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INSTITUTO DE ENSINO SUPERIOR DE RONDÔNIA – IESUR FACULDADES ASSOCIADAS DE ARIQUEMES - FAAR BACHARELADO EM DIREITO MIDIAN MAYARA DE ANDRADE NEVES NORMAS JURÍDICAS APS – RESUMO DO CAPÍTULO IX - DOUTRINA DE PAULO NADER ARIQUEMES-RO 2020 MIDIAN MAYARA DE ANDRADE NEVES NORMAS JURÍDICAS APS – RESUMO DO CAPÍTULO IX - DOUTRINA DE PAULO NADER Trabalho apresentado ao curso de graduação em Direito das Faculdades Associadas de Ariquemes – FAAR. Orientador: Robson Vieira. ARIQUEMES-RO 2020 RESUMO Capítulo IX da Doutrina de Paulo Nader NORMA JURÍDICA Aula de Norma Jurídica 1. CONCEITO DE NORMA JURÍDICA Podemos definir norma jurídica como um conjunto de normas que compõem o ordenamento jurídico, responsável por regular a conduta do indivíduo, uma regra de conduta imposta. Em sua maioria compõe-se de preceito e sanção, sua função é coagir os sujeitos compelindo a um comportamento esperado. Seu principal objetivo, a ordem e a paz social e internacional. Desempenha várias funções, não devem ser confundidas com as finalidades ideais da norma. A norma jurídica, quando disciplina condutas, se caracteriza pela bilateralidade. Além disso, a norma jurídica prevê uma condição, que ocorrendo, forçosamente, produzirá um efeito jurídico. Desempenha várias funções: - Função Distributiva; Função de Defesa Social; Função Repressiva; Função Coordenadora; Função de Garantia e Tutela de Direitos e de Situações; Função Organizadora; Função Arrecadadora de Meios; Função Reparadora A norma Geral é aplicável a todas as relações jurídicas ou a um conjunto amplo delas. É destinada a todos os cidadãos. Pode se referir a aspectos diversos, quais sejam a dimensão territorial de sua aplicação. Não propõe qualquer tipo de distinção ou diferenciação entre entes de Direito Público. Dentro da norma geral, a norma abstrata é aquela que conduz a análise do caso específico de um indivíduo, analisando – o em suas circunstâncias, em seus detalhes, ou seja, como ocorreu realmente. A norma jurídica é imperativa, pois contém um comando, uma prescrição, impondo um tipo de conduta que tem de ser observado. Seu caráter imperativo significa imposição de vontade. Conforme explica Paulo Nader, “a norma não imperativa não pode ser jurídica.”. Coercibilidade é uma qualidade que a norma jurídica tem, de autorizar a utilização da força física para o seu cumprimento, é a possibilidade do uso da coação. A coercibilidade da norma impõe o que o Estado estabelece para administrar e reger o bem comum. Podem-se classificar os destinatários da norma jurídica em: mediatos, que são os tribunais, órgãos estatais e organismos internacionais; e imediatos, são todas as pessoas que estiverem na situação prevista pela norma. 2. CLASSIFICAÇÃO DAS NORMAS JURÍDICAS Classificação das normas jurídicas quanto ao sistema a que pertence: Nacionais; Estrangeiras. Normas jurídicas quanto à fonte Consuetudinárias; Jurisprudenciais: são normas criadas pelos tribunais. Dependendo do sistema qual determinado país se filia Romano germânico ou common law, será considerada fonte primária ou secundária do direito. Quanto aos diversos âmbitos de validez: Quanto ao âmbito espacial de validez: Gerais, Locais, Quanto ao âmbito temporal de validez: de vigência por prazo indeterminado, de vigência por prazo determinado. Quanto ao âmbito material de validez: Normas de direito público, normas de direito privado. Quanto ao âmbito pessoal de validez: Genéricas, individualizadas. Quanto à hierarquia: Normas constitucionais; Normas complementares. Normas ordinárias; Normas regulamentares; Normas individualizadas. Quanto a Sanção: - Norma perfeita; Mais que perfeitas; Normas menos que perfeitas; Normas imperfeitas; Quanto à qualidade: - Normas Positivas; Quanto às relações de complementação: - Primárias; Secundárias; de iniciação, duração e extinção de vigência; Declarativas ou explicativas; Permissivas; Interpretativas; Sancionadoras. Quanto à vontade das partes: - Taxativas ou cogentes; Dispositivas. VIGÊNCIA, EFETIVIDADE, EFICÁCIA E LEGITIMIDADE DA NORMA JURÍDICA. - VIGÊNCIA: momento no qual a norma passa ter eficácia perante os seus destinatários. A partir da vigência é que o Estado poderá impor a observância da norma. Para que isso seja possível é necessário que: a) tenha superado o período de vacatio legis; b) tenha observado as devidas etapas do processo. - EFETIVIDADE: observância da norma pelos destinatários e pelos aplicadores do Direito Alguns estudiosos não diferencia efetividade de eficácia da norma. As normas devem alcançar máximo de efetividade, todavia, em razão de diversos fatores isso não ocorre, podendo haver “níveis de efetividade” alcançada. Existem normas que não chegam a alcançar qualquer nível de efetividade e outros, por algum tempo possuem efetividade, todavia, posteriormente são esquecidas. Para ambos os casos configuram a chamada desuetude. - EFICÁCIA: O Direito apresenta através das normas fórmulas capazes de resolverem problemas de convivência e de organização social. O atributo eficácia quer dizer que a norma realmente produz os efeitos planejados. Ex.: uma norma que institui um programa nacional de combate a um determinado mal, que posta em execução não resolve o problema carece de eficácia. - LEGITIMIDADE: Compreende-se como norma legítima aquela que produzida por meio de fonte reconhecida e aprovada pelos destinatários da norma. O estudo da legitimidade da norma observa-se a fonte produtora, sendo ela legítima, a norma assim será. Fonte legítima, por exemplo, seria constituída pelos representantes do povo, nas democracias. Outras fontes também seriam legitimadoras da norma a depender da adesão dos destinatários O chamado “homo religiosus”, reconhece em Deus como fonte legítima de legitimação da norma jurídica; os adeptos do jusnaturalismo, reconhecem na natureza como fonte criadora de princípios do Direito Natural e devem fornecer estrutura básica ao Direito Positivo. 3. CONSIDERAÇÕES FINAIS Analisando as teorias conceituais, elege-se a conclusão de que a norma jurídica é um conjunto de regras impostas, que compõem o ordenamento jurídico, é responsável por regular a conduta do indivíduo, é a proposição normativa através de uma fórmula jurídica (Lei), garantida pelo Poder Público (Direito Interno) ou pelas Organizações Internacionais (Direito Internacional), no sentido de que seu objetivo, direto ou indireto, é guiar o comportamento das pessoas, visando, principalmente, a ordem e a paz social e Internacional.
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