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EX C ELE NT ÍSSIMO JUIZ DO TR AB ALHO DA COMARCA DE BELO HOR IZONTE – MG – BELO HOR IZONTE.
Processo nº:
JULIANA PEREIRA, brasileira, divorciada, inscrita no CPF sob o nº 123.123.123-00, RG nº 8-555.236, residente e domiciliada na Rua Cirandinha, nº 100, bairro Jardim Guanabara, em Belo Horizonte, CEP 30.000-000, simplesmente identificada como reclamante, por meio de seu advogado regularmente constituído, cujos dados constam na procuração anexa, ajuizar a presente:
RECLAMAÇÃO TRABALHISTA.
Contra METCOM METALURGIA LTDA., pessoa jurídica de direito privado inscrita no CNPJ sob o nº 80.200.400/0001-20, com endereço na Avenida Atlântica, nº 1000, bairro Laranjeiras, Belo Horizonte/MG, CEP 30.000-050, simplesmente identificada como reclamada, pelo fatos e fundamentos a seguir expostos:
PRELIMINARMENTE
I-) DA JUSTIÇA GRATUITA
A reclamante encontra-se desempregada, e é responsável pelo sustento de seus três filhos, assim sendo preenche os requisitos para concessão dos benefícios da assistência judiciária gratuita, como determina o artigo 5º, LXXIV, que garante o acesso ao judiciário das pessoas que não possuírem condição de arcar com as despesas processuais sem prejuízo de seu próprio sustento.
Ante todo o exposto a não concessão dos benéficos da justiça gratuita seria a negação do princípio constitucional do acesso à justiça.
DO CONTRATO DE TRABALHO
A reclamante foi contratada pela reclamada no dia de 12 de dezembro de 2017 na função de auxiliar de serviços gerais, devendo trabalhar 8 horas diárias de segunda a sexta com uma hora de intervalo e quatro horas aos sábados completando assim as 44 horas semanais, e recebia para tanto o salário de R$ 1.200,00.
A reclamante foi demitida sem justa causa em 29 de junho de 2018 e recebeu suas verbas rescisórias e os documentos necessários para saque do FGTS e entrada no seguro desemprego na mesma data.
Todavia ainda existem verbas a serem pagas para a reclamante.
DA EQUIPARAÇÃO SALARIAL E SEUS REFLEXOS
A reclamante foi contratada na mesma época que a senhora Beatriz Ferraz, exerciam o mesmo cargo, com a mesma precisão e qualidade, todavia a senhora Beatriz recebia mensalmente R$ 1.400,00, de modo que em respeito ao artigo 461 da CLT, nossos tribunais têm decidido:
EQUIPARAÇÃO SALARIAL. Tendo o autor provado o trabalho prestado em idêntica função, na mesma localidade e ao mesmo empregador, sem que a ré tenha demonstrado haver discrepância com relação à produtividade e perfeição técnica, e, ainda, inexistindo diferença de tempo de serviço superior há dois anos, são devidas as diferenças salariais decorrentes da equiparação salarial pretendida, eis que preenchidos os requisitos legais do art. 461, § 1º, da CLT. Recurso conhecido e não provido. (Recurso Ordinário nº 0024100-88.2008.5.01.0065, 6ª Turma do TRT da 1ª Região/RJ, Rel. Convocado Marcelo Antero de Carvalho. J. 24.01.2011, unânime, Publ. 02.02.2011).
O pacto laboral perdurou 06 meses de modo que o saldo de equiparação salarial é de R$ 1.200,00 (mil e duzentos reais). Considerando que tal verba deverá incidir em todas as demais verbas rescisórias o valor devido pela reclamada é de R$ 1.820,00 (mil oitocentos e vinte reais) referentes a diferença salarial e aos reflexos da equiparação salarial.
DO DESCANSO INTRAJORNADA
Contrariando o que determina o artigo 71 de nossa CLT, a reclamante tinha de fato apenas 25 minutos de almoço, muito embora seus cartões de pontos ora juntados estejam pre assinalados como 01 hora de descanso.
Assim sendo conforme o artigo 71, §4º da CLT esses 35 minutos suprimidos devem ser pagos com acréscimos de 50% perfazendo o montante de aproximadamente R$ 955,28 (novecentos e cinquenta e cinco reais e vinte e oito centavos).
DO ADICIONAL DE INSALUBRIDADE
Durante o expediente a reclamante era obrigada a diariamente limpar os banheiros da reclama durante 10 minutos de modo que segundo o TST ainda que por tempo extremamente reduzido isso gera direito ao adicional de insalubridade, isso estabelecido da Súmula 448 do TST, vejamos:
EMBARGOS EM RECURSO DE REVISTA. INTERPOSIÇÃO SOB A ÉGIDE DA LEI Nº 13.015/2014. ADICIONAL DE INSALUBRIDADE. LIMPEZA DE BANHEIRO DE USO PÚBLICO OU COLETIVO DE GRANDE CIRCULAÇÃO. SÚMULA 448. PROVIMENTO. 1. Merece reforma o v. acórdão de Turma deste Tribunal que, com base na aplicação equivocada à espécie da Súmula nº 448, II, afasta o direito da reclamante ao adicional de insalubridade. Isso porque, não obstante tenha sido consignado no v. acórdão regional transcrito pela turma o fato de a reclamante ter laborado na limpeza diária de 21 (vinte e um) apartamentos de estabelecimento hoteleiro e respectivos sanitários – o que pode ser considerado de uso coletivo de grande circulação – entendeu a egrégia Turma ser indevido o referido adicional. 2. Reputa-se, portanto, aplicável ao caso, a jurisprudência desta Corte Superior firmada sobre a matéria, consubstanciada na Súmula nº 448, II, item II, que, em situação como a dos autos, reconhece o direito à percepção do adicional de insalubridade, sob o entendimento de que a higienização de instalações sanitárias de uso público ou coletivo de grande circulação, enseja o pagamento de adicional de insalubridade em grau máximo. Precedentes. 3. Por tal razão, conclui-se pelo restabelecimento do v. acórdão regional, no que deferiu o pleito de adicional de insalubridade. 4. Embargos conhecidos e providos. (E-ED-RR – 630-49.2014.5.04.0351, Subseção I Especializada em Dissídios Individuais, Ministro: Guilherme Augusto Caputo Bastos Data de julgamento: 29/06/2017 Data de publicação: 28/07/2017). 
ADICIONAL DE PERICULOSIDADE
O direito ao recebimento do adicional de periculosidade também está consagrado na Constituição Federal de 1988, em seu art. 7º inciso XXIII. Todavia, sua definição é dada pelo art. 193, da CLT: 
Art. 193. São consideradas atividades ou operações perigosas, na forma da regulamentação aprovada pelo Ministério do Trabalho e Emprego, aquelas que, por sua natureza ou métodos de trabalho, impliquem risco acentuado em virtude de exposição permanente do trabalhador a: (Redação dada pela Lei nº 12.740, de 2012) I - inflamáveis, explosivos ou energia elétrica; (Incluído pela Lei nº 12.740, de 2012) II - roubos ou outras espécies de violência física nas atividades profissionais de segurança pessoal ou patrimonial. (Incluído pela Lei nº 12.740, de 2012) § 1º - O trabalho em condições de periculosidade assegura ao empregado um adicional de 30% (trinta por cento) sobre o salário sem os acréscimos resultantes de gratificações, prêmios ou participações nos lucros da empresa. (Incluído pela Lei nº 6.514, de 22.12.1977) § 2º - O empregado poderá optar pelo adicional de insalubridade que porventura lhe seja devido. (Incluído pela Lei nº 6.514, de 22.12.1977) § 3º Serão descontados ou compensados do adicional outros da mesma natureza eventualmente já concedidos ao vigilante por meio de acordo coletivo. (Incluído pela Lei nº 12.740, de 2012) § 4º - São também consideradas perigosas as atividades de trabalhador em motocicleta. (Incluído pela Lei nº 12.997, de 2014). 
Não se pode olvidar da disposição do caput, do citado art. 193, que condiciona o pagamento do adicional em questão à regulamentação por parte do Ministério do Trabalho e Emprego, o que foi feito pela Norma Regulamentadora n. 16. Além disso, o invocado caput também dispõe que é necessária exposição permanente ao agente para que o trabalhador tenha direito ao adicional respectivo.
CUMULAÇÃO DOS ADICIONAIS DE PERICULOSIDADE E INSALUBRIDADE
No caso em comento pode ser que a trabalhadora esteja exposta, simultaneamente, a agentes que acarretem o recebimento do adicional de periculosidade e do adicional de insalubridade. 
Assim, analise se é possível a cumulação dos adicionais, haja vista a previsão do art. 193, §2º, da CLT. 
Art. 193. São consideradas atividades ou operações perigosas, na forma da regulamentação aprovada pelo Ministério do Trabalho e Emprego, aquelas que, por sua natureza ou métodos de trabalho, impliquem risco acentuado em virtudede exposição permanente do trabalhador a: (Redação dada pela Lei nº 12.740, de 2012)
§ 2º - O empregado poderá optar pelo adicional de insalubridade que porventura lhe seja devido. (Incluído pela Lei nº 6.514, de 22.12.1977)
Dos pedidos
Ante o exposto requer 
a) Sejam deferidos a Reclamante os benefícios da justiça gratuita; 
b) Determinar a citação do reclamado, na pessoa de seu representante legal, no endereço declinado no preâmbulo desta, para responder aos termos da presente ação, contestando-a, querendo, no prazo legal, sob pena de revelia; 
c) A condenação da reclamada ao pagamento das seguintes parcelas:
c1) 35 minutos extras, com o adicional de 50% por dia de trabalho de segunda a sexta-feira, durante todo o pacto laboral, com reflexo em aviso prévio, mas décimo terceiro salário e FGTS mais 40%................................................XX 
c2) Cumulativamente
c2.1) Adicional de periculosidade............................................................XX 
c2.2) Adicional de insalubridade em grau máximo 40%, com reflexo em aviso prévio, mais décimo terceiro salário férias + 1/3 e FGTS mais 40% ......XX
c3) Honorários advocatícios previsto no artigo 791-A, da CLT...................................................................................................................XX
 DA PROVA 
Protesta provar o alegado, por todos os meios de provas admitidos em direito, especialmente pelo depoimento pessoal da Reclamada, oitiva de testemunhas, sem prejuízo de outras provas eventualmente cabíveis.
Dá-se à causa o valor de R$ XX, para efeitos fiscais. 
Nesses Termos, 
Pede Deferimento. 
Cidade, data
Advogado
OAB xxxx

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