. 
Ainda que uma nova Constituição entre em vigor, esta lei 
inconstitucional não poderá ser convalidada, não podendo ser 
recepcionada pela nova lei maior, ainda que esteja materialmente 
compatível com o novo teor constitucional. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Formas de inconstitucionalidade: 
Inconstitucionalidade, assim, seria qualquer incompatibilidade em 
face da Constituição (Federal ou Estadual, guardadas, obviamente, os 
devidos campos de atuação). Esse controle, como vimos é típico de 
constituições rígidas, devido a supremacia que ela exerce perante os 
demais atos normativos. 
A inconstitucionalidade pode ocorrer de 2 diferentes modos: 
Nova CF ou Emenda Constitucional 
que proíbe a matéria "A" 
CF que permite 
matéria "A" 
Lei que trata da 
matéria "A" Revogação! - não se pode falar 
em inconstitucionalidade 
superveniente. Para ser 
inconstitucional tem que fazer a 
averiguação da compatibilidade 
em face da CF do momento que 
.
CURSO ON-LINE - D. CONSTITUCIONAL NAS 5 FONTES 
PROFESSOR: VÍTOR CRUZ 
7 
www.pontodosconcursos.com.br 
Inconstitucionalidade formal – A lei adquiriu um vício no seu 
processo de formação. Ou seja, quem tomou a iniciativa não era 
competente para tal, ou o modo de votação não foi de acordo com o 
previsto, ou qualquer outro vício no processo. 
Inconstitucionalidade material – Embora tenha se observado todo 
o processo legislativo de forma correta, o conteúdo veiculado pela 
norma é incompativel com certos ditames constitucionais. 
 
Obs.: Inconstitucionalidade nomodinâmica x nomoestática: 
A inconstitucionalidade formal, também recebe o nome de 
"nomodinâmica", pois fornece idéia de dinamismo (movimento) 
pelo fato do vício ocorrer durante o processo de formação da norma. 
Já a Inconstitucionalidade material é chamada de "nomoestática", 
pois nos remete a idéia de algo que está "parado", a ofensa ocorre 
em face do conteúdo, independente do processo de formação. 
 
8. (FCC/Analista - TRT 16ª/2009) É cabível a realização de 
controle de constitucionalidade difuso ou concentrado em relação a 
normas elaboradas em desrespeito ao devido processo legislativo, por 
flagrante inconstitucionalidade formal. 
Comentários: 
A inconstitucionalidade pode ser material (desrespeito ao conteúdo) 
ou formal (desrespeito ao procedimento ou maneira de tratar o 
tema). Idependente do tipo de inconstitucionalidade, ela pode ser 
atacada no controle difuso ou no controle concentrado. 
Gabarito: Correto. 
 
9. (CESPE/Procurador-BACEN/2009) É possível a declaração 
de inconstitucionalidade de norma editada antes da atual Constituição 
e que tenha desrespeitado, sob o ponto de vista formal, a 
Constituição em vigor na época de sua edição, ainda que referida lei 
seja materialmente compatível com a vigente CF. 
Comentários: 
Poderá sim, já que a inconstitucionalidade, seja ela material ou 
formal, só pode ser verificada em face daquela constituição vigente 
no momento de sua criação. 
Gabarito: Correto. 
 
10. (CESPE/Analista Processual - MPU/2010) Verifica-se a 
inconstitucionalidade formal, também conhecida como nomodinâmica, 
.
CURSO ON-LINE - D. CONSTITUCIONAL NAS 5 FONTES 
PROFESSOR: VÍTOR CRUZ 
8 
www.pontodosconcursos.com.br 
quando a lei ou o ato normativo infraconstitucional contém algum 
vício em sua forma, independentemente do conteúdo. 
Comentários: 
Chama-se de nomodinâmica pois se deu no curso de sua formação. É 
a inconstitucionalidade formal. Se estivéssesmos diante da 
inconstitucionalidade material, seria chamada de nomoestática. 
Gabarito: Correto. 
 
11. (ESAF/SEFAZ-CE/2007) Lei ordinária que regulamentou 
matéria atribuída pela Constituição à lei complementar é formal e 
materialmente inconstitucional, independentemente de apreciação e 
julgamento pelo Supremo Tribunal Federal. 
Comentários: 
Segundo a doutrina, trata-se apenas de inconstitucionalidade formal, 
já que não está ocorrendo vício ao tratar o conteúdo, mas sim, 
escolhendo-se a forma errada para se tratar este conteúdo. 
Gabarito: Errado. 
 
12. (ESAF/CGU/2006) Segundo a doutrina majoritária e 
o Supremo Tribunal Federal, no caso brasileiro, como efeito do 
exercício do poder constituinte derivado sobre a legislação 
infraconstitucional existente, no caso da incompatibilidade material 
da norma com o novo texto constitucional, temos uma 
inconstitucionalidade superveniente. 
Comentários: 
A questão trata de uma emenda constitucional que venha a dispor 
sobre algo de forma contrária às leis já existentes. Não temos no 
Brasil a adoção de inconstitucionalidade superveniente, assim, não se 
pode falar que as leis contrárias à nova emenda serão 
inconstitucionais. O que ocorre é uma revogação. 
Gabarito: Errado. 
 
Controle de Constitucionalidade quanto à natureza ou órgão 
controlador: 
Segundo a doutrina, o controle de constitucionalidade pode ser: 
Político - quando exercido por órgãos que não pertencem ao 
Judiciário. Existem alguns países da Europa que possuem um 
tribunal constitucional desvinculado dos demais poderes do 
Estado. A existência deste tribunal constitucional tem o objetivo 
.
CURSO ON-LINE - D. CONSTITUCIONAL NAS 5 FONTES 
PROFESSOR: VÍTOR CRUZ 
9 
www.pontodosconcursos.com.br 
quase exclusivo de protegera Constituição, controlando a 
constitucionalidade dos atos. 
Jurisdicional - quando exercido por órgãos pertencentes ao 
Judiciário; 
Misto - quando existe uma reserva - algumas espécies de 
normas são controladas exclusivamente pelo controle político e 
outras normas sofrem controle por parte do judiciário. 
Costuma-se dizer que o Brasil adota o controle jurisdicional, pois, 
ainda que o Legislativo e o Executivo possam também realizar o 
controle de constitucionalidade todas as normas estão sujeitas a um 
controle por parte do judiciário. Não há reservas feitas ao outros 
poderes. 
Observação: A FCC adota uma classificação de que no Brasil 
teríamos um sistema misto de Constitucionalidade. Porém, 
essa classificação como "misto" não é devido ao órgão 
controlador, mas sim pelo fato de que o controle jurisdicional da 
constitucionalidade ocorrer de duas formas: da forma concentrada, 
onde o STF analisa a constitucionalidade da norma em abstrato, 
independente do caso concreto; e a forma difusa onde qualquer juiz 
ou tribunal poderá declarar a inconstitucionalidade diante de um caso 
concreto em suas mão. Assim, o correto seria dizer "sistema 
jurisdicional misto" e não simplesmente "sistema misto", mas a FCC 
costuma empregar o termo tão somente como "sistema misto". 
Vejamos: 
 
13. (FCC/PGE-PE/2004) Perante a Constituição brasileira em 
vigor, a legislação pertinente e a doutrina, o controle de 
constitucionalidade no Brasil 
a) é misto, com tendência de intensificação do modelo concentrado 
de controle. 
b) adota unicamente o modelo do "judicial review", de origem na 
decisão da Corte Suprema dos EUA, proferida em 1803. 
c) segue, com exclusividade, a linha do modelo kelseniano, 
introduzido na Constituição da Áustria, de 1920. 
d) segue o chamado modelo francês, que adota o sistema de controle 
jurisdicional preventivo. 
e) é misto, com absoluta equivalência entre o sistemas de controle 
difuso e concentrado. 
Comentários: 
A resposta correta é a letra A. Veja que a banca não disse apenas 
"misto" e ponto final, mas explicou (em outras palavras): é misto 
.
CURSO ON-LINE - D. CONSTITUCIONAL NAS 5 FONTES 
PROFESSOR: VÍTOR CRUZ 
10 
www.pontodosconcursos.com.br 
pois estamos nos referindo à vias concentradas e difusas do controle 
jurisdicional, havendo predominância pela concentrada. 
Gabarito: Letra A. 
 
14. (FCC/Analista - TRT 16ª/2009) No Brasil, o controle de 
constitucionalidade repressivo jurídico ou judiciário é misto, pois 
exercido tanto da forma concentrada, quanto da forma difusa. 
Comentários: 
Alguns anos se passaram e a FCC foi mais sensata. Veja que falou 
claramente "controle JURÍDICO misto" e não apenas em "controle 
misto". Assim, a banca não está falando que no Brasil adotamos um 
sistema misto de controle de constitucionalidade, o que ela está 
fazendo é dizer que no Brasil temos uma forma mista de "controle de 
constitucionalidade repressivo jurídico" já que temos impugnações 
diretas pela via concentrada e também pela via difusa. 
Gabarito: Correto. 
 
Agora vamos efetivamente tratar das questões que abordam o 
"Controle de Constitucionalidade" quanto à natureza ou órgão 
controlador: 
15. (FCC/TRE-AM-AJAJ/2010 - Adaptada) Em relação ao órgão 
controlador, a ocorrência em Estados onde o órgão que garante a 
supremacia da Constituição sobre o ordenamento jurídico é distinto 
dos demais Poderes do Estado caracteriza espécie de controle: 
a) indeterminado. 
b) jurídico. 
c) judiciário. 
d) misto. 
e) político. 
Comentários: 
Quando o órgão responsável pelo controle é autônomo, desvinculado 
dos demais poderes (principalmente do Judiciário), estamos diante do 
controle político, tal qual ocorre em certos países Europeus que 
possuem o "Tribunal Constitucional". 
Gabarito: Letra E. 
 
16. (FCC/Procurador-Salvador/2006) O sistema jurídico 
brasileiro não admite o controle político de constitucionalidade. 
.
CURSO ON-LINE - D. CONSTITUCIONAL NAS 5 FONTES 
PROFESSOR: VÍTOR CRUZ 
11 
www.pontodosconcursos.com.br 
Comentários: 
O fato de se classificar o sistema de controle de constitucionalidade 
no Brasil como sendo "jurídico" não quer dizer que não há hipótese 
de controle político. No Brasil, os 3 Poderes atuam no controle de 
constitucionalidade. Existem casos onde o Poder Legislativo poderá 
fazer controle e outros casos onde o Executivo poderá proceder a 
este controle, e desta forma, como são órgãos distintos do Poder 
Judiciário, estarão exercendo o chamado "controle político de 
constitucionalidade". 
A existência dessas hipóteses de controle político não descaracteriza 
a classificação de nosso controle como "jurídico" ou "jurisdicional", 
pois não há reservas feitas ao controle político. Todas as espécies 
normativas, ainda que possam sofrer controle político, poderão 
também sofrer o controle jurisdicional. 
Gabarito: Errado. 
 
17. (CESPE/Advogado - IPAJM-ES/2010) No Brasil, os sistemas 
de controle de constitucionalidade adotados são o jurisdicional, o 
político e o misto. Isso porque podem declarar a inconstitucionalidade 
das leis o Poder Judiciário, o Poder Legislativo e o Poder Executivo. 
Comentários: 
Questão sem pé nem cabeça. O sistema de controle pode ser 
jurisdicional, político ou misto, não pode ser os três ao mesmo 
tempo. No Brasil, o sistema é o jurisdicional, pois embora o 
Legislativo e o Executivo exerçam controle de constitucionalidade, 
não se pode afastar nenhuma norma do Judiciário, não havendo 
então reservas feitas àqueles Poderes. 
Gabarito: Errado. 
 
18. (ESAF/EPPGG-MPOG/2009) No Brasil, o controle de 
constitucionalidade realiza-se mediante a submissão das leis federais 
ao controle político do Congresso Nacional e as leis estaduais, 
municipais, ou distritais ao controle jurisdicional. 
Comentários: 
No Brasil, a regra é o sistema jurisdicional, independente da esfera 
da norma. Dizemos que o controle é jurisdicional, pois nenhuma 
norma está afastada da apreciação judicial, ainda que tenhamos a 
existência de controles políticos. 
Gabarito: Errado. 
 
.
CURSO ON-LINE - D. CONSTITUCIONAL NAS 5 FONTES 
PROFESSOR: VÍTOR CRUZ 
12 
www.pontodosconcursos.com.br 
19. (ESAF/MRE/2004) O sistema de controle de 
constitucionalidade adotado no Brasil é o sistema misto, uma vez que 
há um controle político da constitucionalidade das leis, exercido pelo 
Poder Executivo e pelo Poder Legislativo, e um controle jurisdicional, 
exercido pelo Poder Judiciário. 
Comentários: 
Segundo a doutrina majoritária, trata-se de controle jurisdicional. O 
controle misto é caracterizado por sujeitar algumas espécies 
normativas ao controle jurídico, e outras ao controle político (órgãos 
que não são do poder judiciário), este controle misto, não é adotado 
no Brasil, pois o Judiciário não fica afastado da apreciação de 
nenhuma espécie normativa. 
Gabarito: Errado. 
 
Momento do controle: 
O controle da constitucionalidade pode ocorrer em 2 momentos 
distintos: antes ou depois da promulgação da lei (ou emenda 
constitucional). A promulgação é o ato que atesta que a norma 
percorreu todo o seu processo de criação e, assim, a ordem jurídica 
foi inovada. Desta forma, quanto ao momento, podemos ter: 
Controle Preventivo – Controle sobre o projeto de lei. 
Controle Repressivo – Controle sobre a lei já promulgada. 
 
Controle preventivo: 
O controle preventivo de constitucionalidade pode ocorrer no âmbito 
dos 3 poderes. Cronologicamente temos: 
1º controle – Legislativo: 
Quando um projeto de lei é proposto, ele já começa a sofrer o 1º 
controle, que é o controle no próprio legislativo exercido pelas 
chamadas “CCJ” – Comissão de Constituição e Justiça – que é 
denominada CCJ e Redação no âmbito da Câmara dos Deputados e 
CCJ e Cidadania no âmbito do Senado Federal. Se a CCJ entender 
que o projeto viola preceitos da Constituição, arquivará o projeto. 
 
2º Controle – Judiciário: 
Se um projeto de lei “sobrevive” à CCJ, não quer dizer que ele já 
pode se considerarconstitucional, longe disso. Ainda durante o seu 
trâmite no Congresso Nacional, algum parlamentar (e somente o 
parlamentar), que enteda que o projeto seja inconstitucional, 
poderá impetrar um mandado de segurança no STF, pois os 
.
CURSO ON-LINE - D. CONSTITUCIONAL NAS 5 FONTES 
PROFESSOR: VÍTOR CRUZ 
13 
www.pontodosconcursos.com.br 
parlamentares tem o direito líquido e certo de participar de um 
processo legislativo que seja juridicamente correto. Se este direito for 
violado, deliberando-se sobre um projeto que entenda 
inconstitucional ou de forma contrária ao processo legislativo 
previsto, poderá acionar o judiciário por tal ação. 
Uma observação que deve ser feita é que é este controle possui a 
particularidade de ser difuso, por “via de exceção”, ou seja, o 
parlamentar na verdade quer participar de um processo legislativo 
hígido, o pedido de declaração de inconstitucionalidade foi apenas um 
“acidente de percurso”, é um incidente, daí também ser dito, que é 
incidental. 
 
3º Controle – Executivo: 
Última chance de um projeto não se tornar lei por 
inconstitucionalidade. Ocorre quando, ao fim do processo legislativo, 
o projeto é encaminhado ao Presidente da República para que este o 
sancione ou vete o projeto. O Presidente possui o poder de vetar leis 
através do art. 66 § 1º da Constituição: 
"Se o Presidente da República considerar o projeto, no todo 
ou em parte, inconstitucional ou contrário ao interesse 
público, vetá-lo-á total ou parcialmente, no prazo de 15 dias 
úteis, contados da data do recebimento, e comunicará, 
dentro de 48 horas, ao Presidente do Senado Federal os 
motivos do veto". 
Assim, o presidente possui o poder de 2 tipos de veto: 
Veto Político - Se o Presidente da República considerar o 
projeto, no todo ou em parte, contrário ao interesse público. 
Veto Jurídico - Se o Presidente da República considerar o 
projeto, no todo ou em parte, inconstitucional. 
O único veto que é controle de constitucionalidade é o veto jurídico, 
pois este é o veto cujo fundamento é o da inconstitucionalidade do 
projeto, verificada pelo chefe do Executivo. O veto político é um ato 
fora do controle de constitucionalidade, pois não se está discutindo a 
validade ou não do projeto, mas sim o seu real benefício para a 
sociedade. 
 
20. (FCC/Técnico Superior - PGE-RJ/2009) De acordo com a 
jurisprudência do STF, uma ação direta de inconstitucionalidade, 
tendo como parâmetro a Constituição Federal, pode ter por objeto 
proposta de emenda constitucional. 
Comentários: 
.
CURSO ON-LINE - D. CONSTITUCIONAL NAS 5 FONTES 
PROFESSOR: VÍTOR CRUZ 
14 
www.pontodosconcursos.com.br 
Se estamos falando de proposta de emenda constitucional, estamos 
falando de controle preventivo, já que a emenda ainda não está 
promulgada. Assim, não caberá ADI para impuná-la, já que ADI é 
mecanismo de controle repressivo, somente podendo veicular normas 
já promulgadas. 
Gabarito: Errado. 
 
21. (FCC/Juiz Substituto - TJ-RR/2008) Suponha que tramite 
perante a Câmara dos Deputados uma proposta de Emenda à 
Constituição que pretenda excluir do texto constitucional a vedação à 
instituição de pena de morte, constante de seu artigo 5o, XLVII, a. 
Nessa hipótese, com vistas a impedir que os membros da Casa 
Legislativa deliberem sobre referida proposta, teria um Deputado 
Federal legitimidade para impetrar, perante o Supremo Tribunal 
Federal, mandado de segurança individual. 
Comentários: 
Trata-se do controle de constitucionalidade preventivo feito através 
de um mandado de segurança impetrado por um parlamentar (e 
somente o parlamentar que é legitimado) no STF visando impedir a 
continuação de um processo legislativo maculado. 
Gabarito: Correto. 
 
22. (FCC/Defensor-DP-SP/2009) Quando julga mandado de 
segurança impetrado por parlamentar federal para defender direito 
subjetivo à participar de um processo legislativo hígido, o STF incide 
no controle político de constitucionalidade. 
Comentários: 
O controle político é aquele realizado por órgãos que não pertencem 
ao judiciário. Desta forma, o enunciado retrata o chamado controle 
preventivo da constitucionalidade no âmbito do STF, que é hipótese 
de controle jurídico. 
Gabarito: Errado. 
 
23. (CESPE/TRE-MA/2009) É inadmissível o controle jurisdicional 
de constitucionalidade de proposição legislativa em trâmite, por ainda 
não existir lei ou ato normativo passível de controle de 
constitucionalidade. 
Comentários: 
Neste caso ocorre o chamado controle preventivo de 
constitucionalidade, ou seja, faz-se um controle antes da 
.
CURSO ON-LINE - D. CONSTITUCIONAL NAS 5 FONTES 
PROFESSOR: VÍTOR CRUZ 
15 
www.pontodosconcursos.com.br 
promulgação do projeto de lei para que ele sequer venha a integrar o 
ordenamento jurídico. 
Gabarito: Errado. 
 
24. (CESPE/Promotor-MPE-RN/2009) O parlamentar dispõe de 
legitimação ativa para suscitar, por meio de mandado de segurança, 
o controle incidental de constitucionalidade pertinente à observância, 
pelo Parlamento, dos requisitos que condicionam a válida elaboração 
das proposições normativas, enquanto essas se acharem em curso na 
casa legislativa a que pertença esse parlamentar; no entanto, se a 
proposta legislativa for transformada em lei, haverá a perda do 
objeto da ação e a perda da legitimidade ativa do parlamentar. 
Comentários: 
A questão trata do controle de constitucionalidade preventivo no STF, 
através de Mandado de Segurança impetrado por parlamentar (e 
realmente só o parlamentar), que impugna a inobservância de um 
processo legislativo hígido. Como se trata de um controle preventivo, 
se o referido projeto for transformado em lei, ocorre a perda do 
objeto do mandado. Tal fato provoca ainda a perda da legitimidade 
ativa do parlamentar, já que o parlamentar isoladamente não possui 
legitimidade para o controle repressivo de constitucionalidade, pois 
não está arrolado no art. 103 da Constituição. 
Gabarito: Correto. 
 
25. (CESPE/AGU/2009) É admissível o controle de 
constitucionalidade de emenda constitucional antes mesmo de ela ser 
votada, no caso de a proposta atentar contra cláusula pétrea, sendo o 
referido controle feito por meio de mandado de segurança, que deve 
ser impetrado exclusivamente por parlamentar federal. 
Comentários: 
Só os parlamentares podem impetrar esse mandado de segurança no 
Supremo, segundo a jurisprudência do STF, já que eles tem o direito 
líquido e certo de participar de um processo legislativo que seja 
juridicamente correto. 
Gabarito: Correto. 
 
26. (FCC/Analista - MPE-SE/2009) Sobre a ação direta de 
inconstitucionalidade, podemos afirmar que é da competência 
originária do Supremo Tribunal Federal processá-la e julgá-la, no 
exercício de sua atribuição de guarda da Constituição. 
Comentários: 
.
CURSO ON-LINE - D. CONSTITUCIONAL NAS 5 FONTES 
PROFESSOR: VÍTOR CRUZ 
16 
www.pontodosconcursos.com.br 
Em se tratando de controvérsia perante a Constituição Federal, 
somente o STF é que terá esta competência (CF, art. 102, I, a). 
Gabarito: Correto. 
 
27. (CESPE/FINEP/2009) Embora o Poder Executivo possa 
negar-se a aplicar ato normativo manifestamente inconstitucional, 
exercendo o controle de constitucionalidade repressivo, não há 
previsão no ordenamento jurídico brasileiro para que exerça também 
o controle de constitucionalidade preventivo. 
Comentários: 
O Presidente exercerá o controle preventivo de constitucionalidade ao 
fazer o veto jurídico, 
Gabarito: Errado. 
 
28. (CESPE/AJAA - TRT 5ª/2009) O senador da República tem 
legitimidade ativa para impetrar mandado de segurança para o 
controle da constitucionalidade de aspecto procedimental relativo a 
processo legislativo de decreto legislativo que esteja em tramitação 
no Senado Federal. 
Comentários: 
Trata-se do controle preventivo de constitucionalidade feito por 
mandado de segurança no STF, cujos legitimados serão 
exclusivamente deputados ou senadores. 
Gabarito: Correto. 
 
29. (CESPE/Procurador-TCE-ES/2009)O STF admite o controle 
preventivo de constitucionalidade sobre projeto de emenda 
constitucional em trâmite perante o Poder Legislativo federal, 
mediante o ajuizamento de ADI ao STF. 
Comentários: 
ADI é instrumento de controle repressivo, ou seja, aquele controle 
que ocorre após a promulgação. Se estamos falando em controle 
preventivo, não se pode usar a ADI. Os instrumentos de controle 
preventivo são: análise do projeto pela comissão de constituição e 
justiça, veto jurídico do Presidente da República e mandado de 
segurança no STF impetrado por parlamentar. 
Gabarito: Errado. 
 
.
CURSO ON-LINE - D. CONSTITUCIONAL NAS 5 FONTES 
PROFESSOR: VÍTOR CRUZ 
17 
www.pontodosconcursos.com.br 
30. (ESAF/SEFAZ-CE/2007) O Presidente da República poderá 
ajuizar ação direta de inconstitucionalidade, perante o Supremo 
Tribunal Federal, a fim de que seja arquivada proposta de emenda à 
Constituição tendente a abolir cláusula pétrea. 
Comentários: 
No momento em que falamos de “proposta” de Emendas, estamos 
falando de um controle preventivo de constitucionalidade. Veremos 
que a ADI é instrumento de controle repressivo de 
constitucionalidade. 
Gabarito: Errado. 
 
31. (ESAF/SEFAZ-CE/2007) Admite-se o controle concentrado de 
constitucionalidade sobre o processo de elaboração de leis e emendas 
à Constituição, sendo que apenas os parlamentares são legitimados à 
propositura de ação perante o Supremo Tribunal Federal. 
Comentários: 
A questão trata do controle de constitucionalidade preventivo no STF, 
através de Mandado de Segurança impetrado por parlamentar (e 
realmente só o parlamentar). Para a ESAF, porém, tal hipótese é de 
controle difuso e não de controle concentrado, já que está levando ao 
conhecimento do STF uma discussão que se iniciou em outro órgão 
(Poder Legislativo). 
Gabarito: Errado. 
 
32. (FUNIVERSA/Delegado - PC-DF/2009) Corroborando a 
evolução do controle judicial acerca dos direitos e garantias 
fundamentais, entende-se cabível a impetração, por parlamentares e 
cidadãos, de mandado de segurança contra tramitação de proposta 
de emenda constitucional ou projeto de lei. 
Comentários: 
A questão está abordando o controle preventivo de 
Constitucionalidade feito através de mandado de segurança no STF. O 
erro da questão é elencar os cidadãos como possíveis legitimados 
para propor esse MS. Somente os parlamentares podem impetrar 
esse MS. 
Gabarito: Errado. 
 
Controle Repressivo: 
O controle repressivo é o que se faz sobre a lei já promulgada, ainda 
que pendente de publicação, desde que esta venha a ocorrer 
.
CURSO ON-LINE - D. CONSTITUCIONAL NAS 5 FONTES 
PROFESSOR: VÍTOR CRUZ 
18 
www.pontodosconcursos.com.br 
antes do julgamento (ADI 3367/DF - DISTRITO FEDERAL). Este 
controle também poderá ser feito por cada um dos 3 poderes. 
 
33. (CESPE/Juiz Federal Substituto - TRF 1ª/2009) Se 
determinado legitimado constitucional ajuizar, perante o STF, ação 
direta de inconstitucionalidade, tendo por objeto emenda 
constitucional pendente de publicação oficial, então, nesse caso, de 
acordo com entendimento do STF, mesmo que a publicação venha a 
ocorrer antes do julgamento da ação, a hipótese será de não 
conhecimento da ação direta de inconstitucionalidade, uma vez 
ausente o interesse processual. 
Comentários: 
Segundo a jurisprudência do STF, firmada em 2005 (ADI 3367/DF), 
não há óbice de que seja proposta a ADI perante emenda não 
publicada oficialmente, desde que a publicação venha a ocorrer antes 
do julgamento da causa. 
Gabarito: Errado. 
 
Controle repressivo pelo Executivo: 
Esse controle na verdade é decorrente de uma jurisprudência do STF 
(RTJ 151/331). Segundo esta jurisprudência, admite-se que o chefe 
do executivo (Presidente, Governador ou Prefeito) se recuse, por ato 
administrativo expresso e formal, a dar cumprimento a uma lei ou 
outro ato normativo que entenda ser flagrantemente inconstitucional, 
até que a questão seja apreciada pelo Poder Judiciário. 
Alexandre de Moraes1 ensina que: “O Poder Executivo, assim como os 
demais Poderes do Estado, está obrigado a pautar sua conduta pela 
estrita legalidade (...). Dessa forma, não há como exigir-se do chefe 
do Poder Executivo o cumprimento de uma lei ou ato normativo que 
entenda flagrantemente inconstitucional, podendo e devendo, 
licitamente, negar-se cumprimento, sem prejuízo do exame 
posterior pelo Judiciário. Porém, como recorda Elival da Silva 
Ramos, ‘por se tratar de medida extremamente grave e com ampla 
repercussão nas relações entre os Poderes, cabe restringi-la 
apenas ao Chefe do Poder Executivo, negando-se a 
possibilidade de qualquer funcionário administrativo 
subalterno descumprir a lei sob a alegação de inconstitucionalidade 
(...). Portanto, poderá o Chefe do Poder Executivo determinar a seus 
órgãos subordinados que deixem de aplicar administrativamente as 
leis ou atos normativos que considerar inconstitucionais”. 
 
1
 Direito Constitucional, 14ª Ed., Atlas. 
.
CURSO ON-LINE - D. CONSTITUCIONAL NAS 5 FONTES 
PROFESSOR: VÍTOR CRUZ 
19 
www.pontodosconcursos.com.br 
 
34. (CESPE/TRE-MA/2009) O chefe do Poder Executivo não pode 
deixar de cumprir lei ou ato normativo que entenda flagrantemente 
inconstitucional, sob pena de afronta à competência e à atuação dos 
Poderes Legislativo e Judiciário. 
Comentários: 
Pode deixar sim. Ele tem este poder. Mas lembre-se que é só o chefe 
do Executivo (Presidente, Governador e Prefeito), nenhuma outra 
autoridade subordinada poderá. 
Gabarito: Errado. 
 
35. (ESAF/SEFAZ-CE/2007) O Chefe do Poder Executivo, 
considerando determinada lei inconstitucional, poderá determinar a 
seus subordinados que deixem de aplicá-la. Da mesma forma, o 
Ministro de Estado poderá determinar a seus subordinados que 
deixem de aplicar determinado ato normativo, relativo à sua pasta, 
que considere inconstitucional. 
Comentários: 
Os Ministros não podem. A competência para isso é somente do chefe 
do Executivo, não podendo ser delegada. 
Gabarito: Errado. 
 
Controle repressivo pelo Legislativo: 
O controle repressivo no Legislativo pode ocorrer basicamente em 
duas hipóteses. A primeira hipótese é a definida no art. 49, V da 
Constituição: 
“Compete ao Congresso Nacional sustar os atos normativos 
do Poder Executivo que exorbitem do poder regulamentar 
ou dos limites de delegação legislativa”. 
Assim o Congresso Nacional atuará controlando os limites 
constitucionais à atuação do Presidente da República. E fará isso do 
seguinte modo: 
� Sustando os atos normativos do Poder Executivo que 
exorbitem do poder regulamentar: O art. 84, IV permite 
que o Presidente da República edite decretos para 
regulamentar as leis. Esse é o poder regulamentar do 
Presidente, que ao ser usado fora dos limites da lei a ser 
regulamentada, poderá sofrer sustação pelo Congresso. É 
importante salientarmos que, embora a doutrina considere 
isso um controle de constitucionalidade, segundo o STF (RE 
.
CURSO ON-LINE - D. CONSTITUCIONAL NAS 5 FONTES 
PROFESSOR: VÍTOR CRUZ 
20 
www.pontodosconcursos.com.br 
349307 AgR/ PR - PARANÁ), se o regulamento extrapolou os 
limites da lei não seria caso de inconstitucionalidade, mas de 
ilegalidade. 
� Sustando os atos normativos que exorbitem dos limites 
da delegação legislativa: O Presidente da República pode 
editar leis delegadas (art. 68), para isso pede que o 
Congresso Nacional através de uma resolução conceda este 
poder a ele. Esta resolução também trará os limites a serem 
observados na edição da lei delegada. Se estes limites da 
resolução forem ultrapassados, a lei delegada poderá ser 
objeto de sustação. 
A segunda hipótese de controle de constitucionalidade repressivo por 
parte do Legislativo ocorre quando o Congresso, através de uma 
comissão mista, aprecia se a medida provisória observou os seus 
pressupostos constitucionais de relevância e urgência. 
Obs. 1 - No Brasil, somente as decisões do Judiciário éque são 
dotadas de definitividade. Então, o STF admite inclusive o controle 
jurisdicional em cima deste controle por parte do Legistlativo. Desta 
forma, nada impede que o decreto legislativo que sustou o ato do 
Presidente da Repúbública (conforme acabamos de ver) seja objeto 
de impugnação perante o Judiciário. 
Obs 2 - Não é admitido que o Poder Legislativo proceda à feitura de 
uma lei em que sejam declaradas inconstitucionais outras leis. Ou 
seja, se uma lei passou por todo o processo legislativo e está em 
vigor, perfeita e acabada. Não poderá o Poder Legislativo voltar atrás 
e retirar esta lei do ordenamento com fundamento na 
inconstitucionalidade. O Legislativo poderá, no máximo, proceder 
uma nova lei que revogue a anterior, mas não declará-la 
inconstitucional, isso é papel do Judiciário. 
 
36. (CESPE/Agente-Hemobrás/2008) No ordenamento jurídico 
brasileiro, existe a possibilidade do Poder Legislativo editar lei para 
declarar a inconstitucionalidade de lei anterior. 
Comentários: 
O STF não permite que o Poder Legislativo proceda à feitura de uma 
lei em que sejam declaradas inconstitucionais outras leis. 
Gabarito: Errado. 
 
37. (ESAF/SEFAZ-CE/2007) O Congresso Nacional, ao rejeitar 
medida provisória, está atuando preventivamente no controle de 
constitucionalidade, haja vista a espécie normativa não ter 
ingressado de forma definitiva no ordenamento jurídico pátrio. 
.
CURSO ON-LINE - D. CONSTITUCIONAL NAS 5 FONTES 
PROFESSOR: VÍTOR CRUZ 
21 
www.pontodosconcursos.com.br 
Comentários: 
Não é um controle preventivo e sim um controle repressivo. 
Gabarito: Errado. 
 
38. (ESAF/PGE-DF/2004) O Poder Legislativo está autorizado a 
aprovar lei em cujos dispositivos se declarem nulas e de nenhuma 
eficácia, por serem inconstitucionais, outras leis de sua autoria. 
Comentários: 
Segundo o STF, uma lei não é instrumento hábil para fazer controle 
de constitucionalidade, a referida lei deveria ser submetida à controle 
de constitucionalidade por via de ação direta no STF, já que no Brasil 
temos o sistema jurisdicional de controle de constitucionalidade. 
Gabarito: Errado. 
 
Controle repressivo pelo Judiciário: 
O controle repressivo no judiciário é a parte mais cobrada em 
concursos, já que é também o mais utilizado para se controlar a 
constitucionalidade das normas. O controle jurisdicional é feito de 2 
formas: a forma concentrada (feita diretamente em um único órgão) 
e a forma difusa (que “se espalha”, estando aberta à vários órgãos). 
Voltando a um assunto já debatido. Costuma-se dizer que o controle 
repressivo pelo judiciário é misto, pois admite tanto a forma 
concentrada, quanto a forma difusa. Não confunda este controle 
repressivo judiciário misto com o sitema misto quanto à natureza do 
controle. 
 
Orgão Especial e a Cláusula da Reserva de Plenário: 
Antes de adentramos nos estudos do controle concentrado e difuso, é 
importante que saibamos que qualquer juiz tem o poder de 
declarar inconstitucional uma norma. Porém, obviamente, desta 
declaração caberá recurso às instâncias superiores, no caso de um 
juizo monocrático (juiz singular). Qualquer tribunal também 
poderá declarar a inconstitucionalidade de norma, mas no 
caso de tribunais, estes devem observar o chamado princípio 
da reserva de plenário. 
Mas o que seria este princípio? 
Antes de falarmos sobre o princípio da reserva de plenário, 
precisamos nos atentar a formação do órgão especial. Assim versa a 
Constituição: 
.
CURSO ON-LINE - D. CONSTITUCIONAL NAS 5 FONTES 
PROFESSOR: VÍTOR CRUZ 
22 
www.pontodosconcursos.com.br 
"Nos tribunais com número superior a 25 julgadores, poderá 
ser constituído órgão especial (OE), com o mínimo de 11 e o 
máximo de 25 membros, para o exercício das atribuições 
administrativas e jurisdicionais delegadas da competência 
do tribunal pleno, provendo-se metade das vagas por 
antigüidade e a outra metade por eleição pelo tribunal 
pleno" (CF, art. 93, XI). 
Assim, o órgão especial absorverá funções que antes pertenceriam ao 
pleno do tribunal. Por que isto é importante? Pois assim, podemos 
entender o art. 97 da Constituição que fala exatamente do princípio 
da reserva de plenário: 
"Somente pelo voto da maioria absoluta de seus 
membros (pleno) ou dos membros do respectivo 
órgão especial (OE) poderão os tribunais declarar a 
inconstitucionalidade de lei ou ato normativo do Poder 
Público". 
Assim, os chamados "órgãos fracionários" de um tribunal (turma, 
câmara, etc.) não têm, em princípio, competência para declarar 
inconstitucionalidade de normas, somente possuem esta competência 
o pleno do tribunal ou, caso exista, o órgão especial. Sempre, então, 
que um processo chegar a um tribunal, e no curso deste processo for 
arguida a inconstitucionalidade de alguma lei, os órgãos fracionários 
devem paralisar o julgamento e remeter a arguição de 
inconstitucionalidade ao pleno ou OE, para que este possam decidir 
sobre a inconstitucionalidade ou não da norma arguida. Veja que a 
incompetência do órgãos fracionários, foi dita como, apenas, em 
princípio, pois assim versa o Código de Processo Civil: 
"Os órgãos fracionários dos tribunais não submeterão ao 
plenário, ou ao órgão especial, a argüição de 
inconstitucionalidade, quando já houver pronunciamento 
destes ou do plenário do Supremo Tribunal Federal sobre a 
questão" (CPC, art. 481, Parágrafo único). 
Assim, dispensa-se o envio do feito ao pleno ou OE quando já existir 
decisão sobre o tema proferida anteriormente pelo próprio OE, pelo 
pleno ou pelo STF. 
É muito oportuno citarmos neste momento a Súmula Vinculante nº 
10: 
"Viola a cláusula de reserva de plenário (CF, artigo 97) 
a decisão de órgão fracionário de tribunal que, embora 
não declare expressamente a inconstitucionalidade de 
lei ou ato normativo do poder público, afasta sua 
incidência, no todo ou em parte". 
 
.
CURSO ON-LINE - D. CONSTITUCIONAL NAS 5 FONTES 
PROFESSOR: VÍTOR CRUZ 
23 
www.pontodosconcursos.com.br 
39. (CESPE/FINEP/2009) Somente pelo voto da maioria absoluta 
de seus membros ou dos membros do respectivo órgão especial, 
podem os tribunais declarar a inconstitucionalidade de lei ou ato 
normativo do poder público. 
Comentários: 
É a perfeita extração da literalidade do art. 97 da Constituição, que 
fala sobre a "Cláusula da Reserva de Plenário". 
Gabarito: Correto. 
 
40. (ESAF/AFRFB/2009) A cláusula de reserva de plenário não 
veda a possibilidade de o juiz monocrático declarar a 
inconstitucionalidade de lei ou ato normativo do Poder Público. 
Comentários: 
Juiz "monocrático" (poder nas mãos de um - mono + cratico) é o juiz 
singular, que decide por ele mesmo e não através de um colegiado, 
como ocorre nos tribunais. Trata-se do juízo de primeira instância. 
Quando o juiz monocrático decide, ele já é uma unanimidade, assim, 
não há como se falar em aplicação da reserva de plenário do art. 97, 
aplicável somente aos tribunais (órgãos colegiados). 
Gabarito: Correto. 
 
41. (ESAF/AFT/2006) O "princípio da reserva de plenário" 
impede que o juiz singular declare a inconstitucionalidade de lei em 
suas decisões. 
Comentários: 
Novamente. A reserva de plenário é de observância obrigatória nos 
tribunais, não no juizo monocrático (singular). 
Gabarito: Errado. 
 
42. (ESAF/PFN/2006) Os órgãos fracionários de tribunais de 
segundo grau não podem declarar a inconstitucionalidade de uma 
norma ordinária, mas podem, sem declarar explicitamente a 
inconstitucionalidade, afastar a incidência da norma ordinária 
pertinente à lide, para decidir essa mesma lide sob critérios diversos 
que estimem extraídos da Constituição. 
Comentários: 
Isso contraria a súmula vinculante 10: viola a cláusula de reserva de 
plenário (CF, artigo 97) a decisão de órgão fracionário de tribunal 
que, embora não declare expressamente a inconstitucionalidade de 
.
CURSO ON-LINE - D. CONSTITUCIONAL NAS 5 FONTES 
PROFESSOR: VÍTOR CRUZ 
24 
www.pontodosconcursos.com.br 
lei ou ato normativo do poder público,afasta sua incidência, no todo 
ou em parte. 
Gabarito: Errado. 
 
43. (ESAF/PFN/2006) Suponha que o Supremo Tribunal Federal 
tenha declarado a inconstitucionalidade de uma lei federal, ao julgar 
um mandado de segurança. O órgão fracionário do tribunal de 
segunda instância, deparando-se com a mesma argüição de 
inconstitucionalidade do diploma, não deverá suscitar o incidente de 
inconstitucionalidade, mas deverá simplesmente aplicar a decisão de 
inconstitucionalidade proferida pelo Supremo Tribunal Federal. 
Comentários: 
Isso mesmo, caso já tenha decisão do Supremo ou do Órgão Especial 
do tribunal a respeito da causa, o órgão fracionário está dispensado 
de remeter o feito ao OE, bastando fundamentar que está seguindo 
posicionamento já firmado. 
Gabarito: Correto. 
 
Controle Difuso (concreto): 
O controle concreto ocorre quando tenta-se no curso de um processo 
judicial (caso concreto) argumentar que certa norma está causando 
efeitos indevidos, e isso porque é contrária aos preceitos 
constitucionais. Assim, a pessoa que acha que a norma é 
inconstitucional não pede diretamente que o juiz declare a norma 
como inválida, mas sim, que resolva o seu problema concreto. A 
declaração de inconstitucionalidade da norma é apenas um meio para 
resolver a controvérsia, um “acidente” no caminho, daí ser chamado 
também de um controle incidental. A discussão da constitucionalidade 
no controle difuso, pode se dar com a impetração de qualquer ação, 
até mesmo ação civil pública ou mandado de segurança. 
Dizemos que este controle é difuso pois ele não possui um órgão 
específico para seu controle. Vimos que qualquer juiz pode declarar a 
inconstitucionalidade de norma e desta decisão ainda cabe recurso. 
Destarte, em regra, o controle difuso percorre os seguintes órgãos: 
Juiz singular (1º grau) ---> recurso---> Tribunal de Justiça ---> 
(recurso extraordinário) ---> STF 
Veja que para chegar ao STF se faz um “recurso extraordinário” (R. 
Ex). Este "R.Ex" é um tipo de recurso privativo do STF quando se 
quer levar a este tribunal alguma matéria constitucional. Assim então 
dispões a CF, em seu art 102, III: 
.
CURSO ON-LINE - D. CONSTITUCIONAL NAS 5 FONTES 
PROFESSOR: VÍTOR CRUZ 
25 
www.pontodosconcursos.com.br 
"Compete ao STF julgar, mediante recurso extraordinário 
(R. Ex.), as causas decididas em única ou última instância, 
quando a decisão recorrida: 
a) contrariar dispositivo desta Constituição; 
b) declarar a inconstitucionalidade de tratado ou lei 
federal; 
c) julgar válida lei ou ato de governo local contestado em 
face desta Constituição. 
d) (omissis)" 
Veja que o STF admitirá o R. Ex. quando a decisão de algum tribunal 
contrariar dispositivo da Constituição. Também admitira caso a 
decisão do tribunal recorrido decidir por fulminar uma lei federal ou 
algum tratado. 
A alínea "c" é muito cobrada em concursos, já que ela admite o R.Ex 
somente caso a decisão do tribunal recorrido declare válida a lei ou 
ato local. Ou seja, confrontou-se a lei ou ato local com a Constituição 
Federal e decidiu: a lei é válida! Caso a decisão fosse "a lei é inválida" 
não caberia R. Ex., pois no confonto prevaleceu a Constituição. Veja 
que existe uma diferença se o ato questionado é federal ou local 
(estadual ou municipal): 
Lei Federal - Se no confronto com a CF, for julgada inválida - cabe 
R. Ex. 
Lei Local - Se confrontada com a CF, for julgada válida - cabe R. 
Ex. 
Não comentamos a alíena "d", pois ela é um caso de conflito 
federativo e não de controle de constitucionalidade. 
O R. Ex, não é um recurso tão fácil de se interpor, pois há requisito 
de admissibilidade inserido pela EC 45/04 que é a existência de 
“repercurssão geral” sobre a matéria suscitada, podendo, o 
tribunal negar a admissão deste recurso se assim votarem 2/3 
de seus membros. 
Observações: 
• Vimos que qualquer juiz, e qualquer tribunal pode declarar 
inconstitucionalidade de normas através do controle difuso.
Segundo a súmula 347 do STF, até mesmos o Tribunal de 
Contas, que não é um órgão do Judiciário, mas sim um órgão 
técnico, auxiliar do Legislativo, pode, no exercício de suas atri-
buições, apreciar a constitucionalidade das leis e dos atos do 
poder público. Lembramos que trata-se de um controle 
exercido somente sobre o caso concreto. 
.
CURSO ON-LINE - D. CONSTITUCIONAL NAS 5 FONTES 
PROFESSOR: VÍTOR CRUZ 
26 
www.pontodosconcursos.com.br 
• O controle difuso não é a regra, é a exceção, é um caso 
incidental, excepcional. A regra é o controle concentrado. 
 
Controle difuso e seus sinônimos: 
O controle difuso pode vir na prova com os seguintes nomes: 
.Controle concreto: Pois analisa-se o caso concreto, ou seja, os 
efeitos que a lei produziu naquela situação, e não a lei em si, em 
abstrato. 
.Controle incidental (incidenter tantum): Na verdade o que o 
autor do pedido quer é que tenha o seu problema resolvido, sendo a 
declaração de inconstitucionalidade apenas o caminho para que 
alcance isso, a inconstitucionalidade é apenas um “acidente”. 
.Controle difuso (ou aberto): Pois não fica circunscrito a um único 
órgão (STF ou no TJ), mas, está aberto à qualquer juiz ou tribunal. 
.Controle indireto - pois é incidental e não diretamente feito. 
.Controle por via de exceção: exeção = defesa, recursos... 
(grosseiramente falando). 
.Controle com uso da competência recursal ou derivada: Pois 
no caso do STF, ele reconhecerá a causa através de um recurso 
extraordinário e não no uso da sua competência originária. 
.Controle norte-americano: Pois, tem sua origem histórica no 
direito norte-americano, no célebre caso Marbury versus Madison em 
1803. 
 
44. (FCC/Analista - TRT 16ª/2009) Na via de exceção, a 
pronúncia do Judiciário, sobre a inconstitucionalidade, não é feita 
enquanto manifestação sobre o objeto principal da lide, mas sim 
sobre questão prévia, indispensável ao julgamento do mérito. 
Comentários: 
Por isso chamamos o controle de incidental. Discutir a 
constitucionalidade da norma é apenas um meio de alcançar o 
objetivo principal: a resolução da lide. 
Gabarito: Correto. 
 
45. (CESPE/Advogado - IPAJM-ES/2010) Uma norma pode ter 
a sua constitucionalidade aferida pelo modelo de controle difuso ou 
pelo modelo concentrado. O primeiro teve sua origem na Áustria, sob 
a influência de Hans Kelsen, e o segundo, nos Estados Unidos da 
América, a partir do caso Marbury versus Madison, em 1803. 
.
CURSO ON-LINE - D. CONSTITUCIONAL NAS 5 FONTES 
PROFESSOR: VÍTOR CRUZ 
27 
www.pontodosconcursos.com.br 
Comentários: 
Inverteu-se: o modelo concentrado é o austríaco, formulado por Hans 
Kelsen; enquanto o modelo difuso é o norte-americano, decorrente 
do caso Marbury versus Madison, em 1803. 
Gabarito: Errado. 
 
46. (ESAF/PGDF/2007) É juridicamente legítimo que uma 
sentença em ação civil pública movida pelo Ministério Público afirme a 
inconstitucionalidade de lei. 
Comentários: 
Nada impede que em um controle incidental, no caso concreto, 
decida-se pela inconstitucionalidade da lei em no curso do processo 
de uma ação civil pública. 
Gabarito: Correto. 
 
47. (ESAF/PFN/2006) Nas ações diretas de inconstitucionalidade, 
o autor deverá demonstrar a repercussão geral da questão discutida 
no caso, a fim de que o Tribunal examine a admissão da ação. 
Comentários: 
Isto só é necessário no Recurso Extraordinário, não se aplica às ações 
diretas. 
Gabarito: Errado. 
 
48. (ESAF/Juiz Substituto-TRT 7ª/2005) A Constituição veda 
aos tribunais regionais do trabalho exercer o controle incidental de 
constitucionalidade de leis estaduais ou municipais. 
Comentários: 
Não existe tal vedação, o controle incidental, durante a análise de um 
caso concreto, pode ser exercido por qualquer juiz e sobre qualquer 
lei. 
Gabarito: Errado. 
 
49. (CESPE/Analista - EBC/2011) Somente o Poder Judiciário 
pode pronunciar a inconstitucionalidade de uma lei em vigor, 
alcançando retroativamente as situações que se formaram sob sua 
égide. 
Comentários:.
CURSO ON-LINE - D. CONSTITUCIONAL NAS 5 FONTES 
PROFESSOR: VÍTOR CRUZ 
28 
www.pontodosconcursos.com.br 
O item está incorreto baseando-se no fato de que os Tribunais de 
Contas (órgão vinculado ao Legislativo) também poderão, diante de 
um caso concreto, apreciar a constitucionalidade de leis em vigor, 
segundo a Súmula 347 do STF. 
Gabarito: Errado. 
 
50. (CESPE/TRE-MA/2009) O STF considera legítima a 
utilização da ação civil pública como instrumento de fiscalização 
incidental de constitucionalidade de leis ou atos do poder público 
municipal, pela via difusa, quando a controvérsia constitucional não 
se apresentar como o único objeto da demanda, mas como questão 
prejudicial, necessária à resolução do conflito principal. 
Comentários: 
No caso concreto, qualquer ação poderá, em princípio, ser usada para 
discutir a constitucionalidade de uma norma. Já é pacífico, assim, a 
possibilidade da discussão em ação civil pública. 
Gabarito: Correto. 
 
51. (CESPE/Procurador-TCE-ES/2009) No controle posterior ou 
repressivo de constitucionalidade, os TCs têm competência para 
declarar a inconstitucionalidade das leis ou dos atos normativos em 
abstrato. 
Comentários: 
Segundo a súmula 347 do STF, O Tribunal de Contas pode, no 
exercício de suas atribuições, apreciar a constitucionalidade das leis e 
dos atos do poder público. Porém, trata-se de um controle exercido 
sobre o caso concreto e não em abstrato, esta competência é apenas 
do STF (no caso de ofensa à Constituição Federal) e dos TJ´s (no 
caso de ofensa às Constituições Estaduais). 
Gabarito: Errado. 
 
52. (CESPE/OAB-SP exame nº 135/2008) No controle difuso da 
constitucionalidade, somente os tribunais poderão declarar a 
inconstitucionalidade das leis e atos normativos, pelo voto da maioria 
dos seus membros. 
Comentários: 
Não são somente os tribunais que poderão declarar a 
inconstitucionalidade de lei no controle difuso. Os juízes singulares 
também podem. Outro erro é que no caso de tribunais, precisa-se 
ainda do voto da maioria absoluta dos membros, em observância da 
.
CURSO ON-LINE - D. CONSTITUCIONAL NAS 5 FONTES 
PROFESSOR: VÍTOR CRUZ 
29 
www.pontodosconcursos.com.br 
cláusula de reserva de plenário encontrada no art. 97 da Constituição 
Federal. 
Gabarito: Errado. 
 
53. (CESPE/OAB-SP exame nº 135/2008) No controle difuso da 
constitucionalidade as decisões proferidas em única ou última 
instância estarão sujeitas a recurso extraordinário, quando 
declararem a inconstitucionalidade de lei federal. 
Comentários: 
No caso da declaração de inconstitucionalidade de lei federal ou ainda 
de tratado, o STF admite que se faça recurso extraordinário, de 
acordo com a Constituição em seu art. 102, III, b. 
Gabarito: Correto. 
 
54. (FGV/Fiscal-SEFAZ-RJ/2009) Ao estabelecer que "a lei não 
excluirá da apreciação do Poder Judiciário nenhuma lesão ou ameaça 
a direito", o inciso XXXV, do artigo 5º, da Constituição Federal está: 
a) conferindo aos juízes em geral o poder de controle concentrado de 
constitucionalidade. 
b) conferindo a todos os membros do Judiciário o poder de derrogar 
uma lei que lese ou ameace um direito fundamental. 
c) conferindo aos juízes e tribunais o controle difuso de 
constitucionalidade. 
d) conferindo apenas aos tribunais o controle difuso de 
constitucionalidade. 
e) conferindo tanto aos juízes de primeira instância, como aos 
tribunais, apenas o controle concentrado de constitucionalidade. 
Comentários: 
O inciso XXXV do art. 5º nos mostra o chamado "princípio da 
inafastabilidade do Judiciário" que significa que qualquer cidadão 
pode acionar diretamente o Poder Judiciário, para que este proteja 
um direito seu que esteja sendo lesado ou ameaçado de ser lesado, e 
isso independentemente, em regra, de ter tomado outras medidas 
anteriores. 
O "Princípio da Inafastabilidade do Judiciário" possui diversos 
desdobramentos. Caso venhamos a aplicá-lo sob o prisma do 
Controle de Constitucionalidade, veremos claramente que ele é o 
legitimador do controle difuso, já que através de qualquer das ações 
próprias, o cidadão poderá invocar o Poder Judiciário (independente 
de qual órgão) e pedir a sua proteção. Incidentalmente a este 
.
CURSO ON-LINE - D. CONSTITUCIONAL NAS 5 FONTES 
PROFESSOR: VÍTOR CRUZ 
30 
www.pontodosconcursos.com.br 
processo, o Judiciário poderá declarar inconstitucional uma lei, 
realizando um controle difuso. Não podemos dizer que a 
"Inafastabilidade do Judiciário" é legitimadora do controle 
concentrado, pois este não é uma garantia do cidadão, já que 
somente aqueles legitimados do art. 103 da Constituição é que 
poderão tomar a iniciativa das 3 ações próprias para tal. 
Gabarito: Letra C. 
 
55. (FGV/Procurador - TCM-RJ/2008) A via de exceção para o 
controle de constitucionalidade é própria: 
(A) do controle difuso. 
(B) do controle concentrado. 
(C) do controle concentrado e difuso. 
(D) do controle feito pelo Magistrado, ex officio. 
(E) da ação popular. 
Comentários: 
A via de exceção é a via que se faz através de uma defesa no caso 
concreto, recursos, etc. Assim, ela é típica do controle difuso 
(controle realizado pelos diversos órgãos do Poder Judiciário) onde se 
analisa dentro do caso concreto o chamado "incidente de 
inconstitucionalidade", ou seja, faz-se a analise da 
constitucionalidade da norma para que se alcance o resultado 
principal que é a resolução do caso concreto. O controle de 
constitucionalidade é mero incidente, meio para se chegar à decisão 
do caso, não sendo o pedido principal. 
Gabarito: Letra A. 
 
Controle Concentrado (abstrato): 
O controle concentrado é a regra, o principal meio de controle, 
diferentemente do difuso, é feito diretamente no órgão responsável 
por guardar a Constituição, logo, será no STF em se tratando de 
Controle Federal, ou no TJ, em se tratando de Controle Estadual. 
Somente estes 2 órgãos fazem controle concentrado - STF ou TJ -, 
enquanto o controle difuso pode ser feito por qualquer juiz ou 
qualquer tribunal. 
 
 
 
 
STF Guardião da Constituição Federal = Julga às 
ofensas de leis perante a Constituição Federal 
somente. 
.
CURSO ON-LINE - D. CONSTITUCIONAL NAS 5 FONTES 
PROFESSOR: VÍTOR CRUZ 
31 
www.pontodosconcursos.com.br 
 
 
 
 
 
 
Assim, só existem dois tipos de controle concentrado feito pelo 
Judiciário brasileiro: o controle feito face à Constituição Federal, que 
só o STF pode fazer e o controle concentrado face à Constituição 
Estadual, que só o TJ pode fazer. 
 
56. (CESPE/Analista - EBC/2011) O controle de 
constitucionalidade principal e concentrado somente pode ser 
exercido pelo Supremo Tribunal Federal. 
Comentários: 
O controle de constitucionalidade concentrado pode ser exercido pelo 
Supremo Tribunal Federal, em se tratando de ofensas à Constituição 
Federal, mas também pelos diversos Tribunais de Justiça da 
Federação quando se tratar de ofensas às Constituições Estaduais. 
Gabarito: Errado 
 
Controle Concentrado e seus sinônimos: 
O controle concentrado pode vir na prova com os seguintes nomes: 
.Controle em abstrato, ou da lei em tese: Pois se faz o controle 
da norma em si, independente dos efeitos concretos que ela tenha 
gerado, discute-se a sua validade no campo abstrato do direito. 
.Controle Concentrado (ou reservado): O controle concentrado é 
feito diretamente no órgão responsável por guardar a Constituição, 
logo, será no STF em se tratando de Controle Federal, ou no TJ, em 
se tratando de Controle Estadual. 
.Controle direto: Pois não é incidental. 
.Controle por via de ações: Pois o instrumento para se chegar ao 
“órgão guardião” será obrigatoriamente uma das 3 ações (ADI, ADC 
ou ADPF). 
.Controle com uso da competência originária: Pois o órgão 
guardião é o primeiro a julgar a causa, ela chegou diretamente a ele 
e não através de recursos advindos de outros órgão. 
Guardião da Constituição Estadual = Julga às 
ofensas de leis perante a constituição estadual 
(no controle abstrato). Porém,no controle 
difuso irá proteger a Constituição Estadual e 
também a Federal. 
TJ 
.
CURSO ON-LINE - D. CONSTITUCIONAL NAS 5 FONTES 
PROFESSOR: VÍTOR CRUZ 
32 
www.pontodosconcursos.com.br 
.Controle austríaco: Pois foi idealizado por Hans Kelsen, jurista 
austríaco defensor da supremacia da Constituição, e da Constituição 
em sentido jurídico e formal. 
 
ADI/ADC/ADPF: 
Vimos que este controle é por via de ações. Que ações são essas? 
São 3: ação direta de inconstitucionalidade – ADI –, ação 
declaratória de constitucionalidade – ADC -, ou argüição de 
descumprimento de preceitos fundamentais – ADPF. Elas são 
reguladas pelas leis 9868/99 (ADIN e ADECON) e 9882/99 (ADPF). 
 
Afinal, qual a diferença entre essas ações? 
1. ADI (ou ADIN) – É impetrada quando se quer mostrar que uma 
norma é inconstitucional. É dividida em 3 tipos: 
a) ADI genérica: É a comum, onde se pede a declaração de 
inconstitucionalidade de um ato normativo. 
b) ADI por omissão: Objetiva fazer com que o judiciário afirme a 
omissão inconstitucional de algum Poder Público, ou seja, que este 
poder está omisso, inerte em fazer algum ato previsto 
constitucionalmente. Basicamente são as omissões que impedem a 
produção dos efeitos finais das normas de eficácia limitada. 
c) ADI interventiva: Objetiva decretar a intervenção federal em um 
Estado que descumpriu os princípios constitucionais sensíveis 
previstos na (CF, art. 34, VII). Diferentemente das duas outras, que 
poderão ser propostas por todos os legitimados do art. 103. Na ADI 
interventiva, somente o PGR é legitimado. 
 
2. ADC (ou ADECON) – Aqui não se pede a declaração de 
inconstitucionalidade da lei, é justamente o contrário, está se pedindo 
que se afirme a constitucionalidade dela. Ora, sabemos que as 
normas possuem presunção de constitucionalidade, por que alguém 
pediria isso? Pelo simples fato dessa presunção ser relativa, admite-
se prova em contrário para derrubá-la. Então, após ocorrer o que a 
lei chama de “controvérsia judicial relevante” – que é requisito para 
admiti-la – o STF poderá tomar conhecimento da causa e afirmar ou 
não a sua constitucionalidade, para que a presunção deixe de ser 
relativa e passe a ser absolutra. 
 
3. ADPF – É uma ação que poderá ser proposta segundo a lei 
9882/99 “quando for relevante o fundamento da controvérsia 
constitucional sobre lei ou ato normativo federal, estadual ou 
.
CURSO ON-LINE - D. CONSTITUCIONAL NAS 5 FONTES 
PROFESSOR: VÍTOR CRUZ 
33 
www.pontodosconcursos.com.br 
municipal” desde que haja um importante requisito: “não exista 
nenhum outro meio hábil capaz de resolver esse problema”. Então a 
ADPF só pode ser usada em caráter residual, ou seja, como último 
recurso para resolver a controvérsia. 
Outra importante disposição da lei é o fato de ela dizer: “Caberá 
ADPF inclusive contra atos anteriores à Constituição” 
Ora, irá controlar os atos anteriores à Constituição? É isso mesmo? 
Mas a inconstitucionalidade não tem que ser congênita? 
Exatamente isso, por este motivo temos o seguinte entendimento em 
se tratando de atos normativos anteriores à Constituição: 
 
Leis anteriores a 1988 X Constituição da época em que foram 
criadas: 
� Só caberá controle concreto; 
� Este controle poderá verificar a compatibilidade tanto material 
quanto formal entre a lei e a “sua” CF; 
� A decisão será: A lei é inconstitucional ou a lei é constitucional. 
 
Leis anteriores a 1988 x CF/88: 
� Poderá ser usado além do controle concreto, a ADPF, 
� O controle será para verificar apenas a compatibilidade 
material; 
� Pois, como não existe inconstitucionalidade superveniente, a 
decisão dirá: A lei foi recepcionada ou a lei não foi recepcionada 
(foi revogada). 
 
Agora, muita atenção a isso: 
ADIN – Só pode veicular (tratar sobre) leis federais ou estaduais; 
ADECON – Só veicula leis federais; 
ADPF – Pode veicular qualquer lei: federal, estadual ou municipal. 
 
Observações: 
1- Meios para o controle abstrato: O controle de 
constitucionalidade em abstrato se faz apenas através destas 3 
ações, ou seja, não há possibilidade de se verificar a 
constitucionalidade de uma lei em tese (seu teor abstrato) que não 
seja no uso de alguma destas 3 ações. Assim decidiu o STF: 
.
CURSO ON-LINE - D. CONSTITUCIONAL NAS 5 FONTES 
PROFESSOR: VÍTOR CRUZ 
34 
www.pontodosconcursos.com.br 
• Ação civil pública não é instrumento idôneo para se discutir 
instituição inconstitucional de tributo (pois assim, estaria 
analisando em tese a lei instituidora, e não os casos concretos 
advindos dela). 
• Não cabe mandado de segurança contra lei em tese (STF- 
Súmula 266). 
• O Poder Legislativo não está autorizado a aprovar lei em cujos 
dispositivos se declarem nulas e de nenhuma eficácia, por 
serem inconstitucionais, outras leis de sua autoria (uma lei não 
é instrumento hábil para fazer controle de constitucionalidade). 
 
2- Causa de pedir aberta: Segundo a jurisprudência do STF, o 
controle de constitucionalidade abstrato possui causa de pedir 
“aberta”, ou seja, o STF não se vincula ao pedido do impetrante, 
podendo declarar a inconstitucionalidade com base em outro 
dispositivo. Perceba que no entanto, não ocorre dispensa da 
fundamentação do pedido, apenas, a fundamentação não vincula o 
Supremo, que poderá achar outras razões para acatar ou não o 
pedido dada a relevância da controvérsia. 
 
Quadro-resumo do controle de constitucionalidade: 
 Controle Preventivo Controle Repressivo 
Conceito Realizado sobre projetos 
de lei ou propostas de 
emendas constitucionais 
Realizado sobre a lei 
ou emenda já 
promulgadas 
No Legislativo Feito pelas câmaras de 
constituição e justiça 
(CCJ). 
Ocorre quando o CN 
usando sua 
prerrogativa do art. 49, 
V susta leis delegadas 
exorbitantes ou quando 
o CN aprecia os 
pressupostos 
constitucionais da 
medida provisória. 
No Executivo Feito pelo veto 
JURÍDICO do presidente. 
Pela prerrogativa que o 
Presidente tem (e 
somente o Presidente) 
de ordenar que seus 
subordinados não 
apliquem certa lei que 
ele considera 
inconstitucional 
.
CURSO ON-LINE - D. CONSTITUCIONAL NAS 5 FONTES 
PROFESSOR: VÍTOR CRUZ 
35 
www.pontodosconcursos.com.br 
No Judiciário Feito através de 
mandado de segurança 
impetrado por 
parlamentar que 
considera que um 
projeto de lei 
inconstitucional está 
sendo levado à votação 
no Legislativo e a CCJ 
não impediu o seu 
trâmite. 
Feito através das vias 
concentradas (ADI, 
ADC e ADPF) ou pelas 
vias difusas (diante de 
um caso concreto). 
 
57. (FCC/AJEM-TRT 9ª/2010) Sobre o controle de 
constitucionalidade, NÃO é espécie de controle concentrado a ação 
classificada como 
a) direta de inconstitucionalidade por omissão. 
b) direta de inconstitucionalidade genérica. 
c) direta de inconstitucionalidade interventiva. 
d) direta de constitucionalidade objetiva. 
e) declaratória de constitucionalidade. 
Comentários: 
Nós temos 3 ações: ADI, ADC e ADPF. 
A ADI se divide em Genéria, Interventiva ou Por omissão. 
Logo, não existe a ação da letra "d": ação direta de 
constitucionalidade objetiva. 
Gabarito: Letra D. 
 
58. (FCC/PGE-AM/2010) O controle abstrato em face da 
Constituição Federal da República Federativa do Brasil é exercido 
a) concorrentemente pelo Superior Tribunal de Justiça por meio da 
arguição de descumprimento de preceito fundamental. 
b) exclusivamente pelo Supremo Tribunal Federal por meio de ações, 
dentre outras, a ação direta de inconstitucionalidade interventiva. 
c) subsidiariamente pelos Tribunais Superiores por meio de 
representação, dentre outras, a direta de inconstitucionalidade por 
omissão. 
d) suplementarmente por qualquer Tribunal ou juiz, por meio da ação 
declaratória de constitucionalidade. 
.
CURSO ON-LINE - D. CONSTITUCIONAL NAS 5 FONTES 
PROFESSOR: VÍTOR CRUZ 
36 
www.pontodosconcursos.com.br 
e) privativamente pelo Ministério Público Federal, por meio de ações, 
entre outras, de arguição de cumprimento de preceito constitucional.Comentários: 
Controle abstrato tendo como o objeto a Constituição Federal é de 
competência exclusiva do Supremo, através do julgamento de ADI, 
ADC e ADPF. 
Gabarito: Letra B. 
 
59. (FCC/PGE-AM/2010) Considere as seguintes afirmações a 
respeito do sistema de controle de constitucionalidade vigente no 
Brasil: 
I. A ação declaratória de constitucionalidade pode ser proposta contra 
lei ou ato normativo federal ou estadual. 
II. A arguição de descumprimento de preceito fundamental é cabível 
contra lei editada anteriormente à Constituição e com ela 
incompatível. 
III. A ação direta de inconstitucionalidade é cabível contra lei ou ato 
normativo federal ou estadual anterior à Constituição e com ela 
incompatível. 
IV. Aos juízes de primeiro grau não cabe declarar a 
inconstitucionalidade de lei ou ato normativo, ainda que 
incidentalmente no processo, tendo em vista a cláusula de "reserva 
de plenário" prevista na Constituição Federal. 
Está correto SOMENTE o que se afirma em 
a) II. 
b) III. 
c) I e II. 
d) I e III. 
e) III e IV. 
Comentários: 
I - Errado. ADC só pode veicular leis federais. 
II - Correto. A ADPF é será cabível para questionar a compatibilidade 
de atos anteriores à Constituição, é a única ação que poderá fazer 
isso em controle abstrato. A outra hipótese seria a ocorrência de um 
caso concreto. 
III - Errado. Só a ADPF pode questionar compatibilidades de atos 
anteriores à Constituição. A ADI não pode. 
.
CURSO ON-LINE - D. CONSTITUCIONAL NAS 5 FONTES 
PROFESSOR: VÍTOR CRUZ 
37 
www.pontodosconcursos.com.br 
IV - Errado. A Cláusula da Reserva de Plenário, que exige, como 
requisito para declarar a inconstitucionalidade, o voto da maioria 
absoluta dos votos dos membros do pleno ou órgão especial, é 
obrigatória para os "tribunais". Não se aplica para o juízo monocrático 
(juiz singular de primeiro grau). 
Gabarito: Letra A. 
 
60. (FCC/Auditor-TCE-RO/2010) De acordo com a teoria da 
recepção, decreto-lei que tenha sido editado sob a égide de 
Constituição anterior, e compatível, em princípio, com a nova ordem 
constitucional, 
a) continua válido no ordenamento jurídico e pode ser submetido ao 
controle de constitucionalidade concentrado por meio de arguição de 
descumprimento de preceito fundamental. 
b) transforma-se, por mutação constitucional, em lei ordinária e 
passa a incorporar a nova ordem constitucional com uma nova 
numeração. 
c) passa a integrar a nova ordem constitucional com hierarquia 
inferior à lei complementar e à lei ordinária. 
d) insere-se na nova ordem constitucional automaticamente, mas o 
Supremo Tribunal Federal, por meio de Ação Direta de 
Inconstitucionalidade, poderá anular seus efeitos. 
e) incorpora-se à nova ordem constitucional apenas se, por mutação 
constitucional, transformar-se em decreto legislativo mediante 
aprovação do Congresso Nacional. 
Comentários: 
Excelente questão da FCC que mistura conceitos de teoria da 
recepção e controle de constitucionalidade. 
Sabemos que os decretos-lei, caso materialmente válidos, continuam 
vigorando em nosso ordenamento jurídico como se leis fossem. 
Desta forma, eles poderão sofrer controle de constitucionalidade? 
Sim! 
Por via de ADI? Não, já que são atos criados anteriormente à 
Constituição Vigente. Logo, somente a ADPF (no caso de controle 
concentrado) ou o controle difuso é que poderiam questionar a 
validade do ato. 
Lembro que a decisão proferida na ADPF, não será pela 
constitucionalidade/inconstitucionalidade do ato, e sim pela sua 
recepção/revogação, já que não existe inconstitucionalidade em face 
de uma Constituição posterior (inconstitucionalidade superveniente), 
apenas a inconstitucionalidade congênita. 
.
CURSO ON-LINE - D. CONSTITUCIONAL NAS 5 FONTES 
PROFESSOR: VÍTOR CRUZ 
38 
www.pontodosconcursos.com.br 
Gabarito: Letra A. 
 
61. (FCC/Defensor-DP-SP/2009) Compete ao Tribunal de 
Justiça exercer o controle concentrado de leis municipais em face da 
Constituição Federal eis que no artigo 5º, XXXV consta 
expressamente que a lei não excluirá da apreciação do poder 
judiciário lesão ou ameaça à direito. 
Comentários: 
Controle concentrado em face da Constituição Federal é feito apenas 
pelo STF. 
Gabarito: Errado. 
 
62. (FCC/Analista - TRT 16ª/2009) A argüição de 
descumprimento de preceito fundamental, decorrente da Constituição 
Federal, será apreciada pelo Supremo Tribunal Federal, pelo Superior 
Tribunal de Justiça ou pelos Tribunais Federais de Recurso, na forma 
da Lei. 
Comentários: 
A ADPF se trata de uma ação objetiva que deve ser impetrada 
diretamente no STF. Outro erro é o fato de não existirem "tribunais 
federais de recurso". 
Gabarito: Errado. 
 
63. (FCC/Defensor-DP-SP/2009) Com o advento da Lei nº 
9.882/99, que regulamenta a ADPF, está admitido o exame da 
legitimidade do direito pré-constitucional em face da norma 
constitucional superveniente. 
Comentários: 
O art. 1º, parágrafo único, I da lei 9882/99 que regulamenta a ADPF, 
dispõe que caberá ADPF quando for relevante o fundamento da 
controvérsia constitucional sobre lei ou ato normativo federal, 
estadual ou municipal, incluídos os anteriores à Constituição. 
Neste caso porém, não se trata de controle de constitucionalidade e 
sim um controle de compatibilidade material para decidir se a norma 
foi recepcionada ou não pelo texto constitucional superveniente. 
Gabarito: Correto. 
 
64. (FCC/Técnico Superior - PGE-RJ/2009) De acordo com a 
jurisprudência do STF, uma ação direta de inconstitucionalidade, 
.
CURSO ON-LINE - D. CONSTITUCIONAL NAS 5 FONTES 
PROFESSOR: VÍTOR CRUZ 
39 
www.pontodosconcursos.com.br 
tendo como parâmetro a Constituição Federal, pode ter por objeto lei 
ou ato normativo municipal. 
Comentários: 
A ação direta de inconstitucionalidade só pode veicular leis federais e 
estaduais (CF, art. 102, I, a). 
Gabarito: Errado. 
 
65. (FCC/Procurador - TCE - AL/2008) Um dos pressupostos 
para o cabimento da ação declaratória de constitucionalidade é a 
comprovação da controvérsia judicial relevante sobre a aplicação da 
disposição que se pretende levar a julgamento. 
Comentários: 
Trata-se de dispositivo da lei 9868/99 (Art. 14, III) que diz que a 
petição inicial indicará: a existência de controvérsia judicial relevante 
sobre a aplicação da disposição objeto da ação declaratória. 
Gabarito: Correto. 
 
66. (FCC/Auditor - TCE-SP/2008) Lei estadual não pode ser 
objeto de ação direta de inconstitucionalidade ajuizada perante o 
Supremo Tribunal Federal. 
Comentários: 
A ADI pode veicular tanto leis federais quanto estaduais. 
Diferentemente da ADC que só veicula leis federais. 
Gabarito: Errado. 
 
67. (FCC/Procurador - Recife/2008) Caberá argüição de 
descumprimento de preceito fundamental quando for relevante o 
fundamento da controvérsia constitucional sobre lei ou ato normativo 
municipal, inclusive se anterior à Constituição. 
Comentários: 
O art. 1º, parágrafo único, I da lei 9882/99 que regulamenta a ADPF, 
dispõe que caberá ADPF quando for relevante o fundamento da 
controvérsia constitucional sobre lei ou ato normativo federal, 
estadual ou municipal, incluídos os anteriores à Constituição. 
Neste caso porém, não se trata de controle de constitucionalidade e 
sim um controle de compatibilidade material para decidir se a norma 
foi recepcionada ou não pelo texto constitucional superveniente. 
Gabarito: Correto. 
 
.
CURSO ON-LINE - D. CONSTITUCIONAL NAS 5 FONTES 
PROFESSOR: VÍTOR CRUZ 
40 
www.pontodosconcursos.com.br 
68. (FCC/Auditor - TCE - AL/2008) A ação direta de 
inconstitucionalidade e a ação declaratória de constitucionalidade tem 
por objeto lei ou ato normativo federal ou estadual impugnados em 
face da Constituição da República. 
Comentários: 
Realmente a ADI poderá veicular leis federais ou estaduais, porém, a 
ADC só poderá veicular leis federais. 
Gabarito: Errado. 
 
69. (CESPE/OAB-SP exame nº 135/2008) A ação declaratória 
de constitucionalidade somente

Outros materiais