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microagulhamento no tratamento de estrias

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IBMR – LAUREATE INTERNATIONAL UNIVERSITIES 
 
 
 
 
MAYARA GUIMARÃES DA SILVA 
 
 
 
 
 
USO ESTÉTICO DO MICROAGULHAMENTO NO 
TRATAMENTO DE ESTRIAS RUBRAS E ALBAS 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Rio de Janeiro 
2017 
IBMR – LAUREATE INTERNATIONAL UNIVERSITIES 
 
 
 
 
MAYARA GUIMARÃES DA SILVA 
 
 
 
 
USO ESTÉTICO DO MICROAGULHAMENTO NO 
TRATAMENTO DE ESTRIAS RUBRAS E ALBAS 
 
 
 
Trabalho de Conclusão de Curso apresentado 
ao Curso de Biomedicina do IBMR – Laureate 
International Universities como pré-requisito 
para obtenção do Título de Bacharel em 
Biomedicina. 
 
 
 
ORIENTADORA: Dr. ª Tatiana de Oliveira Fulco 
 
 
 
Rio de Janeiro 
2017 
MAYARA GUIMARÃES DA SILVA 
 
 
 
USO ESTÉTICO DO MICROAGULHAMENTO NO 
TRATAMENTO DE ESTRIAS RUBRAS E ALBAS 
 
 
Trabalho de Conclusão de Curso apresentado 
ao Curso de Biomedicina do IBMR – Laureate 
International Universities como pré-requisito 
para obtenção do Título de Bacharel em 
Biomedicina. 
 
 
 
Aprovada em 14 de Novembro de 2017. 
 
 
BANCA EXAMINADORA 
 
 
 Prof. Dr. º Alan Brito Carneiro 
IBMR – LAUREATE INTERNATIONAL UNIVERSITIES 
 
 
Prof. Dr. º Fernanda Marques Carvalho 
IBMR – LAUREATE INTERNATIONAL UNIVERSITIES 
 
 
AGRADECIMENTOS 
 
Agradeço primeiramente à Deus por tornar tudo possível. 
À minha avó Sonia Maria Diniz Guimarães pela luta e esforço imensuráveis para minha 
formação acadêmica e criação. 
Ao meu namorado e melhor amigo, Pedro Ferrer Brandão pela paciência, pela ajuda e 
privação de seus momentos de lazer para se dedicar ao desenvolvimento deste trabalho. 
Agradeço à minha orientadora, professora Tatiana de Oliveira Fulco por aceitar me orientar 
de braços abertos apesar do tempo limitado, pela atenção, conselhos, ajuda e 
disponibilidade durante a correria do trajeto. 
Ao professor Rômulo Medina de Mattos pela ajuda e a todos que de alguma forma 
contribuíram para realização deste estudo. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
“O belo é o esplendor da ordem”. 
Aristóteles 
LISTA DE ILUSTRAÇÕES 
 
Figura 1 – Camadas da pele ................................................................................................... 14 
Figura 2 – Camadas da epiderme ........................................................................................... 17 
Figura 3 – Camadas da derme ................................................................................................ 19 
Figura 4 – Estrias rubras ......................................................................................................... 21 
Figura 5 – Estrias albas .......................................................................................................... 21 
Figura 6 – Locais mais acometidos pelas estrias .................................................................... 23 
Figura 7 – Aparelho utilizado no microagulhamento ............................................................. 25 
Figura 8 – Processo de cicatrização........................................................................................ 28 
Figura 9 – Direções da técnica de microagulhamento............................................................ 30 
Figura 10 – Resultado 1 .......................................................................................................... 31 
Figura 11 – Resultado 2 .......................................................................................................... 32 
Figura 12 – Resultado 3 .......................................................................................................... 34 
Figura 13 – Resultado 4 .......................................................................................................... 34 
Figura 14 – Resultado 5 .......................................................................................................... 35 
Figura 15 – Resultado 6 .......................................................................................................... 35 
Figura 16 – Resultado 7 .......................................................................................................... 36 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
LISTA DE TABELAS E GRÁFICOS 
 
Tabela 1 – Melhoria clínica da aparência das estrias ...........................................................................33 
Tabela 2 – Grau de satisfação dos pacientes ........................................................................... 33 
Gráfico 1 – Melhoria clínica da aparência das estrias ............................................................. 36 
Gráfico 2 – Grau de satisfação dos pacientes .......................................................................... 37 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
LISTA DE SIGLAS E SÍMBOLOS 
 
TGF- β - Transforming Growth Factor Beta; Fator de Transformação de Crescimento Beta 
PDGF - Platelet-derived Growth Gactor; Fator de Crescimento Derivado de Plaquetas 
FGF - Fibroblast Growth Factor; Fator de Crescimento de Fibroblastos 
VEGF- Vascular Endothelial Growth Factor; Fator de Crescimento Endotelial Vascular 
TNF- Tumor Necrosis Factor; Fator de Necrose Tumoral 
% - porcentagem 
α - alfa 
β - beta 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
SUMÁRIO 
 
1 INTRODUÇÃO .................................................................................................................. 11
 
2 OBJETIVOS ........................................................................................................................ 12 
2.1 Objetivo geral ..................................................................................................................... 12 
2.2 Objetivos específicos .......................................................................................................... 12 
 
3 METODOLOGIA ................................................................................................................ 13 
 
4 DESENVOLVIMENTO ...................................................................................................... 14 
4.1 Fisiologia da pele ................................................................................................................ 14 
4..1.1 Epiderme ......................................................................................................................... 15 
4.1.2 Derme .............................................................................................................................. 17 
4.2 Estrias ................................................................................................................................. 19 
4.2.1 Classificação ................................................................................................................... 20 
4.2.2 Etiologia .......................................................................................................................... 21 
4.2.3 Incidência e localização .................................................................................................. 22 
4.2.4 Tratamentos ..................................................................................................................... 23 
4.3 Microagulhamento ..............................................................................................................24 
4.3.1 História ............................................................................................................................ 24 
4.3.2 Indicações e contraindicações ........................................................................................ 25 
4.3.3 Mecanismo de ação ......................................................................................................... 26 
4.3.4 Aplicação do microagulhamento nas estrias .................................................................. 29 
4.4 Resultados após tratamento – casos clínicos ...................................................................... 31 
 
5 CONCLUSÃO ...................................................................................................................... 38 
 
6 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS .............................................................................. 39 
 
 
 
 
RESUMO 
 
A pele reveste todo o corpo com a função de separar e proteger o meio interno do meio 
externo. Por estar todo o tempo exposta a qualquer fator sofre alterações que a tira do seu 
estado de normalidade, resultando em marcas, sinais e afecções como as estrias. As estrias 
surgem por fatores mecânicos, químicos, infecciosos e genéticos. São alterações puramente 
estéticas, sem acarretar danos à saúde do indivíduo, no entanto seu aspecto pode influenciar 
negativamente a vida social e o modo como a pessoa se vê. Assim, existem métodos capazes 
de suavizar e eliminar essa afecção, um deles é a técnica de indução percutânea de colágeno 
como também é conhecida a técnica de microagulhamento. É um método que induz nova 
produção de colágeno e elastina através de um processo inflamatório desencadeado pelas 
micropunturas causadas à pele desde a epiderme até a derme e está sendo procurado por 
pessoas que buscam resoluções para suas afecções estéticas, sendo elas rugas, cicatrizes de 
acne, manchas, flacidez, calvície, celulite e estrias. Durante o procedimento utiliza-se um 
aparelho constituído por um rolo de pequenas agulhas que atingirão a derme papilar ou 
reticular dependendo do comprimento, desencadeando a cascata de reparação tecidual, 
gerando melhora visual em relação à coloração, elasticidade e tamanho, e/ou eliminação das 
estrias, sejam elas rubras ou albas. Estudos têm sido feitos para firmar a eficácia do 
microagulhamento na melhora visual das estrias na pele, assim, foram utilizados neste 
trabalho imagens de artigos publicados em 2012, 2015 e 2017. Os resultados demonstraram 
em sua maioria melhora na coloração e tamanho e satisfação dos voluntários. Dessa forma são 
comprovados os efeitos benéficos apresentados após o tratamento com o microagulhamento 
para estrias rubras e albas, amenizando-as e proporcionando uma aparência mais jovial à pele. 
 
Palavras chave: microagulhamento, indução percutânea de colágeno, estrias, dermaroller, 
striae distensae e tratamento para estrias. 
 
 
 
 
 
 
 
 
ABSTRACT 
 
The skin coats the entire body with the function of separating and protecting the internal 
environment from the external environment. Being exposed all the time to any factor 
undergoes changes that strips it of its state of normality, resulting in marks, signs and 
affections like the stretch marks. Stretch marks appear due to mechanical, chemical, infectious 
and genetic factors. They are purely aesthetic changes, without causing damages to the health 
of the individual, however their aspect can negatively influence the social life and the way the 
person is seen Thus, there are methods capable of smoothing and eliminating this affection, 
one of them is the technique of percutaneous induction of collagen as well as the technique of 
microneedle is known. It is a method that induces new production of collagen and elastin 
through an inflammatory process triggered by micropunctures caused to the skin from the 
epidermis to the dermis and is being sought by people seeking resolutions to their aesthetic 
affections, such as wrinkles, acne scars, blemishes, baldness, cellulitis and stretch marks. 
During the procedure, an apparatus is used consisting of a roll of small needles that will reach 
the papillary or reticular dermis depending on the length, triggering the tissue repair cascade, 
generating visual improvement in relation to coloration, elasticity and size, and / or 
elimination of stretch marks, be they rubras or albas. Studies have been done to establish the 
effectiveness of microneedle removal in the visual improvement of skin streaks, thus, images 
of articles published in 2012, 2015 and 2017 were used in this study. The results showed 
mostly improvement in color and size and satisfaction of the volunteers. In this way, the 
beneficial effects presented after the microneedle treatment for stretch marks rubras and albas, 
are evaluated, softening them and giving a more youthful appearance to the skin. 
 
Key words: microneedle, percutaneous collagen induction, stretch marks, skinroller, striae 
distensae and treatment for stretch marks.
11 
 
 
1. INTRODUÇÃO 
 
Atualmente existe um grande interesse e busca pelo padrão de beleza considerado 
correto e cada vez mais, mulheres e homens recorrem a meios de alcançar esse ideal através 
de recursos para diminuírem afecções estéticas. Assim, disfunções corporais podem 
influenciar de forma negativa a autoestima, levando um indivíduo a ficar desconfortável, 
preocupado e insatisfeito com sua imagem corporal (Petroski e cols., 2012). 
A pele é o maior órgão do corpo humano servindo como revestimento e delimitador 
dos meios externo e interno, representando cerca de 12% do peso seco do corpo com 
aproximadamente 4,5 quilos. Sendo assim, a pele é o principal expositor de todos os sinais e 
cicatrizes que surgem ao longo da vida (Junqueira & Carneiro, 2017). 
As estrias são alterações cutâneas caracterizadas como regiões de atrofia da pele que 
formam marcas visíveis dispostas de forma paralela, variando quanto ao número e coloração. 
É 2,5 vezes mais frequente em mulheres e normalmente presentes em grávidas, obesos, 
adolescentes em crescimento e em pessoas que emagrecem e engordam constantemente 
(Guirro & Guirro, 2004; Maio, 2011). 
O aparecimento dessas lesões é considerado multifatorial e em resposta a elas existem 
diversas técnicas para suavizá-las e eliminá-las. Dentre esses recursos estão: 
microdermoabrasão, técnica de desgaste cutâneo superficial; peelings químicos que consistem 
em uma esfoliação profunda; carboxiterapia, procedimento que causa vasodilatação e melhora 
do oxigênio tecidual; laser, obtendo-se dessa forma uma ação cicatrizante; galvanopuntura, 
onde uma corrente elétrica é associada a agulhas causando lesão tecidual; e o 
microagulhamento (Borges, 2010; Crocco e cols., 2012; Genovese, 2000). 
O microagulhamento é uma técnica que utiliza um aparelho com agulhas bem 
pequenas que causam microlesões na camada córnea da pele gerando em seguida uma 
reparação celular. A cicatrização é rápida após o procedimento ocorrendo em 24 horas e a 
vermelhidão desaparece em torno de 1 hora (Fernandes, 2015). 
 
 
 
 
 
 
12 
 
2. OBJETIVOS 
 
2.1 Objetivo Geral 
Discutir a utilização do microagulhamento como alternativa de tratamento para estrias. 
 
2.2 Objetivos Específicos 
• Explicar a função e estruturas da pele. 
• Descrever as estrias, sua incidência, etiologia e possíveis tratamentos. 
• Compreender o microagulhamento e sua aplicação para redução de estrias. 
• Relatar resultados após tratamento. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
13 
 
3. METODOLOGIAEste estudo é uma revisão bibliográfica sobre o tema “uso estético do 
microagulhamento no tratamento de estrias rubras e albas” iniciado em Agosto de 2017. 
Para confecção deste trabalho foram utilizados artigos, teses e livros. Foram usados 
como fontes de pesquisa o SciELO e o Pubmed, e os livros foram conseguidos no acervo da 
biblioteca do IBMR. 
A partir das palavras chaves utilizadas neste trabalho foram encontrados 178 artigos, 
onde após aplicação dos critérios de inclusão e exclusão foram selecionados ao final 35 
trabalhos, sendo destes, 13 que abordavam o microagulhamento como assunto principal, 10 
que discutiam as estrias e os outros 12 continham outros assuntos relacionados a este estudo. 
Os critérios de inclusão neste trabalho foram artigos nas línguas portuguesa e inglesa, 
e artigos publicados de 1994 a 2017. Os critérios de exclusão usados foram artigos publicados 
antes de 1994 e que não tinham acesso livre. 
As palavras-chave aplicadas nas buscas foram: microagulhamento, indução percutânea 
de colágeno, estrias, dermaroller, striae distensae e tratamento para estrias, sendo realizado 
posteriormente o cruzamento entre elas. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
14 
 
4. DESENVOLVIMENTO 
 
4.1 FISIOLOGIA DA PELE 
 
A pele é o maior órgão do corpo, revestindo-o por completo e tornando-se contínua 
com as membranas mucosas dos sistemas digestório, respiratório, reprodutor e urinário. Em 3 
centímetros de pele existem em torno de 3 milhões de células, mais de 300 glândulas 
sudoríparas, cerca de 50 terminações nervosas e 90 centímetros de vasos sanguíneos (Gartner 
& Hiatt, 2006). 
 Nas primeiras formas dos seres vivos a pele era responsável por funções biológicas 
como respiração, alimentação e excreção, mas a partir da evolução os órgãos passaram a 
desempenhar essas funções específicas. Hoje, ela desempenha funções de cobertura, proteção 
contra lesões e invasões de agentes externos (bactérias), termorregulação, recepção sensorial 
(tato e dor), excreção (suor) e absorção (vitamina D). É composta por duas camadas: a 
epiderme e a derme (Figura 1) (Gartner & Hiatt, 2006). 
 
 
Figura 1: Corte histológico da pele espessa onde observa-se a epiderme (E) e a derme (D). Observa-se as papilas 
dérmicas (DR) e as cristas epidérmicas (ER), projeções que aumentam o contato entre as duas camadas e os 
vasos sanguíneos (BV) presentes na derme. 
Fonte: Gartner, 2006, p. 336. 
15 
 
A pele pode ser dividida de acordo com a espessura da camada superficial de células, 
podendo ser classificada como pele espessa, presente nas palmas das mãos e plantas dos pés, 
regiões do corpo que sofrem atrito e contato o tempo todo e apresentam cinco camadas bem 
definidas; e em pele delgada estando sobre o restante do corpo e possuindo algumas camadas 
não bem definidas ou até inexistentes (Gartner & Hiatt, 2010). 
 
4.1.1. Epiderme 
 
A epiderme é a camada mais externa da pele e é constituída por um epitélio 
estratificado pavimentoso queratinizado. Não possui vasos sanguíneos, assim, o transporte de 
nutrientes e remoção de detritos são feitos por difusão através dos capilares do tecido 
adjacente. Sua espessura varia dependendo da área do corpo, na maior parte tem em torno de 
0,07 a 0,12 milímetros, porém nas palmas das mãos e plantas dos pés pode chegar a 1,4 
milímetros. (Junqueira & Carneiro, 2017). 
O epitélio da pele é composto por quatro tipos de células: queratinócitos, responsáveis 
pela produção de queratina; células de Langerhans, apresentadoras de antígenos; melanócitos, 
células produtoras de melanina e células de Merkel, especializadas em transdução sensorial 
(Gartner & Hiatt, 2006). 
 Os queratinócitos são as células mais abundantes da epiderme, representando 80 a 
90% do total de células presentes no epitélio responsáveis pela produção de queratina, 
proteína que impermeabiliza e protege a pele. Eles se movem da camada da base para a 
superfície do epitélio substituindo as células mortas que são eliminadas fazendo a constante 
renovação da pele e mantendo sua espessura. Durante o percurso até a superfície os 
queratinócitos se diferenciam acumulando filamentos de queratina no citoplasma, esse 
processo de diferenciação e renovação dura em torno de 21 a 28 dias (Gartner & Hiatt, 2006; 
Junqueira & Carneiro, 2017). 
 Os melanócitos são células dendríticas cuja função é produzir a melanina, pigmento 
que dá coloração à pele. Estão localizados na junção da epiderme com a derme e entre os 
queratinócitos da camada mais profunda da epiderme. Esse tipo celular usa seus 
prolongamentos para penetrar células próximas presentes nas duas últimas camadas da 
epiderme transferindo a melanina para o citoplasma destas (Gartner & Hiatt, 2006; Junqueira 
& Carneiro, 2017). 
 As células de Langerhans representam cerca de 3% do total das células epiteliais, são 
responsáveis pela apresentação de antígenos e são capazes de realizar fagocitose. Estão 
16 
 
presentes em todo o epitélio entre os queratinócitos (Gartner & Hiatt, 2006; Junqueira & 
Carneiro, 2017). 
 As células de Merkel são transdutoras de sinal tendo sua base em contato com 
terminações de uma fibra nervosa e localizadas na camada da base da epiderme em maior 
quantidade na pele espessa principalmente na ponta dos dedos (Gartner & Hiatt, 2006). 
A epiderme possui cinco camadas, o estrato basal ou germinativo é a camada mais 
profunda estando sobre a derme, é composta por uma única camada de células responsável 
pela origem celular, portanto realiza mitoses de forma intensa. A renovação celular ocorre 
porque as células recém geradas são empurradas em direção à camada mais superficial e 
durante o trajeto vão sofrendo alterações na forma e na composição química (Gartner & Hiatt, 
2010). 
A camada espinhosa é a mais espessa da epiderme e junto com o estrato germinativo 
são chamados de estrato de Malpighi. Seu nome é devido às suas células apresentarem um 
aspecto espinhoso, aparentando estar conectadas por muitos prolongamentos curtos. É 
composta por células poliédricas e achatadas que vieram da camada basal, as células mais 
profundas são arredondadas e as presentes na superfície são mais planas (Junqueira & 
Carneiro, 2017). 
O estrato granuloso está acima do espinhoso e é composto por três a cinco camadas de 
queratinócitos que contém querato-hialina no seu citoplasma, esses grânulos são grandes e 
irregulares. A quarta camada é denominada estrato lúcido e está presente somente na pele 
espessa, suas células são claras, homogêneas e não possuem núcleos e organelas (Gartner & 
Hiat, 2006). 
A camada córnea é a mais externa e formada por várias camadas de células mortas, 
totalmente queratinizadas, conhecidas como escamas. Conforme ocorre a renovação celular e 
as células novas chegam à superfície, as mais superficiais se descamam devido à perda de 
seus desmossomos (Figura 2) (Junqueira & Carneiro, 2017). 
 
17 
 
 
Figura 2: Corte histológico da pele espessa onde observa-se as cinco camadas da epiderme. 
Fonte: Junqueira, 2008, p. 359. 
 
A epiderme origina os anexos cutâneos: os pelos, espalhados por quase todo o corpo, 
podem ter tamanho e espessura diferentes e atuam recebendo sensações táteis; unhas, 
formadas por queratina oferecendo proteção aos dedos; glândulas sudoríparas que apresentam 
papel importante como termorreguladoras e eliminadoras de substâncias tóxicas ao organismo 
através da produção e eliminação do suor; glândulas sebáceas, responsáveis pela produção de 
sebo que lubrifica a pele e aumenta a capacidade hidrofóbica da queratina estando estas em 
maior concentração na face (Gartner & Hiatt, 2006).4.1.2. Derme 
 
A derme é uma camada espessa de tecido conjuntivo que oferece suporte à epiderme e 
une a pele à hipoderme. É composta principalmente de fibras colágenas e elastina, 
determinando a espessura e elasticidade da pele. Sua espessura varia dependendo da área do 
corpo podendo chegar a mais de 3 milímetros nas palmas das mãos, plantas dos pés e costas. 
18 
 
É rica em vasos sanguíneos, assim, nutre e recolhe os detritos da epiderme (Junqueira & 
Carneiro, 2017). 
Os fibroblastos estão presentes em grande quantidade na derme e tem origem no 
próprio tecido conjuntivo. Sintetizam colágeno e elastina, e sua forma inativada é conhecida 
como fibrócito. O colágeno é o principal constituinte fibroso da derme e a proteína 
extracelular mais abundante do organismo, sendo sua função proporcionar força tênsil 
(Junqueira & Carneiro, 2017). 
A elastina constitui as fibras elásticas, é formada por fibras delicadas, sendo 
responsáveis pela elasticidade do tecido. Estas fibras são cinco vezes mais extensíveis que a 
borracha, permitindo o retorno da pele ao normal após uma deformação. Existem três tipos de 
lesões que apresentam alterações em ambas as fibras, entre elas, a estria (Junqueira & 
Carneiro, 2017; Guirro & Guirro, 2004). 
A derme possui duas camadas conhecidas como camada papilar e camada reticular. A 
derme papilar é a camada de tecido conjuntivo frouxo mais superficial da derme constituída 
por fibras de colágeno tipos I e II distendidas e organizadas, e por fibras elásticas. Apresenta 
projeções (papilas dérmicas) para a epiderme aumentando a área de contato entre elas, 
ajudando na regulação da temperatura corpórea, nutrição e oxigenação da epiderme (Gartner 
& Hiatt, 2010; Ross & Pawlina, 2016). 
 A reticular é uma camada de tecido conjuntivo denso e é mais espessa, também possui 
glândulas sudoríparas, sebáceas e folículos pilosos. É constituída por colágeno tipo I que 
proporciona força e fibras de elastina que conferem elasticidade, além disso as células são 
mais escassas nessa camada mais profunda da derme (Figura 3) (Junqueira & Carneiro, 2017; 
Ross & Pawlina, 2016). 
 
19 
 
 
Figura 3: Camadas dérmicas da pele. A papilar é mais superficial e está em contato com a epiderme através das 
papilas dérmicas; a camada reticular é constituída de tecido conjuntivo denso. 
Fonte: Junqueira, 2017, p.374. 
 
A hipoderme, também conhecida como tela ou tecido subcutâneo, é formada por 
tecido conjuntivo frouxo e rica em células adiposas formando uma camada grossa de tecido 
adiposo que não pertence à pele com função de adesão e suporte aos órgãos subjacentes 
(Junqueira & Carneiro, 2017). 
Por estar sempre exposta a qualquer fator, a pele está sujeita a sofrer alterações 
principalmente do meio externo dando origem às disfunções estéticas. Esses transtornos 
podem levar a um mal funcionamento do corpo e ter efeito negativo na forma como a pessoa 
se vê, entre alterações mais comuns estão as estrias (Petroki e cols., 2012). 
 
 
4.2 ESTRIAS 
 
Conhecidas como estrias, estriações atróficas, atrofia linear cutânea ou striae 
distensae, essas marcas fazem parte das principais alterações inestéticas e se tornam muitas 
20 
 
vezes desagradáveis. A palavra estria foi usada pela primeira vez em 1889 e é definida como 
sendo um processo degenerativo cutâneo benigno e caracterizadas como cicatrizes que se 
dispõem de forma paralelas umas às outras podendo ser poucas ou numerosas (Vanzin & 
Camargo, 2011; Ribeiro, 2006). 
 As estrias são chamadas de atróficas por serem causadas pela ruptura das fibras de 
colágeno e elastina, diminuindo assim a espessura da pele, podendo apresentar secura, 
pregueamento e perda da coloração no local acometido. A coloração varia de acordo com a 
evolução do quadro que dura de seis a doze meses (Borges, 2010; Maio, 2011). 
 Normalmente são assintomáticas, porém podem apresentar alguns sintomas na fase 
inflamatória como dor, urticária, edema, enfisema e prurido. As estrias podem ser retilíneas 
ou curvilíneas com diâmetro de 2 a 5 centímetros de comprimento e com cerca de 2 
milímetros de largura (Dosal e cols., 2012; Azulay, 1999; Guirro & Guirro, 2004; Rodrigues, 
2004). 
 
4.2.1. Classificação 
 
 No início são denominadas rubras e possuem aparência avermelhada devido ao 
rompimento de vasos sanguíneos e nessa fase inicial podem surgir edema e prurido, porém a 
atrofia não é total, ainda há presença de células vivas aumentando a capacidade de 
regeneração, por isso acredita-se que nessa fase os tratamentos sejam mais eficazes (Kede & 
Sabatovich, 2004). 
Quando não tratadas inicialmente se tornam esbranquiçadas, sendo classificadas como 
albas em função da falta de produção de melanina no local e a pele torna-se bem fina. 
Considera-se que nesta fase os tratamentos são mais difíceis e os resultados menos eficazes 
devido a atrofia total da pele (Figuras 4 e 5) (Kede & Sabatovich, 2004). 
 
21 
 
 
Figura 4: Estrias rubras localizadas no abdome. Essa coloração avermelhada indica que estão em fase inicial e a 
atrofia da pele não é total. 
Fonte: Ross e cols., 2017. 
 
 
Figura 5: Estrias albas localizadas nas panturrilhas de um paciente. Essa coloração esbranquiçada indica que são 
estrias antigas com atrofia total da pele. 
Fonte: Khater e cols., 2015. 
 
4.2.2. Etiologia 
 
 O surgimento dessas lesões é considerado multifatorial e são aceitas três teorias: 
mecânica, endócrina e infecciosa. A teoria mecânica explica o surgimento das estrias através 
22 
 
de forças de tensão agindo sobre a pele, podendo ser por acúmulo de gordura causando danos 
às fibras elásticas e colágenas ou estiramento repentino como na gravidez e crescimento na 
adolescência (Sampaio, 2000; Ponte, 2011). 
 A teoria endocrinológica afirma que a teoria mecânica é muito simples e não 
totalmente correta, pois nem todos os indivíduos que passam pelas mesmas forças de tensão 
sofrem com essas alterações, algumas pessoas magras desenvolvem estriações e em algumas 
gestações elas estão ausentes por exemplo, então esta teoria explica que o aparecimento das 
estrias está relacionado exclusivamente a medicamentos usados pelo paciente, como 
hormônios adrenais, que causam aumento do peso e diminuem a produção de colágeno pela 
inibição de proteínas precursoras dessas fibra ou uso de anabolizantes. Esta teoria está ligada 
ao surgimento das estriações em apenas algumas regiões (Kede & Sabatovich, 2004). 
 A terceira teoria está associada a processos infecciosos que causam danos às fibras de 
elastina e de colágeno. Já foram notadas estias que surgiram após pacientes serem acometidos 
por febre tifóide, febre reumática, hepatite, tifo, hanseníase e outras doenças (Guirro & 
Guirro, 2004; Kede & Sabatovich, 2004). 
 Ocorre também a possibilidade de predisposição genética apontando que indivíduos 
que possuem estrias apresentam menos genes determinantes para formação de colágeno e 
elastina. Um estudo realizado em 2009 com 48 mulheres americanas da mesma região 
demonstrou que as mulheres negras foram mais afetadas pelas estrias do que as caucasianas 
mostrando a influência genética (Guirro & Guirro, 2004; Elbuluk e cols., 2009). 
 
4.2.3. Incidência e localização 
 
 As estrias podem ser encontradas em mulheres e homens, porém é 2,5 vezes mais 
frequente no sexo feminino, acometendo 60 % destas. São observadas em indivíduos obesos, 
adolescentes, gestantes, pessoas que emagrecem e engodam de maneira rápida e levantadores 
de peso (Maio, 2011). 
 O período de aparecimento das estriações varia, ocorrendo nas mulheres de 10 a 16 
anos e nos homens de 14 a 20. Na gestação ocorrem em 90 % das vezes, sendo mais frequenteno terceiro trimestre da gravidez e em pacientes obesos a prevalência é de cerca de 43% 
(Guirro & Guirro, 2004; Borges, 2006; Wahman e cols., 2000). 
 As estrias são perpendiculares à direção da tensão da pele e se localizam na maioria 
das vezes na região dos glúteos, mamas, parte inferior das costas, coxa, abdome, braço e 
joelho, podendo aparecer com menor frequência no tórax, antebraço e porção anterior do 
23 
 
cotovelo (Figura 6) (Oakley e Bhimji, 2017; Cho e cols., 2006; Borges, 2010; Ross e cols., 
2017). 
 
Figura 6: Regiões frequentemente mais acometidas pelas estrias. 
Fonte: Ross e cols., 2017. 
 
4.2.4. Tratamentos 
 
 As estriações atróficas já foram consideradas irreversíveis, porém hoje tem-se o 
conhecimento de diferentes técnicas e produtos eficazes na diminuição da espessura, da 
coloração e/ou eliminação total dessas lesões cutâneas. Entre os procedimentos mais 
satisfatórios estão: microdermoabrasão, peelings químicos, carboxiterapia, laser, 
galvanopuntura e microagulhamento, todos visando a regeneração do tecido estriado (Guirro 
& Guirro, 2004; Crocco e cols., 2012). 
 A microdermoabrasão consiste em uma esfoliação abrasiva desgastando 
superficialmente a pele deixando a estria mais uniforme e pode ser usada como forma de 
preparação para tratamentos revitalizantes como o peeling químico que será absorvido de 
forma mais eficaz (Boschin & Assunção, 2011; Borges e cols., 2010). 
 O peeling químico pode ser classificado em superficial, médio ou profundo, essa 
profundidade dependerá do que quer se tratar. É uma técnica de aplicação de agentes 
esfoliantes que provocarão destruição parcial da epiderme e/ou derme seguida pela 
regeneração tecidual, um dos ácidos mais comumente usados é o ácido glicólico (Velasco, 
2004; Rotta, 2008). 
24 
 
 Carboxiterapia é um procedimento não cirúrgico em que se injeta gás carbônico 
causando melhora na nutrição celular e regeneração do tecido lesado. A utilização do laser de 
baixa potência resulta em leves queimaduras sobre a estria levando à melhoria do 
metabolismo celular causando geração de novas fibras no local tratado (Borges, 2006; 
Moreira & Guiste, 2013). 
 Na galvanopuntura utiliza-se a corrente galvânica, tipo de corrente elétrica com 
intensidade constante e com sentido unildirecional que associada às lesões causadas pela 
agulha gera um processo inflamatório no comprimento da estria objetivando a reparação 
(Agnes, 2009). 
 Sabe-se da existência de cirurgias e terapias como opções de tratamentos para a pele, 
porém hoje, métodos estimulantes dos próprios mecanismos de regeneração do corpo são os 
mais populares entre pacientes que buscam soluções para suas afecções estéticas, e o 
microagulhamento se encaixa nesse grupo de recursos requisitados (Dover & Hruza, 1999; 
Lisa e cols., 2017). 
 
4.3 MICROAGULHAMENTO 
 
4.3.1. História 
 
 O microagulhamento é uma técnica também conhecida como terapia de indução 
percutânea de colágeno e foi relatada pela primeira vez em 1995 sob o nome de “cirurgia de 
subscisão”. Utiliza-se um aparelho que contém um rolo de micro agulhas que irão perfurar a 
pele visando a estimulação da produção de colágeno no local tratado (Doddaballapur, 2009; 
Orentreich, 1995). 
 O aparelho usado na técnica do microagulhamento foi projetado por Desmond 
Fernandes e demonstrado em uso pela primeira vez no Congresso de Cirurgia Plástica Estética 
em Taipei em 1996 registrado com o nome de “dermaroller”, mas somente em 2006 esse 
procedimento ficou conhecido mundialmente (Fernandes, 2002; Klayn, 2013). 
O equipamento utilizado hoje em dia é composto por um rolo cilíndrico produzido em 
aço inoxidável cirúrgico que contém muitas pequenas agulhas que podem variar de 0,5 a 3 
milímetros de diâmetro, porém o uso dos tamanhos superiores a 2 milímetros é exclusivo de 
uso médico devido a necessidade de anestésicos injetáveis. O rolo pode conter de 190 a 540 
agulhas que ficam dispostas em fileiras. Seu uso é individual e descartável (Figura 7) 
(Doddaballapur, 2009). 
25 
 
 
Figura 7: Aparelho usado na técnica de microagulhamento composto por um cilindro com agulhas de tamanhos 
que dependem da indicação. 
Fonte: Adaptado de Kui e cols., 2012. 
 
4.3.2. Indicações e contraindicações 
 
A terapia de indução percutânea de colágeno é indicada para rejuvenescimento facial 
onde haverá melhora no tônus da pele, amenização de rugas e de linhas de expressão; 
tratamento para calvície; cicatrizes de acnes; manchas; flacidez; celulites e estrias (Fernandes, 
2015). 
Por criar múltiplos canais dando acesso à pele, é um método que potencializa a 
penetração de princípios ativos, pode-se então utilizar substâncias terapêuticas após o 
procedimento indicadas para cada tipo de tratamento com o objetivo de maximizar os 
resultados (Negrão, 2005). 
A técnica não pode ser aplicada em pacientes com câncer de pele, ceratose solar, 
infecções de pele, tendência ao desenvolvimento de queloides, verrugas, pacientes que estão 
em processo de quimioterapia, radioterapia ou fazem uso de anticoagulante, apresentem 
diabetes mellitus não controlada, rosácea ou acne ativas e queimaduras de Sol (Fernandes, 
2015). 
 
26 
 
Deve-se redobrar a atenção ao indivíduo que possuir sensibilidade ou a pele muito fina 
onde a pressão exercida pelo profissional deverá ser menor e o número de passadas podem ser 
inferior ao que é o indicado pela possiblidade de surgir hiperemia mais rapidamente, 
gestantes, pessoas com diabetes mellitus controlada, pois são pacientes com sistema imune 
debilitado e com cicatrização mais demorada, com rosácea ou herpes na fase crônica, pois 
fatores que são liberados no processo inflamatório podem levar essas condições a evoluírem 
para seu estado agudo (Negrão, 2005). 
No microagulhamento facial são utilizadas agulhas de 0,25 a 1,5 milímetros devido à 
menor espessura da pele do rosto, no tratamento capilar são usadas agulhas de 0,5 a 1 
milímetro e já no corporal onde a pele é mais espessa, a técnica é realizada com agulhas a 
partir de 1,5 milímetros. Os tamanhos indicados para cada disfunção são diferentes, porém é 
necessário entender que a agulha não penetra totalmente, estima-se que a agulha penetre 
aproximadamente 70% do seu tamanho na pele (Fernandes, 2015; Lima e cols., 2013). 
O número de sessões varia de acordo com a afecção estética e objetivo em vista de 
cada paciente. Para rejuvenescimento facial são necessárias 3 sessões para se notar um 
resultado satisfatório, para tratamento de manchas são feitas 6 sessões, no caso de sequelas de 
acnes são recomendadas 10 sessões e para tratamento de estrias são feitas de 6 a 10 sessões 
(Piatti, 2003). 
 
4.3.3. Mecanismo de ação 
 
 Através do estímulo puramente mecânico as microagulhas perfuram a epiderme 
criando pequenas lesões que desencadearão um processo inflamatório aumentando a atividade 
celular das duas camadas da pele, aumentando a síntese de substâncias presentes no tecido. 
Esse processo ajuda na regeneração da pele aumentando a absorção por meio dos canais 
criados de produtos tópicos que poderão ser aplicados (Klayn, 2013). 
O tratamento consiste em perfurações desde a camada córnea até a derme e o 
comprimento da agulha é proporcional à intensidade do processo de cicatrização, promovendo 
a remoção do colágeno danificado e induzindo crescimento de colágeno novo na derme 
papilar (Doddaballapur, 2015; Fabbrocini e cols., 2009). 
Com a passagem do rolo sobre a pele ocorre a quebra da barreira cutânea e a 
dissociação dos queratinócitos que liberam citocinas (interleucina-1α, interleucina-8, 
interleucina-6 e TNF-α) resultando em vasodilatação e migração dos queratinócitos para areparação do dano epidérmico. A formação de microlesões é o estímulo inicial que 
27 
 
desencadeia o processo de cicatrização que consiste em três fases: inflamatória, proliferação e 
remodelamento, tendo como objetivo a reconstituição celular (Lima e cols., 2013; Clark, 
2005). 
A fase inflamatória consiste no período imediato após a injúria onde ocorre adesão e 
agregação plaquetária formando um coágulo composto por plaquetas e hemácias, servindo de 
reservatório para citocinas e fatores de crescimento potencializando sua ação. As plaquetas 
visando a homeostase secretam fatores de crescimento de transformação beta (TGF – β) 
responsável pela regulação da proliferação celular, fator de crescimento derivado de plaquetas 
(PDGF) com função de atrair células inflamatórias e ativação de fibrócitos, fator de 
crescimento derivado de fibroblastos (FGF) que estimulam os fibroblastos, fator de 
crescimento endotelial vascular (VEGF) responsáveis pela indução à angiogênese (formação 
de novos vasos sanguíneos), tromboxanas e prostaglandinas, substâncias que atraem 
neutrófilos para o local lesado (Campos e cols., 2007; Isaac e cols., 2010). 
A resposta inflamatória se inicia com a vasodilatação e maior permeabilidade vascular 
que ajuda na quimiotaxia. As primeiras células a chegarem ao local afetado são os neutrófilos, 
normalmente em grande concentração após 24 horas da lesão, eles se aderem à parede do 
endotélio e produzem radicais livres (Campos e cols., 2007; Broughton e cols., 2006). 
De 48 a 96 horas após a injúria os macrófagos migram para o local e começam a 
liberar citocinas e fatores de crescimento, além de contribuir na angiogênese, fibroplasia e 
síntese de matriz extracelular (Broughton e cols., 2006). 
A segunda fase do processo de cicatrização é chamada proliferativa e tem início 
aproximadamente 4 dias após a lesão e permanece ativa por até 2 semanas, sendo os 
fibroblastos e as células endoteliais os principais participantes nesta fase. Nesta etapa, células 
epiteliais migram para a superfície a fim de restaurar as camadas da epiderme e ocorre 
formação de novos vasos sanguíneos através da estimulação feita pelo VEGF (Lawrence & 
Diegelmann, 1994). 
Os fibroblastos migram para a lesão e o fator de crescimento derivado de plaquetas os 
ativa. Logo após é liberado o fator de crescimento de transformação beta que os estimula a 
produzir glicosaminoglicanos e proteoglicanos, glicoproteínas que hidratam a matriz 
extracelular, elastina e colágeno tipo III, fibra ainda imatura, menos densa e com orientação 
paralela à pele e elastina (Lawrence & Diegelmann, 1994; Bal e cols., 2008). 
A remodelação é a última fase onde ocorre depósito de colágeno e durante meses após 
a lesão, de forma lenta é substituído por colágenos do tipo I, fibra mais espessa e organizada 
ao longo das linhas de tensão da pele, aumentando a firmeza e resistência da pele. Os 
28 
 
fibroblastos e leucócitos secretam colagenase que lisa a matriz antiga. Para esta cascata 
acontecer é preciso que as agulhas atinjam a pele de 1 a 3 milímetros (Figura 8) (Broughton e 
cols., 2006; Bal e cols., 2008). 
 
 
Figura 8: Etapas do processo de cicatrização onde pode se ver o envolvimento de diferentes células e 
substâncias secretadas levando ao final à formação de novo colágeno após a técnica de microagulhamento. A) 
após a penetração da agulha os queratinócitos sofrem separação e liberam citocinas que causam vasodilatação 
para propiciar a chegada de células epiteliais e inflamatórias ao local. Ocorre formação de um pequeno coágulo 
formado de plaquetas e hemácias que servirá de reservatório para as citocinas e fatores de crescimento liberados 
maximizando seus efeitos. As plaquetas liberam fatores de crescimento como: TGF α e β (fator de crescimento 
de transformação) que regulam a proliferação celular, o PDGF (fator de crescimento derivado de plaquetas), 
substância responsável pela quimiotaxia de células inflamatórias ao local lesado e ativação dos fibroblastos, o 
FGF (fator de crescimento derivado de fibroblastos) cuja função é estimular os fibroblastos a produzirem 
substâncias essenciais a este processo e VEGF (fator de crescimento endotelial vascular) que induzirá nova 
vascularização. B) Através da quimiotaxia células inflamatórias chegam ao local da lesão causada pela agulha, 
29 
 
sendo os neutrófilos as primeiras células a chegar e após aproximadamente 48 horas os monócitos migram até a 
região e se diferenciam em macrófagos e secretar citocinas e fatores de crescimento. C) Na fase de proliferação 
os queratinócitos irão até o local da injúria tecidual para reporem as camadas da pele que foram danificadas. Os 
fibrócitos migrarão para a área, serão ativados pelo PDGF se diferenciando em fibroblastos que serão 
estimulados a produzir elastina, glicosaminoglicanos, proteoglicanos que hidratam a matriz extracelular e 
colágeno do tipo III, fibra menos densa, menos resistente e que possuem orientação paralela à pele. D) O 
colágeno do tipo III que está depositado na matriz extracelular começa a ser substituído lentamente por colágeno 
do tipo I, uma fibra mais espessa, resistente e duradoura, que possuem orientação ao longo das linhas de tensão 
da pele. Essa substituição dura em torno de 6 meses a 1 ano. 
Fonte: Adaptado de Lima e cols., 2013. 
 
4.3.4. Aplicação do microagulhamento nas estrias 
 
 A técnica de microagulhamento deve der aplicada após higienização da área a ser 
tratada. Deve-se usar um esfoliante e álcool 70% para limpeza da região e após é 
recomendado uso de anestésico tópico de 15 a 20 minutos antes do procedimento para 
diminuir ao máximo o incômodo causado pelo procedimento, o mais indicado é a lidocaína a 
4 ou 5% (Klayn, 2013; Fernandes, 2015). 
A terapia de indução de colágeno é realizada a partir do posicionamento correto do 
aparelho entre os dedos polegar e indicador, o dedo indicador deve ficar apoiado no suporte 
localizado em cima do equipamento e com o dedo polegar se irá impor a pressão feita sobre a 
pele do paciente (Fabbrocini, 2009). 
Os movimentos realizados são de vai e vem e devem seguir um padrão uniforme de 
petéquias com divisão da área trabalhada em quadrantes pequenos, realizando cinco passadas 
no mesmo sentido seguindo as quatro direções da técnica; vertical, horizontal, diagonal 
esquerda e diagonal direita (Figura 9) (Fabbrocini, 2009; Fernandes, 2015). 
 
 
 
 
30 
 
 
Figura 9: Quatro sentidos em que devem ser feitas cinco passadas do rolo com movimentos de vai e vem na 
técnica de microagulhamento. 
Fonte: Fernandes, 2015, p. 21. 
 
 O tempo de aparecimento da hiperemia (vermelhidão devido à vasodilatação causando 
aumento do volume de sangue no local) varia de acordo com o tamanho da agulha utilizada e 
espessura da pele. Ao trocar de direção o parelho deve ser levantado para mudar o ângulo da 
agulha, caso contrário causará arranhões na pele. A força exercida deve ser moderada, se for 
exagerada causará danos em estruturas anatômicas mais profundas ocasionando muita dor e a 
pele pode ser esticada pelo profissional para o rolo ter melhor acesso a algumas áreas (Lima e 
cols., 2013; Torquato, 2014). 
 A sessão dura cerca de 60 a 90 minutos dependendo da área onde será feita e após a 
terapia é interessante aplicar água gelada filtrada para amenizar o ardor e limpar sangramentos 
que podem ocorrer. Podem-se usar princípios ativos em forma de géis e fluídos compostos 
por fatores de crescimento como TGFβ, ácido ascórbico, hidroxiprosilane (derivado do silício 
orgânico) e matrixyl (microcolágeno), além de substâncias como óleo de semente de uva e 
copaíba; todos com ação regenerativa induzindo produção de colágeno e elastina. A partir da 
terceirasessão já são visualizados bons resultados e as sessões devem ocorrer com intervalo 
de um mês respeitando o tempo necessário para a renovação celular (Gama, 2011; Kalil e 
cols., 2017; Fernandes, 2015). 
 Uma das vantagens dessa técnica é o tempo rápido de cicatrização que acontece em 24 
horas. Além disso, a vermelhidão desaparece cerca de 1 hora após o tratamento, o risco de 
infecção é baixo e não causa dano permanente à pele. Os efeitos colaterais são considerados 
mínimos comparados a outras técnicas, pois deixa a pele mais firme e resistente, sendo 
relatado em alguns casos apenas eritema durando de 2 a 3 dias (Lima e cols., 2013; Torquato, 
2014). 
31 
 
 Como cuidado pós-tratamento deve-se evitar contato do Sol com a área tratada 
durante três dias e não aplicar nenhum produto na região, após esse período é necessário uso 
de protetor solar no mínimo de fator 30. O procedimento deve ser realizado uma vez ao mês, 
respeitando a renovação da pele que leva cerca de 21 a 28 dias e a melhora do processo 
inflamatório que demora de 15 a 20 dias (Fernandes, 2015). 
 
4.4 RESULTADOS APÓS TRATAMENTO – CASOS CLÍNICOS 
 
 No trabalho de Gasparino e cols. (2017), uma mulher de 20 anos, que não possuía 
filhos, não fumante, com pele fototipo III (pele morena clara) com queixas de presença de 
estrias albas na região glútea foi voluntária para estudo de 4 sessões de microagulhamento 
com intervalos baseados na melhora da inflamação, em média 15 dias. O aparelho continha 
540 agulhas com 0,5 milímetros de comprimento. 
 O processo inflamatório foi intenso e após as sessões pôde-se ver uma melhora 
discreta no quadro da paciente. Os autores utilizaram ativos após a técnica e a paciente 
recebeu indicação de mais 2 sessões após o estudo para melhor resultado (Figura 10) 
(Gasparino e cols., 2017). 
 
 
Figura 10: Resultado após 4 sessões de microagulhamento na região glútea. Observa-se a pele com textura mais 
homogênea, estrias com aspecto mais claro, aumento do viço e consequentemente melhora visual. 
Fonte: Adaptado de Gasparino e cols., 2017. 
 
 Em um outro estudo, dez mulheres com fototipos III e IV (pele morena moderada) 
receberam tratamento para estrias, sendo 2 com presença de estrias rubras e 8 com estrias 
albas, todas decorrentes da gravidez e aumento de peso. Os locais acometidos eram coxas (6) 
e pernas (4). Foram realizadas 3 sessões de microagulhamento com intervalo de 30 dias e 
32 
 
usado aparelho contendo agulhas de 1,5 milímetros rolando-o 4 vezes nas quatro direções 
(Khater e cols., 2015). 
 Usou-se anestésico tópico para diminuição do incômodo uma hora antes de cada 
sessão e antes da realização da técnica foi retirado da pele com gaze molhada. Após o término 
das sessões de indução percutânea de colágeno 90% dos voluntários apresentaram melhora 
principalmente na suavização da coloração das estrias (Figura 11) (Khater e cols., 2015). 
 
 
Figura 11: Avaliação em paciente de fototipo III realizada 6 meses após a última sessão na coxa com hiperemia 
devido ao procedimento. Nota-se diminuição da coloração das estriações. 
Fonte: Adaptado de Khater e cols., 2015. 
 
 As avaliações das fotografias foram feitas por dois médicos sem relação com o 
experimento, sendo adotados como critérios: sem melhoria (0%); ruim (25%); razoável (26-
50%); bom (51-75%) e excelente (76-100%) (Tabela 1). Os pacientes foram submetidos a um 
questionário de satisfação após as sessões realizadas (Tabela 2) (Khater e cols., 2015). 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
33 
 
Tabela 1: Melhoria clínica da aparência das estrias. 
Número do paciente Idade Tempo da estria (anos) Grau de satisfação 
1 39 5 Bom 
2 25 4 Razoável 
3 36 4 Razoável 
4 30 5 Sem melhora 
5 35 6 Ruim 
6 40 6 Ruim 
7 37 5 Razoável 
8 28 4 Bom 
9 32 3 Bom 
10 29 3 Razoável 
Fonte: Adaptado de Khater e cols., 2015. 
 
Tabela 2: Grau de satisfação dos pacientes. 
Grau de satisfação Quantidade de pacientes 
Excelente 3 
Bom 4 
Razoável 2 
Sem mudança 1 
Agravamento 0 
Fonte: Adaptado de Khater e cols., 2015. 
 
 Silva e cols. (2016), realizaram um trabalho onde mulher de 23 anos com estrias albas 
no glúteo esquerdo foi tratada com 4 sessões de microagulhamento que duraram cerca de uma 
hora, com intervalo de 7 dias entre elas. Foi aplicado anestésico tópico 30 minutos antes do 
início do procedimento. Foram utilizadas agulhas de 1 milímetro nas quatro direções 
indicadas até o aparecimento de hiperemia. No término das 4 sessões percebeu-se leve 
diminuição do comprimento da estriação (Figura 12). 
 
34 
 
 
Figura 12: Reavaliação feita após uma semana da última sessão. Percebe-se melhora no aspecto, coloração e 
tamanho da estria localizada no abdome. 
Fonte: Adaptado de Silva e cols., 2016. 
 
Em outro estudo de casos, duas mulheres com idades entre 18 e 23 anos, com fototipos 
III e II (pele clara), respectivamente, com estrias albas em toda região do glúteo realizaram 10 
sessões de microagulhamento. O aparelho usado na técnica continha 540 agulhas de 1 
milímetro. Houve melhora no aspecto da pele após todas as sessões e amenização da cor das 
estrias, porém foi constatado que a paciente 1 precisaria de mais sessões para um resultado 
satisfatório devido à espessura de suas estrias (Figuras 13 e 14) (Luz & Oliveira, 2017). 
 
 
Figura 13: Paciente 1 com estrias albas grossas na região dos glúteos. Resultado após 10 sessões dos quadrantes 
esquerdo (A) e direito (B) dos glúteos. Constata-se a suavização da coloração e redução no tamanho. 
Fonte: Adaptado de Luz & Oliveira, 2017. 
 
35 
 
 
Figura 14: Paciente 2. Resultado após 10 sessões no glúteo esquerdo (A) e direito (B). Verifica-se redução 
significativa das estrias albas tanto em tamanho quanto em coloração tornando-as imperceptíveis. 
Fonte: Adaptado de Luz & Oliveira, 2017. 
 
 Dezesseis pacientes coreanos entre 19 e 44 anos, sendo 14 mulheres e 2 homens, com 
presença de estrias rubras (5) e albas (11) no abdome (6), glúteo (6) e coxas (4) receberam 3 
sessões de microagulhamento com espaçamento de um mês entre elas. Aplicaram anestésico 
tópico por uma hora e retirado completamente com gaze molhada. O rolo possuía agulhas de 
1,5 milímetros e foram feitos 4 rolamentos nas quatro direções na área trabalhada. Em todos 
os dezesseis voluntários ocorreu melhora na textura e cor da pele (Figuras 15 e 16) (Park e 
cols., 2012). 
 
 
Figura 15: Paciente 11 com estrias albas abdominais após 3 meses da última sessão. Observa-se diminuição da 
largura e número das estrias e melhora na coloração. 
Fonte: Adaptado de Park e cols., 2012. 
 
36 
 
 
Figura 16: Paciente 7 apresentando estrias rubras no glúteo após 3 meses da terceira sessão. Nota-se melhora 
significativa no aspecto enrugado da pele, diminuição do tamanho, profundidade e suavização da coloração. A 
partir desta imagem entende-se que os tratamentos realmente são mais eficazes em estrias rubras. 
Fonte: Adaptado de Park e cols., 2012. 
 
 As fotografias foram avaliadas por dois dermatologistas sem relação com o estudo, 
sendo adotados como critérios: sem melhoria (0%); melhoria mínima (grau 1= 25%); 
melhoria moderada (grau 2= 26-50%); boa melhoria (grau 3= 51-75%) e excelente (grau 4= 
76-100%) (Gráfico 1). Após as sessões realizadas os pacientes foram submetidos a um 
questionário de satisfação (Gráfico 2) (Parker e cols., 2012). 
 
 
Gráfico 1: Grau de melhoria clínica da aparência das estrias após o tratamento com microagulhamento. Pode-se 
observar o maior número de pacientes com melhoria grau 2 (26-50%) e grau 3 (51-75%) de acordo com 
dermatologistas avaliadores dos resultadosdo estudo. 
Fonte: Adaptado de Park e cols., 2012. 
 
0
1
2
3
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Grau 1 Grau 2 Grau 3 Grau 4
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Melhoria clínica
37 
 
 
Gráfico 2: Grau de satisfação dos pacientes participantes. Observa-se que após o tratamento os voluntários em 
sua maioria ficaram satisfeitos e muito satisfeitos com os resultados obtidos após as sessões de 
microagulhamento. 
Fonte: Adaptado de Park e cols., 2012. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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 Insatisfeito Satisfeito Muito satisfeito
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Satisfação dos pacientes
38 
 
5. CONCLUSÃO 
 
 Apesar de os tratamentos para estrias rubras ou albas serem desafiadores, devido à 
resposta lenta a eles, o microagulhamento é um método promissor e mostra-se eficaz no 
tratamento de estrias atróficas possuindo muitas vantagens. 
 Em relação a outras técnicas utilizadas como tratamentos para estrias atróficas possui 
diversas vantagens. Não gera tanta dor quanto a carboxiterapia, não é uma técnica abrasiva 
como a microdermoabrasão que tem como um dos efeitos colaterais possíveis cicatrizes 
hipertróficas, não necessita de tempo de recuperação como é necessário no tratamento com 
laser, é indicado para todos os fototipos diferentemente do peeling químico que não pode ser 
aplicado em peles negras por causar hipocromia, é bem aceito por ser simples diferente da 
galvanopuntura que ainda causa um certo medo devido ao uso de eletricidade e possui custo 
mais acessível em relação a todos os outros. 
 Em estudos realizados em 2012, 2015 e 2017 os pacientes voluntários atingiram 
efeitos satisfatórios em sua maioria, sendo os resultados vistos na diminuição do comprimento 
da estria, do número de estriações, amenização da coloração e maior elasticidade causando 
melhora no aspecto enrugado da pele. A heterogeneidade dos resultados deve-se a 
individualidades como fatores genéticos e alimentação. 
 Sendo assim, a partir desse estudo conclui-se que o microagulhamento é uma técnica 
completamente manual, simples e eficaz no tratamento de estrias atróficas rubras e albas, 
consideradas alterações estéticas muito comuns e que as vezes afetam o bem-estar do 
indivíduo de forma negativa. 
 No entanto, em alguns estudos não foram mantidos padrões de luz e distância entre a 
pele e a câmera, não foi respeitado o tempo de regeneração e do processo inflamatório, e não 
foi considerado o número de passadas do aparelho ideal para realização da técnica deixando 
as imagens tendenciosas, logo, mais estudos devem ser feitos comprovando a eficácia do 
microagulhamento no tratamento de estrias. 
 
 
 
 
 
 
 
39 
 
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