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Educação Especial “A intervenção junto de crianças em situação de deficiência mental ou sensorial foi, durante décadas, desenvolvida por pessoas individuais, as quais, por razões de ordem diversa, acreditaram que era possível mudar o status quo como a bandeira das suas vidas e elegeram a escolarização destas crianças e a ela se entregaram sem reservas. A sua ação desenvolveu-se em instituições particulares ou da responsabilidade da Segurança Social, longe dos meios normais de ensino, da responsabilidade do Ministério da Educação, pela ‘perigosidade’ que eles representavam para os outros ou porque não se acreditava que fossem capazes de aceder à escolarização”. (SANCHES,2006: 66) Educação Especial “Ao introduzir o conceito de Necessidades Educativas Especiais (NEE), (...) propõe-se que sejam analisadas as dificuldades escolares das crianças não em função da sua etiologia, sob critérios médicos, mas sob critérios educativos, mais próximos das dificuldades escolares apresentadas”. (ibdem: 67) “Este novo termo andou muito tempo «colado» às crianças em situação de deficiência, tendo as várias categorias de deficiência sido substituídas pelo termo genérico de necessidades educativas especiais ou específicas”. (ibdem: 67) Educação Especial “A redefinição e a descolagem do conceito do diagnóstico médico foram um passo dado no sentido da eliminação da categorização das pessoas em situação de deficiência. (...) Apesar desta tentativa de não etiquetar as crianças e de descolagem de um diagnóstico médico, este continua a ser determinante nas decisões administrativas e até no discurso e práticas dos professores. (...) A integração escolar, nos países que a ela aderiram, e a adoção do novo conceito vão desencadear o sub-sistema de Educação Especial dentro das escolas do ensino regular, para os alunos com necessidades educativas especiais e os professores de educação especial que os acompanham”. (currículo oculto)(SANCHES, 2006: 67) Educação Especial “A Educação Especial (evolução de ensino especial) é, segundo o que foi dito, um conjunto de meios postos ao serviço das crianças e jovens com necessidades educativas especiais para que eles tenham acesso às aprendizagens. Outros profissionais, outros métodos (nem sempre), outras matérias para aprender (mais curtas, menos exigentes), outros espaços, dentro da escola, mas a maior parte das vezes fora da sala de aula à qual, por direito, pertencem. Uma educação especial para alunos especiais”. (Ibidem: 69) Educação Inclusiva “Pode dizer-se que inclusão é a palavra que hoje pretende definir igualdade, fraternidade, direitos humanos ou democracia (Wilson, 2000), conceitos que amamos, mas que não sabemos ou não queremos pôr em prática. A inclusão escolar teve as suas origens no centro das pessoas em situação de deficiência e insere-se nos grandes movimentos contra a exclusão social, como é o caso da emancipação feminina, tendo como princípio a defesa da justiça social, celebrando a diversidade humana (Ainscow & Ferreira, 2003)” (apud SANCHES, 2006: 69) Educação Inclusiva “Este novo olhar sobre a diversidade humana desencadeou um movimento na Inglaterra e nos Estados Unidos com a assinatura da Declaração de Salamanca (1994) (...) Também nesta definição se encontram os grandes princípios enunciados na Declaração de Salamanca, quando propõe que a educação se deve processar em escolas regulares, escolas inclusivas, que devem proporcionar os meios mais capazes para combater atitudes discriminatórias, criando comunidades abertas e solidárias, construindo uma sociedade inclusiva e atingindo a educação para todos; para além de proporcionarem uma educação adequada à maioria das crianças e promoverem a eficiência, numa ótima relação custo-qualidade, de todo o sistema educativo”. (SANCHES,2006: 69-70) Educação Inclusiva “(...) numa perspectiva de que o ensino se deve adaptar às necessidades dos alunos, mais do que a adaptação destes às normas pré-estabelecidas”(ibidem: 70-71) Referência SANCHES, Isabel e TEODORO, António. Da integração à inclusão escolar: cruzando perspectivas e conceitos. Revista Lusófona de Educação, 20068, 63-83.