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Imperfeições nos sólidos Docente: Profa. Ivana M. G. de Andrade Instituto Federal do Sul de Minas Gerais Curso de Engenharia de Alimentos Ciência e Tecnologia de Materiais Imperfeições nos sólidos Por que estudar??? Imperfeições podem afetar o desempenho os diferentes materiais. Alguns defeitos podem ser desejáveis. Não existe, em escala atômica uma ordenação perfeita dos materiais cristalinos! 2 Propriedades de materiais são influenciadas pela presença de imperfeições. 2 defeitos pontuais 3 Defeitos pontuais em metais LACUNA defeito com um sítio vago na rede, pois há falta de um átomo. Ocorre em todos os sólidos cristalinos. AUTOINTERSTICIAL um átomo do cristal que se encontra comprimido em um sítio intersticial (espaço vazio que geralmente não está ocupado). Em metais, causa distorções na rede cristalina. Ocorre com menor frequência que as lacunas 3 defeitos pontuais 4 Defeitos pontuais em metais Autointersticial Lacuna 4 defeitos pontuais 5 Defeitos pontuais em metais - Lacuna O número de lacunas em equilíbrio, Nl, para uma dada quantidade de material depende da temperatura e aumenta exponencialmente em função da temperatura: N = número total de sítios Ql = energia necessária para a formação da lacuna T = temperatura em Kelvin k (constante de Boltzman) – 1,38 x 10-23 J/átomo. K ou 8,62eV/átomo.K Para a maioria dos metais Ni/N é cerca de 10-4, ou seja, 1 sítio a cada 10000 da rede está vazio! 5 Exemplo 1 6 Cálculo do número de lacunas Calcule o número de lacunas por metro cúbico de cobre em equilíbrio a 1000°C. A energia para a formação de uma lacuna é de 0,9 eV/átomo; o peso atômico e a densidade (a 1000°C) para o cobre são de 63,5 g/mol e 8,40 g/cm3. 6 defeitos pontuais 7 Defeitos pontuais nas cerâmicas São possíveis tanto lacunas quanto intersticiais materiais cerâmicos possuem pelo menos duas espécies de íons, os defeitos podem ocorrer para cada espécie Exemplo: NaCl podem haver lacunas e intersticiais para o Na (cátion) e lacunas e intersticiais para o Cl (ânion – intersticiais são menos comuns, pois átomo é maior) 7 defeitos pontuais 8 Defeitos pontuais nas cerâmicas 8 defeitos pontuais 9 Defeitos pontuais nas cerâmicas Defeito de Frenkel envolve um par de lacuna catiônica e intersticial catiônico cátion deixa sua posição normal e se move para o sítio intersticial Defeito de Schottky par composto por uma coluna catiônica e uma lacuna aniônica criado pela remoção de um cátion e de um ânion do interior do cristal, sendo que ambos foram colocados em uma superfície extrna 9 defeitos pontuais 10 Defeitos pontuais em cerâmicas Para os defeitos de Frenkel, a quantidade de pares de defeito lacuna catiônica/intersticial catiônico (Nfr) depende da temperatura: Qfr = energia necessária para a formação da lacuna T = temperatura em Kelvin k (constante de Boltzman) – 1,38 x 10-23 J/átomo. K ou 8,62eV/átomo.K 10 defeitos pontuais 11 Defeitos pontuais em cerâmicas De maneira semelhante, para os defeitos de Schottky, em o número de defeitos em equilíbrio, Ns, é em função da temperatura: Qs = energia necessária para a formação do defeito T = temperatura em Kelvin k (constante de Boltzman) – 1,38 x 10-23 J/átomo. K ou 8,62eV/átomo.K 11 Exemplo 2 12 Cálculo do número de defeitos de Schottky no KCl Calcule o número de defeitos de Schottky por metro cúbico no KCl à 500°C. A energia necessária para a formação de cada defeito de Schottky é de 2,6 eV, enquanto que a densidade do KCl (500°C) é de 1,955 g/cm3. 12 Impureza nos sólidos 13 Impureza nos metais Impossibilidade de produzir metais puros entre 1022 e 1023 átomos de impureza/m3 de material Maior parte dos metais são ligas metálicas Impurezas são adicionadas intencionalmente para conferir características específicas ao material. Forma-se então uma solução sólida! Ex. prata de lei: 92,5 % de prata (solvente) e 7,5 % de cobre (soluto) 13 Impureza nos sólidos 14 Soluções sólidas São formadas à medida que os átomos de soluto são adicionados ao material hospedeiro (solvente), a estrutura cristalina é mantida e nenhuma nova estrutura é formada. Solução sólida também é homogênea em composição, pois os átomos de impurezas estão distribuídos uniformemente e aleatoriamente no sólido 14 Impureza nos sólidos 15 Defeitos pontuais em soluções sólidas: Substitucional átomos de soluto ou de impureza repõem ou substituem o átomo hospedeiro. Ex.: Solução de Cu e Ni são completamente solúveis um no outro em todas proporções. Intersticiais átomos de impureza preenchem os espaços vazios ou interstícios entre os átomos hospedeiros. Ex.: Carbono forma solução sólida intersticial com Fe concentração máxima de carbono é de 2 % 15 Impureza nos sólidos 16 16 Defeitos pontuais nos polímeros 17 lacunas e átomos ou íons intersticiais forma encontrados em polímeros As extremidades das cadeias são consideradas defeitos quimicamente diferentes das unidades normais da cadeia Defeitos pontuais são diferentes em polímeros devido às macromoléculas que os compõem. 17 Especificação da composição 18 Porcentagem em peso (%p) peso de um elemento específico em relação ao peso total da liga Para uma liga contendo dois átomos hipotéticos 1 e 2, a concentração do átomo 1 em %p, C1: m1 e m2, massa dos elementos 1 e 2. C2 seria calculada da mesma forma. Com frequência, torna-se necessário especificar a composição (concentração) de uma liga em termos de seus elementos constituintes. 18 Especificação da composição 19 Porcentagem atômica (%a) número de mols de um elemento em relação ao número total de mols de todos os elementos da liga O número de mols de um elemento hipotético 1, nm1, pode ser calculado: Em que: m1 = massa (gramas) do elemento 1 A1 = peso atômico do elemento 1 19 Especificação da composição 20 Porcentagem atômica (%a) número de mols de um elemento em relação ao número total de mols de todos os elementos da liga Para uma liga contendo dois átomos hipotéticos 1 e 2, a concentração do átomo 1 em %a, C’1: Em que 20 Especificação da composição – Conversão entre composições 21 Pode ser necessário converter uma composição na outra. Ex. % peso para % atômica Obs: C1 + C2 = 100 C’1 + C’2 = 100 21 Especificação da composição – Conversão entre composições 22 Conversão de unidades de %peso para unidade de massa por volume (kg/m3): Obs: Para a densidade em g/cm3 estas expressões fornecem C”1 e C”2 em kg/m3 22 Especificação da composição – Conversão entre composições 23 Determinação da densidade e do peso atômico da liga binária sendo dada a composição em %p ou %a: Obs: ρmed é a densidade da liga 23 Especificação da composição – Conversão entre composições 24 Determinação da densidade e do peso atômico da liga binária sendo dada a composição em %p ou %a: Obs: Amed é o peso atômico da liga 24 Exemplo 3 25 Desenvolva a Equação: 25 Exemplo 4 26 Determine a composição, em %a, de uma liga que consiste de 97%p alumínio e 3%p cobre. 26 Exercício 5 (entregar) 27 5.16) Qual é a composição, em %p, de uma liga que contém 5,5%a de chumbo e 94,5%a de estanho? 5.18) Qual é a composição, em %a, de uma liga que contém 98 g de estanho e 65 g de chumbo? 27 Imperfeições diversas 28 Discordância Defeito linear ou unidimensional em torno do qual alguns dos átomos estão desalinhados. Todos os materiais cristalinos contém alguma discordância provocada no seu processamento. 28 Imperfeições diversas 29 Discordância de aresta: porção extra de um plano de átomos , ou semiplanos, cuja aresta termina no interiordo cristal Linha de discordância aresta Defeito linear centralizado sobre a linha de discordância do semiplano extra de átomos. átomos cima da linha e discordância são pressionados um contra os outros , enquanto os átomos abaixo da linha são afastados uns dos outros 29 Imperfeições diversas 30 Discordância Discordância em espiral Consequência de uma tensão cisalhante aplicada para a produzir a distorção mostrada na figura. Porção inferior do cristal é deslocada para a direita. 30 Imperfeições diversas 31 Discordância Discordâncias mistas: Combinação de discordâncias em aresta e discordâncias espirais 31 ÷ ø ö ç è æ - = T k Q N N l l . exp ÷ ÷ ø ö ç ç è æ - = T k Q N N fr fr . . 2 exp ÷ ø ö ç è æ - = T k Q N N s s . . 2 exp 100 2 1 1 1 x m m m C + = 1 1 1 ' A m n m = 100 ' 2 1 1 1 x n n n C m m m + = 100 ' 1 2 2 1 2 1 1 x A C A C A C C + = 100 ' 1 2 2 1 1 2 2 x A C A C A C C + = 100 ' ' ' 2 2 1 1 1 1 1 x A C A C A C C + = 100 ' ' ' 2 2 1 1 2 2 2 x A C A C A C C + = 3 2 2 1 1 1 1 10 ' ' x C C C C ÷ ÷ ÷ ÷ ø ö ç ç ç ç è æ + = r r 3 2 2 1 1 2 2 10 ' ' x C C C C ÷ ÷ ÷ ÷ ø ö ç ç ç ç è æ + = r r 2 2 1 1 100 r r r C C med + = 2 2 2 1 1 1 2 2 1 1 ' ' ' ' r r r A C A C A C A C med + + = 2 2 1 1 100 A C A C A med + = 100 ' ' 2 2 1 1 A C A C A med + = 100 ' 1 2 2 1 2 1 1 x A C A C A C C + =
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