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FACULDADE DE ENSINO SUPERIOR DO PIAUÍ CURSO DE FONOAUDIOLOGIA ANATOMOFISIOLOGIA DA FONAÇÃO E DA AUDIÇÃO APOSTILA PRÁTICA Professora: MSc Marta Lira FONOAUDIOLOGIA - FAESPI ANATOMIA DA FONAÇÃO E DA AUDIÇÃO 2 NORMAS ESPECÍFICAS DO LABORATÓRIO ♦ O LABORATÓRIO DESTINA-SE EXCLUSIVAMENTE AO ESTUDO DA ANATOMIA HUMANA, SENDO PROIBIDA A PERMANÊNCIA DE OUTROS QUE NÃO ESTEJAM CURSANDO A DISCIPLINA. ♦COM A FINALIDADE DE PADRONIZAR A INDUMENTÁRIA UTILIZADA PELOS ALUNOS DOS CURSOS DE CIÊNCIAS E SAÚDE, DURANTE AS AULAS PRÁTICAS OS ALUNOS DEVERÃO UTILIZAR: _ JALECO BRANCO _ GORRO BRANCO (A CRITÉRIO) _ MÁSCARA BRANCA (A CRITÉRIO) _ LUVAS DESCARTÁVEIS (A CRITÉRIO) OBS: O ALUNO NÃO PARAMENTADO PARA AS AULAS DE LABORATÓRIO NÃO PODERÁ ASSISTIR AS AULAS E ESTARÁ SUJEITO: - ÀS FALTAS E PERDA DE PONTOS QUE POR VENTURA SEJAM DESTRIBUÍDOS NO DIA. ♦EXIGE-SE O PROFUNDO RESPEITO PARA COM AS PEÇAS ANATÔMICAS ♦ROGA-SE O MÁXIMO DE SILÊNCIO VIZANDO MAIOR APROVEITAMENTO NOS TRABALHOS PRÁTICOS E CONSIDERANDO-SE A PRESENÇA DO CADÁVER ♦AS PEÇAS ANATÔMICAS NÃO DEVERÃO SAIR DAS DEPENDÊNCIAS DO LABORATÓRIO ♦SOLICITAMOS TODO O CUIDADO POSSÍVEL PARA COM AS PEÇAS ANATÔMICAS ♦TODO E QUALQUER DANO ÀS PEÇAS ANATÔMICAS E AO MATERIAL DO LABORATÓRIO DEVERÁ SER PRONTAMENTE COMUNICXADO AO PRECEPTOR PRESENTE DURANTE OS TRABALHOS PRÁTICOS ♦PEDE-SE A COLABORAÇÃO PARA MANTER O LABORATÓRIO SEMPRE LIMPO E ORGANIZADO APRESENTAÇÃO FONOAUDIOLOGIA - FAESPI ANATOMIA DA FONAÇÃO E DA AUDIÇÃO 3 É difícil definir com precisão a Anatomia, pois suas relações com outras ciências são inúmeras e seu raio de ação muito extenso. Por isso, a Anatomia é uma ciência de vastas proporções e de extraordinária diversificação. É ciência e arte ao mesmo tempo, pois sistematiza conhecimentos para um objetivo determinado, não formando uma consciência exclusiva e estritamente especializada. Não é uma arte de ficção ornamental nem a manifestação fantástica e ilusória do virtuosismo espiritual, mas uma arte estritamente científica capaz de colocar o estudante dentro de uma concepção lógica. A Anatomia Humana é de mais alta importância e de interesse indiscutível. É uma ciência curiosa, vivaz, e por vezes espetacular, que apaixona e seduz aqueles que por ela começam a se interessar. ROTEIRO DE AULAS PRÁTICAS O ROTEIRO DE AULAS PRÁTICAS É ESPECÍFICO A CADA CURSO DE GRADUAÇÃO. EM CADA UM DELES PROCUROU-SE DESTACAR O QUE SE CONSIDERA DE MAIOR IMPORTÂNCIA DENTRO DO CONTEÚDO PROGRAMÁTICO DA DISCIPLINA, SUPRIMINDO-SE, VOLUNTARIAMENTE, TODO E QUALQUER TIPO DE CONCEITUAÇÃO E/OU DEFINIÇÃO, AFIM DE QUE NÃO SE AFASTASSE DO OBJETIVO FUNDAMENTAL: OFERECER AO ALUNO, DE FORMA SIMPLES E ESQUEMÁTICA, AS PRINCIPAIS FUNÇÕES E A NOMENCLATURA DAS ESTRUTURAS, BEM COMO AS LOCALIZAÇÕES DOS ÓRGÃOS A SEREM RECONHECIDAS NAS PEÇAS ANATÔMICAS. FONOAUDIOLOGIA - FAESPI ANATOMIA DA FONAÇÃO E DA AUDIÇÃO 4 CRÂNIO VISCEROCRÂNIO � 2 ZIGOMÁTICOS � 2 MAXILAS � 2 NASAIS � 2 LACRIMAIS � 1 MANDÍBULA � 2 PALATINOS � 1 VÔMER � 2 CONCHAS NASAIS INFERIORES NEUROCRÂNIO � 1 FRONTAL � 1 OCCIPITAL � 1 ESFENÓIDE � 1 ETMÓIDE � 2 PARIETAIS � 2 TEMPORAIS ACIDENTES ANATÔMICOS 1.1- VISTA SUPERIOR DO CRÂNIO 1.2- VISTA POSTERIOR DO CRÂNIO � SUTURA SAGITAL � PROTUBERÂNCIA OCCIPITAL EXTERNA � SUTURA CORONAL � SUTURA LAMBDÓIDE 1.3- VISTA ANTERIOR DO CRÂNIO 1.4- VISTA LATERAL DO CRÂNIO � ABERTURA PIRIFORME � ARCO ZIGOMÁTICO � CAVIDADE NASAL: � MEATO ACÚSTICO EXTERNO -CONHAS NASAIS SUPERIOR, � PROCESSO MASTÓIDEO DO TEMPORAL - MÉDIA E INFERIOR -SEPTO NASAL ÓSSEO: -LÂMINA PERPENDICULAR DO ETMÓIDE -VÔMER � ALVÉOLOS DENTAIS � ÓRBITAS 1.5- VISTA INFERIOR DO CRÂNIO � FORAME MAGNO � CÔNDILOS OCCIPITAIS � FORAME JUGULAR � CANAL CARÓTICO � FOSSA MANDIBULAR � PROCESSO ESTILÓIDE � COANAS FONOAUDIOLOGIA - FAESPI ANATOMIA DA FONAÇÃO E DA AUDIÇÃO 5 1.6- VISTA INTERNA DO CRÂNIO PORÇÃO SUPERIOR = CALOTA CRANIANA PORÇÃO INFERIOR = BASE DO CRÂNIO �FOSSA ANTERIOR � CRISTA ETIMOIDAL � FOSSA MÉDIA � MEATO ACÚSTICO INTERNO � FOSSA POSTERIOR � FOSSA CEREBELAR � LÂMINAS CRIVOSAS (CRIBIFORMES) DO ETMÓIDE � FOSSA HIPOFISÁRIA 1.7- MANDÍBULA � CORPO � RAMOS � PROCESSO CONDILAR � PROCESSO CORONÓIDE � INCISURA MANDIBULAR � FORAMES MENTUAIS � FORAMES MANDIBULARES 1.8 DENTES � INCISIVOS CENTRAIS � INCISIVOS LATERAIS � CANINOS � PRÉ-MOLARES � MOLARES FONOAUDIOLOGIA - FAESPI ANATOMIA DA FONAÇÃO E DA AUDIÇÃO 6 ESTUDO DO CRÂNIO 1 – O crânio, na posição anatômica é orientado de tal forma que a borda inferior da órbita e a borda superior do meato acústico externo estão na horizontal. Observe com o auxílio do Atlas, do esqueleto e das peças sobre a mesa de estudo, a forma e a localização do crânio, em relação ao outro segmento do esqueleto axial, assim, também como seus ossos e articulações. 2 – OSSOS: A cabeça óssea consiste de 22 ossos e está sumariamente dividida em crânio e face. Qual dessa divisão denomina-se crânio visceral? 2.1 - O crânio neural é superior e posterior, maior e abriga o encéfalo, donde o seu nome, o crânio visceral é anterior e inferior, menor e está relacionado com órgãos de dois grandes sistemas, o digestório e o respiratório, viscerais, donde decorre o nome. 2.2 – Identifique os ossos do Crânio Neural ou Neuro-crânio: Parietal, Temporal, Frontal, Occipital, Etmóide e Esfenóide. Enumere os ossos que são pares e os que são impares. 2.3 – Os ossos do Crânio Visceral ou Víscero-crânio são: Maxila, Zigomático, Nasal, Lacrimal, Palatino, Concha nasal inferior, Mandíbula e Vômer. Identifique os ossos que são pares e os ímpares. 2.4 – Identifique os seguintes Pontos Craniométricos: Násion, Glabela, Bregma, Vértex, Lambda, Ptérion e Astérion. Com o auxilio de um crânio de recém-nascido identifique as fontículos ou fontanelas. 3 – NORMA SUPERIOR DO CRÂNIO. Observe um crânio em vista superior e verifique a ABÓBADA CRANIANA. Que ossos compõem a abóbada craniana? Quais suturas podem ser identificadas nesta vista do crânio? Quais nomes recebem a intersecção dessas suturas? 4 - NORMA OCCIPITAL ou POSTERIOR DO CRÂNIO. A parte posterior do crânio é composta de porções dos ossos parietais, do osso occipital e as partes mastóideas dos ossos temporais. Identifique a protuberância occipital externa, as linhas nucais e o processo mastóide. 5 - NORMA FRONTAL ou ANTERIOR DO CRÂNIO. Nesta vista pode-se identificar a fronte, as órbitas, a proeminência da face, o nariz ósseo externo, as maxilas e a mandíbula. 5.1 - Fronte - o osso frontal forma o seu esqueleto. Identifique o násion e a glabela, pontos craniométricos desta vista. 5.2 - Órbitas - são duas cavidades ósseas nas quais estão situados os olhos Estude os acidentes ósseos dessa estrutura. Dê as bordas da cavidade orbitária. 5.3 - Proeminência da Face - é formada pelo osso zigomático, situado na parte inferior e lateral da órbita. 5.4 - Nariz Ósseo Externo - a parte óssea do nariz externo é formada pelos ossos nasais e pelas maxilas que delimitam a abertura piriforme. Identifique-a. 5.5 - Maxilas - o crescimento da maxila é responsável pelo alongamento vertical da face entre 06 e 12 anos. Localize os processos da maxila, o corpo e o forame infra-orbital. 5.6 - Mandíbula – observe que os dentes inferiores estão implantados no processo alveolar da mandíbula. Identifique o corpo, ramos e ângulos da mandíbula. 5.6.1 - No corpo da mandíbula localize o forame mental, a protuberância mental, a linha oblíqua, a espinha mental, as fossas submandibular e sublingual e a parte alveolar. 5.6.2 - Noramo da mandíbula identifique a borda superior, a incisura mandibular, o processo coronóide e o processo condilar. Reconheça na superfície medial do ramo o forame da mandíbula, a língula e o sulco milo-hióideo. 6 - NORMA LATERAL DO CRÂNIO - observe a articulação do osso zigomático com o osso temporal, e veja que eles formam o arco zigomático. 6.1 – Identifique a fossa temporal, e veja que ela limita-se inferiormente pelo arco zigomático. No assoalho desta fossa reconheça porções do osso frontal, parietal, esfenóide e temporal. O que esta fossa aloja? 6.2 – No osso temporal identifique a parte escamosa, o meato acústico externo, o processo mastóide e o processo estilóide. FONOAUDIOLOGIA - FAESPI ANATOMIA DA FONAÇÃO E DA AUDIÇÃO 7 6.3 - O estudo da norma lateral do crânio se completa com a retirada da mandíbula. Identifique a fossa infratemporal. 7 - NORMA INFERIOR DO CRÂNIO (BASE DO CRÂNIO) - quais ossos podem ser observados nessa norma? 7.1 - Anteriormente identifique os processos alveolares das maxilas, o palato duro, a espinha nasal posterior, as coanas e o processo pterigóide do osso esfenóide. 7.2 - Localize também as seguintes aberturas: forame oval, forame espinhoso, forame lacero, canal carótico e forame jugular. 7.3 - Observe o forame magno do osso occipital Este grande forame comunica a cavidade craniana (que aloja o encéfalo) com o canal vertebral (que aloja a medula espinhal). Lateralmente ao forame magno identifique os côndilos do occipital. Observe que sob o côndilo occipital há um canal. Qual o seu nome? 7.4 - Identifique ainda lateralmente o tubérculo articular e a fossa mandibular do temporal. Para que servem estas estruturas? 7.5 - Veja também o processo estilóide, o processo mastóide e o forame estilomastóideo. 8 - CAVIDADE CRANIANA: aloja o encéfalo e suas membranas de revestimento, as meninges. Está coberta pela calota craniana e seu assoalho está dividido em três fossas: fossa anterior, média e posterior. 8.1 – CALVÁRIA: é a denominação que recebe a calota craniana e forma o teto da cavidade craniana. 8.2 – FOSSA CRANIANA ANTERIOR: aloja os lobos frontais do cérebro e seu assoalho é constituído por porções de três ossos: etmóide, frontal e esfenóide. Quais os limites dessa fossa? Identifique nesta fossa a crista galli e a lâmina crivosa. 8.3 - FOSSA CRANIANA MÉDIA: está constituída por partes do osso esfenóide e temporal. Delimite essa fossa. Reconheça no plano mediano da fossa média o corpo do esfenóide. Identifique a fossa hipofisária e os forames: redondo, oval e espinhoso. 8.4 - FOSSA CRANIANA POSTERIOR: aloja o cerebelo e o tronco encefálico. Identifique as estruturas que compõem essa fossa. 9 - As articulações do tipo fibrosas, suturas, predominam entre os ossos do crânio. Identifique as principais suturas: sagital, coronal, lambdóide, intermaxilar, internasal, dento-alveolar e vômer- esfenoidal. Classifique-as. 9.1 - Identifique a sutura cruciforme numa visão inferior do crânio, quais os ossos que a formam? 9.2 – Identifique na base do crânio, a articulação cartilaginosa, do tipo sincondrose. Determine os ossos que a formam. 10 – Passe agora a estudar a Articulação Temporomandibular (ATM). Identifique suas superfícies articulares e seus ligamentos, que são: ligamento lateral, estilomandibular e esfenomandibular. Observando em um dos membros do grupo, determine seus movimentos. FONOAUDIOLOGIA - FAESPI ANATOMIA DA FONAÇÃO E DA AUDIÇÃO 8 TIPOLOGIA FACIAL E A FONOAUDIOLOGIA TERMINOLOGIAS UTILIZADAS FACE CURTA FACE LONGA FACE MÉDIA Braquifacial Dolicofacial Mesofacial Braquicefálico Dolicocefálico Mesocefálico Euriprosopo Leptoprosopo Mesoprosopo Perfil prognata Perfil retrognata Perfil ortognata Provertido Retrovertido Neutrovertido Côncavo Convexo Reto Face curta: qualidade vocal aguda com tendência metálica e ressonância faríngea; altura facial anterior, da face média e da face inferior menores e altura facial posterior maior; maior largura facial horizontal; menor crescimento dentoalveolar; mandíbula hipodivergente; maior ângulo da base do crânio; e maior presença de diastemas na arcada inferior. Face longa: postura alterada de lábios, respiração oral ou oronasal, fala e deglutição com anteriorização de língua, mastigação alterada e postura de língua no assoalho durante o repouso; qualidade vocal grave com tendência a ser abafada e escura, associada à ressonância posterior; maior distância dentoalveolar anterior; maior altura facial anterior; maior altura facial anterior inferior; Face média: língua no assoalho na posição de repouso; altura facial anterior e posterior e altura da face média e inferior com valores intermediários; e distância dentoalveolar anterior com valores equilibrados. Esses dados vão ao encontro de referências anteriores. Entretanto, segundo alguns autores, as funções estomatognáticas geralmente não apresentam alterações. Observa-se maior incidência de diastemas na arcada inferior no individuo de face média. FONOAUDIOLOGIA - FAESPI ANATOMIA DA FONAÇÃO E DA AUDIÇÃO 9 GENERALIDADES SOBRE MIOLOGIA 1- COMPONENTES ESQUELÉTICOS DOS MÚSCULOS ESTRIADOS ESQUELÉTICOS � Ventre Muscular _ é a porção contrátil do músculo, constituída por fibras musculares que se contraem. Constitui o corpo do músculo (porção carnosa). � Tendões _é um elemento de tecido conjuntivo, ricos em fibras colágenas e que serve para fixação do ventre, em ossos, no tecido subcutâneo e em cápsulas articulares. Possuem aspecto morfológico de fitas ou de cilindros. � Aponeuroses _é uma estrutura formada por tecido conjuntivo. Membrana que envolve grupos musculares. Geralmente apresenta-se em forma de lâminas ou em leques. 2- Fáscia Muscular _ é uma lâmina ou faixa larga de tecido conjuntivo fibroso, que, abaixo da pele, circunda os músculos e outros órgãos do corpo. 3- MECÂNICA MUSCULAR: T = F. E Onde T é o trabalho realizado por um músculo, F a potência e E a sua amplitude. A potência (ou força) do músculo está diretamente relacionada com o número de fibras do ventre muscular e a amplitude de contração depende de seu grau de encurtamento. 4- ORIGEM � Extremidade do músculo presa à peça óssea que não se desloca. <ponto fixo> 5- INSERÇÃO � Extremidade do músculo presa à peça óssea que se desloca. <ponto móvel> 6- CLASSIFICAÇÃO DOS MÚSCULOS � QUANTO À ORIGEM _ duas cabeças de origem: ● bíceps _ três cabeças de origem: ● tríceps _ quatro cabeças de origem ● quadríceps � QUANTO À INSERÇÃO _ dois tendões de inserção: ● bicaudados _ três ou mais tendões de inserção ● policaudados � QUANTO AO VENTRE MUSCULAR _ dois ventres musculares com tendão entre eles: ● digástricos _ mais de dois ventres com tendões entre eles: ● poligástricos 7- ARTICULAÇÃO TEMPORO MANDIBULAR (ATM) - Articulação do tipo sinovial, condiliana, do tipo gínglimo com superfícies fibrocartilaginosas com disco articular. - Primordial para falar, comer, bocejar, beijar ou sugar. - Pode-se avaliar a amplitude do movimento e a força dos músculos temporais e masseteres. FONOAUDIOLOGIA - FAESPI ANATOMIA DA FONAÇÃO E DA AUDIÇÃO 10 8- MÚSCULOS MASTIGATÓRIOS � PTERIGODEO MEDIAL à PTERIGOIDEO LATERAL �FIBRAS DO TEMPORAL à MASSETER 9- MÚSCULOS DA MÍMICA FACIAL (NERVO FACIAL) 1. OCCIPITOFRONTAL 2. ORBICULAR DOS OLHOS 3. ORBICULAR DA BOCA 4. ELEVADOR DO ÂNGULO DA BOCA 5. ELEVADOR DO LÁBIO SUPERIOR 6. PLATISMA 7. PRÓCERO 8. ZIGOMÁTICO MAIOR 9. CORRUGADOR DO SUPERCÍLIO 10. ZIGOMÁTICO MENOR 11. ABAIXADOR DO LÁBIO INFERIOR 12. RISÓRIO 13. BUCINADOR 14. MIRTIFORME 15. ABAIXADOR DO ÂNGULO DA BOCA 16. MENTUAL 17. NASAL 18. ELEVADOR COMUM (ÂNGULO DA BOCA E ASA DO NARIZ) FONOAUDIOLOGIA - FAESPI ANATOMIA DA FONAÇÃO E DA AUDIÇÃO 11 9-MÚSCULOS MASTIGATÓRIOS* (NERVO TRIGÊMEO) Douglas e Douglas (1998) colocam no grupo: LEVANTADORES DA MANDÍBULA • TEMPORAL (ANTERIOR)* • MASSÉTER* • PTERIGOIDEO MEDIAL* ABAIXADORES DA MANDÍBULA • PTERIGÓIDEO LATERAL* • SUPRAHIÓIDEOS o (VENTRE ANTERIOR DO DIGÁSTRICO, MILO-HIÓIDEO E ESTILO-HIÓIDEO). MASSETER O masséter é um músculo de grande potência e espessura dentre os levantadores da mandíbula. Insere-se no arco zigomático e nas bordas do ramo da mandíbula pela face externa do ângulo goníaco, cobrindo quase todo o ramo. As fibras estão em sentido oblíquo e, durante a contração, o músculo se desloca nesta direção, propiciando a oclusão dentária. TEMPORAL O músculo temporal tem a forma de um leque e divide-se em 3 porções: anterior, média, e posterior. A origem é na linha temporal inferior e se fixa no processo coronóide da mandíbula. Este músculo tem como função levantar a mandíbula quando se fecha a boca. Esta ação é executada principalmente pela porção anterior deste músculo, enquanto as fibras da porção posterior participam da retrusão da mandíbula PTERIGÓIDEO MEDIAL O músculo pterigóideo medial também tem a função de levantar a mandíbula. Estando em posição paralela ao masséter e sendo sinergista deste, também se insere no ramo da mandíbula, mas pela face interna do ângulo goníaco. A origem deste músculo se dá na fossa pterigóidea. Possui forma retangular, como o masséter, mas de menor tamanho. PTERIGÓIDEO LATERAL As fibras do pterigóideo lateral estão em sentido horizontal e é o único dos músculos da mastigação, que tem ligação com as articulações temporomandibulares. Por esta característica, executa movimentos mandibulares que os outros não realizam. Possui 2 feixes, superior e inferior. O feixe superior se fixa na asa maior do esfenóide e o feixe inferior na superfície lateral do processo pterigóide. A inserção de ambos se dá no colo mandibular. Algumas fibras do feixe superior se inserem na cápsula articular e outras no disco da articulação temporomandibular. A função principal deste músculo é a de protrusão mandibular, isto quando há contração simultânea de ambos pterigóideos laterais, pois quando há ação de um dos dois, o movimento é de lateralidade para o lado oposto. FONOAUDIOLOGIA - FAESPI ANATOMIA DA FONAÇÃO E DA AUDIÇÃO 12 � SUPRA- HIÓDEOS DIGÁSTRICO INSERÇÕES: Possui dois ventres e um tendão intermediário. Seu ventre posterior, mais longo, está inserido na incisura mastóidea do osso temporal e inclina-se para baixo e para frente; o ventre anterior está inserido na fossa digástrica da mandíbula. AÇÃO: Abaixamento da mandíbula e elevação do osso hióide. ESTILOHIÓIDEO INSERÇÕES: Está preso (origem) por um tendão à face posterior do processo estilóide próximo de sua base, descendo para a frente até o corpo do osso hióide. AÇÃO: O estilo-hióideo eleva e retrai o osso hióide, alongando o assoalho da boca. Com outros músculos hióideos, ele fixa o osso hióideo, a da base para os músculos linguais nele inseridos. MILOHIÓIDEO INSERÇÕES: Superior ao ventre anterior do digástrico, forma com seu homônio um assoalho muscular para a cavidade da boca. As fibras posteriores passam medial e ligeiramente para baixo até a frente do corpo do osso hióide, próximo de sua borda inferior (origem). AÇÃO: Elevação do assoalho da boca no primeiro estágio da deglutição. Ele também pode elevar o osso hióideo ou abaixar a mandíbula. GÊNIOHIÓIDEO INSERÇÕES: Um músculo estreito acima da parte medial do milo-hióideo, estende-se (origem) da espinha mental, atrás da sínfise da mandíbula, até a face anterior do corpo do osso hióide. AÇÃO: O gênio-hióideo eleva o osso hióide e o puxa para frente como um antagonista parcial do estilo-hióideo. Quando o osso hióide está fixo, ele abaixa a mandíbula. FUNÇÕES ESTOMATOGNÁTICAS • Adaptativas à Cuspidura, sopro, riso, funções anti-aborais (vômito, regurgitação, ânsia e eructação), bocejo, beijo, mordida, mímica. • Clássicas à Deglutição; Sucção; Respiração; Fonação e a Mastigação. FONOAUDIOLOGIA - FAESPI ANATOMIA DA FONAÇÃO E DA AUDIÇÃO 13 DEGLUTIÇÃO A função de deglutir é a de transportar material da cavidade oral ao estômago não permitindo a entrada de nenhuma substância na via aérea (pulmões). A divisão da deglutição é baseada nas características anatômicas e funcionais: • Fase preparatória oral • Fase Oral propriamente dita • Fase Faríngea • Fase Esofágica SUCÇÃO A sucção é um reflexo de alimentação, rítmico e simples, sob controle de medula e ponte. Caracteriza-se por um padrão consistente de eclosões de sugadas alternadas com pausas A sucção é o meio pelo qual o bebê consegue tirar o leite do seio materno. É uma função estomatognática inata do ser humano. Tem 2 padrões: • Suckling • Sucking RESPIRAÇÃO O ar chega aos pulmões através das fossas nasais ou da boca e sucessivamente, atravessa a faringe, a laringe, a traquéia e os brônquios, que se ramificam, penetrando nos pulmões. A função respiratória se processa mediante três atividades distintas, mas coordenadas: a ventilação, através da qual o ar da atmosfera chega aos alvéolos; a perfusão, processo pelo qual o sangue venoso procedente do coração chega aos capilares dos alvéolos, e a difusão, processo em que o oxigênio do ar contido nos alvéolos passa para o sangue ao mesmo tempo em que o gás carbônico contido no sangue passa para os alvéolos. FONAÇÃO A voz é produzida pela pressão de ar vinda dos pulmões, que faz vibrar as pregas vocais aduzidas, provocando um som que é articulado e modificado na boca e amplificado nas cavidades de ressonância. MASTIGAÇÃO O processo pelo qual o alimento é transformado em pedaços menores dentro da cavidade oral, anterior à deglutição, voluntário, mas sempre consciente. Pode-se dividir a mastigação, segundo Hanson e Barrett (1995), em 3 fases: • Incisão; • Trituração; • Pulverização. FONOAUDIOLOGIA - FAESPI ANATOMIA DA FONAÇÃO E DA AUDIÇÃO 14 SISTEMA RESPIRATÓRIO 1- NARIZ EXTERNO 2- CAVIDADE NASAL � COANAS � MEATOS NASAIS LIMITES: �NARINAS � VESTÍBULO NASAL 3- SEIOS PARANASAIS: DEFINIÇÃO: _São extensões cheias de ar ou pneumatizadas da porção respiratória da cavidade nasal projetadas nos ossos do crânio. FUNÇÃO: a) redução do peso dos ossos da cabeça; b) crescimento, tamanho e forma da face e do crânio; c) adequação térmica do ar, por turbilhamento do ar dentro destas cavidades; d) caixa de ressonância, dando características individuais à voz e; e) aumentam a resistência crânio facial a choques mecânicos; � SEPTO NASAL(FORMAÇÃO:) _SUPERIORES � CONCHAS NASAIS _ MÉDIO _ SUPERIORES _ INFERIORES _ MÉDIAS _ INFERIORES MEDIANOS LATERAIS � SEIO FRONTAL � SEIO ESFENOIDAL � SEIO ETMOIDAL � SEIO MAXILAR 4- FARINGE � NASOFARINGE ÓSTIO FARÍNGICO DA TUBA AUDITIVAà Equalização da Pressão TÓRUS TUBAL TONSILA FARÍNGEA � OROFARINGE ÚVULA TONSILA PALATINA ARCOS PALATOFARÍNGEOSà Reflexo da Deglutição � LARINGOFARINGE ÁDITO LARÍNGEO 5- LARINGE � CARTILAGENS _(1) TIREÓIDE à PROEMINÊNCIA LARÍNGEA _(1) EPIGLOTE _(1) CRICÓIDE _(2) ARITENÓIDES _(2) CORNICULADAS _(2) CUNEIFORMES ANDARES � SUPRAGLÓTICO � GLOTE PREGAS VESTIBULARES PREGAS VOCAIS VENTRÍCULO DA LARINGE �INFRAGLÓTICO FONOAUDIOLOGIA - FAESPI ANATOMIA DA FONAÇÃO E DA AUDIÇÃO 15 6- TRAQUÉIA � CARTILAGENS TRAQUEAIS (SEMI-ANÉIS) � PORÇÃO (PAREDE) MEMBRANÁCEA � BIFURCAÇÃO DA TRAQUÉIA 7- BRÔNQUIOS � BRÔNQUIO PRINCIPAL DIREITO à MAIS VERTICALIZADO � BRÔNQUIO PRINCIPAL ESQUERDO 8- PULMÕES � BASE E ÁPICE DO PULMÃO �FACES: COSTAL; MEDIASTÍNICA (IMPRESSÃO CARDÍACA NO PULMÃO ESQUERDO); E DIAFRAGMÁTICA � HILO PULMONAR 9- PLEURAS 10- DIAFRAGMA FONOAUDIOLOGIA - FAESPI ANATOMIA DA FONAÇÃO E DA AUDIÇÃO 16 MUSCULATURA INTRÍNSECA DE LARINGE �TIREOARITENOIDEO �ARITENOIDEO �CRICOARITENOIDEO LATERAL � CRICOARITENOIDEO POSTERIOR � CRICOTIREOIDEO � TIREOARITENOIDEO (TA) É um músculo que forma a principal massa das pregas vocais. Eles originam- se no ângulo da cartilagem tireóidea e a inserção localiza- se principalmente no processo vocal. O TA é adutor, tensor e relaxador, ou seja, ele abaixa, encurta e espessa as pregas vocais. Esse movimento de encurtar e abduzir as pregas vocais faz com que ocorra a diminuição das distâncias entre as cartilagens aritenóideas e tireóidea. Como consequência desse movimento, as pregas vocais tornam-se com um feixe mais largo que por sua vez reduzirá a frequência da voz, tornando a voz mais grave. ♂ � CRICOARITENOIDEO POSTERIOR (CAP) É um músculo par e o único músculo abdutor (promove a abertura) da laringe, por isso é responsável pela respiração. É conhecido como o músculo da vida. No final da emissão vocal, ele abduz as pregas vocais promovendo a inspiração. O CAP alonga, eleva e afila as pregas vocais, mantendo a borda livre arredondada. Ele auxilia no fechamento glótico, pois durante a contração desse músculo, ele desloca o processo muscular, abrindo as pregas vocais. �CRICOARITENÓIDEO LATERAL (CAL) É um músculo par, que aduz, abaixa e alonga a prega vocal, afilando sua borda livre. É o principal músculo adutor e ao contrair desloca o processo muscular anteriormente, fechando a glote. Ele aduz, abaixa e alonga as pregas vocais, com isso afila a borda livre, que fica mais arredondada tornando-as mais rígidas. É um músculo largo na forma de leque e tem origem na depressão rasa da face posterior da lâmina cricóidea enquanto que a inserção está no processo muscular da cartilagem aritenóidea. �CRICOTIREÓIDEO (CT): O CT é um músculo par e é considerado um adutor secundário, pois realiza a tensão longitudinal da prega vocal, promovendo o controle de frequência. Ao contrair,a frequência se eleva, tornando o som mais agudo. Além do TA, o outro músculo que pode tensionar ou alongar diretamente as pregas vocais é o CT. A distância entre a cartilagem tireóidea e os processos vocais aumenta para alongar as pregas vocais e posicioná-la para aumentar a tensão, que é fundamental para mudar a frequência. Tem origem no arco da cartilagem cricóidea, na região anterior, já a inserção ocorre na borda inferior da cartilagem tireóidea. Esse músculo aduz na posição paramediana, abaixa, estira, alonga e afila a prega vocal. Enrijece as camadas e angula a borda livre da prega vocal. �ARITENÓIDEOS (AA): FONOAUDIOLOGIA - FAESPI ANATOMIA DA FONAÇÃO E DA AUDIÇÃO 17 Os músculos aritenóideos são divididos em duas partes: o feixe transverso e feixe oblíquo (mais superficial). Também pode ser chamado de interaritenóideo ou ari-aritenóideo. O músculo aritenóideo oblíquo é o mais superficial e é formado por diversos fascículos que se originam na face posterior do processo muscular e na face póstero-lateral adjacente da cartilagem aritenóide contrária, formando a forma do “X”. As outras fibras musculares continuam em torno do ápice da cartilagem aritenóidea. É responsável pela adução e aproximação das cartilagens aritenóideas, promovendo a compressão medial da glote e fechando a região posterior. MUSCULATURA EXTRÍNSECA DE LARINGE � SUPRA- HIÓDEOS DIGÁSTRICO INSERÇÕES: Possui dois ventres e um tendão intermediário. Seu ventre posterior, mais longo, está inserido na incisura mastóidea do osso temporal e inclina-se para baixo e para frente; o ventre anterior está inserido na fossa digástrica da mandíbula. AÇÃO: Abaixamento da mandíbula e elevação do osso hióide. ESTILOHIÓIDEO INSERÇÕES: Está preso (origem) por um tendão à face posterior do processo estilóide próximo de sua base, descendo para a frente até o corpo do osso hióide. AÇÃO: O estilo-hióideo eleva e retrai o osso hióide, alongando o assoalho da boca. Com outros músculos hióideos, ele fixa o osso hióideo, a da base para os músculos linguais nele inseridos. MILOHIÓIDEO INSERÇÕES: Superior ao ventre anterior do digástrico, forma com seu homônio um assoalho muscular para a cavidade da boca. As fibras posteriores passam medial e ligeiramente para baixo até a frente do corpo do osso hióide, próximo de sua borda inferior (origem). AÇÃO: Elevação do assoalho da boca no primeiro estágio da deglutição. Ele também pode elevar o osso hióideo ou abaixar a mandíbula. GÊNIOHIÓIDEO INSERÇÕES: Um músculo estreito acima da parte medial do milo-hióideo, estende-se (origem) da espinha mental, atrás da sínfise da mandíbula, até a face anterior do corpo do osso hióide. AÇÃO: O gênio-hióideo eleva o osso hióide e o puxa para frente como um antagonista parcial do estilo-hióideo. Quando o osso hióide está fixo, ele abaixa a mandíbula. �INFRA-HIÓDEOS ESTERNOHIÓIDEO INSERÇÕES: Uma faixa fina e estreita, estende-se (origem) da face posterior da extremidade medial da clavícula, do ligamento esternoclavicular posterior e da face posterior do manúbrio esternal, subindo medialmente para a borda inferior do corpo do osso hioide. AÇÃO: Abaixamento do osso hióide após elevação na deglutição, fala e mastigação. ESTERNOTIREÓIDEO INSERÇÕES: Mais curto e mais largo do que o esterno-hióideo, está profundo e parcialmente medial a ele. Ele está fixado (origem) abaixo na face posterior do manúbrio, inferior ao esterno-hióideo e a borda posterior da primeira cartilagem costal, insere-se acima, à linha oblíqua da lâmina da cartilagem tireóidea. AÇÃO: Abaixamento da laringe elevada após a deglutição ou nos movimentos vocais. TÍREOHIÓIDEO INSERÇÕES: Um pequeno músculo quadrilátero, aparece como uma continuação, para cima, do esternotireóideo. A partir da linha oblíqua da lâmina da cartilagem tireóidea (origem), ele sobe até a FONOAUDIOLOGIA - FAESPI ANATOMIA DA FONAÇÃO E DA AUDIÇÃO 18 borda inferior do corno maior e corpo adjacente do osso hióide. AÇÃO: Abaixamento do osso hióide ou elevação da laringe, ou misturas variadas de ambos. OMOHIÓIDEO INSERÇÕES: Possui dois ventres unido em um ângulo por um tendão intermediário. Seu ventre inferior (origem), uma faixa estreita e achatada, estende-se da borda superior da escápula, inclinando- se para frente e ligeiramente para cima, através da parte inferior do pescoço. AÇÃO: Abaixamento do osso hióide nos esforços de inspiração prolongada; o omo-hióideo também pode esticar a parte inferior da fáscia cervical profunda, diminuindo a sucção das partes moles para dentro. CAVIDADE ORAL 1- BOCA ANATOMIA DE SUPERFÍCIE DA BOCA � LÁBIO SUPERIOR E LÁBIO INFERIOR � FILTRO DIVISÃO: � VESTÍBULO ORAL � CAVIDADE ORAL PROPRIAMENTE DITA � PALATO DURO � PALATO MOLE OBS: DENTES: _INCISIVOS, CANINOS, PRÉ-MOLARES, MOLARES. 2- LÍNGUA � DORSO DA LÍNGUA �CORPO DA LÍNGUA �RAIZ DA LÍNGUA �ÁPICE DA LÍNGUA � FACE INFERIOR (VENTRE) 3- ARCOS PALATOFARÍNGEOS 4- TONSILAS FARÍNGEAS E PALATINAS 5- ÚVULA 6- FARINGE ( OBS: VER SISTEMA RESPIRATÓRIO) 7- ESÔFAGO à REGIÃO CERVICAL, TORÁCICA E ABDOMINAL MÚSCULOS INTRÍNSECOS DA LÍNGUA • Longitudinal superior: descrito como uma fina camada de fibras musculares oblíquas e longitudinais situadas bem abaixo da mucosa do dorso da língua. Quando contraído, tende a encurtar a língua, virando o ápice para cima. • Longitudinal inferior: estende-se da raiz ao ápice da língua, ao se contrair, encurta a língua ou empurra o ápice para baixo. • Transverso: distribui-se em forma de leque, originando-se no septo da língua e fazendo trajeto diretamente para a lateral.Sua contração faz com que a língua se estreite e alongue. • Vertical: suas fibras originam-se na mucosa do dorso da língua. Quando contraído achata a língua. FONOAUDIOLOGIA - FAESPI ANATOMIA DA FONAÇÃO E DA AUDIÇÃO 19 MÚSCULOS EXTRÍNSECOS DA LÍNGUA • Genioglosso: compõe a massa do tecido lingual, é o mais forte e o maior dos músculos extrínsecos. Sua forma é chata e triangular, originando-se na espinha mentoniana superior indo até o osso hióide. É responsável por várias posições da língua. Quando as fibras posteriores se contraem, anteriorizam a língua, já a contração das fibras anteriores é responsável pela contração de todo o músculo, levando a língua para baixo, deixando o dorso como uma canaleta. • Estiloglosso: emerge nos processos estiolóides. Sua contração leva a língua para cima e para trás, sendo considerado antagonista do genioglosso. Também pode auxiliar os músculos intrínsecos a tornar o dorso côncavo ou em forma de canaleta, quando eleva os lados da língua. • Palatoglosso: pode ser considerado um músculo da língua ou do palato. Sua origem é na face anterior do palato mole, onde tem continuidade com seu par do lado oposto. Suas fibras vão para baixo e um pouco para lateral, inserindo-se nos lados da língua, mesclando-se e tornando-se contínuas com as dos músculos transverso da língua e com as fibras superficiais dos músculos estiloglosso e hioglosso. Sua contração pode abaixar o palato mole ou levantar a parte posterior da língua, sulcando o dorso. • Hioglosso: origina-se na borda superior do corno maior e do corpo do osso hióide. Quando contraído, age para retrair e deprimir a língua e elevar o osso hioideo. FONOAUDIOLOGIA - FAESPI ANATOMIA DA FONAÇÃO E DA AUDIÇÃO 20 SISTEMA SENSORIAL ESPECIAL 1. OLHO 1.1 GLOBO OCULAR: TÚNICAS: - EXTERNA: _ESCLERA _CÓRNEA A. MÉDIA: ÍRIS (PUPILA) CORPO CILIAR CRISTALINO B. INTERNA: RETINA 1.2 ÓRGÃOS ANEXOS AO GLOBO OCULAR: 1.2.1 MÚSCULOS MOTORES DO OLHO 2. ORELHA 2.1 ORELHA EXTERNA PAVILHÃO AURICULAR HÉLICE ANTÉLICE CONCHA; ANTITRAGO; TRAGO; LÓBULO DA ORELHA e MEATO ACÚSTICO EXTERNO FONOAUDIOLOGIA - FAESPI ANATOMIA DA FONAÇÃO E DA AUDIÇÃO 21 2.2 ORELHA MÉDIA: MEMBRANA DO TÍMPANO; JANELA DO VESTÍBULO (OVAL); PROMONTÓRIO; JANELA DA CÓCLEA (REDONDA); NERVO VESTIBULOCOCLEAR; TUBA AUDITIVA; ARTÉRIA CARÓTIDA INTERNA; VEIA JUGULAR INTERNA e OSSÍCULOS DO OUVIDO: -MARTELO -ESTRIBO -BIGORNA 2.3 ORELHA EXTERNA (LABIRINTO): A) LABIRINTO ÓSSEO: CANAIS SEMICIRCULARES, VESTÍBULO; CÓCLEA B) LABIRINTO MEMBRANOSO 3. NERVO VESTÍBULO-COCLEAR FONOAUDIOLOGIA - FAESPI ANATOMIA DA FONAÇÃO E DA AUDIÇÃO 22 EQUILÍBRIO O sistema vestibular detecta a posição e o movimento da cabeça no espaço pela integração das informações dos receptores periféricos localizados no ouvido interno. As células sensórias do labirinto posterior transformam energia mecânica que resulta dos movimentos ciliares em sinal biológico. Dentro da cóclea estão os órgãos de Corti que são sensíveis às ondas mecânicas; os canais semicirculares possuem as cristas ampulares sensíveis à aceleração angular da cabeça e o sáculo e utrículo possuem as máculas sensíveis a aceleração linear da cabeça. . Os canais semicirculares são responsáveis pela mensuração de acelerações angulares, causadas pela rotação da cabeça ou do corpo. Cada ducto tem um máximo de sensibilidade ao movimento angular, em um eixo perpendicular à sua posição. Um movimento voltado para a máxima excitação de um membro do par funcional, produz a máxima inibição do outro membro. Como os movimentos rotatórios da cabeça não ocorrem apenas nos planos exatos dos canais, mais de um par deve ser excitado concomitantemente pela maioria dos movimentos. Com o movimento rotatório da cabeça, há movimento uniforme da endolinfa no sentido contrário, porém com velocidade igual ao do ducto semicircular. Na parada da cabeça, a endolinfa, por inércia, continua a deslocar-se no mesmo sentido até deter-se. Isso resulta em pressão na cúpula que se deflete e movimenta os cílios que nela penetram Nos canais superiores e posteriores o cinocílio localiza-se na extremidade não utricular da ampola, e no canal lateral na extremidade utricular. Todo esse arranjo estrutural desempenha papel relevante na fisiologia vestibular, pois permite que a célula ciliada responda de maneira diferente conforme a direção de movimentação dos cílios. O movimento dos esteriocílios sobre cinocílio leva a despolarização da célula ciliada, com aumento da liberação de neurotransmissores e, portanto, aumento do estímulo da fibra aferente. Entretanto, a movimentação dos cinocílios sobre os esteriocílios leva a hiperpolarização da célula, com redução da liberação de neurotransmissores e menor estímulo nas fibras aferentes. FONOAUDIOLOGIA - FAESPI ANATOMIA DA FONAÇÃO E DA AUDIÇÃO 23 NEUROANATOMIA ENVOLTÓRIOS DA MEDULA E DO SISTEMA NERVOSO CENTRAL (MENINGES) - DURA MÁTER - ARACNÓIDE - PIA-MÁTER 1. TRONCO ENCEFÁLICO • DIVISÃO - BULBO NA PARTE POSTERIOR IV VENTRÍCULO) - PONTE a. ANTERIOR - BASE DA PONTE b. POSTERIOR _ IV VENTRÍCULO - MESENCÉFALO a - ANTERIOR § PEDÚNCULOS CEREBRAIS § FOSSA INTERPEDUNCULAR b - POSTERIOR (TETO DO MESENCÉFALO) § CORPOS QUADRIGÊMEOS (COLÍCULOS) 2. PARES DE NERVOS CRANIANOS DO ENCÉFALO I – OLFATÓRIO II – OPTICO III – OCULOMOTOR IV – TROCLEAR V – TRIGÊMIO VI – ABDUCENTE VII – FACIAL VIII – VETÍBULO-COCLEAR IX – GLOSSOFARÍNGEO X – VAGO XI – ACESSÓRIO XII – HIPOGLOSSO FONOAUDIOLOGIA - FAESPI ANATOMIA DA FONAÇÃO E DA AUDIÇÃO 24 REFERENCIAS (BANCO DE IMAGENS) DANGELO; FATTINI. ANATOMIA HUMANA SISTÊMICA E SEGMENTAR, 2ED, MANOLE,2002. DRAKE, R.L.; VOGL, A.W.; MITCHELL, A. GRAY´S ANATOMIA PARA ESTUDANTES, 2ED, ELSEVIER, 2010. GARDNER, E. 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