Documento (1)

Prévia do material em texto

A depressão em qualquer faixa etária existe um problema de subdiagnostico porem, os idosos acabam achando que determinadas sensações são normais e que fazem parte do processo de envelhecimento ou causado por algum problema de saúde. O diagnóstico da depressão passa por várias etapas: anamnese detalhada, com o paciente e com familiares ou cuidadores, exame psiquiátrico minucioso, exame clínico geral, avaliação neurológica, identificação de efeitos adversos de medicamentos, exames laboratoriais e de neuroimagem estes são procedimentos preciosos para o diagnóstico da depressão, intervenção psicofarmacológica e prognóstico, especialmente em função da maior prevalência de comorbidades e do maior risco de morte. 
Em pacientes idosos, além dos sintomas comuns, a depressão costuma ser acompanhada por queixas somáticas, hipocondria, baixa autoestima, sentimentos de inutilidade, humor disfórico, tendência auto depreciativa, alteração do sono e do apetite, ideação paranoide e pensamento recorrente de suicídio. Cabe lembrar que nos pacientes idosos deprimidos o risco de suicídio é duas vezes maior do que nos não deprimidos. Os sintomas, em geral, estão associados à presença de doenças físicas ou ao uso de medicamentos.
E importante que o diagnóstico seja precoce pois, a depressão na terceira idade muitas vezes não são apresentadas como nos jovens no sentido de tristeza profunda, o idoso perde completamente o prazer de fazer determinadas ações relacionada a vida diária, esse fenômeno recebe o nome de anedonia.
Uma pesquisa feita com 80 pessoas da terceira idade, por alunos da universidade de são Paulo (USP) em 2009, apresentou que 53 deles não tinham um planejamento para vida idosa, dentre esse, 41 apresentaram diagnóstico de depressão ao longo da vida, e o restante dos 27 que tinham planejamento da sua aposentadoria, 22 não apresentavam diagnóstico. Ou seja, analisando o caso apresentado é importante que o idoso tenha uma ideia de vida futura, não somente financeira de como utilizar a aposentadoria, mas também como organizar as atividades socias, pessoais, ocupacionais e até mesmo de trabalho.