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ESTÉTICA-CORPORAL

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1 
 
 
 
 
2 
 
SUMÁRIO 
1 INTRODUÇÃO ................................................................................... 5 
2 ESTÉTICA CORPORAL .................................................................... 6 
3 SISTEMA TEGUMENTAR ................................................................. 7 
3.1 Definição ..................................................................................... 7 
3.2 Anatomia da pele ........................................................................ 8 
3.3 Glândulas sudoríparas ................................................................ 9 
4 CLASSIFICAÇÃO DA PELE ............................................................ 11 
4.1 Classificação da pele quanto a hidratação e oleosidade ........... 12 
4.2 Classificação da pele quanto ao fototipo ................................... 13 
5 TECIDO ADIPOSO .......................................................................... 14 
5.1 Tecido adiposo unilocular .......................................................... 15 
5.2 Tecido adiposo multilocular ....................................................... 15 
5.3 Distribuição do tecido adiposo corporal ..................................... 15 
6 ACOMETIMENTOS DA PELE ......................................................... 16 
7 Acne ................................................................................................. 17 
7.1 Tratamento ................................................................................ 19 
8 ESTRIAS .......................................................................................... 19 
8.1 Tratamentos propostos .............................................................. 20 
9 Flacidez de pele.............................................................................. 23 
9.1 Tratamentos propostos .............................................................. 24 
10 ENVELHECIMENTO .................................................................... 25 
10.1 Teoria do relógio biológico ..................................................... 27 
10.2 Teoria da multiplicação celular ............................................... 27 
10.3 Teoria das reações cruzadas de macromoléculas ................. 28 
10.4 Teoria dos radicais livres........................................................ 28 
 
3 
 
10.5 Teoria do desgaste ................................................................ 29 
10.6 Teoria autoimune ................................................................... 29 
10.7 Envelhecimento- recursos para prevenção e tratamento ....... 29 
11 FIBROEDEMA GELÓIDE ............................................................. 32 
11.1 Teste da preensão ................................................................. 33 
11.2 Teste da casca de laranja ...................................................... 33 
11.3 Estágios do FEG .................................................................... 33 
11.4 Tratamento ............................................................................. 34 
11.5 Tratamento cirúrgico .............................................................. 36 
11.6 Terapia nutricional .................................................................. 37 
11.7 Atividade física ....................................................................... 37 
11.8 Terapia medicamentosa (Mesoterapia) .................................. 38 
12 PERIMETRIA ................................................................................ 38 
12.1 Utilização da perimetria na área da saúde e estética ............. 39 
12.2 Cuidados importantes ......................................................... 39 
13 PROTOCOLOS PROPOSTOS PARA TRATAMENTO CORPORAL
 42 
13.1 Primeira etapa: Preparação do tecido .................................... 42 
13.2 Segunda etapa: Estimular a lipólise ....................................... 42 
13.3 Terceira etapa: Mobilizar ........................................................ 42 
13.4 Quarta etapa: Flacidez tecidual .............................................. 42 
14 A TOXINA BOTULÍNICA .............................................................. 43 
14.1 Anatomia das rugas dinâmicas .............................................. 44 
14.2 Aplicação e absorção ............................................................. 47 
14.3 Comparação entre marcas ..................................................... 47 
14.4 Complicações ......................................................................... 48 
15 CONCLUSÃO ............................................................................... 50 
 
4 
 
16 BIBLIOGRAFIAS .......................................................................... 51 
17 BIBLIOGRAFIAS SUGERIDAS .................................................... 57 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
5 
 
1 INTRODUÇÃO 
Prezado aluno! 
O Grupo Educacional FAVENI, esclarece que o material virtual é 
semelhante ao da sala de aula presencial. Em uma sala de aula, é raro – quase 
improvável - um aluno se levantar, interromper a exposição, dirigir-se ao 
professor e fazer uma pergunta, para que seja esclarecida uma dúvida sobre 
o tema tratado. O comum é que esse aluno faça a pergunta em voz alta para 
todos ouvirem e todos ouvirão a resposta. No espaço virtual, é a mesma coisa. 
Não hesite em perguntar, as perguntas poderão ser direcionadas ao protocolo 
de atendimento que serão respondidas em tempo hábil. 
Os cursos à distância exigem do aluno tempo e organização. No caso da 
nossa disciplina é preciso ter um horário destinado à leitura do texto base e à 
execução das avaliações propostas. A vantagem é que poderá reservar o dia da 
semana e a hora que lhe convier para isso. 
A organização é o quesito indispensável, porque há uma sequência a ser 
seguida e prazos definidos para as atividades. 
 
Bons estudos! 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
6 
 
2 ESTÉTICA CORPORAL 
 
Fonte: baliestetica.com.br 
A estética corporal consiste no uso de técnicas e procedimentos especiais 
e guiados por um profissional capacitado no sentido de delinear melhor os 
contornos da silhueta, promovendo uma modelação que age principalmente 
sobre estrias, gordura localizada, celulite e outros problemas que comprometem 
a boa aparência. A depender do tipo de procedimento que é realizado, os 
benefícios podem ser variados. 
Uma vez que existem diversos tratamentos, é importante que o 
profissional conheça as diferenças entre eles, pois cada um possui um fim 
específico para melhorar o corpo. 
A cada dia o homem inova com tecnologias que são criadas para ajudar 
sua própria vida. Essas tecnologias são descobertas e trabalhadas nas mais 
diversas áreas e procedimentos e sempre estão ligadas à pesquisas e estudos 
científicos que determinam, às vezes sem querer, como e quando ocorrerão 
essas inovações. 
Quando se fala de beleza e padrões de estética falamos de algo muito 
comum, de uma preocupação e um cuidado que sempre esteve presente na 
civilização humana. Gostamos de cuidar do nosso corpo. 
 
7 
 
3 SISTEMA TEGUMENTAR 
 
Fonte: auladeanatomia.com 
3.1 Definição 
 O tegumento humano, mais conhecido como pele, recobre a superfície 
externa do corpo, sendo o maior órgão do corpo em área de superfície e peso. 
Entre todos os tecidos, a pele é a mais exposta a infecções, doenças e lesões. 
É formado por duas camadas distintas, firmemente unidas entre si: a epiderme 
e a derme. 
A parte superficial, mais fina, que é composta de tecido epitelial, 
denominado epiderme, sendo avascular e de origem ectodérmica. Por ser 
avascular, se você arranhar a epiderme não há sangramento. A parte do tecido 
conjuntivo, mais espessa e profunda, é a derme, vascularizada, ou seja, provida 
de sangue, de origem mesodérmica. Abaixo da Derme, não fazendo parte da 
pele, está a tela subcutânea.Funções 
Envolver e proteger os tecidos e órgãos do corpo; 
Proteger contra a entrada de agentes infecciosos; 
Evitar que o organismo desidrate; 
Regular a temperatura corporal; 
Sensações cutâneas (Sensações táteis); 
Síntese da Vitamina D. 
 
8 
 
Participa da eliminação de resíduos, agindo como sistema excretor 
também; 
Atua na relação do corpo com o meio externo através dos sentidos, 
trabalhando em conjunto com o sistema nervoso; 
Armazena água e gordura nas suas células. 
Sensibilidade por meio dos nervos superficiais e suas terminações 
sensitivas. 
A pele forma um envoltório para as estruturas do corpo e substâncias 
vitais (líquidos), formando assim o maior órgão do corpo. 
A pele, nesse conceito, tem função única como órgão que se relaciona 
com o meio externo e com o interno, formando a fronteira entre o 
próprio e o não próprio, expressando as reações dos níveis não físicos 
do ser e ligando-se aos grandes sistemas de regulação do corpo e da 
mente. Íntimas ligações com o sistema nervoso tornam a pele 
altamente sensível às emoções; ela pode estar em contato mais 
estreito com necessidades, desejos e medos mais profundos do que a 
mente consciente, e todos os problemas da pele, independente da 
causa, têm impacto emocional, (GROSSBART, T. 1992, apud, 
AZAMBUJA, 2000, p. 324) 
3.2 Anatomia da pele 
Epiderme: composta por epitélio estratificado, escamoso e queratinizado. É 
constituída de tecido epitelial, cujas células apresentam diferentes formatos e 
funções. Elas são originadas na camada basal, e se movem para cima, tornando-
se mais achatadas à medida que sobem. Quando chegam na camada mais 
superficial (camada córnea) as células estão mortas (e sem núcleo) e são 
compostas em grande parte por queratina. Entre a camada basal (mais interna) 
e a córnea (mais externa), há a camada granulosa, onde as células estão 
repletas de grânulos de queratina e a espinhosa, na qual as células possuem 
prolongamentos que as mantêm juntas, dando-lhe esse aspecto. 
Derme: É a parte inferior, localizada logo abaixo da epiderme. Possui as 
papilas dérmicas em contato com as reentrâncias epidérmicas. É constituída por 
tecido conjuntivo fibroso, vasos sanguíneos e linfáticos, terminações nervosas e 
fibras musculares lisas. É uma camada de espessura variável que une a 
epiderme ao tecido subcutâneo. Sua superfície é irregular com saliências, 
denominadas papilas dérmicas, que acompanham as reentrâncias da epiderme. 
 
9 
 
Hipoderme: A hipoderme ou tecido subcutâneo localiza-se abaixo da 
derme, portanto, é uma profunda camada de tegumento. É formada por tecido 
conjuntivo e representa cerca de 15% a 30% do peso corporal. 
A ligação entre a derme e a hipoderme é garantida por fibras de elastina 
e colágeno. A espessura da hipoderme varia de acordo com a região do corpo e 
sexo do indivíduo. Porém, é importante destacar que a hipoderme não é 
considerada uma das camadas da pele, mesmo mantendo uma estreita relação 
funcional com a derme e a difícil distinção entre os limites das duas estruturas. 
3.3 Glândulas sudoríparas 
As glândulas sudoríparas dos mamíferos são glândulas que produzem o 
suor, função importante para regular a temperatura do corpo e eliminar 
substâncias tóxicas. São glândulas tubulares enroladas derivadas das camadas 
exteriores da pele, mas se estendendo até a camada interna. 
Elas estão distribuídas por quase toda superfície do corpo em humanos. 
As glândulas écrinas funcionam desde o nascimento, fazendo o suor ser 
eliminado por todos os poros. Prova disso é o suor típico de quando a 
temperatura do corpo se eleva, seja por estarmos correndo, pulando ou febre. 
Esse tipo de suor, o écrino, é composto quase que totalmente só de água, 
portanto não reage provocando grandes odores. Ele é composto primariamente 
de água, sódio, potássio, cloretos, ureia, amônia e ácido úrico. Em algumas 
áreas do corpo, as glândulas sudoríparas são modificadas para produzir 
secreções, incluindo a cera de ou vido. 
Matriz Extracelular (MEC): é formada por uma parte fibrilar, com as fibras 
colágenas, as fibras reticulares e/ou as fibras elásticas, e por uma parte não 
fibrilar, a substância fundamental, com os glicosaminoglicanas, as 
proteoglicanas e as glicoproteínas. As propriedades da matriz extracelular 
conferem a cada tipo de tecido conjuntivo suas características funcionais. Além 
de proporcionar suporte estrutural ao tecido, a matriz extracelular regula o 
comportamento das células, influenciando sua proliferação, diferenciação, 
migração, morfologia, atividade funcional e sobrevivência. 
 
10 
 
Fibroblastos: Os fibroblastos são as células jovens, mais comuns do 
tecido conjuntivo. Participam da manutenção e da integridade do tecido epitelial, 
sintetizam macromoléculas, proteínas como o colágeno, elastina, fibronectina, 
glicosaminoglicanas (GAG) e proteoglicanas, que participam da cicatrização, da 
sustentação, da elasticidade e da retenção hídrica. Associado ao colágeno e a 
elastina, a MEC forma uma malha que proporciona resistência à pele. 
 Fibras colágenas: O colágeno é uma glicoproteína da matriz 
extracelular, composta de três cadeias polipeptídicas (denominadas cadeias) 
enroladas em uma configuração helicoidal. Além dos fibroblastos, outros tipos 
celulares, como condrócitos, osteoblastos, células epiteliais e musculares, 
sintetizam os diferentes colágenos. As fibras colágenas proporcionam ao tecido 
resistência à tração. Estão presentes, por exemplo, no tendão, na derme, na 
cápsula dos órgãos, na cartilagem fibrosa e no osso. 
O colágeno e a elastina são proteínas fundamentais na constituição da 
matriz extracelular do tecido conjuntivo, são responsáveis por conferir 
resistência e elasticidade aos tecidos. (BATISTA, 2015, apud 
ANDREATA, 2017). 
Seborreia: Caracteriza-se fundamentalmente pela hiperprodução de 
sebo pela glândula sebácea em áreas específicas como a região centro-facial, 
as costas, o peito, o pescoço e às vezes os braços. Deixa a pele mais oleosa, 
brilhante, com óstios dilatados e pode ou não desencadear acne. 
Podemos considerar que as origens da seborreia são de ordem tanto 
interna quanto externa. Entre as causas internas, é possível citar 
hereditariedade, zona cutânea, alimentação, desequilíbrio nervoso (estresse) e 
intoxicações medicamentosas. De caráter externo, destacam-se certas 
agressões por medicamentos ou cosméticos, além de modificações bioquímicas 
locais. 
Gordura subcutânea: A gordura subcutânea se localiza logo abaixo da 
camada mais externa da pele. Ela cobre os músculos abdominais. Em 
comparação, a gordura visceral está localizada entre os órgãos dentro do corpo. 
Você não pode agarra-la, embora ela vá fazer o estômago ficar protuso se você 
tiver muito. Há evidências de que os homens tendem a ter mais gordura visceral 
do que as mulheres. Uma vez que as mulheres atingem a menopausa, elas 
começam a desenvolver mais gordura visceral. 
 
11 
 
Gordura visceral: A gordura visceral fica por trás da parede abdominal e 
os órgãos que rodeia, no interior da cavidade peritoneal. A gordura visceral afeta 
negativamente a saúde, aumentando a inflamação nos órgãos. Em parte, porque 
ele libera substâncias chamadas adipocinas, que são proteínas de sinalização 
celular que aumentam a pressão arterial e influenciam a insulina. A gordura 
visceral, também diminui a quantidade de adiponectina no corpo, um hormônio 
essencial para a queima de gordura que ajuda a acelerar o metabolismo, o que 
significa que existem mais triglicerídeos ao entrar na corrente sanguínea. A 
combinação da diminuição da sensibilidade à insulina, hipertensão e triglicérides 
elevadas, muitas vezes pode resultar em aterosclerose, colesterol elevado LDL 
(o tipo mau) e é um fator importante para o desenvolvimento de diabetes. 
Células adiposas: Os adipócitos são as unidades celulares mais 
importantes no tecido adiposo. Recebem a influência dediversos agentes, como 
a insulina, GH, IGF-1, cortisol e catecolaminas, e, em resposta, secretam uma 
grande variedade de substâncias que atuam tanto local como sistematicamente, 
participando da regulação de diversos processos como a função endotelial, a 
aterogênese, a sensibilidade à insulina e o balanço energético. 
4 CLASSIFICAÇÃO DA PELE 
 
Fonte: sentirbem.com.br 
 
12 
 
4.1 Classificação da pele quanto a hidratação e oleosidade 
O teor de lubrificação é dado pela quantidade de glândulas sebáceas 
presentes na área e pelo sebo produzido. Em alguns locais a intensidade de 
produção deste sebo é maior, como face e região dorsal. Já a hidratação da pele 
é dada pela capacidade que essa tem de manter a água em sua estrutura, seja 
por ingestão de líquidos, seja por troca com o meio ambiente. 
Dessa forma, podemos verificar diferentes comportamentos para uma 
mesma pele dependendo do clima onde se encontra. Em climas mais úmidos a 
hidratação está favorecida pelo meio. A redução da hidratação cutânea ocorre 
pela evaporação da água presente no estrato córneo da epiderme. A reposição 
desta perda deve ser compensada por meio endógeno (ingesta de líquidos) ou 
meios exógenos (cosméticos). 
Existem basicamente cinco tipos de pele segundo a lubrificação: 
 Pele eudérmica ou pele normal: Possui uma textura lisa e suave, 
flexível. Os orifícios pilos sebáceos são pouco visíveis, e as secreções sebáceas 
e sudoríparas estão em equilíbrio. Caracteristicamente, assemelha-se à pele 
infantil. 
 Pele lipídica ou pele oleosa: A pele lipídica (com muita produção de 
lipídeos) conhecida popularmente como pele oleosa apresenta um aspecto 
untuoso e brilhante devido ao aumento das secreções sebáceas e sudoríparas. 
Sua espessura está aumentada e a textura é granulosa. Os orifícios pilos 
sebáceos estão aumentados e há tendência ao tamponamento folicular 
(formação de comedões). 
Pele alípica ou pele seca: A pele alípica (sem lipídeos) é muito fina e 
seca à custa de produção sebácea insuficiente. O conteúdo aquoso pode estar 
normal. Em geral apresenta telangiectasias e tendência à rosácea 
(rosaceiformes). 
Pele mista: Este tipo de pele é uma variação da pele oleosa. Caracteriza-
se pela associação de áreas seborreicas com áreas de pele seca ou normal. Na 
zona T da face (nariz, queixo e testa), predominam as áreas seborreicas, 
enquanto o restante da face normalmente apresenta pele seca ou normal. 
 
13 
 
Pele sensível: Além dos aspectos da pele lipídica, soma-se a tendência 
ao eritema ativo ou passivo por agressões climáticas, cosméticos ou agentes 
naturais como, por exemplo, a água. 
A classificação de Fitzpatrick é largamente utilizada para determinar o 
tipo de pele dos pacientes. Habitualmente, consideram-se os asiáticos 
fototipos IV e V, porém essa afirmação tem sido discutida por alguns 
autores. (PARK, 1998, apud SUZUKI, 2011). 
4.2 Classificação da pele quanto ao fototipo 
A Escala de Fitzpatrick é um instrumento utilizado para classificar a pele 
de acordo com a reação da pele frente à exposição solar (fototipos cutâneos). 
Essa classificação é importante para determinar o nível de risco de 
manchas na pele associadas à depilação a laser e para determinar qual tipo de 
equipamento é mais adequado para a cor de pele do paciente. 
A pele, de acordo com essa escala, pode ser classificada em seis tipos, 
sendo o I o mais claro e o VI o mais escuro. Para a epilação a laser, os indivíduos 
com fototipos entre I e IV são melhores candidatos, embora existam 
equipamentos seguros para uso em peles mais escuras. 
Situados no interior da epiderme, os melanócitos são as células 
responsáveis pela produção de melanina, que atua como importante 
filtro endógeno contra a radiação ultravioleta (MURPHY; MIHM, 2000, 
apud MOTA, 2006). 
 Escala de Fitzpatrick 
Fototipo 
I 
Pele 
branca 
sempre queima nunca bronzeia muito 
sensível ao 
sol 
Fototipo 
II 
Pele 
branca 
sempre queima bronzeia muito 
pouco 
sensível ao 
sol 
Fototipo 
III 
Pele 
morena 
clara 
queima 
(moderadamente) 
bronzeia 
(moderadamente) 
sensibilidade 
normal ao sol 
 
14 
 
Fototipo 
IV 
Pele 
morena 
moderada 
queima (pouco) sempre bronzeia sensibilidade 
normal ao Sol 
Fototipo 
V 
Pele 
morena 
escura 
queima 
(raramente) 
sempre bronzeia pouco 
sensível ao 
sol 
Fototipo 
IV 
Pele negra nunca queima totalmente 
pigmentada 
insensível ao 
sol 
Em 1976, Fitzpatrick classificou a pele humana em seis fototipos, 
variando do tipo I (pele mais branca) ao tipo VI (pele negra) (GUIRRO; 
GUIRRO, 2004, apud, MOTA, 2006). 
5 TECIDO ADIPOSO 
 
http: pt.slideshare.net 
A classificação do tecido adiposo se baseia na função exercida pelo 
tecido, na sua localização e principalmente pela forma de organização e 
pigmentação dos grânulos de gordura intracitoplasmáticos. Assim sendo 
encontramos dois tipos diferentes de tecido adiposo: o tecido adiposo branco ou 
unilocular e o tecido adiposo pardo ou multilocular. 
 
 
 
15 
 
O conhecimento da anatomia do tecido adiposo superficial e profundo, 
denominado por alguns autores sistema fascial superficial (SFS), 
permite que procedimentos mais racionais e efetivos sejam possíveis, 
embora sua terminologia varie de autor para autor. (LANCEROTTO, 
2011, apud CUNHA, 2016). 
5.1 Tecido adiposo unilocular 
As células desse tipo de tecido têm uma gota de gordura predominante, 
preenchendo quase que por inteiro o citoplasma da célula. Ele é irrigado por 
grandes quantidades de vasos sanguíneos, sendo também chamado de tecido 
adiposo comum ou amarelo, mesmo que sua cor fique sempre entre o branco e 
o amarelo escuro. 
O adiposo unilocular forma o panículo adiposo, camada de gordura que 
fica sob a pele e absorve impactos do corpo, além de ser um isolante térmico. 
Em bebês, ele possui uma espessura uniforme; já em adultos, sua espessura é 
modificada de acordo com os hormônios e o acúmulo em determinados locais. 
Isso acontece porque, se uma pessoa consome pouca comida ou perde 
muita energia, ela tem menos células adiposas – do contrário, se ela pesa mais 
e tem mais energia, seu tecido adiposo fica acumulado, gerando, assim, em 
alguns casos, obesidade. 
5.2 Tecido adiposo multilocular 
A principal função desse tipo de tecido é gerar calor, sendo formado por 
vacúolos de gordura e mitocôndrias. Os animais que hibernam, como os ursos, 
têm um acúmulo maior desse tecido, visto que precisam de calor durante muito 
tempo. 
Já em bebês, ele está presente em alta quantidade, para protegê-los do 
frio. Ele tem coloração castanha, devido à grande quantidade de vascularização 
e mitocôndrias. 
5.3 Distribuição do tecido adiposo corporal 
ANDRÓIDE: Concentração de gordura na região abdominal (central), 
sendo que estas pessoas apresentam maior risco de morte por coronariopatia. 
 
16 
 
O acúmulo de gordura visceral com distribuição central ou abdominal 
predominante, que caracteriza o perfil androide e é encontrado em mulheres 
climatéricas e pós-menopáusicas 
GINÓIDE: Concentração de gordura nas regiões das coxas e quadris 
(periférica). Pessoas com esta característica apresentam menor risco de morte 
por coronariopatia. 
O que diferencia uma categoria da outra é o local de acúmulo do tecido 
adiposo. No caso da obesidade ginóide, há uma tendência de acúmulo de 
gordura nas regiões do quadril, glúteos e regiões femorais. Enquanto isso, na 
obesidade androide a tendência é o acúmulo gordura na região abdominal. 
O tecido adiposo é o principal reservatório energético do organismo. 
Os adipócitos são as únicas células especializadas no armazenamento 
de lipídios na forma de triacilglicerol (TAG) em seu citoplasma, sem 
que isto seja nocivo para sua integridade funcional. (AHIMA, 2000, 
apud, FONSECA, 2006. 
6 ACOMETIMENTOS DA PELE 
As afecções da pele são frequentemente encontradas na população em 
geral e muitas das vezes trazem implicações estéticase consequências 
importantes, como isolamento social, diminuição da autoestima, depressão, 
estresse. Por outro lado, a cada dia a área da estética e beleza vem crescendo 
e oferecendo opções de tratamento. Amenizando a parte estética, muitas das 
vezes são também resolvidos problemas e consequências relacionadas a elas. 
https://www.infoescola.com/biologia/tecido-adiposo/
https://www.infoescola.com/biologia/tecido-adiposo/
 
17 
 
7 ACNE 
 
Fonte: vix.com.br 
A acne é uma afecção dermatológica que atinge o conjunto pilossebáceo, 
ou seja, pelo e glândula sebácea. 
A acne vulgar ou juvenil é uma das dermatoses (doenças que acometem 
a pele) mais frequentes, afetando cerca de 80% dos adolescentes. 
Acometem ambos os sexos. Dos 14 aos 17 anos é sua fase de maior 
incidência em mulheres e apresenta, nos homens, seu pico de surgimento dos 
16 aos 19 anos. 
São mais graves em pessoas do sexo masculino, porém mais persistentes 
nas mulheres, sendo pouco comuns em asiáticos e negros. 
Isso não quer dizer que em outras idades (antes ou após as citadas) elas 
não apareçam. As faixas etárias, como citado, referem-se ao período de maior 
aparecimento das mesmas. 
As regiões de maior concentração de glândulas sebáceas são também as 
regiões de maior aparecimento da acne: face e tórax (anterior e posteriormente). 
Suas lesões são decorrentes de obstrução dos folículos sebáceos em 
decorrência de reação inflamatória local, aumento na produção e secreção da 
glândula sebácea, hiperqueratinização com obstrução do folículo pilossebáceo, 
proliferação e ação das bactérias. 
 
18 
 
É caracterizada por comedões (chamados popularmente de cravos), 
pápulas, pústulas e nas formas mais graves, por abscessos, cistos e cicatrizes 
em graus variáveis. 
Indivíduos que apresentam acne em suas formas moderadas a graves 
podem apresentar problemas de autoestima e/ou demais problemas emocionais, 
sociais e de relacionamento. 
Uma vez que o aparecimento da acne é considerado um processo natural 
do desenvolvimento, muitas vezes a busca por ajuda de um profissional 
competente e especializado demora a acontecer, fazendo com que o tratamento 
se inicie tardiamente. 
As cicatrizes podem surgir como resultado da acne inflamatório e estão 
associadas a um aumento do colágeno (cicatrizes hipertróficas e quelóides) ou 
a perda de colágeno (cicatrizes fibróticas deprimidas superficiais ou profundas e 
máculas atróficas). 
Pode-se avaliar o grau de severidade das mesmas baseando-se na 
classificação de Habif e de Leeds modificada. 
A Acne vulgaris é uma das patologias dermatológicas mais comuns na 
população geral, afetando 85% dos jovens adultos entre os 12 e os 25 
anos. O género masculino é o mais afetado, particularmente nas 
formas mais severa da doença. (LYNN, 2016, apud SILVA, 2017). 
A classificação de Habif consiste na determinação do grau de severidade 
de acordo com: 
Quantidade das lesões inflamatórias: 
Ligeira: algumas (<10) pápulas/pústulas e ausência de nódulos; 
Moderada: muitas (10-20) pápulas/pústulas e/ou alguns nódulos; 
Severa: numerosas (>20) pápulas/pústulas e/ou muitos nódulos; 
Presença de cicatrizes; Persistência de drenagem purulenta e/ou 
serosanguínea das lesões; Presença de fístulas. 
Outros fatores: repercussões psicossociais, dificuldades laborais e 
resposta inadequada à terapêutica. 
A classificação de Leeds modificada baseia-se no número de lesões 
inflamatórias e na severidade destas, que é determinada pela extensão da 
inflamação, pelo tamanho das lesões e pelo eritema associado. 
 
19 
 
7.1 Tratamento 
O tratamento da acne visa minimizar a formação de cicatrizes, melhorar a 
aparência, a autoestima e relacionamento daquele indivíduo que se encontra sob 
isolamento social, prevenir ou tratar lesões já instaladas, diminuição do 
desconforto físico desencadeado pelas lesões. 
A orientação do paciente com acne deve ser realizada. Seu empenho no 
tratamento é fundamental para o progresso do mesmo. 
Limpezas de pele são recomendadas e podem ser realizadas, desde que 
sejam feitas por um profissional competente, que atue na área da estética. Caso 
contrário existe o risco de exacerbação dos sinais e sintomas. 
Conforme a gravidade das lesões, o profissional da estética pode 
recomendar a procura por um tratamento médico, preferencialmente 
dermatologista, para que seja realizada uma abordagem multiprofissional. 
8 ESTRIAS 
 
Fonte: intatos.com.br 
As estrias são uma atrofia tegumentar adquirida, devido ao rompimento 
das fibras elásticas presentes na derme, apresentam-se como lesões lineares 
paralelas, obedecendo às linhas de clivagem do tecido. A princípio elas são 
avermelhadas/violáceas, após, esbranquiçadas e abrilhantadas (nacaradas). 
 
20 
 
 Por não haver uma definição específica para as causas do surgimento 
das estrias, estudos apontam para causas multifatoriais, fatores 
endocrinológicos, mecânicos, predisposição genética e familiar. Tais fatores 9 
levaram ao surgimento de três teorias para sua etiologia: a mecânica, a 
endocrinológica e a infecciosa. Para o tratamento das lesões, atualmente estão 
se aplicando diversas técnicas para atenuar ou se possível eliminar estas 
indesejadas. 
As estrias são ditas atróficas por apresentarem uma diminuição de 
espessura da pele, decorrente da redução do número e volume de 
seus elementos e é representada por adelgaçamento, pregueamento, 
secura, menor elasticidade e rarefação dos pêlos. (NORMAN, 2003, 
apud WHITE, 2008) 
Quando surgem, têm como primeiros sinais clínicos o prurido (“coceira”), 
dor (alguns casos), erupção papilar plana e levemente rosadas. 
Na próxima fase, quando seu processo de formação se encontra quase 
totalmente estabelecido, as lesões adquirem coloração esbranquiçada, sendo 
denominadas nesta fase striae albae, ou seja, estria alba. 
8.1 Tratamentos propostos 
Antes de iniciar as considerações a respeito dos tratamentos possíveis 
para as estrias, vale ressaltar que na literatura disponível acerca do assunto, os 
autores são unânimes e concordam com a afirmação de que as estrias são uma 
sequela irreversível. 
Eletroterapia: A relutância da aceitação de tratamentos eficazes para 
estrias encontra-se fundamentada principalmente no fato que a fibra elástica não 
se regenera. Entretanto utilizando a corrente contínua filtrada constante, abriram 
uma nova perspectiva para o tratamento desta afecção. Claro que os resultados 
são variáveis e depende da idade do paciente, tamanho e fase que se encontra 
a estria, o tempo de surgimento da mesma, cor da pele, número de sessões. 
O método é invasivo, porém superficial. O aparelho utilizado é um gerador 
de corrente contínua filtrada constante, comercialmente conhecido como Striat, 
que apresenta dois eletrodos: um passivo do tipo placa e um ativo especial que 
consiste de uma fina agulha sustentada por uma caneta. 
 
21 
 
O processo de regeneração encontra-se baseado na compilação dos 
efeitos intrínsecos da corrente contínua e dos processos envolvidos na 
inflamação aguda. 
Laser: O tratamento com laser é mais eficaz quando aplicado 
imediatamente após o surgimento da estria. Sua ação ocorre a nível celular, 
aumentando o número de fibras colágenas e consequentemente a tensão 
epidérmica. Desta forma, melhora o aspecto da pele. Sua eficácia é melhor 
quando combinada com outros recursos. Observa-se uma melhora da atividade 
metabólica do tecido e, consequentemente, uma maior lentidão no seu 
estabelecimento. 
O laser de baixa potência é empregado para acelerar e melhorar a 
qualidade do processo regenerativo. Esse recurso acelera o processo 
de reparo, atuando na sequência de eventos fisiológicos e bioquímicos 
decorrentes do processo, como a inflamação, a síntese de colágeno, a 
formação do tecido de granulação e a reepitelização. (GUPTA, 2015, 
apud BUSATTA, 2018). 
Massagem: Recomendada apenas para complemento de demais 
tratamentos, incrementandoa circulação e penetração de produtos pela pele, 
mas não deve ser usada de forma isolada no tratamento das estrias, haja vista 
que não há bases fisiológicas de ação comprovadas cientificamente para este 
caso. Ela não apresenta capacidade de regenerar o tecido lesado. 
Escarificação: Trata-se de um processo semelhante à dermoabrasão 
(que discutiremos a seguir), onde é provocada uma lesão da pele com diferentes 
artefatos, podendo ser qualquer instrumento perfurante devidamente esterilizado 
e manuseado habilmente, de modo a evitar lesões profundas. 
Dermoabrasão: Este procedimento ocasionará uma lesão na pele, via 
sistema que lança um fluxo de microcristais na pele através de vácuo controlado. 
Apresenta caráter regenerativo, baseado em uma lesão promovida por agente 
físico, que desencadeia um processo inflamatório. Podem ser classificadas em 
vários níveis, alcançando diferentes profundidades da pele e, 
consequentemente, diferentes respostas. Esses níveis são: 
Nível 1: superficial, atingindo apenas a epiderme, ocasiona eritema 
Nível 2: profundidade intermediária, afetando a epiderme e parte da 
derme, ocasiona uma hiperemia e um edema 
 
22 
 
Nível 3: profundo, atinge todas as camadas da derme, ocasionando um 
sangramento associado a outros sinais 
Fisioterapeutas e enfermeiros podem atuar apenas nos níveis 1 e 2. O 
nível 3 é restrito a médicos e biomédicos, pois requer a administração conjunta 
de fármacos com finalidades anestésicas, antimicrobianas e analgésicas. 
Microagulhamento: O microagulhamento consiste em um aparelho que 
se apresenta em forma de um rolinho composto de micro agulhas finas 
inoxidáveis que variam entre 0,25mm a 3,0mm de diâmetro, o procedimento se 
faz por meio da perfuração da pele causando a lesão. Por meio dessas 
microlesões provocadas na pele, gera-se um processo inflamatório local, 
aumentando a proliferação celular (principalmente dos fibroblastos), fazendo 
com que aumente o metabolismo celular deste tecido (derme e epiderme), 
contribuindo para o aumento do colágeno, elastina e outras substâncias 
presentes no tecido, restituindo a integridade da pele. Logo, essa técnica 
inovadora mostrou-se bastante efetiva e segura apresentando resultados 
satisfatórios no tratamento de estrias quando comparada a outros procedimentos 
estéticos, uma vez que estimula a formação de colágeno sem promover danos 
na pele melhorando a espessura/largura e coloração, além da cicatrização em 
curto período com riscos mínimos de efeitos colaterais. 
Cuidados para que o efeito do microagulhamento dure mais tempo: Evite 
manipular ou remover as casquinhas; Ao menos duas vezes ao dia use uma 
pomada que favoreça a cicatrização; Proteja-se da exposição direta ao sol nos 
primeiros 30 dias após o procedimento. 
Micropigmentação: A micropigmentação é realizada com o dermógrafo 
(uma ferramenta com pequenas agulhas em sua extremidade que aplica os 
pigmentos na região definida). Assim que o procedimento é realizado, a cor do 
local fica bem escura, mas ameniza com o passar dos dias com a descamação 
da pele. 
A técnica não promete acabar definitivamente com as estrias, mas 
consegue melhorar em até 80% a sua aparência, independentemente da 
tonalização, que pode ser branca ou vermelha. Neste caso, a micropigmentação 
é feita da seguinte forma: são escolhidos pigmentos bem parecidos com o tom 
da pele do paciente e aplicados nas marcas para disfarçá-las. 
https://www.dermaclub.com.br/noticia/micropigmentacao-fica-atificial-faz-casquinha-da-coceira-confira-5-duvidas-sobre-o-procedimento-com-video_a8681/1
 
23 
 
Ácidos: alguns ácidos são eficazes no tratamento das estrias através de 
diferentes mecanismos de ação como estimulação da síntese de fibroblastos, 
angiogênese e ainda redução da inflamação e do estresse oxidativo. Os 
tratamentos devem ser selecionados de acordo com a evolução das estrias. 
Entre os tratamentos tópicos, encontramos ativos cosméticos com 
diferentes mecanismos para o tratamento de estrias: O ácido glicólico; 
Tretinoína; Ácido ascórbico; e o Ácido boswélico. 
O peeling químico consiste na aplicação de um ou mais agentes 
cáusticos a pele, produzindo uma destruição controlada da epiderme e 
derme, posteriormente ocorrendo sua reepitelização. Propicia melhor 
aparência da pele danificada por fatores extrínsecos, intrínsecos e 
também cicatrizes remanescentes (SILVA, 2009, apud FELIX, 2018). 
9 FLACIDEZ DE PELE 
 
Fonte: negocioestetica.com.br 
A flacidez pode atingir o rosto e o corpo e é resultado de um processo 
natural da pele, decorrente do envelhecimento que se dá com o passar dos anos. 
Ela pode ser agravada por maus hábitos como uma má alimentação e 
sedentarismo. O surgimento da flacidez está relacionado, principalmente, à 
queda na produção de colágeno, que promove firmeza à pele e de ácido 
hialurônico, molécula responsável por deixar a pele preenchida. Com o avanço 
da idade e a diminuição da síntese dessas substâncias, a flacidez e os sinais do 
envelhecimento da pele ficam mais aparentes. 
https://www.lojaadcos.com.br/belezacomsaude/flacidez-facial/
https://www.lojaadcos.com.br/belezacomsaude/recupere-producao-colageno/
https://www.lojaadcos.com.br/belezacomsaude/acido-hialuronico/
https://www.lojaadcos.com.br/belezacomsaude/acido-hialuronico/
 
24 
 
A flacidez pode ocorrer também consequente ao processo de 
envelhecimento, uma vez que decorrente deste processo, observamos a 
substituição de massa magra por gordura. 
9.1 Tratamentos propostos 
Alongamento: O primeiro passo para a atividade física bem-sucedida é, 
além de uma avaliação acerca da capacidade cardiorrespiratória do indivíduo 
(para adequação dos exercícios), sejam avaliadas as suas condições físicas, 
como a amplitude e mobilidade articular. Justamente por isso, a prescrição de 
alongamentos é fundamental neste processo. 
Fortalecimento: A atividade física regular influencia o tecido muscular 
(melhora força muscular, aumenta a resistência à fadiga, aumento do fluxo 
sanguíneo muscular devido ao aumento nas demandas de oxigênio), mas 
também outros tecidos não musculares: aumento do tecido conjuntivo muscular, 
fortalecimento ósseo com aumento de minerais e hidroxiprolina, a cartilagem se 
espessa entre os segmentos em atividade, aumento na força de ruptura dos 
ligamentos e tendões. Destacam-se ainda seus efeitos no controle ponderal 
(perda de peso e manutenção do mesmo). 
Estimulação elétrica neuromuscular: A estimulação elétrica 
neuromuscular pode resultar em hipertrofia e aumento da potência muscular, 
alcançados quando são utilizados níveis adequados de intensidade e frequência. 
Observa-se ainda aumento da irrigação sanguínea e aumento do retorno venoso 
e linfático, por provocar sucessivamente contrações e relaxamentos musculares. 
Radiofrequência: A radiofrequência é considerada método seguro e não 
invasivo para tratamento da flacidez cutânea e para melhora do contorno 
corporal e facial. Apresenta eficácia comprovada, porém limitada em casos de 
ptoses mais graves. Seus efeitos baseiam-se no aquecimento volumétrico da 
derme profunda, aquecendo o colágeno e as fibras elásticas. O calor gerado pela 
radiofrequência leva à retração do colágeno, melhorando a firmeza e a 
elasticidade da pele. Além disso, o aquecimento induz a ativação dos 
fibroblastos, levando à neocolagenização (alterada em diâmetro, espessura e 
periodicidade), com subsequente remodelamento do tecido. 
 
25 
 
A técnica de radiofrequência se dá pela transmissão de correntes 
elétricas de alta frequência, produzindo um campo eletromagnético 
que gera calor, quando em contato com os tecidos do corpo. Sendo 
uma terapia segura que pode ser utilizada em todos os tipos de pele. 
(LATRONICO, 2010, apud SOARES, 2017). 
10 ENVELHECIMENTO 
 
Fonte: autoastral.com.br 
O envelhecimento é um processo inexorável e inevitável. Diz o ditado 
popular que só não envelhece quem morre jovem. Nãopodemos parar o 
processo de envelhecimento, entretanto, é possível retardá-lo. Não é possível 
interromper o processo, mas podemos tomar atitudes e cuidados no dia-a-dia 
que facilitam chegar à terceira idade com qualidade de vida. Nesse sentido, a 
área da estética tem muito a oferecer. 
O envelhecimento pode ser definido como sendo um conjunto de 
alterações morfológicas, fisiológicas e bioquímicas inevitáveis que 
ocorrem no organismo ao longo de nossas vidas. As modificações 
proteicas e a proliferação celular diminuem, ocorre a alteração do 
material genético por meio de enzimas decorrente do envelhecimento 
cronológico cutâneo. (FACCHINETTI, 2017 apud, COSTA, 2019). 
Dentre as principais alterações fisiológicas decorrentes do processo de 
envelhecimento, que são observadas no organismo, encontramos. 
Retardamento da síntese de proteínas, que parece ser o fenômeno 
metabólico mais evidente deste processo, favorecendo um desequilíbrio entre a 
formação e a degradação das mesmas; 
 
26 
 
Menor conteúdo de água no organismo; 
Involução de funções endócrinas; 
Menor funcionalidade do DNA e do RNA; 
Diminuição da qualidade e qualidade das regenerações; 
As glândulas sebáceas e sudoríparas diminuem em quantidade e em 
função; 
Processo de cicatrização mais demorado; 
Receptores sensitivos de dor, calor e pressão, tornam-se menos sensíveis 
e em menor número; 
A pele tende a tornar-se delgada, enrugada em alguns lugares, seca (a 
camada córnea torna-se mais permeável) e ocasionalmente escamosa; 
As fibras colágenas da derme tornam-se mais grossas e as elásticas 
perdem parte de sua elasticidade. 
As rugas são sulcos ou pregas da pele, que aparecem por efeito 
principalmente do avanço da idade. Produzem-se normalmente pela 
perda de flexibilidade dos extratos superficiais e pela falta de 
hidratação das camadas mais profundas da pele. (BORGES, 2010, 
apud PEREIRA, 2019). 
Tendência do organismo a se tornar hipotérmico, relacionado ao declínio 
metabólico geral, devido ao menor consumo de oxigênio e menor produção de 
dióxido de carbono e calor. 
Perda de força muscular: Progressiva e contínua perda de massa 
muscular esquelética, com substituição das mesmas por gordura, fato este que 
inicia após os 30 anos. Tendência ao atrofiamento do melanócito, sendo por isso 
frequente o aparecimento de cabelos brancos (grisalhos), e manchada devido à 
diminuição de pigmentos em determinadas áreas. 
A indústria cosmética no Brasil vem crescendo a cada ano. Segundo a 
Associação Brasileira da Indústria de Higiene Pessoal, Perfumaria e 
Cosméticos (ABIHPEC), o Brasil teve um crescimento médio de R$ 4,9 
bilhões em 1996 para R$ 34 bilhões em 2012. Boa parte desse 
crescimento do setor cosmético ocorreu devido a aquisição de 
produtos cosméticos pelas classes médias e baixas (C, D e E) 
(CORAZZA et al, 2013, apud MARQUES, 2018). 
Diminuição da aptidão cardiorrespiratória: Ao andar, apresenta alteração 
do centro de gravidade, aumento da base de sustentação e passos mais curtos. 
 
27 
 
Lembrando que as alterações acima descritas podem sofrer alterações, 
conforme o estilo de vida e cuidados do indivíduo. E trata-se do envelhecimento 
fisiológico, senil. Exemplo: em pessoas que praticam atividades físicas regulares 
(mínimo 30 minutos, por pelo menos 3 vezes por semana em dias intercalados), 
essa perda de massa muscular com substituição do mesmo por tecido gorduroso 
acontecerá com menor intensidade. O processo será retardado, ao invés de 
acelerar com o passar dos anos. 
Pessoas que vivenciam o envelhecimento acompanhado de doenças, 
quaisquer que sejam (diabetes, hipertensão arterial, doenças oculares, renais, 
cardíacas, pulmonares ou outras), apresentam resultados e complicações ainda 
mais agravantes decorrentes do mesmo. 
Não existe ainda uma explicação sobre a causa exata do processo de 
envelhecimento, mas existem algumas teorias para tentar explicá-lo. Algumas 
parecem mais plausíveis que as demais, embora todas se encontram inter-
relacionadas. 
10.1 Teoria do relógio biológico 
Esta teoria defende que o organismo apresenta um relógio biológico que 
define as épocas da vida onde ocorrerá cada uma das alterações. 
Acredita-se que este controle ocorra em nível hormonal com centro 
cerebral regulador e em nível de transmissão de códigos genéticos e síntese 
proteica, que são os ácidos nucleicos (DNA e RNA). 
10.2 Teoria da multiplicação celular 
Esta teoria defende que o envelhecimento é secundário do desgaste das 
células em seu processo fisiológico de multiplicação. 
Tal afirmação é justificada pelos pesquisadores que defendem esta teoria. 
Eles acreditam que todas as células do corpo têm a capacidade intrínseca de 
multiplicar-se (exceto as cerebrais); entretanto, com o passar dos anos, esta 
capacidade diminui progressivamente, até que este processo cesse totalmente. 
 
28 
 
10.3 Teoria das reações cruzadas de macromoléculas 
Baseada no princípio ortomolecular, Bjorkstein fundamenta-se no 
princípio ortomolecular, que afirma que o organismo humano é formado por 
trilhões de moléculas definidas, com equilíbrio determinado pela conservação de 
sua normalidade. Contudo, alterações nesta condição por agentes internos 
(aldeídos, radicais lipídicos, entre outros), denominados endógenos ou 
exógenos (externos: poluição, fumo, estresse, água, radiações, entre outros), 
acabam por desordenar este equilíbrio. 
Por ser um elemento de grande abundância no corpo humano, o colágeno 
seria alvo destas reações cruzadas. 
10.4 Teoria dos radicais livres 
A Teoria do Envelhecimento (segundo doutor Denham Harman), via 
Radicais Livres, cujas ideias foram aperfeiçoadas, em 1972, na Teoria do 
Envelhecimento dos Radicais Livres Mitocondriais (MFRTA). 
A teoria propõe que o envelhecimento seja causado devido à toxicidade 
gerada pelos radicais livres em decorrência de um ciclo vicioso no qual mais 
danos aos constituintes mitocondriais culminam na produção de mais radicais. 
Essa teoria é considerada uma das mais robustas para explicar o processo do 
envelhecimento. Ao longo das décadas seguintes, muitos dados foram 
corroborando a teoria de Harman, observando-se forte correlação positiva entre: 
Envelhecimento e o aumento do dano oxidativo; Perda das funções 
mitocondriais com o envelhecimento; Elevado dano oxidativo em muitas doenças 
associadas à idade; Produção contínua de radicais livres pelas mitocôndrias ao 
longo da vida; Redução do estresse oxidativo em tratamentos que aumentam a 
longevidade, como restrições calóricas. 
Os radicais livres são naturalmente produzidos pelo metabolismo dos 
seres vivos. As mitocôndrias são a maior fonte endógena de produção 
de radicais livres nos eucariotos. (HEKIMI,2011, apud MARTELLI, 
2014). 
 
29 
 
10.5 Teoria do desgaste 
Esta teoria defende que o organismo funciona como uma máquina e, 
como qualquer outra, desgasta-se com o tempo. Com o passar dos anos, a 
sobrecarga do sistema pode gerar uma necessidade de adaptação (hiperplasia, 
hipertrofia, entre outros) e, desta forma, podendo desencadear lesões não 
reparadas corretamente. 
A somatória destas lesões dificultaria o funcionamento completo e perfeito 
do organismo ao longo dos anos e, consequentemente, seria uma das 
responsáveis pelo gatilho do envelhecimento. 
10.6 Teoria autoimune 
Esta teoria defende que mutações sucessivas levariam ao surgimento de 
células cujo DNA codificaria a síntese de produtos diferentes dos normais, logo 
estranhos e não identificados pelas células imunocompetente. 
10.7 Envelhecimento- recursos para prevenção e tratamento 
Durante o processo de envelhecimento observa-se: A pele torna-se 
pregueada, enrugada, flácida e hiperpigmentada; agravamento ou exacerbação 
dos sulcos e pregas naturais comprometidas. 
Este processo pode ser denominado como fotoenvelhecimento, 
caracterizado por alterações clínicas, histológicas e funcionais da pele de 
pessoas idosas, expostascronicamente ao sol ao longo das décadas de vida. 
 O excesso de mímica também pode estar associado ao agravamento ou 
exacerbação dos sulcos e pregas naturais comprometidas. Isso porque com o 
passar dos anos, as fibras elásticas daqueles grupos musculares que foram 
usadas de forma exacerbadas e indevidas, acabam por desgastar-se, enrugar-
se ou preguear a pele. 
Independente das causas, ainda não completamente definidas, sabe-se 
que o processo de envelhecimento é gradual, não poupando nenhum ser vivo e 
nenhum órgão, célula ou tecido. De todos os tecidos do corpo, a pele é o que 
 
30 
 
mais revela os efeitos deste processo e também aquele mais acessível à 
pesquisa e estudos dos processos que o relacionam. 
Eletroterapia: A estimulação elétrica facial é uma terapia muito utilizada 
para tratamento facial, sendo a corrente farádica a mais utilizada e difundida. 
Esta técnica produz efeitos semelhantes aos da contração muscular 
voluntária, tais como aumento do metabolismo muscular, maior oxigenação com 
maior liberação de catabólitos, dilatação das arteríolas e um consequente 
incremento da irrigação sanguínea do músculo, melhorando assim a sua nutrição 
e prevenindo a sua hipotrofia fisiológica. 
Laser: Sua ação ocorre em nível celular, estimulando o crescimento do 
colágeno, com o qual é possível restituir a tensão da pele e, consequentemente, 
melhorar a expressão facial de pacientes entre a terceira e quinta décadas de 
vida, que apresentem sinais de envelhecimento da pele. 
Na região dos olhos e pálpebras não se deve utilizar este procedimento, 
assim como na região do pescoço, pois pode hiperativar a glândula tireóide. 
O tipo de laser que será utilizado, sua intensidade e tempo de exposição 
devem ser calculados. 
Massoterapia: Estudos indicam que a massagem estimula a circulação 
sanguínea superficial e renovação do extrato córneo. 
Ela provoca um incremento da velocidade da circulação sanguínea, 
promovem a hiperemia cutânea, com consequente aumento da temperatura da 
pele e, microscopicamente, aumento do número de capilares da pele em 
atividade. 
Cinesioterapia: A atividade física regular é um dos artifícios para quem 
deseja retardar o processo de envelhecimento. A diminuição da aptidão 
cardiorrespiratória, que acontece progressivamente após a terceira década de 
vida pode ser retardada nestes casos. 
Toxina Botulínica: A toxina botulínica trata-se de uma exotoxina 
produzida pela Clostridium botulinum, uma bactéria Gram-positiva e anaeróbica. 
A neurotoxina é produzida pela bactéria em sete sorotipos diferentes 
denominados de A – G. A Toxina Botulínica A é considerada mais potente e com 
maior duração no uso estético, é um método efetivo e seguro no tratamento das 
rugas. Em geral, ela é utilizada para minimizar a atividade muscular e, desta 
 
31 
 
forma, atenuar rugas dinâmicas. Contraindicado o uso de correntes 
excitomotoras. 
Preenchimentos: Existem as mais diversas substâncias utilizadas para 
preenchimento de rugas e sulcos. Dentre os sulcos, o preenchimento do 
nasogeniano é o mais procurado nos consultórios. 
Podem ser utilizados: Injeções de silicone (pouco usado atualmente 
devido ao risco de infecção e reação inflamatória como consequência da 
mobilização do material, caso ocorra) 
Injeções de tecido adiposo ou colágeno (resultados por curto período de 
tempo) 
Materiais aloplásticos, tais como malhas de politetrafluoretileno (risco de 
reações desagradáveis, como infecção, inflamação e/ou extrusão do material) 
Materiais sintéticos, como o ácido hialurônico e suas derivações (um dos 
mais usados atualmente, embora apresente resultados temporários, 6 meses em 
média). 
Microesferas de acrílico envolvidas em um gel de colágeno - Metacrill e 
Artecoll (tidos como materiais não reabsorvíveis e, por isso, com duração de 5 
anos em média). 
Eletrolifting: A galvanopuntura ou eletrolifting é utilizada para atenuar 
rugas e linhas de expressão. Baseada nos efeitos fisiológicos da corrente 
galvânica é realizada com um eletrodo ativo (negativo) sustentado por uma haste 
tipo caneta com fina agulha concentradora de corrente, e um eletrodo passivo 
do tipo placa (positivo). A técnica pode ser realizada de três formas: 
deslizamento da agulha dentro do canal da ruga, penetração da agulha em 
pontos adjacentes e no interior da ruga e escarificação, na qual a agulha desliza 
a 90° dentro do canal da ruga. 
Independente da técnica utilizada, o que se deseja é uma estimulação 
química dos capilares da pele, resultando em uma hiperemia ativa e aumento da 
circulação local, que intensificará os processos metabólicos, a nutrição, a função 
e a regeneração do tecido. 
 
32 
 
11 FIBROEDEMA GELÓIDE 
 
Fonte: eliminarcelulite.com.br 
O termo correto para designar alterações do relevo cutâneo é fibroedema 
gelóide, popularmente conhecido como celulite. Entretanto, é uma comparação 
errônea, uma vez que ambos os termos designam coisas distintas. 
Celulite, do latim celulite, significa inflamação no tecido celular. Algumas 
vezes, pode ser confundida com uma patologia de mesmo nome e de 
características condizentes com o termo, porém tratada exclusivamente pela 
classe médica. 
Além de ser considerado visualmente desagradável por grande parte das 
pessoas, o fibro edema gelóide, do ponto de vista estético desencadeia 
disfunções álgicas nas zonas acometidas e diminuição das atividades funcionais. 
Provoca sérias complicações, dentre elas dores intensas e problemas 
emocionais, como diminuição da autoestima e quadros depressivos. 
No aspecto anátomo-histológico, o tecido com FEG encontra-se com 
aumento do número e do volume de células adiposas, lipoedema e 
dissociação lobular, espessamento e proliferação das fibras colágenas 
interadipocitárias e interlobulares, que provocam engurgitamento 
tecidual, rompimento das fibras elásticas, vasos linfáticos e sanguíneos 
ectásicos. (PIRES, 1992, apud, MACHADO, 2017). 
 
33 
 
11.1 Teste da preensão 
Deve-se pressionar a pele juntamente com a tela subcutânea entre os 
dedos (movimento de pinça), promovendo um movimento de tração. Sendo a 
sensação dolorosa mais incômoda que o normal, é indicativo de FEG, já com 
alteração de sensibilidade. 
11.2 Teste da casca de laranja 
Deve-se pressionar o tecido adiposo entre os dedos polegar e indicador 
ou entre as palmas das mãos. O teste será positivo caso a pele torne-se rugosa, 
semelhante à casca de uma laranja. 
11.3 Estágios do FEG 
Com exceção das palmas das mãos, plantas dos pés e couro cabeludo, 
que apresentam um tecido diferenciado, o FEG pode surgir em qualquer parte 
do corpo, preferencialmente porção superior das coxas (interna e 
externamente), porção interna dos joelhos, regiões de abdome, glúteos e porção 
superior dos braços (Antero e posteriormente). 
O mesmo apresenta três estágios não completamente delimitados, 
podendo ainda ocorrer uma sobreposição dos mesmos numa mesma área. 
FEG Brando (Grau 1): Raramente encontramos na prática clínica, haja 
vista que o profissional geralmente recebe a paciente com sinais e sintomas já 
instalados. 
Neste estágio, o FEG só é percebido quando da realização do teste da 
casca de laranja ou durante uma contração muscular voluntária. Não se 
observam alterações clínicas. É assintomático e considerado sempre curável. 
FEG moderado (Grau 2): Diferentemente do estágio anterior, neste 
estágio, as depressões são visíveis mesmo sem a compressão dos tecidos. Com 
a compressão, portanto, elas ficam sujeitas a apresentarem-se mais evidentes. 
Caso a luz incida lateralmente, as margens são facilmente delimitadas e já se 
encontra alteração de sensibilidade. Frequentemente curável. 
 
34 
 
FEG grave (Grau 3): Em qualquer posição que o indivíduo esteja, é 
possível identificar o acometimento tecidual. Não são necessários testes, uma 
vez que os resultados são visíveis mesmo sem eles. A pele torna-se com 
aparênciade “saco de nozes”, por apresentar-se cheia de relevos, enrugada e 
flácida. Alterações de sensibilidade encontram-se presentes. Pode ser 
melhorado, embora não completamente curado. 
4º Grau: Reação fibroblástica. Na quarta fase da celulite, devido a uma 
grande proliferação de fibras, há infiltração em todo o tecido, dando-lhe uma 
consistência rígida, esclerótica. Formam-se nódulos de pequeno e de grande 
tamanho (micronódulos e macronódulos). O tecido endurece e retrai-se, 
comprimindo ainda mais as células e alterando o seu funcionamento assim como 
o dos vasos sanguíneos, vasos linfáticos e nervosos. Nesta fase, há o 
crescimento dos nódulos e a pele perde seu aspecto normal e podemos 
visualizar elevações e depressões que se sucedem. 
11.4 Tratamento 
Para tratamento do FEG, duas coisas são fundamentais: correto 
diagnóstico aliado ao melhor recurso de escolha para tratamento em questão. 
Pesquisas realizadas nas últimas décadas apontaram que os melhores 
resultados para o fibroedema gelóide são aqueles tratamentos nos quais o corpo 
é submetido à recuperação da saúde e não tem como foco apenas o FEG; afinal, 
se este é abrandado, mas os hábitos de vida permanecem iguais (utilização de 
anticoncepcionais orais, sedentarismo, alimentação inadequada, tabagismo e 
etilismo), os resultados serão apenas temporários e transitórios. 
Eletroterapia: De acordo com a resposta fisiológica desencadeada, 
diversos tipos de correntes podem ser utilizados. 
Corrente galvânica: pode ser usada pura ou associada a drogas 
despolimerizantes (iontoforese). No primeiro caso, quando a mesma é utilizada 
pura, os efeitos fisiológicos característicos da corrente, os efeitos eletroquímicos, 
osmóticos e as modificações vasomotoras podem promover uma melhora da 
nutrição tecidual da região afetada secundária ao aumento da circulação local, 
que ocorre principalmente no polo negativo, por ser mais estimulante. Já na 
 
35 
 
ionização, a medicação introduzida busca promover a despolimerização da 
substância fundamental amorfa. Dentre os medicamentos que podem ser 
utilizados, destacam-se as enzimas mucopolissacarídeos combinadas ou não 
com outros fármacos. 
Correntes Diadinâmicas: a corrente difásica (DF), monofásica (MF), a 
curtos períodos (CP) e a ritmo sincopado (RS) são as correntes Diadinâmicas 
que podem ser utilizadas, cada qual com um objetivo diferenciado. 
Correntes excitomotoras: a estimulação elétrica neuromuscular (NMES) 
é um interessante complemento no tratamento do FEG. Objetiva, via contração 
muscular, o fortalecimento e/ou hipertrofia muscular bem como o aumento da 
circulação sanguínea e linfática, melhorando o trofismo dos tecidos. Embora 
muito empregada, a mesma deve ser utilizada com cautela por parte dos 
profissionais da estética. 
Tanto a eletrolipoforese quanto a endermologia são técnicas muito 
utilizadas para o tratamento da celulite, porém evidências científicas 
sobre a efetividade das duas técnicas permanecem escassas e faltam 
pesquisas que comprovem a sua eficácia. (BORGES, 2006, apud CHU, 
2016). 
Endermoterapia: Também chamada dermotonia. Englobam 
equipamentos específicos baseados na aspiração (sucção), acrescidos de uma 
mobilização tecidual efetuada por rolos motorizados, localizados no cabeçote. 
Produz uma mobilização profunda da pele e tela subcutânea, permitindo um 
incremento na circulação superficial. Isso ocorre devido ao vácuo formado, que 
produz uma pressão negativa. As manobras devem ser realizadas no sentido 
das fibras musculares e linhas de tensão da pele, visando evitar flacidez tecidual. 
Ultrassom: A utilização do ultrassom no tratamento do FEG encontra-se 
relacionado aos seus efeitos fisiológicos associados à sua capacidade de 
veiculação de substâncias através da pele, processo denominado fonoforese. 
Dentre os efeitos do mesmo, destacam-se a neovascularização (com 
consequente incremento da circulação sanguínea), rearranjo e aumento da 
extensibilidade das fibras colágenas e melhora das propriedades mecânicas do 
tecido. 
 
 
36 
 
O ultrassom é indicado em quadros de celulite, fibroses pós cirúrgicas, 
pós-operatórios em cirurgias plásticas e em casos de próteses 
encapsuladas. Contraindicado para problemas ginecológicos (cistos, 
miomas, endometriose), mulheres amamentando, tumores (por 
acelerar seu crescimento e as metástases), distúrbios cardíacos, 
órgãos reprodutores, área pós-operatória, processos infecciosos, 
tromboflebites e varizes, áreas com alteração de sensibilidade, globo 
ocular, áreas com circulação inadequada, osteoporose, DIU, diabetes 
descompensada, problemas renais crônicos, marca-passo ou 
similares, hipertensão ou hipotensão não controladas, hipertireoidismo 
ou hipotireoidismo não controlados. (WEIMANN, 2004, apud SANTOS, 
2017). 
Massoterapia: Por apresentar uma etiologia multifatorial, a massagem 
não deve ser utilizada como único recurso de tratamento do FEG, mas pode ser 
utilizada como coadjuvante. 
A mesma promove analgesia e incremento na circulação sanguínea e 
linfática, devendo ser realizada de forma intermitente, suave e superficial, com o 
objetivo inicial de dessensibilização. Outros efeitos são o auxílio na penetração 
de produtos com princípios ativos específicos, diminuição da resistência da pele 
às correntes e aumento da maleabilidade tecidual. A massagem vigorosa não 
deve ser realizada. 
Drenagem linfática manual: A drenagem linfática manual (DLM) também 
deve ser utilizada como recurso no tratamento do fibro edema gelóide (FEG), 
uma vez que favorece a diminuição de edemas. É importante que a técnica seja 
associada à elevação do segmento corporal que está sendo drenado. Caso 
contrário, existe a possibilidade de ocorrência de uma estase venosa e linfática, 
com drenagem reduzida. 
Drenagem linfática é um método de massagem altamente 
especializado, realizado através de pressões suaves, lentas e rítmicas, 
que seguem o trajeto do sistema linfático. Isto proporciona a drenagem 
de líquidos e a estimulação de defesa imunológica, aumentando a 
diurese, a eliminação de toxinas e desenvolvendo com isso o equilíbrio 
do organismo. (GUELFI, 2002, apud SANTOS, 2017). 
11.5 Tratamento cirúrgico 
O tratamento cirúrgico é um procedimento exclusivamente medido e é 
executado via lipoaspiração superficial, com rompimento de bandas fibrosas e 
liberação da gordura projetada. 
 
37 
 
Outra técnica que trata alterações de relevo cutâneo é a subcisão, que 
consiste em uma intervenção na junção dermo-hipodérmica, deslocando as 
fibras de alto teor fibrótico. 
11.6 Terapia nutricional 
Cuidar da sua alimentação, especialmente se o paciente apresenta um 
quadro de sobrepeso ou obesidade presente. 
O ideal é uma reeducação alimentar, via dieta adequada. Uma dieta 
hipocalórica, elaborada por um profissional especializado (nutrólogo ou 
nutricionista), contribui muito neste processo. 
11.7 Atividade física 
O exercício físico proporciona o aumento da velocidade do fluxo 
sanguíneo (ativador da lipólise), melhora o tônus muscular, diminuindo, assim, o 
edema dos membros inferiores, além de estimular o funcionamento intestinal, 
contribuindo também para a melhora da resposta terapêutica em geral na 
lipodistrofia ginóide. Em função da baixa intensidade do exercício físico, ou seja, 
baixa atividade muscular pode-se causar uma circulação linfática pouco intensa 
e um consequente aumento da viscosidade do fluxo linfático, gerando assim um 
aumento das áreas inflamadas que podem, com o passar do tempo e sem os 
cuidados necessários, colaborar intensamente para o aumento do lipodistrofia 
ginóide. Geralmente, a lipodistrofia ginóide manifesta-se de forma localizada, por 
isso recomenda-se a prática de exercícios para que se tenha a mobilidade 
adequada dos tecidos moles e a reflexão na sua flexibilidade. 
Além das diferenças quanto à anatomia do tecido adiposo, também o 
metabolismo dos adipócitos varia de região pararegião, onde o efeito 
lipolítico das catecolaminas é mais intenso e o efeito antilipolítico da 
insulina é menor nos depósitos gordurosos intra-abdominais, o que 
acarreta maior mobilização dos ácidos graxos livres nessa região 
comparada com a femoroglúteas. (ALANIZ, 2006, apud MACHADO, 
2017). 
 
38 
 
11.8 Terapia medicamentosa (Mesoterapia) 
Mesoterapia ou Intrademoterapia: consiste na utilização da derme como 
receptora e difusora de pequenas quantidades de medicamentos, incluindo 
anestésicos, corticosteroides, antibióticos, dentre outros. Consistem em 
introduzir múltiplas injeções intradérmicas de enzimas, vasodilatadores e de 
substâncias farmacológicas que auxiliam o metabolismo do tecido conjuntivo. A 
injeção dos mesmos é feita via pistola, que porta uma agulha de 
aproximadamente 4 mm. Procedimento exclusivamente médico. 
Ativos farmacológicos: tais ativos, utilizados no tratamento do fibro edema 
gelóide, atuam no tecido conjuntivo ou na microcirculação, podendo ser 
utilizados por via tópica, sistêmica ou transdérmica. Dentre os princípios ativos 
atuantes na microcirculação, destacam-se os extratos vegetais de hera, e 
castanha da índia, gingo Biloba e rutina, que agem diminuindo a 
impermeabilidade capilar e aumentando o tônus venoso. Dos ativos usados no 
tratamento do FEG com ações sobre o tecido conjuntivo, destaca-se o silício e a 
Centella asiática. 
12 PERIMETRIA 
 
Fonte: drspa.com.br 
 
39 
 
A perimetria nada mais é que a mensuração, em centímetros, da 
circunferência de determinado segmento corporal. 
Essa medida, denominada perímetro, é o perímetro máximo de um 
segmento corporal quando medido em ângulo reto em relação ao seu maior eixo. 
Para realização desta medida, é necessária uma fita métrica com precisão 
de 0,1 cm. Alguns autores descrevem a preferência por fita metálica, uma vez 
que outros materiais podem, ao longo do tempo de uso, ceder. Desta forma, 
alterando a medida real. 
12.1 Utilização da perimetria na área da saúde e estética 
Devido à sua importância, é muito utilizada na área da saúde e atividade 
física. Em academias, por exemplo, é frequentemente utilizada durante a 
avaliação física. Uma grande parcela da população certamente já foi submetida 
à perimetria, mesmo que não soubessem o nome do procedimento. 
Na área da estética, ela é muito utilizada na avaliação pré-tratamento e 
reavaliação após o mesmo, especialmente nos tratamentos para redução de 
medidas, drenagem linfática, massagem modeladora ou redutora. 
12.2 Cuidados importantes 
Entretanto, alguns cuidados são importantes para essa mensuração: 
Marcar corretamente os pontos dos perímetros utilizando caneta ou lápis 
dermatográfico; Medir sempre num ponto fixo, pois a variação aponta erros; 
Medir sempre sobre a pele nua; Nunca utilizar fita elástica ou de baixa 
flexibilidade; Nunca esquecer o dedo entre a fita e a pele; Não dar pressão 
excessiva nem deixar a fita frouxa; Realizar três medidas e calcular a média; Não 
medir o avaliado após qualquer tipo de atividade física. 
Os cuidados acima são muito importantes, uma vez que a mensuração 
errada compromete o resultado final do tratamento. 
Outro fator importante é que a repetição perimetria ser realizada pela 
mesma pessoa. 
 
40 
 
Isso quer dizer que, a mesma pessoa que aferiu no momento da 
avaliação, deverá repetir o procedimento no dia da reavaliação. E de preferência, 
com a mesma fita métrica, no mesmo horário do dia, estando a paciente com as 
mesmas vestes. Isso pode parecer bobagem, mas faz uma tremenda diferença 
para quem deseja ser um profissional sério, cuidadoso e fiel ao tratamento 
oferecido. 
Veremos como realizar a perimetria nos pontos mais utilizados na área da 
estética. Vale lembrar que existem outros além destes, mas menos utilizados 
pelo esteticista. 
O avaliado deverá estar com a menor quantidade possível de roupas, uma 
vez que as medidas deverão ser realizadas sobre a pele nua. 
Tórax: Esta medida é diferenciada quando realizada em homens ou 
mulheres. Deve ser tomada com a pessoa em posição ortostática (em pé, sem 
apoio). 
Para mulheres: posicionar a fita num plano horizontal, passando abaixo 
das linhas axilares. 
Para homens: colocar a fita num plano horizontal, passando sobre a 
cicatriz mamilar. 
Em ambos: normal: ao final de uma expiração normal inspiratório – ao 
final de uma inspiração máxima expiratória – ao final de uma expiração máxima. 
Braço: Com o avaliado em posição ortostática, antebraços em posição 
supinada (posição anatômica). Passar a fita por cima do ponto meso-umeral, ou 
seja, ponto médio entre o acrômio e o olecrano. 
Antebraço: Posicionamento idêntico ao da medida de braço. 
Deve-se colocar a fita no ponto de maior massa muscular (geralmente na 
região próxima ao cotovelo). 
Cintura: Esta medida também é diferenciada para sexo masculino e 
feminino. Em ambos, deve ser tomado com a pessoa em posição ortostática, 
abdômen relaxado. 
Para mulheres: a medida deve ser tomada no ponto de menor 
circunferência, abaixo da última costela, colocando a fita num plano horizontal. 
Para homens: colocar a fita num plano horizontal, passando sobre a 
cicatriz umbilical. 
 
41 
 
Quadril: Avaliado em posição ortostática, braços ligeiramente afastados, 
pés juntos, glúteos contraídos. O avaliador deverá posicionar-se e tomar as 
medidas lateralmente ao avaliado. 
Deve-se colocar a fita num ponto horizontal, no ponto de maior massa 
muscular das nádegas. 
Coxa proximal: O avaliado deverá estar em posição ortostática, pernas 
ligeiramente afastadas. O avaliador deverá posicionar-se e tomar as medidas 
lateralmente ao avaliado. 
Deve-se colocar a fita métrica logo abaixo da prega glútea, num plano 
horizontal. 
Coxa meso-femoral: O avaliado também deverá estar em posição 
ortostática, pernas ligeiramente afastadas. O avaliador também deverá 
posicionar-se e tomar as medidas lateralmente ao avaliado. 
Colocar a fita num plano horizontal, no nível do ponto meso-femoral, ou 
seja, no ponto médio entre a prega inguinal e a borda superior da patela. 
Coxa distal: O posicionamento do avaliado e do avaliador seguem os 
mesmos padrões das duas medidas anteriores. 
Deve-se posicionar a fita métrica num plano horizontal, em nível do ponto 
distal (que é medido a 5 cm da borda superior da patela). 
Panturrilha: O posicionamento do avaliado e do avaliador é o mesmo dos 
3 últimos itens. 
Deve-se colocar a fita no plano horizontal, no ponto de maior massa 
muscular. 
Outros pontos de referência: Pescoço: logo abaixo da proeminência 
laríngea; Ombros: saliência dos músculos deltoides, abaixo do acrômio (bilateral) 
no final da expiração; Peito: quarta articulação esterno-costal; Cintura: ponto 
médio entre a margem da costela inferior e crista ilíaca, no ponto mais estreito 
do tronco.; Abdome: 2,5 cm do umbigo, ao final da expiração; Quadril: na linha 
dos trocânteres maiores; Coxa proximal: imediatamente abaixo da prega glútea; 
Coxa medial: no ponto médio entre a linha inguinal e a borda proximal da patela; 
Coxa distal: próximo aos epicôndilos femorais; Joelho: no nível médio da patela; 
Panturrilha: na maior protrusão muscular a esse nível; Tornozelo: sobre os 
maléolos; Braço (bíceps): ponto médio entre o ombro e o cotovelo; Antebraço: 
 
42 
 
circunferência máxima da porção proximal Pulso (punho): sobre os processos 
estiloides do rádio e da ulna. 
13 PROTOCOLOS PROPOSTOS PARA TRATAMENTO CORPORAL 
13.1 Primeira etapa: Preparação do tecido 
Desintoxicação e mobilização do tecido gorduroso; 
Drenagem linfática manual; 
Argila (não deve ser usada em pele secas); 
Bandagem quente (utiliza-se a manta); 
Sonoforese tridimensional (Heccus ou Ultrassom); 
Esfoliação da pele e hidratação da mesma. 
13.2 Segunda etapa: Estimular a lipólise 
Limpeza da pele; 
Utilização do Heccus, com ativos lipolíticos; 
Eletrolipólise. 
13.3 Terceira etapa: Mobilizar 
Endermologiaa vácuo; 
Massagem manual, utilizando ativos; 
Uso da cinta modeladora. 
13.4 Quarta etapa: Flacidez tecidual 
Utilizar o Heccus (corrente Aussie); 
Indicar o paciente ao uso em Home care de bandagem com filme PVC, 
com ativos que estimulam a produção do colágeno e inibem a elastase. 
Alguns exemplos: Hidrovance (ureia modificada), ácido hialurônico, 
Hibiscos, DHA, Syn Coll, entre outros. 
 
43 
 
14 A TOXINA BOTULÍNICA 
 
Fonte: imirante.com 
Nunca na história da humanidade houve uma substância a sofrer uma 
mudança de percepção tão dramática como a toxina botulínica. Conhecida há 
séculos como um veneno mortal é agora usado num grande número de 
especialidades médicas como uma droga altamente potente introduzindo um 
princípio terapêutico completamente diferente (Truong Dd, 2009 apud 
MARQUES, 2014). 
A Toxina Botulínica foi usada, como descrito por Silva (2017) pela primeira 
vez, por Alan Scott e Edward Schantz em 1968. Alan Scott era um oftalmologista 
que iniciou uma investigação, com o objetivo de descobrir substâncias injetáveis 
que possibilitassem o combate ao Estrabismo. Assim, o seu objetivo seria 
encontrar uma substância capaz de bloquear o neurotransmissor envolvido na 
atividade muscular causadora deste problema. 
A toxina botulínica é produzida por uma bactéria anaeróbica chamada 
Clostridium botulinum, que produz oito tipos sorológicos diferentes (conhecidos 
de A-G). A toxina botulínica tipo A é considerada a mais potente, mais específica 
e com maior duração, sendo, por isso, o sorotipo de escolha para uso clínico 
estético, é obtida via laboratório e apresentada na forma cristalina estável, 
disponibilizada comercialmente em frascos a vácuo para posterior diluição em 
solução fisiológica (UEBEL, 2019). 
 
44 
 
 Estes frascos devem ser armazenados sob refrigeração (entre 2 e 8°C), 
e após a diluição deve ser utilizado no menor tempo possível, devido ao fato de 
ser uma molécula sensível a forças mecânicas, pesquisadores alertam para o 
cuidado no momento da diluição, pois ela pode inativar-se pela quebra da 
molécula, na presença de bolhas de ar, calor (40°C) e pH alcalino (UEBEL, 
2019). 
Toxina botulínica tipo A é formada por uma cadeia simples de peptídeos 
composta por uma cadeia de proteínas de 100kDa (cadeia pesada) e por outra 
cadeia de 50kDa (cadeia leve), tornando-se ativa somente após a clivagem 
dessas duas cadeias, que ocorre a nível do citoplasma da célula nervosa, seu 
mecanismo de ação se inicia, após a injeção intramuscular, via ligação da toxina 
com receptores no terminal pré-sináptico bloqueando a liberação da acetilcolina 
e impedindo a condução neuromuscular, como este bloqueio não interfere na 
produção da acetilcolina e estudos demonstram novos brotamentos neuronais 
no local, após alguns meses é comprovada a reversibilidade do tratamento 
(UEBEL, 2019). 
14.1 ANATOMIA DAS RUGAS DINÂMICAS 
Com o envelhecimento, na visão de Uebel (2019) a aparência facial sofre 
ação da exposição à radiação solar (fotoenvelhecimento), flacidez cutânea, 
alterações de volume causadas por reabsorção óssea e do tecido subcutâneo, 
e o surgimento das rugas dinâmicas, causadas pela atividade muscular, os 
músculos da face são únicos, devido ao fato de possuírem um anexo de tecido 
mole à superfície da pele e se fixam por somente uma extremidade ao osso, 
diferente dos demais músculos, que possuem duas extremidades afixadas em 
partes esqueléticas, dessa forma, quando ocorre a contração muscular, a pele 
sobrejacente também se contrai, formando as rugas dinâmicas em sentido 
perpendicular à contração muscular. 
 
45 
 
 
 
Fonte: www.univates.br 
Pacientes com rugas dinâmicas demonstraram as melhorias mais 
drásticas após aplicação da toxina botulínica e são considerados os pacientes 
ideais para este tratamento. Pacientes que possuem rugas estáticas também 
podem se beneficiar das injeções, porém requerem duas ou três sessões de 
aplicação consecutivas para resultados significantes, como também a 
combinação com outros procedimentos cosméticos, além das rugas dinâmicas, 
o tratamento com toxina botulínica também é indicado para outras funções 
estéticas, como modelação de sobrancelhas e da ponta nasal, elevar os cantos 
da boca (para casos classificados como “sorriso triste”), e corrigir assimetrias 
faciais (UEBEL, 2019). 
 Rugas dinâmicas da face e músculos associados funcionais após duas 
semanas, onde se atinge a provável máxima de eficácia, após 4 a 5 meses, o 
exame mostrou o restabelecimento desse número de unidades motoras 
funcionais. Ao longo dos 20 anos de estudos desde o início do uso da toxina 
 
46 
 
botulínica na estética, ela se tornou o tratamento de escolha para rugas formadas 
no terço superior da face. Demais tratamentos cirúrgicos nessa região tornam-
se bastante invasivos, e com resultados menos eficazes, um estudo realizado 
em 2009 com 100 pacientes acompanhados entre 2 a 4 anos relatou um índice 
de satisfação e resultados em torno de 94%, outro estudo do mesmo ano 
mostrou bons resultados em cerca de 88% dos pacientes, mantendo o mesmo 
por 3 a 6 meses (UEBEL, 2019). 
 Comparações entre amenização de rugas dinâmicas e estáticas na 
região frontal e glabelar comprovaram a maior eficácia no tratamento das rugas 
dinâmicas. Há recuperação de cerca de 70 a 80% da funcionalidade muscular, 
entre 3 a 6 meses após a aplicação. Estudos específicos na região glabelar 
mostram melhora notável em 92,6% das pacientes, consistentes com outros 
relatos pré-existentes, a musculatura orbicular dos olhos possui uma 
peculiaridade e deve ser tratada com um pouco mais de atenção (UEBEL, 2019). 
No dizer do autor acima como o músculo orbicular é circular, ele possui a 
maioria das suas inserções em tecido mole, e não possui relaxamento total tendo 
apenas uma área bloqueada, localiza-se logo abaixo da epiderme, com pouco 
ou nulo tecido subcutâneo, em vista disso, autores comprovaram a melhora das 
rugas periorbitais não somente com os pontos clássicos de aplicação, como 
também associando pontos adicionais na pálpebra inferior. 
Por ser um local delicado que possa gerar efeitos indesejados, autores 
utilizaram a técnica de microdoses de toxina botulínica por via intradérmica, 
demonstrando melhoria de 86% dos casos em comparação à aplicação somente 
dos pontos clássicos na lateral orbicular, a toxina botulínica também tem 
efetividade no terço inferior da face, porém é um processo mais técnico e requer 
avançada aplicação, as relações entre os músculos dessa região são diferentes 
da parte superior da face, atuando como fixadores e sinergistas de maneira 
conjunta e complexa; bem como as doses de aplicação são menores (UEBEL, 
2019). 
Estudos demonstram que o relaxamento do músculo orbicular oral causa 
elevação do lábio superior, gerando leve aumento no volume dos lábios, como 
também a ótima redução das linhas periorais, entretanto, esses locais devem ser 
meticulosamente tratados, pois a aplicação incorreta nas laterais dos lábios pode 
 
47 
 
gerar outros problemas em sua ação funcional, como mastigação, deglutição e 
articulação de sons (UEBEL, 2019). 
14.2 Aplicação e absorção 
As doses recomendadas dependem da força e da massa muscular do 
paciente, variando entre 1 e 5UI por ponto de aplicação, as doses não são rígidas 
e variam de acordo com a força e extensão do músculo, portanto cada paciente 
deve ser avaliado de forma individual, em pacientes do sexo masculino, estudos 
demonstram que as doses devem ser mais altas, como também um maior 
número de pontos de aplicação, visto que os mesmos possuem mais massa 
muscular em relação a pacientes do sexo feminino. Estudos realizados em ratos 
mostraram, após aplicação da toxina botulínica, uma lenta difusão no músculo 
injetado, seguido de uma metabolização, onde a quantidade da substância reduz 
em até a metade, num período de aproximadamente 10 horas (UEBEL,

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