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1) Suponha que um diretor do Banco do Brasil tenha concedido um empréstimo observando todas as regras internas do banco. No entanto, o tomador do empréstimo tornou-se inadimplente, deixando de pagar as parcelas que devia. Nessa hipótese: a. o TCU não tem competência para buscar o ressarcimento ao erário. Não cabe ao Tribunal interferir na atuação da empresa em sua atividade-fim se houve observância das normas e das usualidades do mercado. b. o TCU deve cobrar o ressarcimento ao erário do diretor e do tomador do empréstimo; c. o TCU deve cobrar o ressarcimento ao erário somente do tomador do empréstimo; d. o TCU deve cobrar o ressarcimento ao erário do diretor e do tomador do empréstimo, bem como de outros responsáveis que tenham autorizado o empréstimo; e. o TCU deve cobrar o ressarcimento ao erário somente do diretor; 2) Suponha que a União, por meio do Ministério da Ciência e Tecnologia - MCT, firmou convênio com o Município M, para construção de um laboratório de informática na escola pública local. Durante uma fiscalização, o TCU encontrou irregularidades no objeto e averiguou que os responsáveis seriam o prefeito e um diretor do MCT, que aprovou o convênio fora das especificações. Logo, o TCU deve: a. não julgar nenhum, pois cabe ao Tribunal de Contas local julgá-los; b. julgar os dois responsáveis, pois ambos causaram dano ao erário federal; O TCU procede ao julgamento de todos os responsáveis que, de algum modo, causaram dano ao erário federal, conforme o art. 71, inciso II, da CF. c. não julgar nenhum, pois cabe ao Tribunal de Contas local julgar somente o prefeito, pois ele causou o dano ao erário, e cabe à Justiça Federal julgar o agente do MCT, já que sua conduta não causou dano. d. julgar somente o agente do MCT, pois somente ele se encontra sob sua jurisdição; e. julgar somente o prefeito, pois foi ele quem efetivamente despendeu os recursos; 3) A doutrina majoritária considera que o TCU é: a. órgão autônomo de apoio ao Poder Judiciário; b. órgão autônomo, vinculado ao Poder Legislativo para fins orçamentários e financeiros; c. órgão do Poder Judiciário, pois tem como função julgar a boa e regular aplicação dos recursos públicos federais; d. órgão autônomo e independente, que não integra nem é vinculado a nenhum dos três Poderes. e. órgão do Poder Executivo, já que se consubstancia em tribunal administrativo; 4) Na realização de uma licitação para aquisição de computadores de certa empresa pública, o parecerista jurídico opinou pela dispensa do procedimento licitatório, sob o argumento de que não seria necessária licitação para aquisição bens de informática. O ordenador de despesa elaborou uma nota, dizendo que já havia feito procedimentos semelhantes anteriormente, mas mesmo assim deu prosseguimento à contratação, vez que estava baseado no parecer mencionado. Considerando que tal dispensa não é prevista pela legislação, quem deve ser responsabilizado pela irregularidade? a. o ordenador somente, pois ele é responsável pelos gastos públicos da entidade, independentemente de qualquer posicionamento em pareceres técnicos ou jurídicos; b. o ordenador somente, pois os advogados não podem ser responsabilizados por suas opiniões. c. o ordenador somente, pois foi somente ele quem assinou o contrato; d. o parecerista e o ordenador, pois o primeiro defendeu tese jurídica absurda, sem fundamentação, e o segundo, mesmo sabendo que a tese era absurda (pois ele próprio mencionou que já havia realizado certames parecidos), optou por dar prosseguimento ao certame; O parecerista deve ser responsabilizado, pois deu opinião sem fundamentação. O ordenador também deve ser responsabilizado, pois agiu mesmo ciente da ilegalidade do ato. e. o parecerista somente, pois realmente foi ele quem induziu o ordenador ao erro; 5) Sobre a eventual competência do TCU para fiscalizar as agências reguladoras, marque a alternativa errada: a. o TCU é competente para fiscalizar independentemente do setor que as agências pretendem regular, de prestação de serviços ou de exploração econômica. b. a competência é plena, pois as agências integram a Administração; c. compete ao TCU rever as tarifas fixadas por essas agências; d. as fiscalizações devem ser exercidas primordialmente nas atividades meio; e. apesar de integrarem a Administração, o TCU não pode fiscalizá-las, sob o risco de quebrar a independência frente ao Poder Público requerida para a atuação das agências; O controle externo exercido pelo TCU pode/deve ser exercido sobre qualquer ente da Administração Pública ou qualquer entidade que utilize recursos públicos. Deve ser levado em conta, entretanto, que as agências são entidades altamente especializadas nas matérias que regulam. 6) Acerca do princípio da independência das instancias, marca a opção errada: a. via de regra, respeitando esse princípio, as decisões tomadas nos âmbitos administrativo, civil e penal não interferem umas nas outras; b. no juízo civil, busca-se a verdade formal, ao passo que nos âmbitos criminal e administrativo, busca-se a verdade material. c. esse princípio comporta exceções; d. uma exceção a esse princípio é a absolvição do réu, no juízo criminal, por inexistência material do fato; e. uma exceção a esse princípio é a absolvição do réu, no juízo criminal, por insuficiência de provas; 7) Sobre fiscalização das entidades paraestatais, assinale a alternativa correta: a. o TCU pode fiscalizá-las plenamente, pois fazem parte da Administração Indireta; b. por não integrarem a Administração Pública, cabe ao TCU fiscalizá-las somente se houver representação de alguma autoridade competente; c. o TCU pode fiscalizá-las plenamente, apesar de não fazerem parte da Administração Pública, pois administram e utilizam recursos públicos federais. d. o TCU pode fiscalizá-las somente o exercício da atividade fim dessas entidades; e. o TCU somente pode fiscalizar os resultados alcançados por elas; 8) Suponhamos que a União tenha firmado convênio com o Estado XYZ, para construção de uma creche, no valor total de R$ 600.000,00, sendo R$ 500.000,00 recursos federais e o restante contrapartida estadual. Diante da inexecução do objeto, julgue os itens a seguir: Somente o TCU é competente para fiscalizar e cobrar os recursos, e após receber os R$ 600.000,00, deve repassar o valor da contrapartida ao Estado. FALSO Somente o TCE é competente para fiscalizar e cobrar os recursos, pois o Estado foi o verdadeiro prejudicado com a inexecução do objeto. FALSO Somente o TCU é competente para fiscalizar e cobrar os recursos, pois a maior parte dos recursos é federal. FALSO Somente o TCU é competente para fiscalizar e cobrar os recursos, pois este Tribunal tem hierarquia sobre os tribunais estaduais, atraindo para si a competência. FALSO Ambos os Tribunais de Contas têm competência para fiscalizar e cobrar os recursos, desde que cada um cobre somente a parte que é devida aos respectivos entes. VERDADEIRO 9) Suponha a seguinte situação: um gestor pretende comprar 500 lotes de vacina para o vírus da gripe H1N1, para imunizar 500.000 pessoas. Ele faz a aquisição e realmente vacinou a quantidade de pessoas indicada. Entretanto, ele não verificou a qualidade da vacina anteriormente, fato que ocasionou a não imunização da população, pois o produto era de má qualidade. Esse gestor infringiu com maior incidência qual princípio público: a. economicidade; b. eficiência; c. legitimidade; d. efetividade. A vacinação não foi efetiva, porque não cumpriu o seu fim, que era imunizar a população. e. eficácia; 10) Relacione as colunas, acerca dos aspectos analisados pelo TCU no exercício da fiscalização: Verifica o grau de impactos observados na sociedade. EFETIVIDADE Verifica se houve dispêndio do mínimo possível para se atingir determinado objetivo. ECONOMICIDADE Analisa a observância dos gastos relativamente ao interessepúblico. LEGITIMIDADE Verifica o grau de atingimento das metas pré-estabelecidas. EFICÁCIA Verifica o cumprimento dos textos legais. LEGALIDADE 11) O TCU julgou irregulares as contas do ex-prefeito de Novo Horizonte/XX, condenando em débito e em multa, por causa da não prestação de contas de recursos federais recebidos por meio de convênio. O ex-prefeito, irresignado com o julgamento, impetrou mandado de segurança perante o STF, alegando que não foi devidamente citado pelo TCU. Considerando a situação hipotética apresentada, julgue os itens: Se o STF constatar que houve falha na citação do TCU, ele não pode desconstituir o acórdão do Tribunal de Contas, pois cabe somente ao TCU rever o seu posicionamento. FALSO Se o STF constatar que não houve falha na citação do TCU e em nenhuma outra parte do processo, ele não pode desconstituir o acórdão do Tribunal de Contas. VERDADEIRO Se o STF constatar que houve falha na citação do TCU, ele não pode desconstituir o acórdão do Tribunal de Contas, mas pode estabelecer outra valoração da multa. FALSO Se o STF constatar que houve falha na citação do TCU, ele pode e deve desconstituir o acórdão do Tribunal de Contas, anulando-o. VERDADEIRO Se o STF constatar que houve falha na citação do TCU, ele pode e deve desconstituir o acórdão do Tribunal de Contas e declarar a regularidade das contas do ex-prefeito. FALSO 12) Considere que a União tenha concedido os serviços públicos de aviação civil a mais uma companhia aérea, a Voar. Após algum tempo, o TCU verificou que a empresa estava prestando serviços de péssima qualidade, fora das especificações contidas no contrato de concessão. Desse modo, cabe ao TCU: a. cabe ao TCU fiscalizar o Poder Público e a empresa, indistintamente. b. aplicar multa à empresa, depois de cumpridos os requisitos do devido processo legal; c. cabe ao TCU fiscalizar e demandar o Poder Público competente acerca das fiscalizações e controles exercidos sobre a empresa concessionária, mas não cabe fiscalizar impugnar diretamente a empresa; Segundo a jurisprudência do TCU, em caso de serviços delegados, cabe ao tribunal fiscalizar apenas o poder público concedente, sem interferir diretamente na empresa delegatária. d. o TCU não teria competência para o caso, pois a empresa é particular e não recebe recursos públicos federais; e. caçar a concessão realizada, pois a empresa não está prestando os serviços como deveria;
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