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Farmacologia aplicada UNIDADE 4 – Fármacos que afetam o coração Profª Carolyne Chagas Fármacos que afetam o coração O coração é um órgão que regula o sangue do corpo por meio de componentes mecânicos e elétricos. Fármacos que afetam diretamente as células do coração (FDC) Fármacos que afetam indiretamente a função cardíaca (FIC) Antagonistas de cálcio FDC: Antiarrítmicos e digitálicos Classe Mecanismo Exemplos Classe I Bloqueiam os canais de sódio nas membranas dos miócitos. Quinidina; lidocaína. Classe II Antagonistas beta adrenérgicos que atuam nos receptores cardíacos do sistema simpático. Propranolol; metroprolol. Classe III Bloqueiam os canais de potássio nas membranas dos miócitos. Amiodarona. Classe IV Bloqueiam os canais de cálcio nas membranas dos miócitos. Diltiazem; verapamil. Digitálicos Redução da frequência cardíaca e da velocidade de condução e aumento da força de contração. Digoxina; digitoxina. FIC: Antianginosos Classe Mecanismo Exemplos β bloqueadores Reduzem débito, frequência e força cardíaca. Quinidina; lidocaína. Nitratos Relaxam a musculatura lisa aumentando a perfusão e diminuindo o consumo de oxigênio. Propranolol; metroprolol. Antagonistas dos canais de cálcio O cálcio como ativador da contração cardiovascular interfere na contração do miocárdio, na parede dos vasos e na geração e condução do estímulo. Anlodipino; diltiazem. Mecanismo de ação e efeitos terapêuticos dos fármacos que atuam no sistema cardíaco Antiarrítimicos • Reduzem à atividade do marca-passo; • Bloqueiam os canais de cálcio; • Bloqueio dos efeitos autônomos simpáticos do coração; • Prolongamento do período refratário. β bloqueadores • Inibem resposta cronotrópica, ionotrópica e vasoconstritora à ação das catecolaminas. Glicosídeos cardiotônicos • Inibição irreversível da Na+/K+ ATPase; • São também utilizados para tratar pacientes com insuficiência cardíaca. Nitratos • São doadores de óxido nítrico (NO); • Causam vasodilatação. Antagonistas dos canais de cálcio • São vasodilatadores • Redução da pressão da arterial por reduzir a resistência periférica Principais efeitos adversos e contra–indicações dos fármacos que atuam no sistema cardíaco Antiarrítimicos • Efeito Pró-arrítmico β bloqueadores • Bradicardia • Sedação • Sono leve Glicosídeos cardiotônicos • Náuseas • Vômitos • Confusão • Diarreia • Arritmias ventriculares Nitratos • Cefaléia Antagonistas dos canais de cálcio • Cefaleia • Tontura • Rubor facial • Náuseas • Diarreia Farmacologia aplicada UNIDADE 4 – Fármacos que afetam a circulação Profª Carolyne Chagas Fisiologia e regulação do sistema circulatório Hipertensão arterial Doença crônica caracterizada pelos níveis elevados da pressão sanguínea nas artérias. Ela acontece quando os valores das pressões máxima e mínima são iguais ou ultrapassam os 140/90 mmHg (ou 14 por 9). Aspectos farmacológicos da terapia anti-hipertensiva Tratamento Medicamentoso Fármacos simpatolíticos Vasodilatadores Inibidores da renina ou da ECA Diuréticos Simpaticolíticos Classe Efeito e aplicação Exemplos Efeito adverso Antagonistas do α-adrenoreceptor Vasodilatação - HA crônica e hiperplasia benigna prostática benigna. Prasozina; doxasozina. Hipotensão ortostática e taquicardia reflexa. Antagonistas do β-adrenoreceptor Redução do DC e da secreção de renina - HA; angina; arritmias. Propranolol. Bradicardia, insônia e disfunção sexual. Simpaticolíticos com ação no SNC Redução da resistência vascular periférica. Clonidina. Sedação e xerostomia. Vasodilatadores Classe Efeito Exemplos Efeito adverso Liberação do óxido nítrico Age pela liberação do NO nas células endoteliais causando vasodilatação. Nitroprussiato; hidralazina. Hipotensão, Taquicardia, Retenção de sal e água Hiperpolarização do musculo liso vascular Hiperpolariza e relaxa o músculo liso vascular ao abrir os canais de K+. Minoxidil; diazóxido. Hipotensão, Retenção de sal e água. Redução do influxo de cálcio Bloqueiam os canais de Ca++. Nifedipino, verapamil, diltiazem. Cefaleia, Tontura, Náuseas. Ativação dos receptores dopaminérgicos Vasodilaração das arteríolas por ativação do receptor D1. Fenoldopam. Cefaléia, tontura, hipotensão e náuseas. Inibidores do sistema RAA Classe Efeito Exemplos Efeito adverso Inibidores da renina Bloqueio da cascata renina-angiotensina- aldosterona. Alisquireno. Hiperuricemia e desconforto GI. Inibidores da ECA Redução dos níveis de aldosterona e angiotensina II. Captopril. Tosse crônica e hiperpotassemia. Antagonistas dos receptores AT1. Inibição competitiva da angiotensina no seu receptor (AT1). Losartana; Valsartana. Hiperpotassemia. Diuréticos Classe Efeito Exemplos Efeito adverso Diuréticos tiazídicos Inibição do transporte de NaCl. Hidroclorotiazida Hiponatremia. Diuréticos de alça Inibem o co-transporte de Na+, K+ e Cl-. Furosemida. Hipopotassemia, hipovolemia, hipotensão e ototoxicidade. Diuréticos poupadores de potássio Antagonista farmacológico da aldosterona. Espirinolactona. Ginecomastia e efeitos antiandrogênicos. Diuréticos osmóticos Extrai por osmolaridade a água dos tecidos para o sangue. Manitol. Dor de cabeça, náuseas e vômitos. Farmacologia aplicada UNIDADE 4 – Fármacos que afetam o sistema respiratório Profª Carolyne Chagas Sistema respiratório O sistema respiratório é o conjunto de órgãos responsáveis pelas trocas gasosas entre o organismo e o meio possibilitando a respiração celular. Fármacos utililizados no tratamento da asma Arritmias Distúrbios GI Sintomas iniciais: broncospasmo e redução do fluxo respiratório. Sintomas tardios: Edema, inflamação das vias aéreas e produção de muco. Fármacos utililizados no tratamento da DPOC Broncodilatadores inalatórios Agonistas β2 e Ipatrópio Cortiscosteróides (estado grave) Rinite alérgica e tosse Rinite alérgica: reação alérgica que causa coceira, olhos lacrimejantes, espirros e outros sintomas similares. Tosse: reflexo natural do aparelho respiratório que surge como consequência de um processo irritativo. Ajudando a expulsar secreções ou corpos estranhos, podendo ser classificada como tosse seca ou produtiva. Fármacos utilizados no tratamento da rinite alérgica e tosse Farmacologia aplicada UNIDADE 4 – Interação medicamentosa Profª Carolyne Chagas Conceito Efeito alterado!!! Efeito benéfico Efeito maléfico SILVA, P. 2010 Efeito terapêutico Toxicidade Classificação 1. Interações físico-químico: Ocorrem antes da entrada do fármaco no organismo. Ex: Inativação do nitroprussiato pela luz. 2. Interações farmacocinéticas: São interações que afetam os processos de absorção, distribuição, metabolismo e excreção dos fármacos. Ex: Antibióticos alteram a flora intestinal reduzindo a absorção de contraceptivos orais. 3. Interações Farmacodinâmicas: São interações relacionadas com os receptores, podendo participar os mesmos ou diferentes receptores. Ex: Vitamina K bloqueia os efeitos dos anticoagulantes. SILVA, P. 2010 Interações físico-químicas ou farmacêuticas Ocorrem antes da entrada do fármaco no organismo e geralmente resultam em incompatibilidades farmacêuticas físicas (como formação de precipitados) ou químicas (formação de outras substâncias decorrentes de reações). Degradação da adrenalina pela luz, por isso deve ficar em frasco âmbar. Adsorção da insulina pelo vidro, por isso deve ser acondicionada em frascos de polietileno. A adição de succilcolina (relaxante muscular) e tiopental (depressor do SNC) numa mesma seringa gera precipitação devendo a administração ser separada. SILVA, P. 2010 Interações ao nível de absorção e distribuição Alteração Agente modificador Agente afetado Mecanismo/ Efeito obtido Alteração da motilidade do trato gastrointestinal Opiáceos AcetaminofenoReduzem a motilidade do trato, reduzindo a absorção intestinal do fármaco. Alteração do pH gástrico Ántiácidos Tetraciclina, fenobarbital e outras drogas ácidas Aumento do pH gástrico, mantendo as drogas na sua forma iônica, reduzindo ou retardando sua absorção. Interações em nível de metabolismo e excreção Droga afetada Droga indutora Efeito da interação Anticoncepcionais orais Fenitoína Falhas anticoncepcionais Droga afetada Droga inibidora Efeito da interação Anticoagulantes orais Metronidazol Sangramentos Agente modificador Agente afetado Efeito biológico Bicarbonato de sódio Drogas ácidas como AAS Alcalinização urinária aumenta a excreção de drogas ácidas Interações farmacodinâmicas Fármaco 1 Fármaco 2 Receptor 1 Receptor 2 Ef ei to f ar m ac o ló gi co Interações sinéricas • Somação. Ex: Antiinflamatórios • Pontenciação. Ex: Coquitéis anti-HIV Interações antagonistas • Antagonismo fisiológico. Ex: Anticoagulantes e vitamina K. • Antagonismo farmacológico (competitivo e não-competitivo). Ex: Naxolona e opióides. GOODMAN, A. 2006 Farmacologia aplicada UNIDADE 4 – Toxicologia Profª Carolyne Chagas Conceito Toxicologia Ocorrência ✓ Uso inadequado dos medicamentos; ✓ A publicidade acerca dos medicamentos; ✓ Atenção farmacêutica ainda deficiente em alguns locais; ✓ Polifarmácia; ✓ Fácil acesso a alguns medicamentos. Fases Tipos de efeitos adversos Classificação das RAM Tipo I: choque anafilático Tipo II: auto imune Tipo III: cicatrização Tipo IV: tardia Abordagem do paciente intoxicado Manutenção das funções vitais (respiração, ciculação, eletrólitos, etc) Diagnóstico e procedimentos pra redução do agente tóxico (hemodiálise, carvão ativado, etc) Orientação/ Educação ao URM. Farmacologia aplicada UNIDADE 4 – Introdução à farmacologia do sistema nervoso central (SNC) Profª Carolyne Chagas Divisão do Sistema Nervoso Sistema nervoso Sistema Nervoso Central (SNC) Sistema Nervoso Periférico (SNP) Simpático Autônomo Somático Parassimpático Entérico Medula espinhalEncéfalo Neurônio e comunicação neuronal Sinais elétricos (despolarização) Recebem o impulso nervoso Transmite o impulso nervoso Corpo celular Processa o impulso nervoso Sinais químicos (neurotransmissores) E s tí m u lo Sustentação e nutrição Formam a bainha de mielina Potencial de ação -Potencial de repouso -Depolarização -Potencial de ação -Repolarização -Hiperpolarização Principais neurotransmissores do SNC Inibitórios (-) Excitatórias (+) GABA Glutamato Endorfina Adrenalina Dopamina (D2) Acetilcolina Serotonina (5HT1) Dopamina (D1) Serotonina (5HT4) Classes farmacológicas de medicamentos que atuam no SNC Estimulantes gerais (inespecíficos) do SNC Compostos capazes de induzir intensa excitação do SNC por: (1) bloqueio da inibição ou (2) excitação neuronal direta. Depressores gerais (inespecíficos) do SNC Compostos com capacidade de deprimir os tecidos excitáveis em todos os níveis do SNC, resultando na redução da quantidade de transmissores liberados por cada impulso nervoso Fármacos que modificam seletivamente a função do SNC Compostos que podem causar depressão ou excitação. Em alguns casos, o fármaco pode produzir os dois efeitos ao mesmo tempo, em sistemas diferentes. Farmacologia aplicada UNIDADE 4 – Fármacos que afetam o SNC: antidepressivos Profª Carolyne Chagas Depressão: conceito e dados Teoria monoaminérgica e antidepressivos Tratamento antidepressivo: ADTs ADTs Exemplos Amitriptilina, clomipramina, desipramina, doxepina, Imipramina, maprotilina e nortriptilina. Mecanismo de ação Inibição dos mecanismos de recaptação de NE e 5-HT, aumentando a neurotransmissão noradrenérgica e serotoninérgica. Propriedades Bem absorvidos por via oral, se distribuem amplamente pelo SNC em razão da alta lipossolubilidade. Sofrem metabolismo hepático e são excretados como metabolitos inativos na urina. Usos terapêuticos Depressão moderada e grave. Efeitos adversos Visão turva, xerostomia, retenção urinária, taquicardia, constipação (bloqueio dos receptores colinérgicos muscarínicos); hipotensão ortostática, tonturas e taquicardia reflexa (bloqueio dos receptores α-adrenérgicos); sedação (bloqueio dos receptores H1 histamínicos ). Mecanismo de ação dos ADTs Tratamento antidepressivo: ISRSs ISRSs Exemplos Fluoxetina, sertralina, citalopram, escitalopram e paroxetina. Mecanismo de ação Bloqueiam a recaptação de 5-HT, levando, assim, ao aumento da concentração do neurotransmissor na fenda sináptica. Propriedades Bem absorvidos por via oral e sofrem metabolismo hepático, tendo meias-vidas de 18 a 24 horas. Usos terapêuticos Distúrbios psiquiátricos, incluindo TOC, transtornos de pânico, de ansiedade generalizada, de estresse pós-traumático, de ansiedade social, etc. Efeitos adversos Cefaleia, sudorese, ansiedade e agitação, náuseas, êmese, diarreia, fraqueza e cansaço. Disfunções sexuais, incluindo perda de libido, ejaculação retardada e anorgasmia. Mecanismo de ação dos ISRSs Tratamento antidepressivo: IRSNs IRSNs Exemplos Venlafaxina e duloxetina. Mecanismo de ação Inibição da recaptação de 5-HT e NE. Propriedades Bem absorvidos por via oral e sofrem metabolismo hepático. Usos terapêuticos Depressão não responsiva aos ISRSs e também são usados em pacientes depressivos com quadro de dor crônica, como dor lombar ou muscular, neuropática, etc. Efeitos adversos Náuseas, cefaleia, disfunções sexuais, tonturas, insônia, sedação e constipação. “Síndrome de descontinuação dos antidepressivos”. Mecanismo de ação dos IRSNs Bloqueio da recaptação de 5-HT e NE Tratamento antidepressivo: atípicos Atípicos Exemplos Bupropiona, mirtazapina, trazodona e nefazodona. Mecanismo de ação Bupropiona inibe a recaptação da NE e dopamina. Mirtazapina bloqueia receptores adrenégicos α2 pré-sinápticos, o que resulta no aumento da neurotransmissão da 5-HT e da NE. Trazodona e nefazodona são fracos inibidores de 5-HT por bloqueio dos receptores 5-HT2. Usos terapêuticos Agem na depressão e nos sintomas de abstinência da nicotina em pacientes que tentam parar de fumar. Efeitos adversos Bupropiona: Boca seca, sudorese, irritabilidade e pouca incidência de disfunções sexuais. Mirtazapina: Sedação (não interfere na função sexual). Trazodona e nefazodona: Sedação e hepatotoxicidade. Tratamento antidepressivo: IMAOs IMAOs Exemplos Fenelzina; tranilcipromina e selegelina. Mecanismo de ação Inibição das enzimas MAO-A ou MAO-B resultando em aumento dos estoques de NE, 5-HT e dopamina. Propriedades Bem absorvidos por administração oral, são biotransformados no fígado e excretados rapidamente na urina. Efeitos adversos Há riscos de interações com outros medicamentos como com antidepressivos ISRSs levando a síndrome serotoninérgica e com alimentos como queijos, carnes e vinho tinto que são ricos em tiramina, que é inativada pela MAO no intestino. Mecanismo de ação dos IMAOs Síndrome da descontinuação de antidepressivos Conjunto de sintomas após a interrupção abrupta ou redução acentuada da dose de antidepressivos tomada de forma contínua por pelo menos um mês. Correto: Descontinuação gradual dos medicamentos que pode levar até três meses. Sensação de choque elétrico Náuseas Hipersensibilidade à luz Ansiedade Medo Agitação Intoxicação por antidepressivos Agitação psicomotora Náuseas Sintomas cardiovasculares Vômitos Lavagem gástrica, carvão ativado e manutenção das vias aéreas Farmacologia Aplicada UNIDADE 4 – Fármacos que afetam o SNC: sedativos (ansiolíticos) e hipnóticos Profª Carolyne Chagas Sedativos (ansiolíticos) x Hipnóticos Causas Consequências Sintomas Dose Posologia • Sedação • Hipnose • Anestesia • Anticonvul- sivo Benzodiazepínicos Exemplos Alprazolam, Clonazepam, Clordiazepóxido, Clorazepato, Diazepam, Flurazepam, Lorazepam, Midazolam,Oxazepam, Temazepam, Triazola, Mecanismo de ação Potencializam a inibição GABAérgica no SNC. Propriedades Elevada lipossolubilidade, bem absorvidos por via oral; se distribuem por todo o organismo e sofrem metabolismo hepático, produzindo metabólitos ativos. Usos terapêuticos/ Dose resposta Ansiolíticos<Anti-convulsivantes<Hipnóticos<Relaxante muscular. Efeitos adversos Sedação e confusão são os efeitos adversos mais comuns dos benzodiazepínicos. Em doses elevadas, pode interferir em atividades que exigem coordenação motora fina, como dirigir automóvel ou operar maquinas. Benzodiazepínicos Mecanismo de ação Sinais, sintomas e manejo da abstinência aos benzodiazepínicos. Conjunto de sintomas após a interrupção abrupta ou redução acentuada da dose de benzodiazepínicos. Correto: Redução da dose de 10-25% a cada uma ou duas semanas. Barbitúricos Barbitúricos Exemplos Pentobarbital, secobarbital, amobarbital. Mecanismo de ação Aumentam o tempo de duração da abertura do canal do cloreto, regulada pelo GABA. Propriedades Elevada lipossolubilidade, bem absorvidos por via oral; se distribuem por todo o organismo e sofrem metabolismo hepático. Usos terapêuticos Hipnóticos, anti-convulsivantes, anestésicos, sedativos. Dose resposta Sedação<Hipnose<Anestesia<Coma<Morte Efeitos adversos Induzem a tolerância e a dependência física e estão associados a sintomas graves de abstinência (“ressaca farmacológica”). Barbitúricos x Benzodiazepínicos Benzodiazepínicos Barbitúricos Agonistas benzodiazepínicos e Agonistas de melatonina Agonistas benzodiazepínicos Agonistas de melatonina Exemplos Zolpidem; Zopiclona e Zaleplona (Compostos ‘Z’). Ramelteona e tasimelteona. Mecanismo de ação Não têm estrutura química benzodiazepínica, mas exercem seus efeitos no SNC por meio da interação com alguns locais de ligação dos benzodiazepínicos. Agonista seletivo dos subtipos de receptores de melatonina (MT1 e MT2), um hormônio secretado pela glândula pineal que auxilia na manutenção do ritmo circadiano subjacente ao ciclo sono-vigília normal. Efeitos adversos Pesadelos, agitação, cefaleia, tonturas e sonolência diurna. Tonturas, fadiga e sonolência. Outros fármacos Fármaco Características Buspirona Aplicação: Ansiedade generalizada. Mecanismo de ação: Agonista dos receptores 5-HT1A e D2. Efeitos adversos: Taquicardia, palpitação, nervosismo. Hidrato de cloral Aplicação: Sedação prévia em procedimentos invasivos. Efeitos adversos: Depressão miocárdica, hipotensão, arritmias e depressão respiratória grave. Propofol Aplicação: Indução e manutenção da anestesia geral e sedação prolongada. Mecanismo de ação: Ação sobre o receptor GABA A. Efeitos adversos: Dor no local de aplicação, hipotensão, bradicardia. Farmacologia Aplicada UNIDADE 4 – Fármacos que afetam o SNC: antipsicóticos e lítio Profª Carolyne Chagas ✓ Agitação ✓ Insônia ✓ Alucinação ✓ Delírio Psicose e antipsicóticos Neurolépticos; antiesquizofrênicos; tranquilizantes maiores Esquizofrenia: perda de contato com a realidade ✓ Afastamento social ✓ Embotamento afetivo ✓ Falta de iniciativa ✓ Pobreza de linguagem Fármacos antipsicóticos Primeira geração (Típicos) Segunda geração (Atípicos) Exemplos Clorpromazina, tioridazina, flufenazina, tiotixeno e haloperidol. clozapina, loxapina, olanzapina, risperidona, quetiapina, ziprasidona e aripiprazol. Mecanismo de ação Bloqueio significativo do receptor D2 da dopamina. Bloqueio dos receptores 5-HT2A mais intensamente do que o receptor D2. Também bloqueiam receptores muscarínicos e α-adrenérgicos. Usos terapêuticos Esquizofrenia. Esquizofrenia e alivio dos sintomas psicóticos nos pacientes com doença de Alzheimer ou de Parkinson. Propriedades Bem absorvidos por VO, alta lipossolubilidade, metabolizados pelas enzimas hepáticas com grande tempo de meias-vidas plasmáticas. Efeitos adversos Efeitos colaterais extrapiramidais (rigidez e tremor). Mecanismo de ação Lítio Aplicação Transtorno bipolar (maníaco-depressivo) Mecanismo de ação Efeito sobre o transporte de íons, de neurotransmissores e ede segundos mensageiros (IP3/DAG) e enzimas intracelulares Propriedades Rapidamente e completamente absorvido no intestino. Não sofre metabolização. Eliminação renal. Tempo de meia vida elevado (20h). Efeitos adversos Tremores, sedação, ataxia (coordenação motora) e afasia (linguagem). Farmacologia Aplicada UNIDADE 4 – Fármacos que afetam o SNC: antiepilépticos Profª Carolyne Chagas Epilepsia: Definição e classificação Distúrbio crônico caracterizado por convulsões recorrentes. Crise parcial Crise generalizada Causas N e u ro tr a n s m is so re s e x c it a tó ri o s N e u ro tra n sm is so re s in ib itó rio s Mecanismo de ação 1. Potencializam a neurotransmissão Gabaérgica; 2.Antagonizam neurotransmissores excitatórios (glutamato e aspartato); 3.Bloqueiam os canais iônicos (Na+ e Ca++). 1 2 3 Fármacos anticonvulsivantes Classe Barbitúricos (Fenobarbital; mefobarbital) Hidantoínas (fenitopina; etotoína) Carbamazepina Mecanismo de ação Potencialização da inibição sináptica por ação no receptor GABAérgico. Bloqueia os canais de sódio voltagem- dependentes e inibem a geração de potenciais de ação repetitivos. Bloqueia os canais de sódio e inibe os disparos repetitivos de alta frequência nos neurônios. Efeitos adversos Sedação. Sedação, nistagmo, ataxia, diploplia, hirsutismo, anemia e teratogênese. Diplopia, ataxia, indução enzimática e teratogênese. Fármacos anticonvulsivantes Classe Succinimidas (Etossuximida , fensuximida) Ácido valpróico Benzodiazepínicos (Diazepam; lorazepam ) Mecanismo de ação Bloqueio de canais de cálcio voltagem- dependentes. Inibe os disparos repetitivos de alta frequência e inibe as concentrações da enzima que degrada o GABA. Aumentam a eficiência da inibição sináptica GABAérgica. Efeitos adversos Efeitos TGI, como dor, náuseas e vômitos. Efeitos TGI, como dor, náuseas, vômitos e perda temporária de cabelo. Sedação, tolerância e dependência. Fármacos anticonvulsivantes Classe Gabapentina Lamotrigina Levetiracetam Mecanismo de ação Aumento na concentração de GABA no cérebro. Bloqueia os canais de sódio, bem como os canais de cálcio voltagem-dependentes. Ainda não elucidado completamente. Efeitos adversos Sedação, vertigem, tremores. Sedação, ataxia, náuseas, vertigem. Sonolência, astenia e tontura. Fármacos anticonvulsivantes Classe Tiagabina Topiramato Felbamato Mecanismo de ação Inibe o transportador de GABA (GAT-1) prolongando a ação inibitória do GABA. Bloqueio dos canais de sódio dependentes de voltagem; potencializa os efeitos inibitórios do GABA; bloqueia os receptores de aminoácidos excitatórios. Bloqueio do receptor NMDA pelo local de ligação da glicina. Efeitos adversos Nervosismo, vertigem, tremor, dificuldade de se concentrar e depressão. Sedação, embotamento mental, cálculos renais e perda de peso. Anemia aplásica e hepatotoxicidade grave . Riscos relacionados ao uso de antieplépticos na gravidez Lamotrigina e levetiracetam Carbamazepina e oxcarbamazepina Fenitoína, Fenobarbital e Topiramato Ácido valproíco A u m e n to d o ris c o Farmacologia Aplicada UNIDADE 4 – Fármacos que afetam o SNC: Alzheimer e Parkinson Profª Carolyne Chagas Alzheimer Doença de Alzheimer é uma doença neurodegenerativa crônica que causa déficit de memória e disfunção congnitiva. Inibidores da acetilcolinesterase Antagonistas de receptores NMDA Exemplos Tacrina, Donzepila, Rivastigmina, Galatamina Memantina Mecanismo de ação Antagonistas reversíveis das colinesterases. Bloqueio do receptor NMDA e limitação do influxo de Ca++. Efeitos adversos Náuseas, diarreia, anorexia, tremores, bradicardia. Confusão, agitação e intranquilidade. Parkinson Degeneração dos neurônios quesintetizam dopamina na substância negra, gerando, portanto, desequilíbrio entre dopamina e acetilcolina. Fármacos antiparkinsonianos Classe Levodopa Agonistas do receptor dopaminérgico IMAOs (selegilina) Mecanismo de ação L-dopa (levodopa), é transportado pela BHE para o cérebro, onde é rapidamente convertido em dopamina pela L-aminoácido descarboxilase (DOPA descarboxilase). Agem diretamente sobre os receptores dopaminérgicos, à exemplo: bromocriptina e pramipexol. Retarda a decomposição da dopamina inibidor parcialmente seletivo da MAO tipo B. Efeitos adversos Anorexia, náuseas e êmese. Anorexia, náuseas e êmese. Insônia. Fármacos antiparkinsonianos Classe Amantadina Inibidores da catecol-O- metiltransferase Fármacos antimuscarínicos Mecanismo de ação Potencializa a neurotransmissão dopaminérgica por aumentar a síntese ou a liberação da dopamina, ou ainda, inibir a recaptação da dopamina. inibidores seletivos da COMT prolongam a ação da levodopa por aumentar a quantidade transportada para o cérebro e diminuir sua concentração periférica. São exemplos: entacapona e a tolcapona Benzotropina e Orfenadrina bloqueiam os receptores muscarínicos e reduzem as ações excitatórias dos neurônios colinérgicos sobre as células no estriado. Efeitos adversos Inquietação, agitação, insônia, confusão e psicose tóxica aguda. Hepatotoxicidade, discinesias, hipotensão, confusão e desconforto gastrintestinal. Sonolência, falta de atenção, boca seca, visão borrada, midríase, retenção urinária.
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