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ACIDENTES COMUNS NA INFANCIA MARINA

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1.1 ACIDENTES COMUNS NA INFÂNCIA
Os acidentes na infância têm aumentando consideravelmente, representando atualmente um problema de Saúde Pública, podendo gerar incapacidade física temporária, sequelas ou até mesmo a morte em inúmeras crianças. Segundo o relatório da Organização Mundial de Saúde, a cada ano morre mais de 5 milhões de crianças vítimas de acidentes.
 A primeira infância é o período em que a criança consegue dominar a locomoção ereta até seu ingresso na escola, caracteriza-se por intensa atividade e pelas descobertas. É uma época de significativo desenvolvimento físico e da personalidade. O desenvolvimento motor prossegue continuamente. Nessa idade, a criança desenvolve a linguagem e estabelece relações sociais mais amplas, aprende os padrões de comportamento, adquire autocontrole e perícia, desenvolve uma crescente percepção de dependência e independência e começa a desenvolver o autoconceito.
Segundo a Lei nº 13.257, de 8 de março de 2016, dispõe sobre as políticas públicas para a primeira infância e estabelece princípios e diretrizes para a formulação e a implementação de políticas públicas em atenção à especificidade e à relevância dos primeiros anos de vida no desenvolvimento infantil e no desenvolvimento do ser humano3 .
Desta forma, tendo em vista a fragilidade do atendimento às crianças, o impacto destas ações na saúde infantil e a importância dos profissionais de saúde compreenderem as necessidades e direitos da criança e sua família, a fim de oferecer uma atenção humanizada e de qualidade, considera-se fundamental a assistência da equipe de enfermagem para realização da vigilância do desenvolvimento infantil.
A Organização Mundial da Saúde define acidente como um acontecimento casual que independente da vontade humana, ocasionado por um fator externo originando dano corporal ou mental. São consideradas lesões não intencionais identificadas como afogamento, queda, queimadura, asfixia, acidente automobilístico e choque elétrico. Tais acidentes além de afetarem as crianças, afetam também suas famílias.
Os acidentes que envolvem crianças na faixa etária de 1 a 5 anos ocorrem principalmente no ambiente domiciliar porque é neste meio que a criança passa a maior parte de seu dia, dentre os acidentes que ocorrem neste meio, os casos com maior destaque apontados são queda, incêndios e afogamentos (BRITO, 2015; ROCHA, 2015).
O tipo de acidente com maior taxa de ocorrência em crianças em idade pré-escolar é a queda, o que é justificado pela adaptação que estes estão passando ao meio em que vivem, além de estarem desenvolvendo suas habilidades motoras, cognitivas e psicossocial (XAVIER-GOMES , 2013).
 De acordo com a Sociedade Brasileira de Pediatria (2014), as queimaduras representam a terceira causa mais comum de hospitalizações de crianças. As queimaduras geralmente ocorrem na cozinha e seu tratamento é longo, doloroso e pode deixar marcas e traumas permanentes na criança e família.
 Ainda segundo a Sociedade Brasileira de Pediatria (2014), o acidente por submersão ou afogamento se apresenta como uma causa externa relevante e que levam crianças as emergências. É um acidente que ocorre de forma silenciosa, logo é preciso que em ambientes que tenham qualquer reservatório de líquidos o cuidador deve ter atenção e não deixar a criança sem supervisão.
 Este é um acidente que leva a morte e se houver sobreviventes pode deixar sequelas permanentes. As crianças apresentam características que as tornam mais vulneráveis ou não aos incidentes, dentre eles o seu desenvolvimento psicológico, imaturidade física, comportamento, dentre outros. 
Essas variáveis, quando associadas a educação, condições socioeconômicas, cultura, ambiente, nível de instrução dos pais ou cuidadores, podem potencializar a probabilidade de ocorrência (BRITO, 2017).
 Destaca-se também que o ambiente domiciliar apresenta uma grande variedade de agentes como plantas tóxicas, medicamentos, pesticidas, produtos de limpeza e higiene que quando não armazenados ou utilizados de forma correta representam risco para intoxicação e envenenamento (SILVA, 2018).
 
2. LESOES POR CAUSAS EXTERNAS 
Os acidentes de trânsito compõem as chamadas causas externas, que representam o principal problema de mortalidade em crianças e adolescentes, tornando-se cada vez mais relevante compreender sua distribuição, as causas, as características, a magnitude e os aspectos relacionados à sua ocorrência3 . 
São consideráveis eventos evitáveis e não intencionais, sendo as lesões decorrentes dos acidentes de trânsito, afetam pessoas de todas as idades, mas entre as crianças e adolescentes têm características por resultarem em lesões sérias como déficits neurológicos persistentes, decorrentes de traumatismos cranianos, déficits motores em indivíduos que se encontram em plena fase de crescimento e desenvolvimento
 Além disto, os traumas decorrentes das causas externas podem trazer danos emocionais e psicológicos que repercutirão ao longo de toda a vida das vítimas, acarretando consequências também para a família e sociedade. 
http://www.acm.org.br/acm/seer/index.php/arquivos/article/view/213/208
file:///C:/Users/suedk/Downloads/1633-Outros-6588-2-10-20190630.pdf
https://dspace.uniceplac.edu.br/bitstream/123456789/284/1/Joseli%20Souza_0002755_Kathlynn%20Fernandes_0002792.pdf

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