Buscar

Modelo de ação revisional

Prévia do material em texto

EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR JUIZ DE DIREITO DA __VARA DA COMARCA DE CIDADE/ESTADO
XXXX, brasileira, menor púbere, inscrita no CPF nº xxxxxxx e RG nº xxxxxx, SSP-ES, devidamente representada por sua genitora, XXXXXXXX, brasileira, do lar, divorciada, inscrita no CPF nº xxxxxxx e RG nº xxxxxx SSP-ES, ambos residentes e domiciliados na Rua xxxxxxxxx, S/N, Bairro xxxxxxxx, CEP: xxxxxxxx, cidade-ES, por seu advogado constituído e qualificado no instrumento de procuração que segue anexo, com endereço profissional abaixo impresso que indicam para receber intimações, vem, respeitosamente, à presença de Vossa Excelência, ajuizar sob o rito imprimido pela Lei nº 5.478/68, a presente
AÇÃO REVISIONAL DE ALIMENTOS 
Em face de xxxxxxxxxxxx , inscrito no CPF nº xxxxxxx e RG nº xxxxxxxx, residente e domiciliado na Rua xxxxxxx, nº xx, bairro xxxxx, CEP: xxxxx, cidade--estado, pelos fatos e fundamentos a seguir expostos:
 PRELIMINARMENTE
DA JUSTIÇA GRATUITA
Os autores não possuem condições financeiras de pagar as custa e despesas do processo sem prejuízo próprio ou de sua família, conforme declaração de hipossuficiência anexa, sob égide no Novo Código de Processo Civil, art. 98 e seguintes e pelo artigo 5º, LXXIV da Constituição Federal.
“Art. 98. A pessoa natural ou jurídica, brasileira ou estrangeira, com insuficiência de recursos para pagar as custas, as despesas processuais e os honorários advocatícios têm direito à gratuidade da justiça, na forma da lei. 
Art. 5º da CF/88
LXXIV - o Estado prestará assistência jurídica integral e gratuita aos que comprovarem insuficiência de recursos; ”
Desse modo, os autores fazem jus à concessão da gratuidade de Justiça. Insta ressaltar que entender de outra forma seria impedir os mais humildes de ter acesso à Justiça, garantia maior dos cidadãos no Estado Democrático de Direito.
DOS FATOS 
Por sentença proferida nos autos da Ação de Divórcio Consensual de número nº xxxxxxxxxxxx, que tramitou perante este Juízo, restou acordado que o Requerido pagaria aos Autores, a título de prestação alimentícia, o equivalente a 20% (vinte por cento) do salário mínimo até o dia 10 (dez) de cada mês, a ser depositado na Conta Poupança nº xxxxx, Agência. xxxx, Operação xxx, Caixa Econômica Federal S/A, em nome da genitora dos autores. O acordo foi homologado em 28 de Julho de 2015, conforme sentença em anexo.
Todavia, o Requerido atualmente trabalha como Gari, percebendo a quantia mensal em média no valor de R$ 2.000,00 (dois mil reais), estando plenamente possibilitado a prestar alimentos em maior proporção.
A genitora dos menores, por sua vez, não dispõe de recursos para o sustento dos Requerentes, uma vez que está desempregada. O principal motivo que ensejou a propositura desta exordial foi devido aos problemas de saúde da menor requerente, uma vez, que sofre com problemas (dizer o nome da doença), que por consequência dessa lastimável doença, a mesma junto de sua genitora tem que se deslocar a outras cidades para consultar com médicos especialistas em ortopedia rotineiramente, fazer fisioterapia além do uso de variados remédios, o que gera um aumento significativo nas despesas financeiras dos Autores, uma pensão alimentícia no valor de R$ 157,00 (cento e cinquenta e sete reais) ofertada pelo Requerido se torna um valor muito irrisório observando a realidade em que os Autores estão vivenciando.
A genitora dos requerentes buscou amigavelmente elevar a quantia acordada, não obtendo êxito, sendo obrigada a recorrer às vias judiciais para pleitear o aumento da pensão alimentícia prestada no percentual de 20% (vinte por cento) do salário mínimo do ano de 2015, no valor de R$ 157,00 (cento e cinquenta e sete reais) para 30% do salário atual (R$ 2.000,00 reais), o que totaliza R$ 600,00 (seiscentos reais).
DO DIREITO
Os alimentos podem ser naturais e civis. Diz ser natural aquele que é estritamente necessário para a mantença da vida de uma pessoa, compreendendo tão somente a alimentação, a cura, o vestuário, a habitação, nos limites do necessarium vitae, já os civis são os abrangentes de outras necessidades, intelectuais e morais, inclusive recreação do beneficiário, compreendendo assim o necessarium personae e fixado segundo a qualidade do alimentando e os deveres da pessoa alimentada, sustentando assim o “trinômio dos alimentos, ou seja, necessidade, possibilidade e razoabilidade”.
Percebe-se, diante dos fatos acima narrados, devidamente comprovados através da documentação acostada à inicial, que o valor da pensão alimentícia estipulado no processo nº xxxxxxxxxx está totalmente desatualizado, quebrando assim o trinômio dos alimentos, visto que os requerentes precisam majorar os valores recebidos em virtude de suas despesas médicas e outras afins, o Requerido tem a possibilidade de aumentar os valores dos alimentos, visto que seus rendimentos financeiros aumentou ao passar dos anos, podendo dar uma justa e razoável condição melhor aos seus filhos.
Diante da necessidade de mudança do valor da pensão alimentícia, o Diploma Civil Brasileiro prevê medidas para que uma nova deliberação judicial venha a adequar o valor da obrigação às reais condições de pagamento do alimentante. Neste sentido preceitua o artigo 1.699 do Código Civil, in verbis:
“Art. 1.699. Se fixados os alimentos, sobrevier mudança na situação financeira de quem os supre, ou na de quem os recebe, poderá o interessado reclamar do juiz, conforme as circunstâncias, exoneração, redução ou majoração do encargo. ”
A Lei nº 5.478/68 (Lei de Alimentos), em seu artigo 15, prevê a revisão da ação de alimentos, a qualquer momento, desde que, conforme já antecipado no Código de Processo Civil e no Código Civil Brasileiros, ocorra modificação no contexto financeiro do Alimentando ou do Alimentante, como se transcreve, in verbis:
“Art. 15. A decisão judicial sobre alimentos não transita em julgado e pode a qualquer tempo ser revista, em face da modificação da situação financeira dos interessados. ”
Foi exaustivamente provado, na parte dos argumentos fáticos desta peça, que os promoventes não podem suportar por mais tempo a permanência da pensão alimentícia em tela sem colocar em risco a própria sobrevivência, posto que os valores fixados se tornaram irrisórios, não mais correspondendo à realidade dos termos do pacto anteriormente firmado.
DA TUTELA PROVISÓRIA DE URGÊNCIA – DEFERIMENTO LIMINAR INAUDITA ALTERA PARTE 
Nesta oportunidade, necessária se faz a revisão da pensão alimentícia, já que não é razoável admitir que as despesas médicas adicionais e vitais da filha sejam suportadas,
exclusivamente, pela genitora, que ora representa a menor neste pleito.
Por outro lado, está evidente que a nossa legislação protege aquele que necessita de alimentos, no caso, está demonstrado à filiação do autor, a necessidade e possibilidade de revisão dos valores pleiteados.
Diz assim o artigo 300, caput do Código de Processo Civil:
“Art. 300. A tutela de urgência será concedida quando houver elementos que evidenciem a probabilidade do direito e o perigo de dano ou o risco ao resultado útil do processo. ” 
Pelo artigo acima exposto, verifica-se, inequivocamente, a verossimilhança das presentes alegações. Comprovado, pois, o fundado receio de dano irreparável ou de difícil reparação a ser suportado pelos autores, pois, se mantido o presente status quo, ou seja, caso não seja deferido o pedido liminar de revisão de alimentos, os autores continuaram passando dificuldades para sua mantença. Portanto, restam demonstrados:
1) a ‘probabilidade do direito’, por meio das fundamentações e documentos anexos, que são totalmente capazes de convencer esse Juízo quanto à procedência do pedido autoral em se confirmando o dever de prestação de alimentos pelo requerido;
2) a ‘verossimilhança da alegação’, uma vez que as provas acostadas e os fatos narrados têm o poder de não deixar qualquer dúvida para esse Juízo quanto à verossimilhança das alegações aqui formuladas, não havendo condições de reconstruir os fatos apresentados de outra forma que não seja a apresentada nesta peçavestibular.
3) a ‘reversibilidade da decisão’, a concessão de revisão de alimentos poderá ser reversível a qualquer momento, sendo sua concessão plenamente cabível – e necessária! – quanto ao caso em análise;
4) o ‘receio de dano irreparável ou de difícil reparação’, face a situação danosa e extremamente grave que acomete os autores, uma vez que a filha que está sem poder consultar com o médico e nem fazer uso das medicações por falta de recursos financeiros.
No caso sub examine, resta translúcida a necessidade de fixação de tal provisão legal, face à dificuldade financeira enfrentada pela genitora dos menores, o que fatalmente resvala na manutenção da criança.
Isto posto, com o objetivo de propiciar aos requerentes proteção jurisdicional aos meios à sua mantença digna durante o curso do processo, solicitam-se a revisão de alimentos, no valor de 30% do salário atual (R$ 2.000,00 reais), o que totaliza R$ 600,00 (seiscentos reais) a título de pensão alimentícia. 
DOS PEDIDOS
Mediante o exposto, requer de Vossa Excelência:
1. A concessão de tutela de urgencia ao equivalente de 30% sobre o salário (R$ 2.000,00 reais) do requerido, o que totaliza R$ 600,00 (seiscentos reais), a serem depositados na conta da genitora dos autores, nº xxxxx, Agência. xxxx, Operação xx, Caixa Econômica Federal S/A, até a quantificação exata dos valores a serem arbitrados por este juízo;
2. O deferimento dos benefícios da justiça gratuita por serem pobres na forma lei, não podendo arcar com as despesas processuais sem privar-se dos seus próprios sustentos e de sua família;
3. Designação de audiência prévia de conciliação, nos termos do art. 319, VII, do Código de Processo Civil;
4. A citação do requerido, para que compareça em audiência a ser designada por Vossa Excelência, sob pena de confissão quanto a matéria de fato, podendo contestar dentro do prazo legal sob pena de sujeitar-se aos efeitos da revelia, conforme artigo 344 do Código de Processo Civil;
5. A intimação do representante do Ministério Público para intervir no feito, em conformidade com o artigo 178, II do Código de Processo Civil;
6. A total procedência do pedido ora exposto, determinando-se a majoração do encargo, condenando o Requerido ao pagamento da pensão alimentícia aos Requerentes sob o percentual de 30% do seu salário (R$ 2.000,00 reais), o que totaliza R$ 600,00 (seiscentos reais), a serem depositados na conta da genitora dos autores, nº xxxxx, Agência. xxxx, Operação xxx, Caixa Econômica Federal S/A.
7. A condenação do requerido ao pagamento de custas processuais e honorários no percentual no quantum de 20% sobre o valor da condenação, na forma do art. 85, § 2º do CPC;
8. Protesta provar o alegado por todos os meios de prova, em especial a testemunhal, documental, bem como todas aquelas necessárias à obtenção da justiça.
Atribui-se à presente causa o valor de R$ 5.316,00 (cinco mil e trezentos e dezesseis reais).
Termos em que espera deferimento.
cidade –estado, 03 de maio de 2017.
ADVOGADO
OAB

Continue navegando

Outros materiais