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Caderno DOD - STF - 851 a 968

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1 
 
 
CADERNO DE INFORMATIVOS 
Supremo Tribunal Federal 
 
 
 
 
INFOS 851 A 968 
 
 
Por @LexMagis 
 
 
 
 
 
 
Venda Proibida – Autorizado Compartilhamento 
Atualizado até 09.04.2020 
 
2 
 
Sumário 
1. DIREITO ADMINISTRATIVO ................................................................................................. 11 
1.1. Abono Permanência ............................................................................................................ 11 
1.2. Acordo de Leniência ........................................................................................................... 11 
1.3. Acumulação de Cargos ........................................................................................................ 11 
1.4. Agências Reguladoras ......................................................................................................... 12 
1.5. Agentes Políticos ................................................................................................................. 12 
1.6. Anistia Política .................................................................................................................... 12 
1.7. Aposentadoria ...................................................................................................................... 13 
1.8. Ato Administrativo .............................................................................................................. 15 
1.9. Autotutela ............................................................................................................................ 16 
1.10. Bens Públicos................................................................................................................... 16 
1.11. Código de Trânsito .......................................................................................................... 17 
1.12. Compartilhamento de Prova ............................................................................................ 17 
1.13. Concessão de Serviço Público ......................................................................................... 18 
1.14. Concurso Público ............................................................................................................. 18 
1.15. Confisco do art. 243 da CF/88 ......................................................................................... 19 
1.16. Conselhos Profissionais ................................................................................................... 19 
1.17. Contratação Temporária .................................................................................................. 20 
1.18. Contratos Administrativos ............................................................................................... 20 
1.19. Desapropriação ................................................................................................................ 20 
1.20. Empresas Públicas ........................................................................................................... 21 
1.21. Fundações ........................................................................................................................ 22 
1.22. FUNDEF .......................................................................................................................... 22 
1.23. Greve ................................................................................................................................ 23 
1.24. Improbidade Administrativa ............................................................................................ 24 
1.25. Lei de Relicitação ............................................................................................................ 25 
1.26. Licitação .......................................................................................................................... 25 
1.27. Nepotismo ........................................................................................................................ 25 
1.28. Organização Administrativa ............................................................................................ 26 
1.29. Pensão .............................................................................................................................. 27 
1.30. Posse Tardia em Cargo Público por Determinação Judicial ............................................ 27 
1.31. Precatórios ....................................................................................................................... 27 
 
3 
 
1.32. Princípios Administrativos .............................................................................................. 28 
1.33. Regime Próprio de Previdência Social ............................................................................ 29 
1.34. Regularização Fundiária .................................................................................................. 29 
1.35. Remuneração ................................................................................................................... 30 
1.36. Responsabilidade Civil do Estado ................................................................................... 30 
1.37. Servidores Públicos ......................................................................................................... 32 
1.38. Servidores Temporários ................................................................................................... 40 
1.39. Sociedade de Economia Mista ......................................................................................... 40 
2. DIREITO AMBIENTAL ............................................................................................................ 41 
2.1. Amianto ............................................................................................................................... 41 
2.2. Animais ............................................................................................................................... 41 
2.3. Áreas de Preservação Permanente ....................................................................................... 42 
2.4. Código Florestal .................................................................................................................. 42 
2.5. Competências ...................................................................................................................... 43 
2.6. Organismos Geneticamente Modificados ........................................................................... 43 
2.7. SISNAMA ........................................................................................................................... 44 
2.8. Unidades de Conservação ................................................................................................... 44 
3. DIREITO CIVIL ......................................................................................................................... 44 
3.1. Alimentos ............................................................................................................................ 44 
3.2. Autonomia das Entidades Desportivas ................................................................................ 45 
3.3. Bem de Família ................................................................................................................... 45 
3.4. Direito à Imagem ................................................................................................................. 45 
3.5. Responsabilidade Civil e Transporte Aéreo ........................................................................ 45 
3.6. Transgênero ......................................................................................................................... 46 
3.7. União Estável ...................................................................................................................... 47 
4. DIREITOCONSTITUCIONAL ................................................................................................ 47 
4.1. ADPF ................................................................................................................................... 47 
4.2. Advocacia Pública ............................................................................................................... 48 
4.3. Amicus Curiae ..................................................................................................................... 52 
4.4. Cláusula de Reserva de Plenário ......................................................................................... 52 
4.5. Competências Legislativas .................................................................................................. 54 
4.6. Comunicação Social ............................................................................................................ 62 
4.7. Comunidades Quilombolas ................................................................................................. 62 
 
4 
 
4.8. Conselho Nacional de Justiça .............................................................................................. 63 
4.9. Conselho Nacional do Ministério Público........................................................................... 66 
4.10. Contribuição Sindical ...................................................................................................... 67 
4.11. Controle de Constitucionalidade...................................................................................... 67 
4.12. Cotas Raciais em Concurso Público ................................................................................ 75 
4.13. CPI ................................................................................................................................... 76 
4.14. Defensoria Pública ........................................................................................................... 76 
4.15. Direito Adquirido ............................................................................................................. 78 
4.16. Direito à Educação ........................................................................................................... 78 
4.17. Direito à Informação ........................................................................................................ 80 
4.18. Direito à Saúde ................................................................................................................ 80 
4.19. Direito de Resposta .......................................................................................................... 81 
4.20. Direitos Políticos ............................................................................................................. 81 
4.21. Direitos Sociais ................................................................................................................ 82 
4.22. Educação .......................................................................................................................... 83 
4.23. Emendas Constitucionais ................................................................................................. 84 
4.24. Entidades Desportivas ..................................................................................................... 84 
4.25. Exercício Profissional ...................................................................................................... 85 
4.26. Homeschooling ................................................................................................................ 85 
4.27. Imunidade Material .......................................................................................................... 86 
4.28. Imunidade Parlamentar .................................................................................................... 86 
4.29. Inelegibilidades ................................................................................................................ 87 
4.30. Liberdade de Expressão ................................................................................................... 87 
4.31. Liberdade Religiosa ......................................................................................................... 89 
4.32. Livre Iniciativa ................................................................................................................. 89 
4.33. Medida Provisória ............................................................................................................ 90 
4.34. Ministério Público ........................................................................................................... 93 
4.35. Nacionalidade .................................................................................................................. 94 
4.36. Normas de Constituições Estaduais Examinadas pelo STF ............................................ 94 
4.37. Ordem Econômica ........................................................................................................... 95 
4.38. Organização do Estado .................................................................................................... 95 
4.39. Perda do Mandato de Deputados e Senadores ................................................................. 95 
4.40. Poder Executivo ............................................................................................................... 96 
 
5 
 
4.41. Poder Judiciário ............................................................................................................... 97 
4.42. Poder Legislativo ........................................................................................................... 100 
4.43. Presidente da República ................................................................................................. 101 
4.44. Processo Legislativo ...................................................................................................... 102 
4.45. Saúde .............................................................................................................................. 102 
4.46. Sigilo Bancário .............................................................................................................. 103 
4.47. Temas Diversos ............................................................................................................. 104 
4.48. Tribunal de Contas ......................................................................................................... 104 
4.49. Voto Impresso ................................................................................................................ 108 
5. DIREITO DO CONSUMIDOR ................................................................................................ 108 
5.1. Competências Legislativas ................................................................................................ 108 
5.2. Responsabilidade Civil e Transporte Aéreo ...................................................................... 108 
5.3. Plano de Saúde .................................................................................................................. 109 
6. DIREITO DO TRABALHO ..................................................................................................... 109 
6.1. Comissão de Conciliação Prévia ....................................................................................... 109 
6.2. Contribuição Sindical ........................................................................................................ 110 
6.3. Direitos Sociais.................................................................................................................. 111 
6.4. Estabilidade ....................................................................................................................... 111 
6.5. FGTS .................................................................................................................................112 
6.6. Greve ................................................................................................................................. 112 
6.7. Terceirização ..................................................................................................................... 113 
6.8. Trabalho por Prazo Determinado ...................................................................................... 113 
7. DIREITO ELEITORAL ........................................................................................................... 113 
7.1. Financiamento de Campanha Eleitoral.............................................................................. 113 
7.2. Fundo Partidário ................................................................................................................ 114 
7.3. Inelegibilidades ................................................................................................................. 115 
7.4. Infidelidade Partidária ....................................................................................................... 116 
7.5. Lei da Ficha Limpa............................................................................................................ 116 
7.6. Liberdade de Expressão..................................................................................................... 117 
7.7. Partidos Políticos ............................................................................................................... 118 
7.8. Prestação de Contas ........................................................................................................... 118 
7.9. Propaganda Eleitoral ......................................................................................................... 118 
7.10. Recurso Contra a Expedição de Diploma ...................................................................... 119 
 
6 
 
7.11. Sistemas Eleitorais ......................................................................................................... 119 
7.12. Título de Eleitor ............................................................................................................. 120 
7.13. Vacância de Cargos Políticos ........................................................................................ 120 
7.14. Voto Impresso ................................................................................................................ 121 
8. DIREITO FINANCEIRO ......................................................................................................... 122 
8.1. Despesas Públicas.............................................................................................................. 122 
8.2. Orçamento Público ............................................................................................................ 123 
9. DIREITO INTERNACIONAL ................................................................................................. 124 
9.1. Exequatur........................................................................................................................... 124 
9.2. Expulsão ............................................................................................................................ 124 
9.3. Extradição .......................................................................................................................... 125 
10. DIREITO NOTORIAL E REGISTRAL ............................................................................... 127 
10.1. Concurso Público ........................................................................................................... 127 
10.2. Juiz de Paz e Remuneração ............................................................................................ 128 
10.3. Permuta e Reclamação ................................................................................................... 129 
10.4. Regime Jurídico ............................................................................................................. 129 
10.5. Registro Civil ................................................................................................................. 129 
10.6. Responsabilidade Civil .................................................................................................. 130 
11. DIREITO PENAL ................................................................................................................. 130 
11.1. Atividade Clandestina de Telecomunicações ................................................................ 130 
11.2. Calúnia Eleitoral ............................................................................................................ 131 
11.3. Código de Trânsito ........................................................................................................ 132 
11.4. Confisco de Bens ........................................................................................................... 132 
11.5. Continuidade Delitiva .................................................................................................... 132 
11.6. Contrabando ................................................................................................................... 133 
11.7. Corrupção Passiva ......................................................................................................... 133 
11.8. Crimes Contra a Administração Pública. ....................................................................... 134 
11.9. Crimes Contra a Dignidade Sexual................................................................................ 134 
11.10. Crimes Contra a Ordem Tributária ................................................................................ 135 
11.11. Crimes da Lei de Licitações .......................................................................................... 137 
11.12. Crime de Incêndio .......................................................................................................... 140 
11.13. Crimes de Responsabilidade dos Prefeitos .................................................................... 140 
11.14. Crime Eleitoral ............................................................................................................... 141 
 
7 
 
11.15. Crimes Funcionais ......................................................................................................... 141 
11.16. Crimes Hediondos ......................................................................................................... 141 
11.17. Crimes Políticos ............................................................................................................. 142 
11.18. Desacato ......................................................................................................................... 142 
11.19. Descaminho ................................................................................................................... 143 
11.20. Difamação ...................................................................................................................... 143 
11.21. Dosimetria da Pena ........................................................................................................ 143 
11.22. Falsidade Ideológica ...................................................................................................... 144 
11.23. Furto ............................................................................................................................... 144 
11.24. Homicídio ...................................................................................................................... 145 
11.25. Injúria ............................................................................................................................. 145 
11.26. Latrocínio .......................................................................................................................145 
11.27. Lavagem de Dinheiro .................................................................................................... 146 
11.28. Lei de Drogas ................................................................................................................. 148 
11.29. Lei Maria da Penha ........................................................................................................ 151 
11.30. Multa .............................................................................................................................. 151 
11.31. Prescrição ....................................................................................................................... 152 
11.32. Princípio da Insignificância ........................................................................................... 153 
11.33. Racismo ......................................................................................................................... 156 
11.34. Regime Inicial ................................................................................................................ 157 
11.35. Teoria do Domínio do Fato............................................................................................ 158 
11.36. Tráfico de Influência ...................................................................................................... 158 
12. DIREITO PENAL E PROCESSUAL PENAL MILITAR ................................................... 159 
12.1. Crime Militar ................................................................................................................. 159 
12.2. Desacato ......................................................................................................................... 160 
12.3. Violência Contra Inferior ............................................................................................... 160 
13. DIREITO PREVIDENCIÁRIO ............................................................................................ 160 
13.1. Auxílio Acompanhante .................................................................................................. 161 
13.2. Benefício de Prestação Continuada ............................................................................... 161 
13.3. Desaposentação .............................................................................................................. 161 
13.4. Segurados ....................................................................................................................... 162 
14. DIREITO PROCESSUAL CIVIL ........................................................................................ 163 
14.1. Ação Anulatória ............................................................................................................. 163 
 
8 
 
14.2. Ação Civil Pública ......................................................................................................... 163 
14.3. Ação Coletiva Proposta por Associação ........................................................................ 164 
14.4. Ação Rescisória ............................................................................................................. 164 
14.5. Coisa Julgada ................................................................................................................. 165 
14.6. Competência .................................................................................................................. 165 
14.7. Embargos de Declaração ............................................................................................... 170 
14.8. Execução ........................................................................................................................ 171 
14.9. Execução Contra a Fazenda Pública .............................................................................. 171 
14.10. Fazenda Pública em Juízo .............................................................................................. 171 
14.11. FUNDEF ........................................................................................................................ 172 
14.12. Honorários Advocatícios ............................................................................................... 172 
14.13. Inquérito Civil ................................................................................................................ 174 
14.14. Julgamento por Amostragem do REsp e RE ................................................................. 174 
14.15. Mandado de Segurança .................................................................................................. 175 
14.16. Precatórios ..................................................................................................................... 176 
14.17. Processo Coletivo .......................................................................................................... 177 
14.18. Reclamação .................................................................................................................... 177 
14.19. Recurso Extraordinário .................................................................................................. 179 
14.20. Recursos ......................................................................................................................... 180 
14.21. Repercussão Geral ......................................................................................................... 181 
14.22. Requisição de Pequeno Valor ........................................................................................ 181 
14.23. Sustentação Oral ............................................................................................................ 182 
15. DIREITO PROCESSUAL DO TRABALHO....................................................................... 182 
15.1. Ação Rescisória ............................................................................................................. 182 
15.2. Comissão de Conciliação Prévia ................................................................................... 183 
15.3. Competência .................................................................................................................. 183 
15.4. Participação em Espetáculos Públicos ........................................................................... 185 
16. DIREITO PROCESSUAL PENAL ...................................................................................... 185 
16.1. Ação Penal ..................................................................................................................... 185 
16.2. Arquivamento ................................................................................................................ 185 
16.3. Arresto ........................................................................................................................... 186 
16.4. Assistente de Acusação .................................................................................................. 186 
16.5. Audiência de Custódia ................................................................................................... 187 
 
9 
 
16.6. Colaboração Premiada ................................................................................................... 187 
16.7. Competência .................................................................................................................. 191 
16.8. Denúncia ........................................................................................................................ 194 
16.9. Embargos Infringentes ................................................................................................... 195 
16.10. Emendatio Libelli .......................................................................................................... 195 
16.11. Execução Penal ..............................................................................................................196 
16.12. Execução Provisória da Pena ......................................................................................... 199 
16.13. Foro por Prerrogativa de Função ................................................................................... 201 
16.14. Habeas Corpus ............................................................................................................... 205 
16.15. Impedimentos ................................................................................................................ 210 
16.16. Indulto ............................................................................................................................ 210 
16.17. Inquérito Policial ........................................................................................................... 211 
16.18. Interceptação Telefônica ................................................................................................ 212 
16.19. Interrogatório ................................................................................................................. 214 
16.20. Investigação Criminal .................................................................................................... 215 
16.21. Julgamento por Amostragem de REsp e RE .................................................................. 215 
16.22. Medida de Segurança ..................................................................................................... 216 
16.23. Nulidades ....................................................................................................................... 216 
16.24. Prisão ............................................................................................................................. 221 
16.25. Prisão Preventiva ........................................................................................................... 223 
16.26. Procedimento ................................................................................................................. 225 
16.27. Progressão de Regime .................................................................................................... 226 
16.28. Provas ............................................................................................................................ 227 
16.29. Queixa-Crime ................................................................................................................ 233 
16.30. Reclamação .................................................................................................................... 233 
16.31. Recursos ......................................................................................................................... 234 
16.32. Remição de Pena ............................................................................................................ 237 
16.33. Revisão Criminal ........................................................................................................... 237 
16.34. Sentença ......................................................................................................................... 238 
16.35. Sigilos Bancário e Fiscal ............................................................................................... 238 
16.36. Suspeição ....................................................................................................................... 239 
16.37. Suspensão Condicional do Processo .............................................................................. 239 
16.38. Sustentação Oral ............................................................................................................ 239 
 
10 
 
16.39. Tribunal do Júri .............................................................................................................. 240 
16.40. Uso de Armas de Menor Potencial Ofensivo ................................................................ 242 
17. DIREITO TRIBUTÁRIO ..................................................................................................... 242 
17.1. Cofins ............................................................................................................................. 242 
17.2. Contribuição Previdenciária .......................................................................................... 242 
17.3. Contribuições ................................................................................................................. 243 
17.4. CSLL.............................................................................................................................. 243 
17.5. Depositário Infiel de Débitos Tributários ...................................................................... 244 
17.6. Direito Financeiro .......................................................................................................... 244 
17.7. Dívida Ativa ................................................................................................................... 245 
17.8. ICMS.............................................................................................................................. 246 
17.9. Imunidade Tributária ..................................................................................................... 247 
17.10. IPI .................................................................................................................................. 250 
17.11. IRPJ / CSLL ................................................................................................................... 251 
17.12. ISS.................................................................................................................................. 251 
17.13. ITR ................................................................................................................................. 252 
17.14. PIS/COFINS .................................................................................................................. 252 
17.15. Prescrição ....................................................................................................................... 253 
17.16. Responsabilidade Tributária .......................................................................................... 253 
17.17. Taxas .............................................................................................................................. 254 
18. ESTATUTO DE CRIANÇA E DO ADOLESCENTE ......................................................... 255 
18.1. Participação em Espetáculos Públicos ........................................................................... 255 
18.2. Recolhimento Compulsório de Criança ......................................................................... 255 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
11 
 
 
CADERNO DE JURISPRUDÊNCIA – DIZER O DIREITO 
 
SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL - STF 
 
1. DIREITO ADMINISTRATIVO 
 
1.1. Abono Permanência 
 
Magistrado que estava recebendo abono de permanência e foi promovido terá direito de 
continuar percebendo o benefício. 
A ocupação de novo cargo dentro da estrutura do Poder Judiciário, pelo titular do abono de 
permanência, não implica a cessação do benefício. 
Ex: determinada pessoa ocupa o cargo de Desembargador do Trabalho e está recebendo abono de 
permanência; se ela for promovida ao cargo de Ministro do TST, terá direito de continuar recebendo 
o abono, não sendo necessário completar cinco anos no cargo de Ministro para requerer o benefício. 
STF. 1ª Turma. MS 33424/DF e MS 33456/DF, Rel. Min. Marco Aurélio, julgado em 28/3/2017 (Info 
859). 
 
1.2. Acordo de Leniência 
 
É possível o compartilhamento das provas obtidas no acordo de leniência, desde que sejam 
respeitados os limites estabelecidos no acordo em relação aos aderentes. 
É possível o compartilhamento, para outros órgãos e autoridades públicas, das provas obtidas no 
acordo de leniência,desde que sejam respeitados os limites estabelecidos no acordo em relação aos 
aderentes. 
Assim, por exemplo, se uma empresa celebra acordo de leniência com o MPF aceitando fornecer 
provas contra si, estas provas somente poderão ser utilizadas para as sanções que foram ajustadas no 
acordo. 
No entanto, nada impede que tais provas sejam fornecidas (compartilhadas) para os órgãos de 
apuração para que sejam propostas medidas contra as outras pessoas envolvidas nos ilícitos e que não 
fizeram parte do acordo. 
STF. 2ª Turma. Inq 4420/DF, Rel. Min. Gilmar Mendes, julgado em 21/8/2018 (Info 913) 
 
1.3. Acumulação de Cargos 
 
Importante!!! 
É possível a acumulação de cargos mesmo que a jornada semanal ultrapasse 60h. 
A acumulação de cargos públicos de profissionais da área de saúde, prevista no art. 37, XVI, da 
CF/88, não se sujeita ao limite de 60 horas semanais previsto em norma infraconstitucional, pois 
inexiste tal requisito na Constituição Federal. 
O único requisito estabelecido para a acumulação é a compatibilidade de horários no exercício das 
funções, cujo cumprimento deverá ser aferido pela administração pública. 
 
12 
 
STF. 1ª Turma. RE 1176440/DF, Rel. Min. Alexandre de Moraes, julgado em 9/4/2019 (Info 937). 
STF. 2ª Turma. RMS 34257 AgR, Rel. Min. Ricardo Lewandowski, julgado em 29/06/2018. 
STJ. 1ª Seção. REsp 1767955/RJ, Rel. Min. Og Fernandes, julgado em 27/03/2019. 
 
1.4. Agências Reguladoras 
 
É constitucional a previsão de que a ANVISA pode proibir produtos e insumos em caso de 
violação da legislação ou de risco iminente à saúde, inclusive cigarros com sabor e aroma. 
É constitucional o art. 7º, III e XV, da Lei nº 9.782/99, que preveem que compete à ANVISA: 
III - estabelecer normas, propor, acompanhar e executar as políticas, as diretrizes e as ações de 
vigilância sanitária; 
XV - proibir a fabricação, a importação, o armazenamento, a distribuição e a comercialização de 
produtos e insumos, em caso de violação da legislação pertinente ou de risco iminente à saúde; 
Entendeu-se que tais normas consagram o poder normativo desta agência reguladora, sendo 
importante instrumento para a implementação das diretrizes, finalidades, objetivos e princípios 
expressos na Constituição e na legislação setorial. 
Além disso, o STF, após empate na votação, manteve a validade da Resolução RDC 
14/2012ANVISA, que proíbe a comercialização no Brasil de cigarros com sabor e aroma. Esta parte 
do dispositivo não possui eficácia erga omnes e efeito vinculante. Significa dizer que, provavelmente, 
as empresas continuarão ingressando com ações judiciais, em 1ª instância, alegando que a Resolução 
é inconstitucional e pedindo a liberação da comercialização dos cigarros com aroma. Os juízes e 
Tribunais estarão livres para, se assim entenderem, declararem inconstitucional a Resolução e 
autorizar a venda. Existem, inclusive, algumas decisões nesse sentido e que continuam valendo. 
STF. Plenário. ADI 4874/DF, Rel. Min. Rosa Weber, julgado em 1º/2/2018 (Info 889). 
 
1.5. Agentes Políticos 
 
Exercentes de mandato eletivo que não forem vinculados a regime próprio deverão pagar 
contribuição previdenciária ao RGPS. 
Incide contribuição previdenciária sobre os rendimentos pagos aos exercentes de mandato eletivo, 
decorrentes da prestação de serviços à União, aos Estados e ao Distrito Federal ou aos Municípios, 
após o advento da Lei nº 10.887/2004, desde que não vinculados a regime próprio de previdência. 
STF. Plenário. RE 626837/GO, Rel. Min. Dias Toffoli, julgado em 25/5/2017 (repercussão geral) 
(Info 866). 
 
1.6. Anistia Política 
 
Pagamento dos valores retroativos a anistiados políticos. 
1 - Reconhecido o direito à anistia política, a falta de cumprimento de requisição ou determinação de 
providências por parte da União, por intermédio do órgão competente, no prazo previsto nos artigos 
12, parágrafo 4º, e 18, caput, parágrafo único, da Lei 10.559 de 2002, caracteriza ilegalidade e 
violação de direito líquido e certo. 
 
13 
 
2 - Havendo rubricas no orçamento destinadas ao pagamento das indenizações devidas aos anistiados 
políticos, e não demonstrada a ausência de disponibilidade de caixa, a União há de promover o 
pagamento do valor ao anistiado no prazo de 60 dias. 
3 - Na ausência ou na insuficiência de disponibilidade orçamentária no exercício em curso, cumpre à 
União promover sua previsão no projeto de lei orçamentária imediatamente seguinte. 
STF. Plenário. RE 553710/DF, Rel. Min. Dias Toffoli, julgado em 17/11/2016 (repercussão geral) 
(Info 847). 
STF. 1ª Turma. RMS 28201/DF, Rel. Min. Marco Aurélio, julgado em 25/9/2018 (Info 917). 
 
O acórdão concessivo do MS que determina o pagamento retroativo dos valores devidos a 
anistiado político deve incluir também os juros de mora e correção monetária. 
Não é necessário o ajuizamento de ação autônoma para o pagamento dos consectários legais inerentes 
à reparação econômica devida a anistiado político e reconhecida por meio de Portaria do Ministro da 
Justiça, a teor do disposto no art. 8º do Ato das Disposições Constitucionais Transitórias (ADCT) e 
no art. 6º, § 6º, da Lei 10.559/2002. 
STF. 1ª Turma. RMS 36182/DF, Rel. Min. Marco Aurélio, julgado em 14/5/2019 (Info 940). 
 
1.7. Aposentadoria 
 
Aproveitamento do tempo trabalhado como aluno-aprendiz. 
O servidor que trabalhou como "aluno-aprendiz" pode utilizar este período como tempo de serviço 
para fins de aposentadoria? 
Sim, no entanto, para isso é necessário que ele apresente certidão do estabelecimento de ensino 
frequentado. Tal documento deve atestar a condição de aluno-aprendiz e o recebimento de retribuição 
pelos serviços executados, consubstanciada em auxílios materiais diversos. 
Com a edição da Lei nº 3.353/59, passou-se a exigir, para a contagem do tempo mencionado, a 
demonstração de que a mão de obra foi remunerada com o pagamento de encomendas. O elemento 
essencial à caracterização do tempo de serviço como aluno-aprendiz não é a percepção de vantagem 
direta ou indireta, mas a efetiva execução do ofício para o qual recebia instrução, mediante 
encomendas de terceiros. 
Como consequência, a declaração emitida por instituição de ensino profissionalizante somente 
comprova o período de trabalho caso registre expressamente a participação do educando nas 
atividades laborativas desenvolvidas para atender aos pedidos feitos às escolas. 
STF. 1ª Turma. MS 31518/DF, Rel. Min. Marco Aurélio, julgado em 7/2/2017 (Info 853). 
 
Juiz Federal que completou os requisitos para se aposentar quando ainda vigorava o art. 192, 
I, da Lei 8.112/90 tem direito de se aposentar com proventos de Desembargador. 
A redação originária do art. 192, I, da Lei nº 8.112/90 previa que o servidor público federal, ao se 
aposentar, deveria receber, como proventos, a remuneração da classe superior a que pertencia. Esse 
art. 192 foi revogado em 1997 pela Lei nº 9.527. 
Determinado Juiz Federal completou os requisitos para se aposentar em 1994. No entanto, optou por 
continuar trabalhando até 2010, quando pediu a aposentadoria. 
O STF entendeu que, como ele preencheu os requisitos para se aposentar em 1994, ou seja, antes da 
Lei nº 9.527/97, ele teria direito à regra prevista no art. 192, I, da Lei nº 8.112/90. 
 
14 
 
Logo, ele, ao se aposentar como Juiz Federal, tem direito de receber os proventos como se fosse 
Desembargador Federal (classe imediatamente superior àquela em que ele se encontrava 
posicionado). 
STF. 1ª Turma. MS 32726/DF, rel. orig. Min. Roberto Barroso, red. p/ o ac. Min. Marco Aurélio, 
julgado em 7/2/2017 (Info 853). 
 
Não se aplica a aposentadoria compulsória para titulares de serventias judiciais não estatizadas 
não ocupantes de cargo público e que não recebam remuneração dos cofres públicos. 
Não se aplica a aposentadoria compulsória prevista no art. 40, § 1º, II, da CF aos titulares de serventias 
judiciais não estatizadas, desde que não sejamocupantes de cargo público efetivo e não recebam 
remuneração proveniente dos cofres públicos. 
STF. Plenário. RE 647827/PR, Rel. Min. Gilmar Mendes, julgado em 15/2/2017 (repercussão geral) 
(Info 854). 
 
EC 70/2012 produz efeitos financeiros somente a partir da data de sua promulgação. 
Os efeitos financeiros das revisões de aposentadoria concedida com base no art. 6º-A da EC 41/2003, 
introduzido pela EC 70/2012, somente se produzirão a partir da data de sua promulgação (30/3/2012). 
STF. Plenário. RE 924456/RJ, rel. orig. Min. Dias Toffoli, red. p/ o ac. Min. Alexandre de Moraes, 
julgado em 5/4/2017 (Info 860). 
 
Importante!!! 
Guardas municipais não têm direito à aposentadoria especial. 
Aposentadoria especial é aquela cujos requisitos e critérios exigidos do beneficiário são mais 
favoráveis que os estabelecidos normalmente para as demais pessoas. 
A CF/88 prevê que os servidores que exerçam atividades de risco têm direito à aposentadoria especial, 
segundo requisitos e condições previstas em lei complementar (art. 40, § 4º, II, “b”). 
Diante da ausência de legislação específica, não cabe ao Poder Judiciário garantir aposentadoria 
especial (art. 40, § 4º, II, da CF/88) às guardas municipais. 
A aposentadoria especial não pode ser estendida aos guardas civis, uma vez que suas atividades 
precípuas não são inequivocamente perigosas e, ainda, pelo fato de não integrarem o conjunto de 
órgãos de segurança pública relacionados no art. 144, I a V, da CF/88. 
STF. Plenário. MI 6515/DF, MI 6770/DF, MI 6773/DF, MI 6780/DF, MI 6874/DF, Rel. Min. Roberto 
Barroso, julgados em 20/6/2018 (Info 907). 
 
Funpresp e data limite para adesão ao regime de previdência complementar. 
O art. 3º, § 7º, da Lei nº 12.618/2012 e o art. 92 da Lei nº 13.328/2016 previram que os servidores 
titulares de cargos efetivos da União (inclusive magistrados, membro do MP e do TCU) poderiam 
aderir, até o dia 29/07/2018, aos planos de benefícios administrados por entidades fechadas de 
previdência complementar. 
Duas associações de magistrados ingressaram com ação requerendo a prorrogação deste prazo. 
O STF, contudo, negou o pedido. 
O deferimento do pleito representaria indevida manipulação de opção político-normativa do 
Parlamento. 
 
15 
 
Ao STF, à semelhança do que ocorre com as demais Cortes Constitucionais, cabe exercer o papel de 
legislador negativo. É sua a relevante função de extirpar do ordenamento jurídico normas 
incompatíveis com a Lei Maior, devendo, exatamente por esse motivo, atuar com parcimônia. 
Não há, sob o ângulo material ou formal, qualquer traço de incompatibilidade direta com a 
Constituição Federal. 
STF. Plenário. ADI 4885 MC/DF, Rel. Min. Marco Aurélio, julgado em 27/6/2018 (Info 908). 
 
Importante!!! 
O Tribunal de Contas tem o prazo de 5 anos para julgar a legalidade do ato de concessão inicial 
de aposentadoria, reforma ou pensão, prazo esse contado da chegada do processo à Corte de 
Contas. 
Em atenção aos princípios da segurança jurídica e da confiança legítima, os Tribunais de Contas estão 
sujeitos ao prazo de cinco anos para o julgamento da legalidade do ato de concessão inicial de 
aposentadoria, reforma ou pensão, a contar da chegada do processo à respectiva Corte de Contas. 
STF. Plenário. RE 636553/RS, Rel. Min. Gilmar Mendes, julgado em 19/2/2020 (repercussão geral 
– Tema 445) (Info 967). 
 
1.8. Ato Administrativo 
 
MP que confere status de Ministro de Estado ao chefe da Secretaria-Geral da Presidência da 
República não é inconstitucional por desvio de finalidade. 
Não é inconstitucional medida provisória que, ao tratar sobre os órgãos vinculados à Presidência da 
República, confere status de Ministro de Estado ao chefe da Secretaria-Geral da Presidência da 
República, ainda que seu titular a ser nomeado, venha a ter foro por prerrogativa de função no STF. 
Não há desvio de finalidade na edição deste ato. 
A norma, ao estabelecer a organização básica dos Ministérios e demais órgãos ligados à Presidência 
da República, é matéria que está no âmbito decisório do chefe do Poder Executivo da União. 
Não se sustenta, do ponto de vista jurídico, o argumento de que a criação da Secretaria-Geral com 
status de Ministério de Estado implicaria burla aos postulados constitucionais de moralidade e 
probidade na Administração, porque a criação ou extinção de ministérios e órgãos da Presidência 
também está no campo de decisão do chefe do Poder Executivo. 
A nomeação de determinada pessoa para o cargo de Ministro de Estado é um ato subsequente e que, 
em princípio, está na alçada político-administrativa do Presidente da República (art. 84), desde que 
presentes os requisitos do art. 87 da CF/88. 
STF. Plenário. ADI 5717/DF, ADI 5709/DF, ADI 5716/DF e ADI 5727/DF, Rel. Min. Rosa Weber, 
julgados em 27/3/2019 (Info 935). 
 
O Poder Judiciário não pode fazer a revisão judicial do mérito da decisão administrativa 
proferida pelo CADE. 
A expertise técnica e a capacidade institucional do CADE em questões de regulação econômica exige 
que o Poder Judiciário tenha uma postura deferente (postura de respeito) ao mérito das decisões 
proferidas pela Autarquia. 
A análise jurisdicional deve se limitar ao exame da legalidade ou abusividade do ato administrativo. 
 
16 
 
O CADE é quem detém competência legalmente outorgada para verificar se a conduta de agentes 
econômicos gera efetivo prejuízo à livre concorrência. 
As sanções antitruste, aplicadas pelo CADE por força de ilicitude da conduta empresarial, dependem 
das consequências ou repercussões negativas no mercado analisado, sendo certo que a identificação 
de tais efeitos anticompetitivos reclama acentuada expertise. 
STF. 1ª Turma. RE 1083955/DF, Rel. Min. Luiz Fux, julgado em 28/5/2019 (Info 942). 
 
1.9. Autotutela 
 
Importante!!! 
Mesmo depois de terem-se passado mais de 5 anos, a Administração Pública pode anular a 
anistia política concedida quando se comprovar a ausência de perseguição política, desde que 
respeitado o devido processo legal e assegurada a não devolução das verbas já recebidas. 
No exercício do seu poder de autotutela, poderá a Administração Pública rever os atos de concessão 
de anistia a cabos da Aeronáutica com fundamento na Portaria 1.104/1964, quando se comprovar a 
ausência de ato com motivação exclusivamente política, assegurando-se ao anistiado, em 
procedimento administrativo, o devido processo legal e a não devolução das verbas já recebidas. 
Ex: 2003, João, ex-militar da Aeronáutica, recebeu anistia política, concedida por meio de portaria 
do Ministro da Justiça. Em 2006, a AGU emitiu nota técnica fazendo alguns questionamentos sobre 
a forma indevida pela qual estavam sendo concedidas anistias políticas, dentre elas a que foi 
outorgada a João. Em 2011, o Ministro da Justiça determinou que fossem revistas as concessões de 
anistia de inúmeros militares, inclusive a de João. Em 2012, foi aberto processo administrativo para 
examinar a situação de João e, ao final, determinou-se a anulação da anistia política. Mesmo tendo-
se passado mais de 5 anos, a anulação do ato foi possível, seja por força da parte final do art. 54 da 
Lei nº 9.784/99, seja porque o prazo decadencial do art. 54 da Lei nº 9.784/99 não se aplica quando 
o ato a ser anulado afronta diretamente a Constituição Federal. 
STF. Plenário. RE 817338/DF, Rel. Min. Dias Toffoli, julgado em 16/10/2019 (repercussão geral – 
Tema 839) (Info 956). 
 
1.10. Bens Públicos 
 
Importante!!! 
Continuam pertencendo à União os terrenos de marinha situados em ilha costeira que seja sede 
de Município. 
A EC 46/2005 não interferiu na propriedade da União, nos moldes do art. 20, VII, da Constituição 
Federal, sobre os terrenos de marinha e seus acrescidos situados em ilhas costeiras sede de 
Municípios. 
STF. Plenário. RE 636199/ES, Rel. Min. Rosa Weber, julgado em 27/4/2017 (repercussão geral) 
(Info 862). 
 
Não se pode caracterizar asterras ocupadas pelos indígenas como devolutas. 
As terras tradicionalmente ocupadas pelos índios são bens da União (art. 20, XI, da CF/88) e, portanto, 
não podem ser consideradas como terras devolutas de domínio do Estado-membro. 
 
17 
 
STF. Plenário. ACO 362/MT e ACO 366/MT, Rel. Min. Marco Aurélio, julgados em 16/8/2017 (Info 
873). 
 
1.11. Código de Trânsito 
 
CTB pode exigir a quitação do pagamento dos tributos, encargos e multas como condição para 
que o veículo possa circular. 
O CTB prevê que só poderá ser expedido novo certificado de registro de veículo e novo certificado 
de licenciamento anual se ficar comprovado o pagamento dos débitos relativos a tributos, encargos e 
multas vinculadas ao veículo, independentemente da responsabilidade pelas infrações cometidas 
(arts. 124, VIII, 128, e 131, § 2º). Tais dispositivos são constitucionais e não limitam o direito de 
propriedade. Além disso, não se constituem em sanções políticas. 
STF. Plenário. ADI 2998/DF, rel. Min. Marco Aurélio, red. p/ o ac. Min. Ricardo Lewandowski, 
julgado em 10/04/2019 (Info 937). 
 
Resolução do CONTRAN não pode estabelecer penalidades, devendo as sanções ser previstas 
em lei em sentido formal e material. 
O art. 161 do CTB prevê que: 
Art. 161. Constitui infração de trânsito a inobservância de qualquer preceito deste Código, da 
legislação complementar ou das resoluções do CONTRAN, sendo o infrator sujeito às penalidades e 
medidas administrativas indicadas em cada artigo, além das punições previstas no Capítulo XIX. 
Parágrafo único. As infrações cometidas em relação às resoluções do CONTRAN terão suas 
penalidades e medidas administrativas definidas nas próprias resoluções. 
O STF conferiu interpretação conforme a Constituição, para declarar inconstitucional a possibilidade 
do estabelecimento de sanção por parte do CONTRAN, como se órgão legislativo fosse, visto que as 
penalidades têm de estar previstas em lei em sentido formal e material. 
Além disso, o Tribunal declarou a nulidade da expressão “ou das Resoluções do Contran” presente 
neste artigo. 
STF. Plenário. ADI 2998/DF, rel. Min. Marco Aurélio, red. p/ o ac. Min. Ricardo Lewandowski, 
julgado em 10/04/2019 (Info 937). 
 
1.12. Compartilhamento de Prova 
 
É possível o compartilhamento das provas obtidas no acordo de leniência, desde que sejam 
respeitados os limites estabelecidos no acordo em relação aos aderentes. 
É possível o compartilhamento, para outros órgãos e autoridades públicas, das provas obtidas no 
acordo de leniência, desde que sejam respeitados os limites estabelecidos no acordo em relação aos 
aderentes. 
Assim, por exemplo, se uma empresa celebra acordo de leniência com o MPF aceitando fornecer 
provas contra si, estas provas somente poderão ser utilizadas para as sanções que foram ajustadas no 
acordo. 
No entanto, nada impede que tais provas sejam fornecidas (compartilhadas) para os órgãos de 
apuração para que sejam propostas medidas contra as outras pessoas envolvidas nos ilícitos e que não 
fizeram parte do acordo. 
 
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STF. 2ª Turma. Inq 4420/DF, Rel. Min. Gilmar Mendes, julgado em 21/8/2018 (Info 913) 
 
1.13. Concessão de Serviço Público 
 
Importante!!! 
A concessionária não tem direito adquirido à renovação do contrato de concessão. 
A concessionária não tem direito adquirido à renovação do contrato de concessão de usina 
hidrelétrica. 
A União possui a faculdade de prorrogar ou não o contrato de concessão, tendo em vista o interesse 
público, não se podendo invocar direito líquido e certo a tal prorrogação. Dessa forma, a prorrogação 
do contrato administrativo insere-se no campo da discricionariedade. 
A Lei nº 12.783/2013 subordinou a prorrogação dos contratos de concessão de geração, transmissão 
e distribuição de energia elétrica à aceitação expressa de determinadas condições. Se estas são 
recusadas pela concessionária, a Administração Pública não é obrigada a renovar a concessão. 
A Lei nº 12.783/2013 pode ser aplicada para a renovação de contratos ocorrida após a sua vigência 
mesmo que a assinatura do pacto original tenha ocorrido antes da sua edição. 
STF. 2ª Turma. RMS 34203/DF e AC 3980/DF, Rel. Min. Dias Toffoli, julgados em 21/11/2017 (Info 
885). 
 
1.14. Concurso Público 
 
Importante!!! 
A candidata que esteja gestante no dia do teste físico possui o direito de fazer a prova em uma 
nova data no futuro. 
Os candidatos possuem direito à segunda chamada nos testes físicos em concursos públicos? 
REGRA: NÃO. 
Os candidatos em concurso público NÃO têm direito à prova de segunda chamada nos testes de 
aptidão física em razão de circunstâncias pessoais, ainda que de caráter fisiológico ou de força maior, 
salvo se houver previsão no edital permitindo essa possibilidade. 
STF. Plenário. RE 630733/DF, Rel. Min. Gilmar Mendes, julgado em 15/5/2013 (repercussão geral) 
(Info 706). 
EXCEÇÃO: as candidatas gestantes possuem. 
É constitucional a remarcação do teste de aptidão física de candidata que esteja grávida à época de 
sua realização, independentemente da previsão expressa em edital do concurso público. 
STF. Plenário. RE 1058333/PR, Rel. Min. Luiz Fux, julgado em 21/11/2018 (repercussão geral) (Info 
924). 
 
É inconstitucional dispositivo legal que preveja a possibilidade de o indivíduo aprovado no 
concurso tomar posse e entrar em exercício, de imediato, na classe final da carreira. 
É inconstitucional lei que preveja a possibilidade de o indivíduo aprovado no concurso público 
ingressar imediatamente no último padrão da classe mais elevada da carreira. Essa disposição afronta 
os princípios da igualdade e da impessoalidade, os quais regem o concurso público. 
Por essa razão, o STF declarou a inconstitucionalidade do § 1º do art. 18 da Lei nº 8.691/93. 
 
19 
 
STF. Plenário. ADI 1240/DF, Rel. Min. Cármen Lúcia, julgado em 28/2/2019 (Info 932). 
 
Não se anula prova prática de taquígrafo pelo simples fato de o edital prever que o ditado seria 
feito com velocidade crescente e, no dia do teste, o ditado ter sido feito de forma decrescente. 
Em concurso para taquígrafo, não se anula prova prática de registro taquigráfico pelo simples fato de 
o edital prever que o ditado seria feito com velocidade variável e crescente e, no dia do teste, o ditado 
ter sido realizado de forma decrescente. 
Não se evidencia que isso, em princípio, gere quebra de isonomia entre os candidatos, além de não 
haver prejuízo, aplicando-se o princípio pas de nullité sans grief. 
STF. 2ª Turma. RMS 36305/DF, Rel. Min. Edson Fachin, julgado em 17/9/2019 (Info 952). 
 
Importante!!! 
Não é legítima a cláusula de edital de concurso público que restrinja a participação de candidato 
pelo simples fato de responder a inquérito ou a ação penal, salvo se essa restrição for instituída 
por lei e se mostrar constitucionalmente adequada. 
Sem previsão constitucionalmente adequada e instituída por lei, não é legítima a cláusula de edital 
de concurso público que restrinja a participação de candidato pelo simples fato de responder a 
inquérito ou a ação penal. 
STF. Plenário. RE 560900/DF, Rel. Min. Roberto Barroso, julgado em 5 e 6/2/2020 (repercussão 
geral – Tema 22) (Info 965). 
 
Importante!!! 
Cabe à Justiça Comum (estadual ou federal) julgar ações contra concurso público realizado 
por órgãos e entidades da Administração Pública para contratação de empregados celetistas. 
Compete à Justiça comum processar e julgar controvérsias relacionadas à fase pré-contratual de 
seleção e de admissão de pessoal e eventual nulidade do certame em face da Administração Pública, 
direta e indireta, nas hipóteses em que adotado o regime celetista de contratação de pessoal. 
STF. Plenário. RE 960429/RN, Rel. Min. Gilmar Mendes, julgado em 4 e 5/3/2020 (repercussão geral 
– Tema 992) (Info 968). 
 
1.15. Confisco do art. 243 da CF/88 
 
Importante!!! 
Possibilidade de o proprietário afastar a sanção do art. 243 daCF/88 se provar que não teve 
culpa. 
A expropriação prevista no art. 243 da Constituição Federal pode ser afastada, desde que o 
proprietário comprove que não incorreu em culpa, ainda que in vigilando ou in eligendo. 
STF. Plenário. RE 635336/PE, Rel. Min. Gilmar Mendes, julgado em 14/12/2016 (repercussão geral) 
(Info 851). 
 
1.16. Conselhos Profissionais 
 
Importante!!! 
 
20 
 
Conselhos profissionais não estão sujeitos ao regime de precatórios. 
Os pagamentos devidos, em razão de pronunciamento judicial, pelos Conselhos de Fiscalização (exs: 
CREA, CRM, COREN, CRO) não se submetem ao regime de precatórios. 
STF. Plenário. RE 938837/SP, rel. orig. Min. Edson Fachin, red. p/ o ac. Min. Marco Aurélio, julgado 
em 19/4/2017 (repercussão geral) (Info 861). 
 
1.17. Contratação Temporária 
 
Lei de contratação temporária não pode prever hipóteses genéricas nem a prorrogação 
indefinida dos contratos. 
São inconstitucionais, por violarem o art. 37, IX, da CF/88, a autorização legislativa genérica para 
contratação temporária e a permissão de prorrogação indefinida do prazo de contratações temporárias. 
STF. Plenário. ADI 3662/MT, Rel. Min. Marco Aurélio, julgado em 23/3/2017 (Info 858). 
 
1.18. Contratos Administrativos 
 
Importante!!! 
O inadimplemento dos encargos trabalhistas dos empregados do contratado não transfere 
automaticamente ao Poder Público a responsabilidade pelo seu pagamento. 
O inadimplemento dos encargos trabalhistas dos empregados do contratado não transfere 
automaticamente ao Poder Público contratante a responsabilidade pelo seu pagamento, seja em 
caráter solidário ou subsidiário, nos termos do art. 71, § 1º, da Lei nº 8.666/93. 
Obs: a tese acima foi a fixada pelo STF. No entanto, penso que é importante um esclarecimento 
revelado durante os debates: é possível sim, excepcionalmente, que a Administração Pública responda 
pelas dívidas trabalhistas contraídas pela empresa contratada e que não foram pagas, desde que o ex-
empregado reclamante comprove, com elementos concretos de prova, que houve efetiva falha do 
Poder Público na fiscalização do contrato. 
STF. Plenário. RE 760931/DF, rel. orig. Min. Rosa Weber, red. p/ o ac. Min. Luiz Fux, julgado em 
26/4/2017 (repercussão geral) (Info 862). 
 
1.19. Desapropriação 
 
Análise da constitucionalidade da MP 2.183-56/2001, que alterou o DL 3.365/41. 
O DL 3.365/41 dispõe sobre desapropriações por utilidade pública. Veja o que diz o art. 15-A, 
que foi incluído pela MP 2.183-56/2001: 
“Art. 15-A No caso de imissão prévia na posse, na desapropriação por necessidade ou utilidade 
pública e interesse social, inclusive para fins de reforma agrária, havendo divergência entre o preço 
ofertado em juízo e o valor do bem, fixado na sentença, expressos em termos reais, incidirão juros 
compensatórios de até seis por cento ao ano sobre o valor da diferença eventualmente apurada, a 
contar da imissão na posse, vedado o cálculo de juros compostos. 
§ 1º Os juros compensatórios destinam-se, apenas, a compensar a perda de renda comprovadamente 
sofrida pelo proprietário. 
§ 2º Não serão devidos juros compensatórios quando o imóvel possuir graus de utilização da terra e 
de eficiência na exploração iguais a zero. 
 
21 
 
§ 3º O disposto no caput deste artigo aplica-se também às ações ordinárias de indenização por 
apossamento administrativo ou desapropriação indireta, bem assim às ações que visem a indenização 
por restrições decorrentes de atos do Poder Público, em especial aqueles destinados à proteção 
ambiental, incidindo os juros sobre o valor fixado na sentença. 
§ 4º Nas ações referidas no § 3º, não será o Poder Público onerado por juros compensatórios relativos 
a período anterior à aquisição da propriedade ou posse titulada pelo autor da ação.” 
O STF analisou a constitucionalidade do art. 15-A do DL 3.365/41 e chegou às seguintes conclusões: 
1) em relação ao “caput” do art. 15-A do DL 3.365/41: 
1.a) reconheceu a constitucionalidade do percentual de juros compensatórios no patamar fixo de 6% 
ao ano para remuneração do proprietário pela imissão provisória do ente público na posse de seu bem; 
1.b) declarou a inconstitucionalidade do vocábulo “até”; 
1.c) deu interpretação conforme a Constituição ao “caput” do art. 15-A, de maneira a incidir juros 
compensatórios sobre a diferença entre 80% do preço ofertado em juízo pelo ente público e o valor 
do bem fixado na sentença; 
2) declarou a constitucionalidade do § 1º do art. 15-A, que condiciona o pagamento dos juros 
compensatórios à comprovação da “perda da renda comprovadamente sofrida pelo proprietário”; 
3) declarou a constitucionalidade do § 2º do art. 15-A, afastando o pagamento de juros 
compensatórios quando o imóvel possuir graus de utilização da terra e de eficiência iguais a zero; 
4) declarou a constitucionalidade do § 3º do art. 15-A, estendendo as regras e restrições de pagamento 
dos juros compensatórios à desapropriação indireta. 
5) declarou a inconstitucionalidade do § 4º do art. 15-A; 
6) declarou a constitucionalidade da estipulação de parâmetros mínimo (0,5%) e máximo (5%) para 
a concessão de honorários advocatícios e a inconstitucionalidade da expressão “não podendo os 
honorários ultrapassar R$ 151.000,00 (cento e cinquenta e um mil reais)” prevista no § 1º do art. 27. 
STF. Plenário. ADI 2332/DF, Rel. Min. Roberto Barroso, julgado em 17/5/2018 (Info 902). 
 
1.20. Empresas Públicas 
 
É possível aplicar o regime de precatórios às empresas públicas? 
Não se submetem ao regime de precatório as empresas públicas dotadas de personalidade jurídica de 
direito privado com patrimônio próprio e autonomia administrativa que exerçam atividade econômica 
sem monopólio e com finalidade de lucro. 
STF. 1ª Turma. RE 892727/DF, rel. orig. Min. Alexandre de Morais, red. p/ o ac. Min. Rosa Weber, 
julgado em 7/8/2018 (Info 910). 
 
Importante!!! 
Os Correios têm o dever jurídico de motivar, em ato formal, a demissão de seus empregados. 
A Empresa Brasileira de Correios e Telégrafos (ECT) tem o dever jurídico de motivar, em ato formal, 
a demissão de seus empregados. 
STF. Plenário. RE 589998 ED/PI, Rel. Min. Roberto Barroso, julgado em 10/10/2018 (repercussão 
geral) (Info 919). 
 
Importante!!! 
 
22 
 
A alienação do controle acionário de empresas públicas e sociedades de economia mista exige 
autorização legislativa e licitação. 
A alienação do controle acionário de empresas públicas e sociedades de economia mista exige 
autorização legislativa e licitação. 
Por outro lado, não se exige autorização legislativa para a alienação do controle de suas subsidiárias 
e controladas. Nesse caso, a operação pode ser realizada sem a necessidade de licitação, desde que 
siga procedimentos que observem os princípios da administração pública inscritos no art. 37 da 
CF/88, respeitada, sempre, a exigência de necessária competitividade. 
STF. Plenário. ADI 5624 MC-Ref/DF, Rel. Min. Ricardo Lewandowski, julgado em 5 e 6/6/2019 
(Info 943). 
 
1.21. Fundações 
 
Importante!!! 
A fundação instituída pelo Estado pode estar sujeita ao regime público ou privado, a depender 
do estatuto da fundação e das atividades por ela prestadas. 
A qualificação de uma fundação instituída pelo Estado como sujeita ao regime público ou privado 
depende: 
i) do estatuto de sua criação ou autorização; e 
ii) das atividades por ela prestadas. 
As atividades de conteúdo econômico e as passíveis de delegação, quando definidas como objetos de 
dada fundação, ainda que essa seja instituída ou mantida pelo poder público, podem se submeter ao 
regime jurídico de direito privado. 
STF. Plenário. RE 716378/SP, Rel. Min. Dias Toffoli, julgado em 1º e 7/8/2019 (repercussão geral) 
(Info 946). 
 
Importante!!! 
A estabilidade especial do art. 19 do ADCT não se aplica para empregados das fundações 
públicas de direito privado (abrange apenas os servidores das pessoas jurídicas de direitopúblico). 
A estabilidade especial do art. 19 do Ato das Disposições Constitucionais Transitórias (ADCT) não 
se estende aos empregados das fundações públicas de direito privado, aplicando-se tão somente aos 
servidores das pessoas jurídicas de direito público. 
O termo “fundações públicas”, utilizado pelo art. 19 do ADCT, deve ser compreendido como 
fundações autárquicas, sujeitas ao regime jurídico de direito público. 
Ex: empregados da Fundação Padre Anchieta não gozam dessa estabilidade do art. 19 do ADCT em 
razão de se tratar de uma fundação pública de direito privado. 
STF. Plenário. RE 716378/SP, Rel. Min. Dias Toffoli, julgado em 1º e 7/8/2019 (repercussão geral) 
(Info 946). 
 
1.22. FUNDEF 
 
União deverá indenizar Estados prejudicados com o cálculo incorreto do VMNA. 
 
23 
 
O valor da complementação da União ao Fundo de Manutenção e Desenvolvimento do Ensino 
Fundamental e de Valorização do Magistério (Fundef) deve ser calculado com base no valor mínimo 
nacional por aluno extraído da média nacional. 
A complementação ao Fundef realizada a partir do valor mínimo anual por aluno fixada em desacordo 
com a média nacional impõe à União o dever de suplementação de recursos, mantida a vinculação 
constitucional a ações de desenvolvimento e manutenção do ensino. Em outras palavras, os Estados 
prejudicados com o cálculo incorreto do valor mínimo nacional por aluno deverão ser indenizados 
por conta do montante pago a menor a título de complementação pela União no período de vigência 
do FUNDEF, isto é, nos exercícios financeiros de 1998 a 2007. 
Essa indenização abrange apenas os danos materiais, não sendo devidos danos morais coletivos por 
conta desse repasse a menor. 
STF. Plenário. ACO 648/BA, ACO 660/AM, ACO 669/SE e ACO 700/RN, rel. orig. Min. Marco 
Aurélio, red. p/ o ac. Min. Edson Fachin, julgados em 6/9/2017 (Info 876). 
 
União deverá indenizar Estados prejudicados com o cálculo incorreto do VMNA. 
O valor da complementação da União ao Fundo de Manutenção e Desenvolvimento do Ensino 
Fundamental e de Valorização do Magistério (Fundef) deve ser calculado com base no valor mínimo 
nacional por aluno extraído da média nacional. 
A complementação ao Fundef realizada a partir do valor mínimo anual por aluno fixada em desacordo 
com a média nacional impõe à União o dever de suplementação de recursos, mantida a vinculação 
constitucional a ações de desenvolvimento e manutenção do ensino. Em outras palavras, os Estados 
prejudicados com o cálculo incorreto do valor mínimo nacional por aluno deverão ser indenizados 
por conta do montante pago a menor a título de complementação pela União no período de vigência 
do FUNDEF, isto é, nos exercícios financeiros de 1998 a 2007. 
O tema acima foi definido pelo STJ (no REsp 1101015/BA) e pelo STF nas ACO 648/BA, ACO 
660/AM, ACO 669/SE e ACO 700/RN, jugadas em 6/9/2017. 
Diante disso, é possível que o Ministro do STF, Relator de ações com pedidos semelhantes, decida 
monocraticamente e julgue procedente os pedidos formulados por outros Estados membros contra a 
União. Não haverá, neste caso, violação ao princípio da colegialidade. 
STF. Plenário. ACO 701 AgR/AL, Rel. Min. Edson Fachin, julgado em 18/12/2019 (Info 964). 
 
1.23. Greve 
 
Importante!!! 
Policiais são proibidos de fazer greve. 
O exercício do direito de greve, sob qualquer forma ou modalidade, é vedado aos policiais civis e a 
todos os servidores públicos que atuem diretamente na área de segurança pública. 
É obrigatória a participação do Poder Público em mediação instaurada pelos órgãos classistas das 
carreiras de segurança pública, nos termos do art. 165 do CPC, para vocalização dos interesses da 
categoria. 
STF. Plenário. ARE 654432/GO, Rel. orig. Min. Edson Fachin, red. p/ o ac. Min. Alexandre de 
Moraes, julgado em 5/4/2017 (repercussão geral) (Info 860). 
 
 
24 
 
Compete à Justiça Comum (estadual ou federal) decidir se a greve realizada por servidor 
público é ou não abusiva. 
A justiça comum, federal ou estadual, é competente para julgar a abusividade de greve de servidores 
públicos celetistas da Administração pública direta, autarquias e fundações públicas. 
STF. Plenário. RE 846854/SP, rel. orig. Min. Luiz Fux, red. p/ o ac. Min. Alexandre de Moraes, 
julgado em 1º/8/2017 (repercussão geral) (Info 871). 
 
Constitucionalidade de Decreto estadual que regulamenta as providências a serem adotadas em 
caso de greve. 
O Governador da Bahia editou um decreto prevendo que, em caso de greve, deverão ser adotas as 
seguintes providências: 
a) convocação dos grevistas a reassumirem seus cargos; 
b) instauração de processo administrativo disciplinar; 
c) desconto em folha de pagamento dos dias de greve; 
d) contratação temporária de servidores; 
e) exoneração dos ocupantes de cargo de provimento temporário e de função gratificada que 
participarem da greve. 
O STF decidiu que este Decreto é constitucional. 
Trata-se de decreto autônomo que disciplina as consequências—estritamente administrativas—do ato 
de greve dos servidores públicos e as providências a serem adotadas pelos agentes públicos no sentido 
de dar continuidade aos serviços públicos. 
A norma impugnada apenas prevê a instauração de processo administrativo para se apurar a 
participação do servidor na greve e as condições em que ela se deu, bem como o não pagamento dos 
dias de paralisação, o que está em consonância com a orientação fixada pelo STF no julgamento do 
MI 708. 
É possível a contratação temporária excepcional (art. 37, IX, da CF/88) prevista no decreto porque o 
Poder Público tem o dever constitucional de prestar serviços essenciais que não podem ser 
interrompidos, e que a contratação, no caso, é limitada ao período de duração da greve e apenas para 
garantir a continuidade dos serviços. 
STF. Plenário. ADI 1306/BA, Rel. Min. Cármen Lúcia, julgado em 13/6/2017 (Info 906). 
 
1.24. Improbidade Administrativa 
 
Importante!!! 
Ação de improbidade administrativa: ministro de estado e foro competente. 
Os agentes políticos, com exceção do Presidente da República, encontram-se sujeitos a duplo regime 
sancionatório, de modo que se submetem tanto à responsabilização civil pelos atos de improbidade 
administrativa quanto à responsabilização político-administrativa por crimes de responsabilidade. 
O foro especial por prerrogativa de função previsto na Constituição Federal em relação às infrações 
penais comuns não é extensível às ações de improbidade administrativa . 
STF. Plenário. Pet 3240 AgR/DF, rel. Min. Teori Zavascki, red. p/ o ac. Min. Roberto Barroso, 
julgado em 10/5/2018 (Info 901). 
 
 
25 
 
Importante!!! 
Imprescritibilidade do ressarcimento nas ações de improbidade administrativa. 
São imprescritíveis as ações de ressarcimento ao erário fundadas na prática de ato doloso tipificado 
na Lei de Improbidade Administrativa. 
STF. Plenário. RE 852475/SP, Rel. orig. Min. Alexandre de Moraes, Rel. para acórdão Min. Edson 
Fachin, julgado em 08/08/2018 (repercussão geral) (Info 910). 
 
1.25. Lei de Relicitação 
 
As normas previstas na Lei da Relicitação (Lei 13.448/2017) para a prorrogação antecipada dos 
contratos de concessão são compatíveis com os princípios constitucionais da eficiência, da 
razoabilidade, da impessoalidade, da moralidade e da competitividade. 
As normas previstas na Lei da Relicitação para a prorrogação antecipada dos contratos de concessão 
não violam os princípios constitucionais da eficiência, da razoabilidade, da impessoalidade, da 
moralidade e da competitividade. 
As regras complementam os requisitos da legislação geral (Lei nº 8.987/95) sobre o regime de 
concessão de serviços públicos, que exige a regularidade, a continuidade, a eficiência, a segurança e 
a fixação de tarifas em valores razoáveis (modicidade). 
A prorrogação é analisada caso a caso e está sujeita à fiscalização da agência reguladora. 
Vale ressaltar, ainda, que o contrato deve

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