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EDUCAÇÃO INCLUSIVA NO ENSINO REGULAR
Gracieli Samara Andrade Schaffer
Prof. Rozeli Benner
Centro Universitário Leonardo da Vinci – UNIASSELVI
Curso (LEE0026) –Estágio I Sala multifuncional
20/10/2019
RESUMO
Nas escolas reúnem-se estudantes de personalidades muito diferentes. Há alunos mais calmos, mais introspectivos, os bagunceiros, os caretas, os comunicadores e aqueles que nunca obedecem às regras. Por isso, é preciso que se tenha muita calma e atenção com os alunos, porque os transtornos de comportamento vão muito além de simples birras como é visto por muitas pessoas. A educação precisa estar pronta para receber todos os alunos, e quando se encontra um aluno que apresenta algum tipo de transtorno, a melhor maneira de lidar com ele é respeitar e entender cada particularidade trazida ao ambiente escolar. Os alunos veem apresentando diferentes transtornos, no qual o educador deve atentar-se as características de cada um para inclui-lo na educação e também na sociedade. Por esse e outros motivos o presente trabalho, abordará alguns transtornos comuns de se encontrar, trazendo um auxílio ao profissional da educação para facilitar o relacionamento de ambos priorizando com qualidade a aprendizagem do aluno.
Palavras-chave: Transtornos.Inclusão.Deficiências.
1 INTRODUÇÃO
Nos dias atuais é cumum que o profissional da educação se deparem com diversos transtornos em sala de aula. Muitas vezes, classes apresentam mais de um aluno com diferentes transtornos. O Professor tem um desafio muito grande perante essas situações, pois necessita aincluir todos no mesmo espaço, e garantir o aprendizado de todos. Mesmo que não seja fácil, pois nem um aluno aprende igual ao outro. São comportamentos e pensamentos diferentes, mesmo assim, o professor precisa encontar uma maneira para que todos adquirem conhecimentos e se sintam inclusos no meio em que estão inseridos.
Há um problema sério em relação aos alunos que apresentam algum tipo de transtornos, muitos profissionais não se encontam preparados para lidar com o diferente, criando uma certa barreira para entende-los. Existe muitos tipos de transtornos, por isso o profissinal deve estar sempre aberto à novas aprendizagens, novos conhecimentos e informações. Pois é possivel ter que lidar com o diferente a qualquer momento. Desta meneira será possivel que ele entenda seu aluno e possa fazer mais por ele, facilitanto o dialógo e a compreensão de ambos.
Este trabalho apresentará alguns transtornos e suas características, contribuindo para que o profissional da educação tenha mais conhecimento e interesse para se informar e poder fazer ainda melhor seu papel de mediador e educados perante todos os alunos, inclusive os diferentes. Pois é comum se deparar com alunos especiais em quase todos os lugares onde o profissional atuará, então, para não haver constrangimentos e insegurança quando isso acontecer, a informação e aprendizado é o melhor caminho.
2 DEFICIÊNCIA INTELECTUAL
Conforme o Manual Estatístico de Diagnostico dos Transtornos Mentais, a deficiência intelectual é um transtorno que se inicia no desenvolvimento infantil e inclui déficits funcionais (APA, 2014). Para que se posso entender melhor, serão apresentados três importantes critérios que precisam ser apresentados para o diagnóstico:
· A existência de déficits cognitivos: Esses apresentam prejuízos nas funções cerebrais que estão relacionadas com o raciocínio, pensamento abstrato, planejamento, juízo e também a aprendizagem.
· Déficits nas funções adaptativas: Aqui são apresentados dificuldades para alcançar padrões de desenvolvimento e socioculturais, existe um impedimento em estabelecer de forma clara e adequada as comunicações; uma resistência em manter vínculos com as pessoas; e também problemas em realizar ações do dia-a-dia com higiene, trabalho e alimentação. Notam-se também limitações sobre a independência pessoal e responsabilidade social.
E para finalizar, também considerado um critério, os déficits cognitivos e os déficits nas funções de adaptações iniciam-se no desenvolvimento infantil, ou seja, nas idades iniciais. A deficiência intelectual apresenta quatro níveis de gravidade: leve, moderada, grave e profunda. Será apresentado cada nível de gravidade e as características de cada um:
· Deficiência intelectual leve: Nas crianças da pré-escola, as diferenças não são tão claras, porém nas crianças maiores e nos adultos, a dificuldade na escrita, leitura, cálculos, contagem de dinheiro, contagem do tempo é apresentada com mais dificuldade. 
· O relacionamento com as outras pessoas é mais imaturo, aparecem dificuldades também em compreender contextos sociais, ex: falar determinados assuntos nos momentos certos para o mesmo, se comportar na sociedade de forma adequada, entre outros.
· Para os cuidados pessoais, necessita de ajuda para realizados de maneira correta, por menos intervenção que seja, mas precisa ser auxiliado.
· Deficiência intelectual moderada: O desenvolvimento das habilidades é mais atrasado quando comparado com outras crianças.
· Precisa de auxilio para realizar as atividades, e apresenta um vocabulário limitado, apesar de que a linguagem falada é o principal meio para a comunicação.
· Apresentando dificuldades, mas consegue realizar as atividades pessoais, para aprender precisa de maior ajuda.
· Deficiência intelectual profunda: É impossível que esta pessoa consiga desenvolver aspectos simbólicos.
· Apresenta dificuldade para entender a linguagem, para falar, escrever e também com sinais.
· Depende de alguém ou de alguma coisa para realizar todas as atividades do cotidiano. Não consegue se sentir seguro e ter autopreservação.
· Deficiência intelectual grave: Quase não compreende linguagens (escrita, oral ou sinais) nem mesmo na emissão.
· No que envolve raciocínio, necessita de ajuda constante, sua mente precisa ser planejada.
· Em todas as atividades comuns do cotidiano, como alimentação, cuidados de higiene pessoal e até mesmo ir ao banheiro para evacuação, necessita de apoio.
· Possui uma grande dificuldade para aprender, na aquisição e manutenção do domínio de habilidades.
Observa-se de forma clara que a deficiência intelectual trás níveis de gravidade e que cada um deles apresenta suas limitações e necessidades, mesmo que possuem características bem parecidas umas das outras. Algumas destas características podem ser semelhantes entre os tipos de deficiência intelectual, porém o que o diferem é o nível de dependência que existe em cada tipo.
Sendo assim, nota-se a importância de iniciar a investigação médica e psicológica desde cedo:
A educação psicomotora, quando estimulada desde a tenra idade, pode amenizar os déficits mentais das crianças com este transtorno. As instituições que assistem a crianças portadoras de deficiência mental, por meio da observação das condutas motoras durante o desenvolvimento infantil, possibilitam a reabilitação precoce na presença de desvios evolutivos que, se forem desconsiderados, podem se tornar incapacitantes ao indivíduo (MANSUR; MARCON, 2006, p. 14).
Por mais preocupante que seja, é normal que os pais e educadores infantis aceitem o que na verdade acontece no comportamento estranho da criança, muitas das vezes existe uma tendência maior em negar a doença.
3.1 TRANSTORNO DA COMUNICAÇÃO SOCIAL
Conforme se encontra no DSM-V (APA, 2014), o conjunto de modalidades de transtornos da comunicação social é formado por quatro transtornos específicos da comunicação, são eles:
· Transtorno da linguagem
· Transtorno da fala
· Transtorno da comunicação social- pragmática
· Transtorno da influência com início na infância (gagueira)
Transtorno da linguagem é concluído por debilidades contínuas nos comportamentos de expressões. O aluno com transtorno na linguagem tem grande dificuldade para falar, escrever e também na linguagem de sinais (consequência própria, dificuldade para entender e produzir a comunicação). Neste sentido será notável que o educando apresentará: 
· Um vocabulário limitado: Consegue usar pouquíssimas palavras, ecom limitações.
· Dificuldade para formar frases e entender as regras gramaticais.
Pode-se considerar que o educando apresenta transtorno na linguagem somente quando ele não possuiu nenhuma outra dificuldade física, por exemplo, a surdez (APA, 2014). Sendo assim, o transtorno da linguagem ocorre somente por fatores psíquicos e não por limitações físicas. Há outro transtorno da comunicação que necessita atenção O transtorno da fala. 
 
Transtorno da fala é uma continuidade significativa de dificuldades na produção da comunicação falada, prejudicando a comunicação verbal da criança. Interfere na inteligibilidade da fala ou impede a comunicação verbal de mensagem. O início do transtorno ocorre no período de desenvolvimento do sujeito (APA, 2014). Trata-se da dificuldade para expressar e compreender palavras tendo como origem de comprometimentos neuronais (mecanismos cerebrais) ou trauma psicológico. 
O transtorno da fala não deve ser atribuído à paralisia cerebral ou outras lesões cerebrais, à fenda palatina ou à surdez e demais necessidades auditivas. As pessoas que apresentam as dificuldades anteriormente mencionadas podem de fato ter uma fala “errada”, mas é devido à alteração física gerada por tais patologias e não tem origem psicológica ou neurobiológica. Neste caso, não podem ser consideradas transtorno da fala (APA, 2014).
Para diagnosticar esse transtorno é preciso de muita atenção às características apresentadas pelo educando, é comum as pessoas confundirem determinados transtornos pela falta de uma observação mais profunda para o diagnostico. Tem ainda o transtorno da comunicação-pragmática.
Transtorno da comunicação-pragmática, esse se refere:
1. Déficits no uso da comunicação com fins sociais, como em saudações e compartilhamento de informações, de forma adequada ao contexto social. 2. Prejuízo da capacidade de adaptar a comunicação para se adequar ao contexto ou às necessidades do ouvinte, tal como falar de forma diferente em uma sala de aula do que em uma pracinha, falar de forma diferente a uma criança do que a um adulto e evitar o uso de linguagem excessivamente formal. 3. Dificuldade de seguir regras para conversar e contar histórias, tais como aguardar a vez, reconstruir o que foi dito quando não entendido e saber como usar sinais verbais e não verbais para regular a interação. 4. Dificuldades para compreender o que não dito de forma explicita (p. ex., fazer inferências) e sentidos não literais ou ambíguos da linguagem (p. ex., expressões idiomáticas, humor, metáforas, múltiplos significados que dependem do contexto para interpretação) (APA, 2014, p.47-48).
Infelizmente não há muitos materiais, artigos científicos e livros que abordem esse tema tão importante que é o transtorno de comunicação-pragmática.
E para finalizar, tem-se ainda a gagueira, nomeada como tartamudez ou transtorno da fluência com inicio na infância. Na gagueira se destaca algumas características: 
· Repetições de sons, sílabas e também das palavras.
· Frequente prolongamento de silabas ou/e palavras que afetam significamente na influencia das expressões verbais.
Quando a pessoa fala, as áreas do cérebro são atividades, mas quando a pessoas gaguejam, é ativada a área contrária do cérebro, que envolve o hemisfério das emoções. Nota-se que as emoções negativas referentes ao comportamento contribuem para a gagueira, por exemplo: sem confiança, medo, vergonha, lar e escola que produzem inseguranças.
Os alunos devem ser orientados sobre não rir, não julgar e também não apelidar as crianças que tem o transtorno de comunicação ou outra qualquer patologia e/ou transtornos. Eles devem ser sempre lembrados que todos são diferentes e que essas diferenças existem para que ambos evoluam e colaborem uns com os outros.
3.2 TRANSTORNO DO ESPECTRO AUTISTA
Conforme Manual de Diagnóstico e Estatístico de Transtornos Mentais-DSM-V (APA, 2014), as características do espectro autista são:
Dificuldade persistente na interação social, isto é, dificuldades de aprender reciprocidade social e emocional;
· Dificuldade na expressão da comunicação não verbal;
· Apresenta dificuldade para desenvolver, manter e compreender relacionamentos;
· Apresenta movimentos motores repetitivos e estereotipados;
· Tendência a sempre querer as mesmas coisas ou que sejam do mesmo jeito;
· Demonstram apego excessivo a objetos incomuns.
O transtorno do espectro autista é subdividido em diferentes graus. O quadro abaixo trará um resumo de cada um desses graus para facilitar o estudo e a compreensão:
QUADRO 1- NÍVEIS DE GRAVIDADE PARA O TRANSTORNO DO ESPECTRO AUTISTA
	
	Dificuldade na Comunicação Verbal e Não Verbal
	Limitação em Iniciar Interação Social e Emitir Respostas ao Outro
	Nível de Dificuldade em Lidar com a Mudança
	Comportamentos Restritivos e Repetitivos
	Nível 3
	Alta Dificuldade
	Alta Dificuldade
	Alta Dificuldade
	Alta Dificuldade
	Nível 2
	Alta Dificuldade
	Média Dificuldade
	Média Dificuldade
	Média Dificuldade
	Nível 1
	Média Dificuldade
	Leve Dificuldade
	Leve Dificuldade
	Leve Dificuldade
FONTE: Adaptado de APA (2014)
Uma característica muito importante que contribui para a definição do espectro autista (possibilidade de ser o nível 1, 2 ou 3) é o quanto que o autista necessita da ajuda de outras pessoas (nível de dependência). O esquema abaixo possibilitará melhor o entendimento:
· Quando o autista necessita de muita e constante ajuda de outras pessoas (não faz quase nada sozinho) NÍVEL 3.
· Quando o autista necessita de ajuda considerável de outas pessoas (várias vezes) NÍVEL 2.
· Quando o autista necessita de apoio de outras pessoas somente com frequência (pouca ajuda de outra pessoas) NÍVEL 1.
Alguns sintomas que uma pessoas com transtorno espectro autista apresenta:
· Faz uso de pessoas como ferramenta;
· É muito resistente a mudanças de rotina;
· Não gosta de se misturar com as demais crianças;
· Não olha nos olhos;
· Faz-se de surda;
· É resistente quanto o aprendizado;
· Mostra grande apego não apropriado a objetos;
· Mostra-se não ter medo do perigo;
· Resistente ao contato físico;
· Apresenta grande hiperatividade física;
· Pode ser agressivo;
A origem do transtorno do espectro autista possui duas vertentes: a biológica e a filosófica/psicológica. 
A ciência natural (biológica) não se tem clareza ainda sobre as causas do autismo, afirma-se apenas que é notável uma prevalência hereditária, as famílias que apresentam um histórico de autista tem possibilidade de aumentar cada vez mais o número de familiares com o transtorno.
Sobre a linha filosófica/psicológica, diz que o autismo é uma dificuldade que relaciona mãe e filho. Mães que negaram seu filho por algum motivo, e acabam não inserindo a criança na sociedade para um convívio adequado. Essas mães não olham seus filhos nos olhos, não mostra nenhum tipo de carinho. Infelizmente elas acabam alienando o filho na vontade de que ele não deveria existir. Também pode acontecer o contrário: mães que protegem muito tornando seus filhos independentes e não os deixando crescer, esta é outra forma de aliená-los.
3.3 TRANSTORNO DO MOVIMENTO ESTERIOTIPADO
O transtorno do movimento estereotipado se refere ao comportamento motor repetitivo, apertar as mãos, abanar, balançar o corpo para frente e para trás, bater a cabeça, são exemplos comuns deste transtorno (APA, 2014).
Quando se trabalha com crianças que apresentam o Transtorno do Movimento Estereotipado, nota-se que a falta de frequência na realização dos movimentos repetitivos prejudica as atividades do cotidiano e ás vezes leva à autolesão (APA, 2014). Passar a língua entre os lábios repetidamente gera ardor e irritação, porém é um exemplo comum de movimento repetitivo.
Conforme o Manual de Diagnóstico e Estatístico de Transtornos Mentais –DSM-V, o transtorno do movimento estereotipado inicia nas idades iniciais (primeira, segunda ou terceira infância) (APA, 2014).
3.4 TRANSTORNO DE DÉFICT DE ATENÇÃO/HIPERATIVIDADE
O transtorno de déficit de atenção/hiperatividade (TDAH) é formadopor características de desatenção ou por excesso de atividades motoras (hiperatividade), além da impulsividade (FORLENZA; MIGUEL, 2014).
Segundo o DSM-V, o TDAH é dividido em dois tipos: transtorno de déficit de atenção por desatenção excessiva ou transtorno do déficit de atenção por hiperatividade excessiva (APA, 2014).
Não se deve achar que o déficit de atenção acontece apenas por excesso de agitação ou impulsividade, ou seja, a hiperatividade; o principal elemento do transtorno é exatamente o que o nome da patologia trás: DESATENÇÃO. Muitas vezes acontece que as crianças são muito quietas e calmas, e mesmo assim podem apresentar o TDHA e não recebem o tratamento necessário. 
O TDHA poderá ser diagnosticado por um médico levando em consideração o nível da gravidade: leve, moderado ou grave (APA, 2014). De acordo com Forlenza e Miguem (2014), a cauda do transtorno do déficit de atenção/hiperatividade é multifatorial, ou seja, o transtorno é gerado por diversos fatores. São eles:
· Condições ambientais: estresse, família que apresenta comportamento expansivo ou agitado.
· Condições genéticas e hereditárias: São as debilidades neuronais, ou seja, prejuízos no tecido neuronal (cérebro).
3.5 TRANSTORNO OPOSITOR DESAFIANTE
A nomenclatura desse transtorno se encontra no CID 10- Classificação Internacional de Doenças como Distúrbio Desafiador e de Oposição. Fatores familiares no transtorno opositor desafiador (TOD) ajudam bastante na formação dos sintomas, e também para o agravamento deles.
A família é um elemento de extrema importância na construção e formação do repertorio psíquico das crianças, ou seja, comportamentos, emoções, hábitos e pensamentos conscientes e inconscientes. O repertório psíquico da criança inicia na família (pais, irmãos, tios, antepassados distantes também podem participar dessa construção).
Conforme Tavares et al. (2015) “é grande a possibilidade das crianças que apresentam o transtorno opositor desafiante terem sofrido algum tipo de abuso físico (através de trabalhos excessivos e/ou responsabilidades que não cabem à criança), abuso sexual e/ou abuso emocional”.
A criança que tem o transtorno opositor desafiante se mostra muitas vezes agressiva e não aceita ser contrariada, pode apresentar também problemas com a interação social, pois acredita que as coisas devem acontecer apenas como ela pensa que deve ser, sem aceitar outras sugestões.
No nível funcional, modelos neuropsicológicos fazem relações com os sintomas de parte das crianças com transtorno opositor desafiador (TOD) à deficiência de controle inibitório e de planejamentos executivos necessários para regular comportamentos e processos cognitivos (TAVARES et al., 2015).
Uma importante conduta que se deve ter com as crianças que tem o transtorno opositor desafiante é apresentar um novo repertório comportamental: apresentar maneiras novas de lidar com acontecimentos negativos, ajuda-lo a lidar com as emoções e, principalmente, auxiliar a lidar com o “não”. As crianças acometidas por esse transtorno geralmente não conseguem lidar com o “não”, mas isso faz parte da vida, assim como o “sim”.
3.6 TRANSTORNO DE CONDUTA
Este transtorno é uma alteração de comportamento onde são violados os direitos básicos de outras pessoas ou normas e importantes regras sociais para a idade de forma repetitiva e persistente. As principais características desse transtorno são:
· Realização de roubos;
· Destruição de objetos;
· Graves violações de regras
· Excesso de mentiras;
· Agressões a animais ou pessoas.
Para se ter a certeza que a pessoas tem o transtorno de conduta, os sintomas precisam estar presentes por mais de um ano, e pelo menos um deles precisa ocorrer há menos de seis meses (APA, 2014).
O transtorno de conduta afeta meninos e meninas de forma diferente. As meninas não são tão agressivas. Elas normalmente fogem, mentem, abusam de substâncias e às vezes se prostituem. Os meninos brigam, furtam e vandalizam. É comum a violação de regras e inclui fugir de casa e matar aula frequentemente. As crianças têm propensão a usar e abusar de drogas ilícitas e possuem dificuldades na escola. Há possibilidade de um possível suicídio e isso deve ser levada a sério.
A criança que apresenta o transtorno de conduta normalmente tem outros transtornos, como depressão, TDHA ou distúrbio de aprendizagem. Aproximadamente dois terços das crianças encerram os comportamentos inadequados antes de chegar à idade adulta. Quanto mais cedo acontecer o transtorno de conduta, mais possibilidades existem de que ele continue. Se o comportamento continuar na idade adulta, a pessoa com tem problemas com as autoridades frequentemente e viola de maneira crônica os direitos alheios.
3.7 TRANSTORNO EXPLOSIVO INTERMITENTE
 As pessoas que tem o transtorno explosivo intermitente são caracterizadas pela incapacidade de dominar seus impulsos agressivos, apresentam comportamentos agressivos, ataques de fúria. Independente de qual seja a natureza da agressão e normal que a pessoa se sinta arrependida, envergonhada, culpada, triste após a agressão.
O transtorno explosivo intermitente é formado por explosões comportamentais recorrentes representando uma falha em controlar impulsos agressivos, tais como agressão verbal ou agressão física dirigida á propriedade ou a outros sujeito, ocorrendo em uma media de duas vezes por semana, durante um período de três meses (APA, 2014).
 As explosões de agressividade recorrentes não são premeditadas e causam sofrimento acentuado ao indivíduo ou prejuízo no funcionamento profissional ou interpessoal (APA, 2014). Além disso, é normal que o transtorno de ansiedade aconteça antes do próprio transtorno explosivo intermitente.
3.8 TRANSTORNO ESPECÍFICO DA APRENDIZAGEM
 O transtorno específico da aprendizagem é caracterizado por diversas dificuldades no aprendizado e no uso de habilidades, como dificuldade na leitura, escrita, nos cálculos e raciocínios matemáticos.
Crianças com transtorno específico de aprendizagem podem parecer desatentas devido a frustração, falta de interesse ou capacidade limitada. A desatenção, no entanto, em pessoas com um transtorno específico da aprendizagem, mas sem TDAH, não acarreta prejuízos fora dos trabalhos acadêmicos (APA, 2014, p.64).
 Para se ter um diagnóstico do transtorno específico da aprendizagem, outros transtornos do neurodesenvolvimento precisam estar ausentes no diagnóstico da criança ou mesmo adulto. Exemplos disso: o transtorno do espectro autista, esquizofrenia, TDAH e/ou transtorno da comunicação. 
 
 Não é possível diagnosticar o transtorno específico da aprendizagem quando não há para o aluno oportunidades; ensino insatisfatório; aprendizado de segunda língua (dificuldade para aprender línguas diferentes); deficiências visuais, auditivas e neurológicas; variações normais do desempenho acadêmico ou ainda déficit intelectual.
Há diferenças ente o transtorno específico da aprendizagem e o distúrbio da aprendizagem. O transtorno específico da aprendizagem tem como origem algumas dificuldades psicológicas e/ou psiquiátrica, exemplo disso são os traumas, medos e inseguranças, podendo ou não apresentar alterações no cérebro. E os distúrbios são alterações no sistema nervoso central (cérebro) e essas não são causadas por aspectos psicológicos e/ou psiquiátricas.
2 VIVÊNCIA DO ESTÁGIO
O Estágio I aplicado na sala multifuncional foi muito interessante, além de observar o trabalha feito naquele ambiente, e também pude participar de algumas atividades. Nestes três períodos que estive presente, acompanhei o trabalho com alguns alunos, sendo eles:
· Aluno A: Com Transtorno de Déficit de Atenção/hiperatividade do tipo combinado de causa exacerbado (TDAH);
· Aluno B: Cegueira legal, enxerga apenas vultos, pois sua visão é de apena 5%. Ele escreve em tinta e ampliado;
· Aluno C: TDAH e Desatenção;
· Aluno D: Autista leve sem terapia;
· Aluno E: Autista hiperativo;
· Aluno: Autista, necessita muito de rotina.
Nesses dias de estágio,participou-se e observou-se algumas atividades realizadas com os alunos. Mas antes dos alunos começarem a chegar na sala, a professora Ivani vai em todas as salas de aula para observar os alunos que tem alguma deficiência e fazer as anotações necessárias, e se certificar de que está tudo ocorrendo como deve ser.
Segundo a professora Ivani o objetivo da sala de recursos multifuncionais é de modificar o comportamento dos alunos, priorizar a dificuldade que ainda não desenvolveu, pois só o ensino regular não consegue ajudar o aluno como deve realmente acontecer. Este ambiente não é um lugar para fazer tarefas ou colocar conteúdo em dia, e sim trabalhar as habilidades ainda não desenvolvidas.
Dentre algumas atividades desenvolvidas estavam: o jogo da memória, bolinhas no balde, bolinha com a raquete em movimento, atividade das pedrinhas, pinturas, recorte, jogo da memória utilizando apenas o tato, jogo de encaixar pecinhas. Com essas atividade foi possível trabalhar a coordenação motora fina e ampla, raciocínio lógico, atenção e concentração dos alunos. Nos anexos serão apresentadas as fotos das atividades.
3 IMPRESSÕES DO ESTÁGIO 
A experiência do estágio é muito importante e necessária para a formação integral do aluno, pois, cada vez mais são requisitados profissionais com habilidades e bem preparados. Quando o aluno chega na escola, muitas vezes, não consegue relacionar teoria e prática se o estudante não participou de momentos reais em que será possibilitado uma analise do cotidiano
O estágio Supervisionado é uma experiência em que o aluno tem a oportunidade de mostrar sua criatividade, organização e caráter. Essa etapa lhe dá uma grande oportunidade para perceber se a sua escolha profissional corresponde com sua aptidão técnica e se é isso que você realmente deseja para sua vida profissional
O estágio com certeza vai muito além de um simples cumprimento que as universidades exigem dos acadêmicos. Ele é uma oportunidade de crescimento pessoal e profissional. Através do estágio temos a oportunidade de trabalhar a prática e a teória juntas. Contudo, foi possível notar a capacidade que os alunos tem, mesmo que apresentam alguma deficiência. A persistência desses alunos contribuem para melhor fazermos nosso trabalho, com dedicação e amor, são atitudes como essas que fazem a diferença na educação.
REFERÊNCIAS
APA-Associação Psiquiátrica Americana. Manual de Diagnostico e Estatística de Distúrbios mentais: DSM-V.5.ED. São Paulo: Artmed, 2014.
FORLENZA, O.V.;MIGUEL, E. C. Clínica Psiquiátrica de Bolso. Barueri: Manoel, 2014.
MANSUR, S.; MARCON, A. Perfil motor de crianças e adolescentes com deficiência mental moderada. Ver.bras Crescimento e Desenvolv. Hum., v. 16, n. 3. São Paulo, dez. 2006. Disponível em: https://pepsic.bvsalud.org/scielo.php? script=sci_aertext&pid=S0104-12822006000300003. Acesso em 14 de out de 2019.
TAVARES, H. et al. Psiquiatria, Saúde Mental e a Clínica da Impulsividade. Baurieri: Manole, 2015.
Disponível em: https://www.msdmanuals.com/pt-br/casa/problemas-de-sa%C3%BAde-infantil/dist%C3%BArbios-da-sa%C3%BAde-mental-em-crian%C3%A7as-e-adolescentes/transtorno-de-conduta. Acesso em 14 de out de 2019.
Disponível em: https://www.proamiti.com.br/intermitentetei. Acesso em 14 de out 2019.
Disponível em: https://neurosaber.com.br/como-lidar-com-transtorno-de-comportamento-na-escola/. Acesso em 15 de out de 2019.