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PANCREAS ENDÓCRINO

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ANTONIO HASHITANI - 83 1 
 
PÂNCREAS ENDÓCRINO 
ANATOMIA E FISIOLOGIA DO PÂNCREAS: 
 O pâncreas é composto por 2 principais tecidos: 
1. ÁCINOS: secretam o sulco digestivo no duodeno 
2. ILHOTAS DE LANGHERANS: secretam insulina e glucagon diretamente no 
sangue. 
 As ilhotas contêm três tipos celulares: α (cerca de 25% do total, secretam glucagon), 
β (em torno de 60% de todas as células das ilhotas, secretoras de insulina e amilina) e 
Δ (aproximadamente 10% do total, secretam somatostatina.) 
 A insulina inibe a secreção do glucagon; a amilina inibe a secreção de insulina, mas ainda 
não se tem certeza; a somatostatina inibe a secreção de insulina e do glucagon. 
 
INSULINA: 
 Sintetizada nas células beta, formando primeiro uma pré-pró-insulina. 
 Então, ao ser clivada (perde a extremidade amina) no retículo endoplasmático, forma a 
pró-insulina. 
 Ela é formada por três cadeias de peptídeos: A, B e C. Sendo que a cadeia C, conhecida 
como peptídeo C, será clivada, formando a insulina (cadeias A e B). 
 E por que isso é importante? O peptídeo C no sangue significa que a pessoa ainda 
produz insulina. Se a pessoa não o tem, ela não produz. 
ANTONIO HASHITANI - 83 2 
 
 
 Ela é hidrofílica, ou seja, circula quase que inteiramente na forma livre. Sua meia vida é 
de 6 minutos e é eliminada de 10 a 15 minutos. A enzima insulinase ainda corta seu 
efeito, que degrada a insulina no fígado, mas também nos rins e músculos. 
 Ela diminui a gliconeogênese. 
 Ela evita a quebra de glicogênio. 
 Ela promove a entrada de glicose nos músculos pelo GLUT4. 
Efeitos da Insulina sobre o metabolismo dos carboidratos: 
 A insulina promove a captação e Metabolismo da glicose nos músculos. E como? O tecido 
muscular necessita não somente de glicose, mas também de ácidos graxos. Isso deve-
se ao fato de que a membrana muscular em repouso é ligeiramente permeável à 
glicose, no entanto, quando ficamos algum tempo sem comer, a quantidade de insulina 
secretada não é suficiente para promover a entrada de glicose em grandes quantidades 
nas células musculares. 
 Entretanto, os músculos utilizam glicose em grande quantidade sob duas condições: 
a. Durante a realização de exercício físico: não necessita de muita insulina, pois 
o processo de contração muscular torna as fibras musculares mais permeáveis 
a glicose, mesmo na ausência da insulina. Isso promove a translocação da 
GLUT 4 dos depósitos intracelulares para a membrana celular. 
b. Algumas horas após a refeição: temos uma insulina elevada devido à 
hiperglicemia, e ela então provocará um transporte da glicose para as células 
musculares. 
ANTONIO HASHITANI - 83 3 
 
 
A insulina promove a captação, o armazenamento e a utilização da glicose 
hepática: 
 Um dos mais importantes efeitos da insulina é o de fazer com que a glicose absorvida 
após a refeição seja armazenada no fígado em forma de glicogênio. Assim, se a 
glicose sanguínea começar a cair, após algumas horas sem comer, a secreção da insulina 
diminui e o glicogênio hepático é convertido novamente em glicose. 
 O mecanismo para a captação e armazenamento da glicose pelo fígado funciona da 
seguinte maneira: 
i. A insulina inativa a fosforilase hepática, enzima responsável por quebrar o 
glicogênio em glicose. 
ii. A insulina causa um aumento da captação de glicose do sangue pela enzima 
glicocinase, que provoca a fosforilação inicial da glicose depois de ela se difundir 
para as células hepáticas. A glicose fosforilada não pode se difundir de volta 
pela membrana, ficando temporariamente retida nas células hepáticas. 
iii. A insulina aumenta as atividades das enzimas promotoras da síntese de 
glicogênio, sendo a mais importante a glicogênio sintase. 
 O efeito geral de todas essas ações é de aumentar a quantidade de glicogênio no 
fígado. 
A Glicose é liberada do fígado entre as refeições: 
 A redução da glicemia faz com que o pâncreas reduza a secreção da insulina. 
 A ausência de insulina interrompe a síntese de glicogênio no fígado e impede a captação 
adicional de glicose sanguínea pelo fígado. 
 A ausência de insulina ativa a enzima fosforilase hepática, que quebra o glicogênio em 
glicose fosfato. 
 A enzima glicose fosfatase, inibida pela insulina, é ativada pela sua ausência, fazendo 
com que o radical fosfato seja retirado da glicose e possibilitando a difusão da 
glicose livre para o sangue. 
A insulina promove a conversão do excesso de glicose em ácidos graxos: 
ANTONIO HASHITANI - 83 4 
 
 Quando a quantidade de glicose que entra nas células hepáticas é maior do que a 
capacidade do fígado de realizar o armazenamento na forma de glicogênio, a insulina 
promove a conversão desse excesso em ácidos graxos. 
 Então, esses ácidos graxos formam os triglicerídeos e são transportados para o tecido 
adiposo. 
 A insulina ainda inibe a gliconeogênese reduzindo a liberação de A.A dos músculos e 
dos tecidos extra-hepáticos, além de reduzir a atividade das enzimas hepáticas. 
 Vale ressaltar que a insulina aumenta o transporte e utilização de glicose pela 
maioria das células do organismo, com exceção dos neurônios, que são permeáveis à 
glicose sem intermédio da insulina. 
 A falta de glicose no sangue pode causar choque hipoglicêmico. 
O efeito da insulina no metabolismo das gorduras: 
 A longo prazo, a falta de insulina provoca aterosclerose extrema, levando a 
ataques cardíacos, AVC’s e outros acidentes. 
 A insulina promove a síntese e o armazenamento de gorduras via: 
i. Aumenta o transporte da glicose para as células hepáticas e, ao atingir um 
nível, toda glicose adicional será disponível sob forma de gordura. A 
glicose é transformada em piruvato na via glicolítica, e ele será convertido 
em Acetil-CoA (substrato de ácidos graxos). 
 No armazenamento de gorduras nas células adiposas, a insulina inibe a ação da lipase 
hormônio-sensível (enzima que provoca hidrólise dos triglicerídeos previamente 
armazenados nas células adiposas.) Ela ainda promove o transporte da glicose através 
da membrana celular para as células adiposas, promovendo a síntese de ácidos 
graxos e α-glicerol. 
A deficiência de insulina aumenta o uso das gorduras como fonte de energia: 
 A deficiência de insulina causa lipólise das gorduras armazenadas e liberação de ácidos 
graxos livres. O efeito mais importante disso é que a enzima lipase hormônio-sensível 
fica intensamente ativada, o que ocasionará a liberação de ácidos graxos e glicerol no 
sangue. Isso fará com que esses ácidos graxos se tornem o principal substrato de 
energia utilizado, com exceção do cérebro. 
ANTONIO HASHITANI - 83 5 
 
 
 A deficiência de insulina aumenta as concentrações de colesterol e fosfolipídios 
plasmáticos, pois, o excesso de ácidos graxos no plasma também promove a conversão 
hepática de alguns ác. Graxos em fosfolipídios e colesterol. Então, juntamente com 
os triglicerídeos formados no fígado ao mesmo tempo, são liberados no sangue nas 
lipoproteínas, aumentando a concentração de lipídeos plasmáticos. Resultando, 
portanto, na aterosclerose nas pessoas portadoras de diabetes grave. 
O uso excessivo das gorduras durante a falta de insulina causa cetose e acidose: 
 Na ausência de insulina, mas na presença de ácidos graxos nas células hepáticas, o 
transporte da carnitina para levar os ácidos graxos às mitocôndrias fica cada vez mais 
ativado. Assim, o Acetil-CoA formado nas mitocôndrias pela β-oxidação gera o ácido 
acetoacético, liberado no sangue circulante. 
 Ao mesmo tempo, a falta de insulina gera uma depressão do uso desse ácido nos tecidos 
periféricos, resultando num acúmulo dele, que é a acidose. 
 O ácido acetoacético também pode ser convertido em 2 produtos, que são chamados de 
corpos cetônicos, sendo que sua presença elevada nos líquidos do corpo é chamada de 
cetose. 
 Na diabetes grave, o acúmulo deles podem gerar acidose grave e coma, levando à 
morte.O efeito da insulina no metabolismo das proteínas e no crescimento: 
 A insulina estimula o transporte de muitos A.A para as células, dividindo com o GH a 
capacidade de aumentar a captação de A.A nas células. 
 A insulina aumenta os processos de tradução do RNAm, formando novas proteínas. 
ANTONIO HASHITANI - 83 6 
 
 A insulina ainda aumenta a transcrição de sequências genéticas selecionadas do 
DNA. 
 A insulina inibe o catabolismo das proteínas, diminuindo a degradação normal dos 
lisossomos sobre as proteínas. 
Mecanismos da Secreção de insulina: 
 As células β contém grande número de GLUT2, que permite o influxo de glicose. 
 Quando entra nas células, a glicose é fosforilada pela glicocinase em glicose-6-
fosfato. 
 Então, essa glicose-6-fosfato será oxidada, formando ATP. 
 O ATP inibe os canais de potássio sensíveis ao ATP da célula, gerando uma 
despolarização da membrana e, consequentemente, abrindo os canais de cálcio 
dependentes de voltagem. 
 Isso gera um influxo de cálcio, estimulando a fusão de vesículas que contém insulina 
com a membrana plasmática, exocitando o hormônio. 
 
 A.A também podem aumentar os níveis de ATP e estimular a secreção de insulina. 
 Alguns hormônios podem elevar o nível do cálcio intracelular por outras vias, 
aumentando o efeito da glicose. 
 Somatostatina e norepinefrina inibem a exocitose da insulina. 
 
ANTONIO HASHITANI - 83 7 
 
O aumento da glicose sanguínea estimula a secreção de insulina: 
 A concentração da insulina plasmática aumenta quase 10x de 3-5minutos depois da 
elevação da glicose sanguínea. Isso é devido a liberação imediata da insulina pré-
formada nas células beta das ilhotas de Langherans. No entanto, essa elevação não é 
mentida, caindo pela metade em poucos minutos. 
 Depois de certo tempo, em torno de 2 horas, a insulina atinge um novo platô e dessa 
vez mais elevado do que o primeiro. 
Mecanismos de Feedback entre a concentração de glicose sanguínea e insulina: 
 O aumento da secreção da insulina pelo estímulo da glicose é dramático, tanto na 
velocidade quanto em grau de aumento. 
 
 
GLUCAGON: 
 Secretado pelas células alfa das ilhotas de Langherans quando a concentração de 
glicose sanguínea cai. Então, ela aumenta a concentração de glicose no sangue, ou seja, 
efeito oposto ao da insulina. 
Efeitos sobre o metabolismo da glicose: 
 Os principais efeitos são a quebra do glicogênio hepático (glicogenólise) e aumento 
da gliconeogênese no fígado. 
 O glucagon provoca a glicogenólise e aumento da concentração da glicose sanguínea 
pelos seguintes eventos: 
1. O glucagon ativa a adenilil ciclase na membrana da célula hepática. 
ANTONIO HASHITANI - 83 8 
 
2. Isso levará a formação de AMPc, que ativará a proteína reguladora da 
proteínocinase. 
3. Então, a PK será ativada e atuará na fosforilase cinase b. 
4. Essa fosforilase b será convertida em fosforilase a 
5. É a fosforilase A, portanto, que irá promover a degradação de glicogênio em 
glicose-1-fosfato. 
6. A glicose-1-fosfato, por fim, será desfosforilada e a glicose será liberada das 
células hepáticas. 
 A atuação do glucagon, durante um período de 4 horas, pode levar a uma glicogenólise 
tão intensa que todas as reservas de glicogênio hepático são esgotadas. 
O glucagon aumenta a gliconeogênese: 
 Se o glucagon continuasse atuando mesmo após o esgotamento do glicogênio hepático, 
isso causaria uma hiperglicemia continuada. Pois, o glucagon passa a aumentar a 
captação de A.A pelas células hepáticas, convertendo eles em glicose via 
gliconeogênese. O glucagon ativa muitas enzimas neste processo, em especial para a 
conversão de piruvato em fosfoenolpiruvato. 
Outros efeitos do glucagon: 
 Ativação da lipase das células adiposas, aumentando a disponibilidade de ácidos 
graxos para o sistema de energia do organismo. 
 Ele ainda inibe o armazenamento de triglicerídeos no fígado, o que impede a retirada 
de ácidos graxos do sangue. 
 Esses efeitos só ocorrem em concentração elevada de glucagon. 
 Ele também pode aumentar a força do coração, fluxo sanguíneo especialmente para os 
rins, secreção da bile e inibe a secreção de ácido gástrico. (não preciso decorar isso, só 
entender que ele possui muitas funções). 
Regulação da secreção de glucagon: 
 A glicose sanguínea é o fator mais potente que controla a secreção do glucagon, pois, 
sua redução plasmática (hipoglicemia), é capaz de aumentar a concentração de glucagon 
plasmático. 
 O aumento de A.A no sangue estimula a secreção de glucagon, especialmente alanina e 
arginina. Esse é o mesmo efeito que os A.A apresentam no estímulo a secreção de 
ANTONIO HASHITANI - 83 9 
 
insulina. Ele é responsável por converter os A.A em glicose, disponibilizando-a para os 
tecidos. 
 Além disso, o exercício físico estimula a secreção de glucagon. 
Somatostatina: 
 Age localmente nas próprias ilhotas de Langherans, para deprimir a secreção da 
insulina e glucagon. 
 Ela diminui a motilidade do estômago, vesícula biliar e duodeno. 
 Ela diminui a secreção e absorção no trato gastrointestinas. 
 É secretada pelas células delta das ilhotas de Langherans. 
 Ela é estimulada por glicose sanguínea aumentada, A.A aumentados, ácidos graxos 
aumentados e concentrações aumentadas de hormônios gastrointestinais, ou seja, 
tudo que envolve ingestão de alimento. 
 Sua principal função é a de prolongar o tempo em que os nutrientes alimentares são 
assimilados no sangue. 
 Ela ainda é o hormônio inibidor do GH. 
A concentração de glicose sanguínea não pode aumentar muito: 
 A glicose contribui para a pressão osmótica no líquido extracelular, podendo gerar 
desidratação. 
 Um nível elevado de glicose sanguínea provoca a perda de glicose na urina. Gerando 
diurese osmótica pelos rins, o que gerará perda de eletrólitos e líquidos. 
 Um aumento duradouro de glicose sanguínea pode lesionar os vasos sanguíneos e outros 
tecidos. 
Diabetes Mellitus: 
 É uma síndrome do metabolismo defeituoso de carboidratos, lipídeos e proteínas 
resultante da ausência de secreção da insulina ou diminuição da sensibilidade dos 
tecidos à insulina. Existem dois tipos: 
1. Tipo 1 ou dependente de insulina: causado pela ausência da secreção de 
insulina pelas células β do pâncreas. Ocorre por volta dos 14 anos nos EUA, por 
exemplo, mas pode ocorrer em qualquer idade. 
2. Tipo 2 ou não dependente de insulina: causado pela diminuição da sensibilidade 
dos tecidos-alvo à insulina. (resistência à insulina). É muito mais comum do que o 
ANTONIO HASHITANI - 83 10 
 
tipo I, ocorrendo depois dos 30 anos de idade, geralmente. A obesidade é um 
fator de risco 
 RESUMINDO: 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
ANTONIO HASHITANI - 83 11

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