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EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR JUIZ DA 5° VARA DE FAMÍLIA DA COMARCA DE CUIABÁ-MT. Charlote Doppler, solteira, estudante, RG: 78395590, CPF: 789.456.123-00, maior de idade, segundo o artigo 228 da Constituição Federal de 1988 reforçado pelo artigo 27 do Código Penal, residente e domiciliada em Cuiabá-MT na Av. Turner, nº. 1986, Bairro Brooklyn, 0000– 99, telefones nº (65) 12121212, à elevada presença de Vossa Excelência, propor a presente pedido de reconhecimento de paternidade. DOS FATOS A genitora da autora e o réu se conheceram em meados de 1995. Nessa época iniciaram um relacionamento amoroso de aproximadamente 1 (um) ano, que findou, pois, o requerido foi embora da cidade, por problemas familiares. Meses após o requerido se ausentar a genitora tomou conhecimento da gravidez, e nas várias tentativas de contato, foram em vão. Dessa relação nasceu a autora, em 18 de Junho de 1996, conforme certidão de nascimento em anexo. Ocorre que, após o nascimento da autora, o réu esquivou-se em conhecer sua filha e assumir a paternidade, desta forma, ao nascer, a menor recebeu apenas o nome da mãe, conforme certidão de nascimento. O requerido nunca buscou notícias da criança e tampouco prestou qualquer tipo de assistência ao menor e a sua genitora. Mesmo assim, por saber da vontade de filha em conhecer o pai, a genitora da menor conseguiu meios de entrar em contato e levou a filha até a cidade de Brasília- DF para conhece-lo. Que foi em vão, pois o requerido não demonstrou interesse em conhece-la e nem tão pouco efetuar o exame de DNA. Após a maioridade da autora, foi solicitado baseado em documentação da própria, o pedido e reconhecimento de paternidade. DO DIREITO DO RECONHECIMENTO DE PATERNIDADE Nos termos do artigo 1607 do Código Civil: “Art. 1.607. O filho havido fora do casamento pode ser reconhecido pelos pais, conjunta ou separadamente. ” Ainda, o Estatuto da Criança e Adolescente (Lei 8.069/90) expressa em seus artigos 26 e 27 a extensão ao direito de personalidade, in verbis: “Art. 26. Os filhos havidos fora do casamento poderão ser reconhecidos pelos pais, conjunta ou separadamente, no próprio termo de nascimento, por testamento, mediante escritura ou outro documento público, qualquer que seja a origem da filiação. ” “Art. 27. O reconhecimento do estado de filiação é direito personalíssimo, indisponível e imprescritível, podendo ser exercitado contra os pais ou seus herdeiros, sem qualquer restrição, observado o segredo de justiça. ” Nos termos da lei 12.004/09 do Código Civil: Art. 1° Esta Lei estabelece a presunção de paternidade no caso de recusa do suposto pai em submeter-se ao exame de código genético - DNA. Art. 2° A Lei no 8.560, de 29 de dezembro de 1992, passa a vigorar acrescida do seguinte art. 2o-A: “Art. 2°-A. Na ação de investigação de paternidade, todos os meios legais, bem como os moralmente legítimos, serão hábeis para provar a verdade dos fatos. Parágrafo único. A recusa do réu em se submeter ao exame de código genético - DNA gerará a presunção da paternidade, a ser apreciada em conjunto com o contexto probatório. ” DOS PEDIDOS. Diante de todo o exposto, requer-se: A) o benefício da Assistência Judiciária, por serem juridicamente pobres, nos moldes dos artigos 98 a 102, do CPC/2015; B) solicitação do exame comprobatório de DNA previsto na lei Nº 12.004/09 do CC. C) a intimação do ilustre representante do Ministério Público, nos termos da lei; D) a designação de audiência prévia de conciliação, nos termos do art. 319, VII, do CPC/2015; Dá-se a causa o valor de R$ 4.000, para efeitos meramente fiscais. Nestes Termos, Pede Deferimento. CUIABÁ-MT, 02 de ABRIL de 2020. WILLIAM PEREIRA MACHADO TURMA A DO 1° SEMESTRE DO CURSO DE DIREITO
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