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AV 1 - Direito das Relações Internacionais

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 DOMÍNIMO PÚBLICO INTERNACIONAL
 
 INTRODUÇÃO 
 
O presente trabalho possui o objetivo de demonstrar a importância da relação entre o direito público e a sua vinculação com as zonas polares, rios internacionais, domínio marítimo e o espaço. 
O domínio público internacional consiste no conjunto dos espaços, no qual, o seu uso interessa a todo mundo, ou seja, a sociedade internacional, mesmo se alguns espaços estejam à soberania de um Estado.
Todos os espaços são de domínio público internacional, e dessa feita, disciplinados pelo direito internacional. Bem como outros, o mar e suas subdivisões legais, os rios internacionais, o espaço aéreo, o espaço sideral e o continente antártico. 
Hoje, grande parte do comércio internacional é feito por meio de transportes maritimos, como navios e grandes embarcações. Com tudo isso, para que o Estado exerça seu poder, é essencial que a embarcação pertença a seu poder judiciário. O Estado não pode julgar embarcações que não estejam sob seu poder. Com isso, é essencial que se tenha uma punição caso a soberania do Estado esteja sendo violada.
ZONAS POLARES 
O planeta tem duas regiões polares, o Polo Norte e o Polo Sul, denotando-se ser as regiões mais frias que existem no globo. O Polo Norte localiza-se no Hemisfério Setentrional ou também conhecido como boreal. O Polo Sul localiza-se no Hemisfério Meridional ou austral. 
Essas regiões que estão localizadas entre os círculos polares, sendo o Círculo Polar Ártico no Polo Norte e Círculo Polar Antártico no Polo Sul.
CÍRCULO POLAR ÁRTICO(NORTE):
Na região Polar Ártica no Norte, encontra-se o Oceano Glacial Ártico, que é o menor em termos de dimensão, tendo 14.060.000 km². Ele recebe a maior parte dos rios existentes no extremo Norte do planeta Terra. Durante os verões, as águas do Oceano Ártico são amplamente utilizadas para atividades de pesca, e ainda para navegação. A navegação se torna limitada durante as demais épocas do ano por conta dos blocos de gelo. Essas águas oceânicas são cobertas por grandes geleiras, as quais suportam variações em conformidade com a época do ano, pois essas regiões recebem menor incidência de luz solar, por isso não sofrem bruscas modificações de temperatura no decorrer dos meses do ano. Nas zonas polares, a radiação ultravioleta (UV) nessas regiões é mínima, com UV inferior a 5, sendo as mais altas somente no final de maio até meados de julho, período relativamente curto. Nessas regiões, no verão, possui 24h de Sol, conhecido fenômeno como Sol da meia-noite, e, no inverno, o Sol somente chega no horizonte durante o meio-dia. Mais ao norte, os valores máximos do índice diminuem ainda mais. 
No tocante aos solos, nessa região a maior parte do ano são cobertos por gelo, fato que impossibilita o desenvolvimento de variedades de vegetação nesse solo quando coberto por gelo. Apenas no verão ocorre um derretimento da chamada de gelo no solo, e surgem então a vegetação típica desta região, a Tundra, formada por líquens e musgos. Essa vegetação atrai também os animais que necessitam dela para sobrevivência.
CÍRCULO POLAR ANTÁRTICO(SUL):
Nessa região encontra-se a Antártida, um continente totalmente coberto por uma camada de gelo e cercado por três oceanos, o Pacífico, o Índico e o Atlântico.
Esse continente possui uma grande massa de terra, no qual, as precipitações ocorrem em forma de neve, tornando essa região em um local extremamente seco e frio. Devido a isso, a vegetação nessa região é rasa, sendo que estas ocorrem esparsamente nos litorais, no período do verão, onde se desenvolvem líquenes, musgos, algumas algas e fungos. Apenas animais que suportam tais condições extremas, visitam e habitam a região, sendo comum a presença de focas, pinguins, baleias, dentre outros animais que suportam as condições extremas desse continente. 
Ainda, denota-se inexistir população humana permanente na Antártida devido as condições extremas nocivas à saúde humana. Mas, existem vários centros de investigação Antárticas de várias nações que são habitadas por equipes de cientistas que vivem em bases sazonais. Nos séculos anteriores, alguns moradores temporários em estações baleeiras estabeleceram-se no continente vivendo por lá por um ano ou mais. Pelo menos três crianças nasceram em estações ao norte da Antártida.
A Antártida é um espaço rico em petróleo, gás natural, cobre, manganês, e por isso levanta interesse de várias nações e em 1958, foi assinado por 44 países o tratado da Antártida, tem a finalidade de garantir fins pacíficos da ocupação nesse continente rico em recursos naturais. 
As relações internacionais referentes a esse continente são reguladas por através do Tratado da Antártida, bem como em acordos acessórios. Os dois princípios norteadores do tratado são, o uso do continente para fins exclusivamente pacíficos e a postergação das reivindicações territoriais efetuadas por alguns Estados. 
O princípio do uso para fins exclusivamente pacíficos, aquele tratado proíbe a militarização, embora pessoal e equipamentos militares possam ser usados em apoio à pesquisa, e proíbe também, as explosões nucleares no continente, além de estabelecer a liberdade de pesquisa científica.
O princípio da postergação das reivindicações territoriais efetuadas por alguns Estados, possui especial relevância no Tratado, tendo em vista que alguns países haviam, devido à proximidade geográfica ou por motivos históricos, reivindicado partes do continente, embora tais reivindicações não fossem reconhecidas pela maioria dos Estados do planeta.
O tratado prevê a necessidade de preservar e conservar os recursos desse continente, o que é apoiado em acordos posteriores. Anualmente, os países-membros do Tratado, celebram reuniões consultivas, as ATCMs, nas quais se discutem as diretrizes dos programas relacionados às atividades antárticas, e o Brasil é membro desde 1975. Atualmente, tem 50 Estados-membros e o governo americano é o depositário do Tratado.
Em 1998 entrou em vigor um protocolo de proteção ambiental vinculado ao Tratado foi assinado em Madri, no qual, proíbe a mineração e a exploração de petróleo nesse continente durante 50 anos. Outros textos previnem a proteção da flora, da fauna, do turismo, da prevenção a poluição marinha. O acordo proíbe, ainda, as atividades que representem risco para a vida selvagem, como a utilização de pesticidas e a presença de cães.
A Teoria dos Setores no Ártico, invoca a soberania de alguns Estados do hemisfério norte, a partir de uma área que teria como base o litoral de um país e o vértice sendo o Polo Norte. No território abrangido na área desse local, esses países beneficiários desempenhariam sua soberania. Essa teoria, encontra-se pacificamente aplicada no Direito Internacional Público. 
O Ártico, de acordo com HUSEK (2007, p. 116), é um oceano coberto de gelo sobe o qual há inegável interesse científico e econômico. EUA, Finlândia, Noruega, Canadá, Dinamarca e Rússia abriram mão dos direitos sobre o Ártico. Entretanto, tais reivindicações vão ao encontro com a Convenção sobre do Direito do Mar, de 1982, e com o princípio da liberdade do Alto-mar. 
 
 
I. RIOS INTERNACIONAIS 
Em se tratando aos rios internacionais, várias são as regulações que tratam acerca do assunto. Como por exemplo, a Convenção das Nações Unidas, a Convenção de New York, a Convenção de Barcelona e o Ato Final do Congresso de Viena. Nessas convenções dominam o princípio do uso equitativo das águas, com a finalidade de prevenir prejuízos futuros e também incitar a circulação de informações.
Os rios que correm em mais de um Estado, indiferentemente se forem próximos de fronteiras entre Estados ou se apenas corre no território de um Estado em seguida ao de outro, são rios internacionais. 
A importância da navegação fluvial somou-se aos interesses econômicos da utilização dos recursos naturais, para criar a necessidade de disciplina internacional para tais rios, de que são clássicos o Danúbio, na Europa, e a Bacia do Prata, na América do Sul. A disciplina de tais situações é realizada por meiode entendimentos ou tratados específicos para cada situação e, até mesmo por atos unilaterais. Ao contrário de outras regiões do domínio público internacional, não existe até o momento um acordo multilateral geral que acondicione a matéria.
O princípio básico que regula os rios internacionais é o da soberania dos Estados sobre os trechos que correm dentro de seus referentes limites. A noção de livre navegação em tais cursos d'água, proposta por alguns doutrinadores, ainda não encontra ampla aceitação. Com relação ao aproveitamento industrial, agrícola, energético e piscatório das águas, também prevalece o princípio da soberania, embora o direito internacional ressalve que tais atividades, embora livremente empreendidas por um Estado ribeirinho dentro de seu território, não devem prejudicar igual direito de Estado vizinho também ribeirinho. Com relação à proteção ambiental, fortalece o princípio de que nenhum Estado tem o direito de permitir o uso do seu território de maneira a causar danos sérios no território de outrem.
o livre-arbítrio de navegação em rio internacional, quando conferida tratado ou ato, não exclui o direito de o Estado ribeirinho exercer a sua jurisdição e o poder de polícia.
II. DOMÍNIO MARÍTIMO 
A autoridade marítima (O domínio marítimo) do Estado, traz em sua capacidade, diversas áreas, quais sejam, as 
águas interiores, o mar territorial, a zona ligada (contigua), a zona econômica exclusiva e a plataforma continental. Assim, o Direito Internacional Público se ocupa de todas estas áreas da autoridade marítima. (do domínio marítimo) 
 
 
2.1 O mar territorial 
 
O mar territorial é a faixa de mar que se estende (desdobra) desde a linha de base até uma distância que não pode exceder 12 milhas marítimas da costa sobre a qual o Estado exerce o seu poder (a sua soberania), com algumas limitações determinadas pelo Direito Internacional. 
É no Acordo (no acordo) sobre o Direito do Mar, a partir do artigo 2º, e na Convenção sobre o Mar Territorial de 1958 que se encontra as principais regras a respeito do regime jurídico vigente no mar territorial. 
Recentemente,(atualmente) não mais se justificam as dúvidas terminológicas, pois desde 1958 a expressão mar territorial está estabilizada. (consolidada) Outras expressões já foram utilizadas, o que fazia nascer muito tumulto,( muita confusão) assim, vejamos: águas jurisdicionais, mar marginal e águas territoriais. 
Sendo assim (Dada a natureza especial do domínio marítimo), vale mencionar os principais direitos, muitas vezes reconhecidos ao Estado marginal sobre o mar territorial derivados do direito de poder (soberania). O primeiro, e maior, é o de polícia, do que derivam o de regulamentação fiscalizadora (aduaneira) e sanitária e o de regulamentação da navegação. Encontram-se inclusas neste último a opção de estipular regulamentos a respeito de sinais e manobras, a fundações de boias, balizas e faróis, a organização de serviços de pilotagem. O Estado é capaz, também, de reservar aos seus nacionais a cabotagem e a pesca, nos limites do (lindes) do mar territorial. Pode-se da mesma forma, determinar as regras de cerimônia marítima do (cerimonial marítimo)
O poder (A soberania) do Estado marginal desdobra-se ao espaço atmosférico localizado 
sobre o seu mar territorial, e ao solo recoberto por essas águas e ao respectivo subsolo. 
A Conferência de Genebra sobre o Direito do Mar de 1958 possuía por 
principal ensejo a determinação de largura do mar territorial. A convenção sobre o Mar Territorial e a Zona Contígua que foi então acordas, se limita a determinar que a soberania do Estado se estende (desdobra), além de seu território e de suas águas internas, a uma zona de mar adjacente a suas costas, designada pelo nome de mar territorial. 
Em 1960, de novo em Genebra, aconteceu a nova tentativa de chegar-se a uma 
Explicação (elucidação) a respeito dos limites do mar territorial. Muitas fórmulas foram examinadas, mas por apenas um voto não foi possível alcançar os dois terços que permitiriam a adotar (adoção de) um limite. 
Cedo se viu o erro das grandes potências ao determinar uma solução que 
atendia exclusivamente aos seus interesses, e com a entrada das Nações Unidas de dezenas de novos Estados da África e da Ásia, alterou totalmente o cenário
,(o cenário alterou-se radicalmente). A determinação do limite do mar territorial ficou de fácil solução, especialmente depois da aceitação de uma zona econômica exclusiva de 200 milhas marítimas. 
A linha de base normal é determinada pela linha de maré baixa (baixa-mar) ao bago da costa. Nos locais em que a costa apresenta cortes (recortes) profundos e reentrâncias ou em que se tenha uma franja de ilhas ao longo da costa, a Convenção autoriza a utilização do método de linhas retas unindo os pontos mais avançados do território. Este sistema de determinação da linha de base surgiu em decorrência de julgamento da CIJ. 
Direito de passagem inocente – A notável restrição do poder (à soberania )de um Estado sobre o seu mar territorial é revestida pelo direito de passagem inocente. A Convenção ainda explica (elucida) que a passagem é inocente desde que não prejudique a (seja prejudicial à paz), à boa ordem ou à segurança do Estado costeiro. 
O direito de passagem inocente não quer dizer que o Estado ribeirinho se acha 
impedido de determinar medidas impostas pela defesa de sua segurança, de sua ordem pública ou de seus interesses fiscais, nem a eliminação ( exclusão) de competência do dito Estado para verificar se foram preenchidas as condições que tenha determinado para o consentimento de navios estrangeiros em suas águas territoriais. Por outro lado, o Estado ribeirinho não pode cobrar taxas ou direitos, pela simples passagem em seu mar territorial, salva guardando se trata da retribuição de serviços particulares eventualmente prestados, tais como pilotagem, rebocamento entre outros 
Se um navio estrangeiro viola as leis ou regulamentos do Estado ribeirinho, 
qualquer navio de guerra deste tem o direito de persegui-lo, isto é, exercer contra ele o chamado direito de perseguição, tal direito só deve ter primo de execução quando o navio culpado se encontre nas águas internas, ou no mar territorial, ou na chamada zona contígua , embora possa continuar no alto-mar, contanto que a perseguição se não tenha interrompido. Mas terá fim, desde que o navio perseguido entre no mar territorial do próprio país ou no de terceira potência. 
Se os navios são estrangeiros, a circunstância é esta: tratando-se de navios de 
guerra, os mesmos estarão justos da jurisdição local, a pesar que se devam conformar com as leis e regulamentos determinados pelo Estado ribeirinho, no benefício da sua ordem e segurança; tratando-se de navios comerciantes(mercantes), as elucidações não são precisas, isso porque as legislações internas dos Estados diferenciam-se constantemente na apreciação desse caso, e a doutrina internacional não é igual. (uniforme)
 
2.2 A zona contígua 
 
A maior preocupação dos Estados costeiros em matéria de pesca sempre foi a 
extensão de sua jurisdição além das três milhas, mas até a assinatura da Convenção de 1982 todas as tentativas foram fracassadas (frustadas) principalmente pelo argumento de que qualquer exceção ao princípio da liberdade dos mares poderia acabar por anulá-lo. 
Uma ideia criada em 1928 pelo Instituto de Droit International teve grande 
influência na Conferência realizada em 1930 sob os auspícios da Sociedade das Nações quando o Comitê Preparatório denotou a criação de uma zona adjacente ao mar territorial cuja extensão máxima seria de 12 milhas. Aceito o limite das 3 milhas, a zona adjacente ou contígua não seria superior a 9 milhas. A tese não foi aceita, especialmente diante da posição britânica. 
A disposição no que diz respeito a acrescer a jurisdição do mar territorial, 
especialmente em matéria fiscal, aduaneira, de imigração, sanitária e de pesca, foi colocada em conta pela Comissão de Direito Internacional na criação do programa a respeito do mar territorial. O Secretariadodas Nações Unidas foi partidário à criação de uma zona contígua na qual o Estado costeiro poderia ter controle em matéria de pesca. No memorando de 14 de julho de 1950 se lê que há teses, que estão cada vez mais fortes, ao lado do reconhecimento pelo direito internacional de uma zona contígua em matéria de pesca. O memorando diz ainda que, se os limites do mar territorial estiverem determinados sem considerar as condições de vida e de aumento das espécies, todo espaço que está além dos limites do mar territorial não terão a proteção desejáve1. 
 
2.3 Águas e mares internos 
 
As águas interiores são as águas além da linha do início do mar territorial é 
determinado conforme o direito internacional. A Convenção para a Proteção do Meio Marinho do Atlântico Ocidental de 1990 menciona à definição a frase "extending in the case of watercourses up to the freshwater limit". O freshwater limit é, no tocante à desembocadura de rio, o local em que na maré baixa e em período de pouca água à salinidade cresce muito por causa da água de mar. Parecido com o conceito só é aplicável na própria Europa, do qual o fluxo de água dos rios é ínfimo, considerado, por exemplo, com o Amazonas. 
A Convenção sobre o Direito do Mar, perseguindo a terminologia que se nos 
depara na Convenção sobre o Mar Territorial de 1958, considera uma baía como "uma reentrância bem marcada, cuja penetração em terras, em relação à largura da sua entrada, é tal que contém águas cercadas pela costa e constitui mais do que uma simples inflexão da costa. Contudo, uma reentrância não será considerada como uma baía se sua superfície não for igual ou superior à de um semicírculo que tenha por diâmetro a linha traçada através da entrada da referida reentrância". 
Portos e ancoradouros – Portos são locais do litoral feitos pela mão do homem, 
para o lar de navios e operações de carga ou descarga, embarques e desembarques. Já ancoradouros, nada mais são do que bacias naturais ou artificiais, com saída livre para o mar e onde os navios podem ancorar. 
As águas dos portos são consideradas nacionais ou internas do Estado 
ribeirinho. Quanto às dos ancoradouros, são apenas um alongamento ou dependência de algum porto, é natural que as mesmas estejam com a condição atribuída às águas do porto. Em caso divergente, isto é, se se trata dos chamados ancoradouros externos, as opiniões forem diferentes, parecendo, entretanto, que suas águas não devem ser consideradas como nacionais. 
O limite externo das águas dos portos, para a medida do mar territorial, precisa 
ser determinado ou na linha de baixa-mar ou entre as instalações permanentes que vão mais para o mar, caso tais instalações ultrapassem a referida linha. 
 
2.4 Mares fechados ou semifechados 
 
Os mares internos são grandes áreas de água salgada lastreadas de terra, com ou 
sem comunicação navegável com o mar. 
A Convenção sobre o Direito do Mar institui nos artigos 122 e 123 aos mares 
fechados ou semifechados. Para a Convenção, a expressão "significa um golfo, bacia ou mar rodeado por dois ou mais Estados e comunicando com outro mar ou com o oceano por uma saída estreita, ou formada inteira ou principalmente por mares territoriais e zonas econômicas exclusivas de dois ou mais Estados costeiras". 
A exemplo de um mar interno fechado, citam-se os mares Cáspio, Morto e de Aral; e de mar semifechado, isto é, com linguagem navegável com outro mar, os mares Negro, de Mármara, de Azove, Branco e Báltico. 
Se é mar fechado, autoriza considerar-se duas formas: ou o mar é cercado por 
terras de mais de um Estado ou está rodeado por terras de um só Estado. Na primeira forma, a doutrina e a prática consentem em crer que o mar em causa como pertencente ao território do Estado em que se encontre; é o caso do mar de Aral, no Turquestão russo. 
Na segunda hipótese, os pensamentos diferenciam-se, mas a maior parte 
conceitua como um mar lastreado por terras de vários Estados deve ser propriedade dos Estados que estão ao redor, por partes correspondentes às delimitações territoriais que eles tenham determinado. Na prática, este pensamento triunfou no caso do mar Cáspio, entre a Rússia e a Pérsia, o qual se acha entregue à jurisdição desses dois países, em decorrência de um tratado concluído em Moscou no ano de 1921. 
Em referência aos mares não fechados ou interno, podem ser vistas, da mesma 
forma, duas formas; a de um mar que a passagem e as costas que conduzem ao mar livre são de um só Estado, e a de um mar que se não está nestas condições. No primeiro caso, pode geralmente ser o Estado único possuidor das cosias e da passagem tem soberania exclusiva sobre o mar. Exemplo, o mar de Azove, o Zuiderzê. 
No segundo caso, quando as costas ou a passagem são a mais de um Estado, a 
prática internacional tem considerado que o mar em tais condições deve ser livre. Exemplos: o mar Negro, o Báltico, o Adriático. Pode ser comparado a esse caso o de mares, como o Branco e o de Cara (Kara), que, embora lastreado por terras de um só Estado, encontram-se ligados ao oceano por passagens largas para estarem em poder de tal Estado. Consideram-se tais mares como prolongamentos do mar livre e, assim, o Estado possuirá sobre suas águas, até o limite do mar territorial, os direitos que tem sobre estes. 
 
2.5 Alto-mar 
 
Alto-mar, de acordo com a definição trazida pela convenção assinada em Jamaica (1982), traz todas as partes do mar não acrescidas na zona econômica exclusiva, no mar territorial ou 	nas águas 	interiores de 	um 	Estado, nem 	nas águas arquipelágicas de um Estado arquipélago. 
Não pertencendo a nenhum Estado, já foi conceituado entre os romanos 
como communem usum omnibus hominibus pelo jurista Celso. Não sendo nem res nullius desejando a adequação por parte de qualquer Estado, nem res communis, ou seja, um condomínio internacional, o alto-mar é uma res communis usus, isto é, uma coisa de uso comum para todos os Estados. 
A Convenção sobre o Direito do Mar partindo desse pressuposto estabelece que 
todo Estado, mesmo que não possua litoral, pode livremente navegar, pescar, colocar cabos e oleodutos submarinos, construir ilhas artificiais e instalações outras permitidas pelo Direito das Gentes, efetuar investigações, dando ênfase, ainda, que o alto-mar será usado exclusivamente para fins pacíficos. 
Além disso, a Convenção, quer resguardar os recursos biológicos do mar, 
estabelecendo normas destinadas a prevenir e reprimir a poluição do ambiente marinho, também cominando penas para os transgressores, dos quais devem indenizar os danos praticados. A Convenção de Jamaica reitera, ainda, as transmissões não autorizadas de rádio ou televisão difundidas a partir de um navio ou instalações no alto-mar e dirigidas com violação dos regulamentos internacionais. 
Os delinquentes podem ser processados perante os tribunais do Estado de 
bandeira do navio, do Estado de registro das instalações, do Estado de que a pessoa é nacional, de qualquer Estado que possa receber as transmissões ou de qualquer Estado cujos serviços autorizados de radiocomunicações sofram interferências. 
O princípio da liberdade de utilização do alto-mar beneficia a todos os Estados, 
mesmo sem litoral, norma já reconhecida pela Declaração de Barcelona (20.04.1921) e consagrada na Convenção de Jamaica. Não é muito acrescentar que o Estado de trânsito possui soberania sobre o seu território, podendo determinar as medidas necessárias com o fim de que as facilidades dadas aos Estados sem litoral não prejudiquem seus interesses legítimos. 
 
2.6 Zona econômica exclusiva 
 
A Zona Econômica Exclusiva está localizada além do mar territorial e a este 
adjacente não se estendendo, entretanto, além das 200 milhas marítimas contadas das linhas de base desde quais se mede a largura deste. E uma zona sui generis, assim, possuem características especiais, muitas do mar territorial, não lhe são impostas ao regime do altomar. Nela todos os Estados, ribeirinhos ou não, mesmo os com traços geográficos especiais (Estados costeiros de mares fechados ou semifechados, cuja localizaçãogeográfica os faça precisar da exploração dos recursos vivos da Zona Econômica Exclusiva de outros Estados para o correto abastecimento do pescado com o objetivo de satisfazer as necessidades de seus povos, dessa forma, como os Estados ribeirinhos que não podem reivindicar Zona Econômica Exclusiva própria) possuem deveres e direitos bem definidos. 
Assim, o Estado costeiro exerce na Zona Econômica Exclusiva sobre: 
 
· Direitos de soberania com o ensejo de explorar, aproveitar, conservar e administrar os recursos naturais, vivos ou não, do leito e do subsolo do mar e das águas suprajacentes e atividades outras objetivando a exploração e aproveitando a região para fins econômicos, a exemplo da produção de energia a partir das águas, correntes e marés; 
· Jurisdição com o direito exclusivo de construir e usar as ilhas artificiais, efetuar pesquisas científicas, protegendo e preservando os meios. 
· No que tange aos direitos sobre os recursos vivos, compete, entre outros, ao Estado costeiro: definir o potencial de captura que se pode permitir dos mencionados recursos, e caso não haja capacidade de explorar toda a captura permitida, autorizar a outros Estados o restante, o qual será feito por acordos específicos; determinar as espécies que podem ser capturadas e cotas respectivas; regulamentar as temporadas e regiões de pesca, o tipo, tamanho e quantidade dos navios pesqueiros que podem ser utilizados; determinar a idade e tamanho dos peixes e espécies outras que podem ser capturadas, 
· As obrigações do Estado costeiro dizem muito sobre a conservação e uso dos recursos biológicos nela existentes, considerando os direitos e deveres dos demais Estados. 
 A Convenção das Nações Unidas sobre o Direito do Mar, celebrada em Montego Bay, Jamaica, em 1982, define conceitos herdados do direito internacional costumeiro, como mar territorial, zona econômica exclusiva, plataforma continental e outros, e estabelece os princípios gerais da exploração dos recursos naturais do mar, como os recursos vivos, os do solo e os do subsolo. A Convenção também criou o Tribunal Internacional do Direito do Mar, competente para julgar as controvérsias relativas à interpretação e à aplicação daquele tratado.
A Convenção fixa o limite exterior do mar territorial em 12 milhas náuticas (22 km), definindo-o como uma zona marítima contígua ao território do Estado costeiro e sobre a qual se estende a sua soberania. Cria, ademais, uma zona contígua também com 12 milhas náuticas, dentro da qual o Estado costeiro pode exercer jurisdição com respeito a certas atividades como contrabando e imigração ilegal, e uma zona econômica exclusiva, tendo como limite externo uma linha a 200 milhas náuticas da costa e como limite interno a borda exterior do mar territorial, na qual o Estado costeiro pode exercer soberania sobre os recursos naturais na água, no leito do mar e no seu subsolo.
Segundo a Convenção, os navios estrangeiros estão sujeitos à jurisdição do Estado em cujas águas se encontrem; excetuam-se os navios militares e os de Estado, que gozam de imunidade de jurisdição. Os navios em alto-mar sujeitam-se à jurisdição do Estado cuja bandeira arvoram. Os navios estrangeiros encontrados no mar territorial gozam do chamado "direito de passagem inocente" (definida como contínua, rápida e ordeira), pelo qual o Estado costeiro deve abster-se de exercer jurisdição civil ou penal sobre tais embarcações.
III. ESPAÇO 
a. regulação do espaço aéreo e extra-atmosférico é nova, de modo de que não existia até o século XX qualquer regulamentação a respeito do tema. O espaço aéreo é a parte da atmosfera situada sobre o território ou mar territorial de um Estado. Sobre esse espaço, há a soberania o Estado. 
A Convenção de Chicago foi uma das medidas de regulação de tal espaço. Para isso, o desenvolvimento da aérea se submeterá à jurisdição de cada Estado soberano. Isso porque a Convenção define regras sobre a nacionalidade das aeronaves, memorizada por meio de um sistema de matrículas mantido por cada Estado. 
Já o espaço sideral é visto como o cósmico, exterior ou extra-atmosférico. A sua utilização é regulada pelo Tratado Sobre Princípios Reguladores das Atividades dos Estados na Exploração e Uso do Espaço Cósmico, inclusive a Lua e Demais Corpo Celeste. Tais corpos são tidos como patrimônio da humanidade e são de livre acesso, insucessíveis de apropriação de qualquer Estado. 
Entrementes, existem outros tratados que tratam desse assunto, a saber: Acordo sobre o Salvamento de Astronautas e Restituição de Astronautas e de Objetos lançados ao Espaço Cósmico, de 1968, a Convenção sobre Responsabilidade Internacional por Danos Causados por Objetos Espaciais, de 1972, o Acordo que Regula as Atividades dos Estados na Lua e em outros Corpos Celestes, de 1979, e a Convenção Relativa ao Registro de Objetos Lançados no Espaço Cósmico, de 1974. 
Espaço sideral:
Chamado também de espaço cósmico, espaço exterior ou espaço extra-atmosférico, o espaço sideral é singular do ponto de vista jurídico, já que faz pouco tempo que as atividades humanas naquele ambiente se tornaram realidade, exigindo da sociedade internacional o estabelecimento de regras de direito internacional que norteassem este tipo de relações internacionais.
O uso do espaço sideral é disciplinado em direito internacional primordialmente pelo Tratado sobre Princípios Reguladores das Atividades dos Estados na Exploração e Uso do Espaço Cósmico, Inclusive a Lua e Demais Corpos Celestes. Dispõe aquele tratado que os corpos celestes e o espaço sideral são patrimônio comum da humanidade e, portanto, de livre acesso e insuscetíveis de apropriação por qualquer Estado. Estabelece, ademais, o uso pacífico do espaço e corpos celestes e a proibição expressa de instalação de armas nucleares naquele ambiente.
Há um curioso debate em alguns meios sobre casos de venda, por particulares, de corpos celestes (como, por exemplo, "terrenos na Lua"). Evidentemente, a proibição de apropriação nacional do espaço exterior e dos corpos celestes (artigo II) impede a aplicação de qualquer legislação nacional que empreste validade a uma "reivindicação privada". Assim sendo, o argumento mais usado em favor destas "reivindicações privadas", o de que o tratado não as proíbe expressamente, não se sustenta, pois, se nenhum direito nacional se aplica ao espaço, não é possível constituir ali direitos privados e, em consequência, tais "vendedores" não podem vender o que não lhes pertence.
Outros tratados que regulam este campo de aplicação do direito internacional são o Acordo sobre o Salvamento de Astronautas e Restituição de Astronautas e de Objetos lançados ao Espaço Cósmico, de 1968, a Convenção sobre Responsabilidade Internacional por Danos Causados por Objetos Espaciais, de 1972, o Acordo que Regula as Atividades dos Estado Lua e em outros Corpos Celestes, de 1979, e a Convenção Relativa ao Registro de Objetos Lançados no Espaço Cósmico, de 1974.
 
 CONCLUSÃO 
O presente trabalho trouxe novos horizontes de conhecimento no que diz respeito relação à legislação internacional, controle do mar, espaço, rios e zonas polares em termos mundiais. Importante salientar, que o mar é uma fonte de divisas inesgotável e retrata os ensejos dos diversos Estados do mundo. 
Partindo dessa premissa, há uma legislação especial que sugestiona as águas internacionais e o alto-mar, com o objetivo de se reputar um consenso prático e humano em associação à racionalidade de exploração, ocupação e uso do espaço marítimo por navegações. 
Cada país possui sua orla territorial de mar determinada pelo Tribunal Internacional do Direito do Mar em 12 milhas, em que a defesa e o controle fazem parte da soberania nacional, mas em alto mar ou região abissal é preciso um instrumento de ajuda que é o Tribunal Internacional de Haia que especifica e dá as bases da legislação marítima, em dias de guerra ou comuns. 
b. inquietação humana com o mar a todo momento foi voltada à expansão das conquistas e do comércio de novas terras, mas constantemente há uma disputaacirrada em relação ao controle marítimo e suas delimitações práticas. 
Se o espaço aéreo e terrestre é delimitado, o mar também tem a sua extensão que é propriedade da soberania do Estado e fiscalizado pelo Tribunal Internacional de Haia. 
As águas internacionais são aquelas em que o trânsito de navegação é livre e é protegido legalmente pelo Tribunal Internacional, que legisla em tempos de guerra e paz, atendendo a uma nomenclatura geral e um protecionismo exacerbado. 
O espaço territorial marítimo é de interesse nacional, mas as águas internacionais onde flui a navegação pertence a todos, e assim é legislada pelo Tribunal Internacional, com o objetivo de afastar abusos ou exageros por parte de grandes e poderosos países.

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