Estudos_da_Tipografia_2020_1

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ESTUDOS 
TIPOGRAFIA
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O Homem desde os primórdios sempre buscou meios de se comunicar e se 
expressar em relação ao mundo e aos seus pares. Portanto, bem antes do 
início da escrita o Homem já se comunicava através de sons, cantos, 
gestos, desenhos, pinturas, danças, esculturas…
Após o desenvolvimento da fala, e obviamente da comunicação oral, 
surgiu a necessidade de criar registros, de preservar e repassar a 
memória, etc.
E a consequência dessa necessidade foi a invenção da escrita.
https://www.chiefofdesign.com.br/tipografia/#subTitulo01
O surgimento da escrita = marco importante [pré-história – história]
https://www.chiefofdesign.com.br/tipografia/#subTitulo01
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Houve vários modos de se escrever 
ao longo da história. Antes da 
invenção da imprensa, era preciso 
um escriba por livro, escrito 
totalmente a mão pelos monges 
copistas, página por página.
Em 1424, por exemplo, a 
Universidade de Cambridge, no 
Reino Unido, possuía apenas 122 
livros – e o preço de cada um era 
equivalente ao de uma fazenda ou 
vinícola. 
David Bann, Novo manual de produção gráfica, 2010
MONGES COPISTAS
Iluminuras
É o nome que se dá às 
imagens que ilustram as 
páginas dos livros na Idade 
Média.
Era comum que os reis ou 
nobres muito ricos fizessem 
encomendas desses livros 
caríssimos, muitas vezes 
banhado a ouro e decorado 
com pedras preciosas.
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Os chineses foram os primeiros a criar um sistema de tipografia, muito 
antes do Gutemberg (veremos mais adiante). O inventor foi Pi Shêng
por volta do ano 1040 dc. 
Os tipos eram feitos em argila cozida, madeira e até bronze, e eram 
dispostos numa tábua, a huóban (tábua viva).
Shên Kua, contemporâneo do inventor, relatou a produção de 
milhares de cópias, mas não é específico se foram em forma de 
rolos ou livros. 
A técnica é a 
da xilogravura
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Caixa com tipos móveis
O sistema de 
escrita chinês 
contém dezenas 
de milhares de 
caracteres 
distintos; o 
alfabeto latino 
traduz os sons da 
fala em um 
pequeno conjunto 
de sinais 
apropriados à 
mecanização.
Mas o grande inventor da tipografia, feita através da prensa com 
tipos em metal, foi Johann Gutemberg no ano de 1450.
Nascido na Mangucia, atual Mainz, Alemanha, ele trabalhou na 
Casa da Moeda com a técnica de fundir metais e cunhar moedas, o 
que favoreceu a criação da liga de chumbo com a qual ele passou 
a preparar as letras para montar os tipos móveis em metal. 
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Podiam ser utilizados 
indefinidamente, além de uma 
nova tinta de impressão e a 
prensa de imprimir. 
Prensa inspirada na prensa de uvas
Manual de Tipogragia, Kate Clair e Cynthia Busic-Snyder, 2009
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Antonio C. Collaro, Projeto Gráfico, 2000.
Letras negras
Black letters
A invenção de Gutemberg possibilitou a reprodução em série dos 
textos. 
No século XV, em 1456, ele imprimiu a “Bíblia de 42 linhas”, o 
primeiro livro impresso e a primeira comprovação da eficiência da 
tipografia.
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Bíblia de 42 Linhas
▪ Livro impresso entre 1450 e 1456 na 
Alemanha.
▪ Cada página continha de 400 a 500 
caracteres, compondo um total de 1282 
páginas.
▪ Foram fundidos de 15.000 a 20.000 peças 
de tipos.
▪ Tiragem de 180 exemplares
Manual de Tipogragia, Kate Clair e Cynthia Busic-Snyder, 2009
Manual de Tipogragia, Kate Clair e Cynthia Busic-Snyder, 2009
▪ Redução de custo tornam 
livros mais acessíveis.
▪ Disseminação da palavra 
escrita foi ampliada.
▪ Um maior número de 
pessoas estava sendo 
alfabetizadas.
▪ Os livros não eram mais 
uma exclusividade da 
nobreza.
Repercussão
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Manual de Tipogragia, Kate Clair e Cynthia Busic-Snyder, 2009
▪ Gutenberg perde sua 
gráfica por não pagar a 
hipoteca
▪ Perde os direitos sobre a 
venda dos livros
▪ O novo dono faz uma 
fortuna com as 180 
bíblias vendidas
▪ Três anos depois 
Gutenber morre em 
relativa pobreza
As primeiras letras foram as maiúsculas.
As letras maiúsculas são descendentes diretas das usadas pelos 
romanos nas inscrições imperiais e foram criadas pelos romanos no 
primeiro e segundo séculos.
Guia de Tipografia, de Timothy Samara, 2011.
As letras maiúsculas, também chamadas de capitulares, versais ou 
letras de caixa-alta, são as formas mais antigas do alfabeto e também 
aquelas com desenhos mais simples.
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As primeiras letras foram as maiúsculas.
As letras maiúsculas são descendentes diretas das usadas pelos 
romanos nas inscrições imperiais e foram criadas pelos romanos no 
primeiro e segundo séculos.
Guia de Tipografia, de Timothy Samara, 2011.
As letras maiúsculas, também chamadas de capitulares, versais ou 
letras de caixa-alta, são as formas mais antigas do alfabeto e também 
aquelas com desenhos mais simples.
Traços básicos das letras maiúsculas em sua forma mais simples
As letras maiúsculas são constituídas por um conjunto de formas lineares: 
retas verticais e horizontais, linhas diagonais e circulares cujas 
características inerentes são a simplicidade e a diferenciação.
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Agrupamento das letras maiúsculas por semelhança estrutural
E F H I J L T
A K M N V W X Y Z
C D O S P U Q
B G R
As letras minúsculas, também chamadas letras de caixa-baixa, foram 
desenvolvidas muito depois, entre o sétimo e o nono séculos.
Guia de Tipografia, de Timothy Samara, 2011.
Seu desenho é mais complexo e caracterizado pelos traços curvos. As 
letras de caixa-baixa apresentam muito mais variedade e distinção 
visual.
a b c d e f g h i j k l 
m n o p q r s
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As letras não são lidas individualmente, mas em grupos, pelas suas 
formas, perfazendo uma imagem formal que deve ser vista como um 
todo. 
A leitura letra por letra ocorre apenas quando uma palavra 
desconhecida é encontrada.
Antonio C. Collaro, Projeto Gráfico, 2000.
http://www.divertudo.com.br/troca.htm
De aorcdo com uma pqsieusa de uma uinrvesriddae
ignlsea, não ipomtra em qaul odrem as lrteas de uma 
plravaa etãso, a úncia csioa iprotmatne é que a 
piremria e útmlia lrteas etejasm no lgaur crteo. O 
rseto pdoe ser uma ttaol bçguana que vcoê
cnocseguee anida ler sem pobrlmea. Itso é poqrue
nós não lmeos cdaa ltrea szoinha, mas a plravaa
cmoo um tdoo. Lgeal, não é msemo?
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As massas visuais tendem a formar grises (mistura do negro com os 
brancos dos impressos, que dão a sensação de vermos manchas 
acinzentadas) com dois tipos de comportamento.
Antonio C. Collaro, Projeto Gráfico, 2000.
Substituindo o manuscrito copiado à mão, a impressão com tipos móveis foi 
o primeiro sistema de produção em massa.
Na prensa tipográfica, todo espaço é construído por um objeto físico. Finas 
tiras de chumbo dividem as linhas de tipos.
tentelerumalinhadetextosemespacejamentoparapercebersuaimportância
Pensar com Tipos, de Ellen Lupton, 2006
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▪ Um conjunto completo de caracteres – com todos os seus componentes 
– pode chegar a 250 elementos, incluindo letras de caixa-alta e baixa, 
números, pontuação, sinais diacríticos (acentos) e símbolos 
matemáticos.
▪ Um grupo de tipos, desenhados da mesma maneira, mas com variações 
de peso ou estilo, é chamado família de tipos.
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Na Itália do século XV, escritores e acadêmicos humanistas rejeitaram as 
escritas góticas em favor da lettera antica, um modo clássico de escrita 
manual com formas mais largas e abertas.
A preferência pela lettera antica fazia parte do Renascimento da arte e da 
literatura clássicas.
Pensar com Tipos, de Ellen Lupton, 2006
Nicolas Jenson, um francês que aprendeu a imprimir na Alemanha, 
estabeleceu uma gráfica influente em Veneza em torno de 1469. Suas 
fontes mesclavam
Pensar com Tipos, de Ellen Lupton, 2006
o gosto italiano 
por formas mais 
leves e 
arredondadas
góticas
Sãoincluídas entre as primeiras – e melhores – fontes romanas.
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Pensar com Tipos, de Ellen Lupton, 2006
As letras itálicas, também surgiram na Itália do século XV. Foram modeladas 
em um estilo manuscrito mais casual.
Hoje, o itálico na maioria das fontes não é apenas uma versão inclinada do 
romano; ele incorpora as curvas, os ângulos e as proporções mais estreitas 
das formas cursivas.
Anatomia do 
tipo
Os tipos são compostos por um conjunto de elementos:
bojo, haste, barra, perna, serifa...
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https://www.chiefofdesign.com.br/tipografia/#subTitulo01
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TAMBÉM CHAMADO DE OLHO
A maior ou menor abertura 
do olho, condicionada pela 
espessura dos traços, 
determina a maior ou menor 
legibilidade das letras.
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Ligaduras
São as conexões de dois ou mais caracteres. Em português, a mais funcional 
é a FI, mas existem várias ligaduras (st, ae, oe, ff, ij, etc). Ela pode ajudar 
na legibilidade e estética da palavra.
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Serifas são os pequenos traços, ou prolongamentos, que existem no final 
das hastes dos glifos. 
Existem tipos com e sem serifa (ou sans-serif, do francês) e a classificação 
dos tipos, em serifados e sem serifa, é a principal forma de diferenciação 
das letras.
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Em geral, os tipos serifados são os mais adequados para as caixas de 
textos “corrido” em trabalhos gráficos (em livros, jornais e revistas, por 
exemplo), pois a serifa tem a função de auxiliar a leitura, proporcionando 
continuidade para o texto e tornando-o menos cansativo para os olhos.
Os tipos sem serifa são mais indicados para títulos, chamadas e também 
para textos em geral nas aplicações digitais (em websites, por exemplo), 
pois as serifas acabam se tornando “borrões” no digital, prejudicando, 
assim, a leitura e o entendimento. Mas isso não é uma regra, ainda mais em 
tempos de telas de retinas, por isso o bom senso deve sempre prevalecer.
NÃO É REGRA, o bom senso deve sempre prevalecer.
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O corpo é o tamanho do tipo que começa do ponto mais alto (versal ou 
ascendente) até o ponto mais baixo (descendente).
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O corpo é o tamanho do tipo que começa do ponto mais alto (versal ou 
ascendente) até o ponto mais baixo (descendente).
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https://www.chi
efofdesign.com.
br/tipografia/#s
ubTitulo01
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Amaury Fernandes, Fundamentos de produção gráfica, 2003.
Serifas com desenho triangular e as hastes, traves e 
curvas apresentam suave contraste entre si. 
GRUPO DAS FAMÍLIAS ROMANAS ANTIGAS
Estas tipografias 
são de boa 
legibilidade, e 
por seu design 
harmonioso, são 
indicadas para 
longos blocos de 
textos 
impressos.
Evolução dos romanos clássicos, contraste mais 
acentuado entre as hastes e serifas retas nas 
extremidades.
GRUPO DAS FAMÍLIAS ROMANAS MODERNAS
Antonio C. Collaro, Projeto Gráfico, 2000.
São de forte presença 
em um impresso, muito 
utilizadas para títulos ou 
chamadas de maior 
tamanho; seu uso é 
indicado em situações 
nas quais se queira obter 
impacto visual com o 
texto. 
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GRUPO DAS FAMÍLIAS DAS SERIFAS QUADRADAS
Serifas com desenho retangular e as hastes, traves e 
curvas possuem contraste suave ou nenhum. 
Amaury Fernandes, Fundamentos de produção gráfica, 2003.
Por seu design muito 
marcante, possuem um 
bom impacto visual, 
sendo indicadas para 
uso em chamadas, 
títulos e outras 
situações onde seja 
necessário expressar 
força, equilíbrio e certa 
dose de modernidade.
Ausência de serifas, com hastes, traves e curvas com 
pouco ou nenhum contraste.
GRUPO DAS FAMÍLIAS LAPIDÁRIAS OU SEM SERIFA 
Amaury Fernandes, Fundamentos de produção gráfica, 2003.
Estas tipografias 
geralmente apresentam 
alto grau de 
legibilidade (facilidade 
para apreensão do 
texto) e são indicadas 
para uso em situações 
onde a leitura é difícil 
e tem de ser feita 
rapidamente.
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Aparência de letras manuscritas com penas 
caligráficas, procurando imitar as características 
das letras escritas livremente.
GRUPO DAS FAMÍLIAS CURSIVAS OU CALIGRÁFICAS
Estas tipografias 
geralmente apresentam 
uma legibilidade 
complicada e sua 
utilização em trabalhos 
deve ser tomada de 
cuidados.
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Neste grupo estão classificadas todas as 
famílias de tipografias que não se enquadrem 
nas descrições anteriores. 
GRUPO DAS FAMÍLIAS DISPLAY OU FANTASIA
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Amaury Fernandes, Fundamentos de produção gráfica, 2003.
Nele existem 
tipografias desde 
aquelas com 
legibilidade excelente, 
até outras, com 
péssima qualidade de 
leitura, por seu design 
irregular.
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A classificação 
por série 
engloba todas as 
variações que o 
tipo pode ter - à 
inclinação, à 
largura, à 
tonalidade e ao 
preenchimento 
do tipo.
PREPARAÇÃO DE ORIGINAIS PARA COMPOSIÇÃO
Na atualidade, os processos 
de composição manual 
caíram em desuso, de uma 
maneira geral, mas ainda 
são utilizados na indústria 
gráfica para o processo do 
hot-stamping ou na 
aplicação de películas 
holográficas.
Amaury Fernandes, 
Fundamentos de produção 
gráfica, 2003.
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http://talasonline.com/photos/gilding/Hot-Stamping-Foils.jpg
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Compensação ótica da forma
Em um tamanho regular para leitura, o olho deve perceber todas as 
formas com o mesmo peso, altura e largura.
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Corrigindo disparidades óticas Uma linha horizontal parece mais grossa, 
por isso seu desenho é ligeiramente mais 
fino do que o traço vertical.
Corrigindo disparidades óticas Formas redondas parecem se contrair O 
desenho das letras curvas precisa ultrapassar 
os limites de altura das letras retas.
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Corrigindo disparidades óticas Formas triangulares também parecem se 
contrair e precisam ter a altura ajustada.
Os traços diagonais do A o V são desenhados 
com inclinações diferentes.
Corrigindo disparidades óticas A barra do meio da letra E é sempre mais 
curta do que as outras
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Em páginas de jornal ou revista, localizem fontes 
que possam ser enquadradas em uma das famílias 
tipográficas aqui representadas.
ATIVIDADE
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