Buscar

Prova M1 Tributário II 17 04 2020

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 3, do total de 5 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Prévia do material em texto

Prova Direito Tributário II
QUESTÃO 1. (3,0 pontos) Assinale V, para verdadeiro, e F, para falso, justificando e fundamentando a(s) alternativa(s) falsa(s). 
a) A denúncia espontânea da infração, acompanhada, se for o caso, do pagamento do tributo devido com juros de mora correspondentes, realizada até a conclusão do procedimento administrativo ou da medida de fiscalização relacionada com a infração resulta na exclusão da responsabilidade do contribuinte pela infração (Falso) 
PRIMEIRO ERRO: O momento idôneo para o reconhecimento da denúncia espontânea seria o “início“ de qualquer procedimento administrativo ou medida de fiscalização relacionados à infração (mas não a sua conclusão, como prevê a assertiva), a teor do que dispõe o parágrafo único do art. 138, CTN.
SEGUNDO ERRO: A assertiva estaria errada ainda que contivesse a expressa previsão do parágrafo único do art. 138, CTN. Ora, a denúncia espontânea traduz-se em modalidade de “extinção” da responsabilidade, mas não de “exclusão”, tecnicamente falando (art. 138, caput).
b) Consoante a jurisprudência do Superior Tribunal de Justiça, o benefício da denúncia espontânea pode ser aproveitado ao contribuinte inadimplente ainda que opte pelo pagamento parcelado do tributo e dos juros de mora. (Falso) 
 Justificativa: Tendo ocorrido parcelamento, não se faz presente a denúncia espontânea. Artigo 138 do CTN e Súmula 208 do extinto TFR. 2. O parcelamento não se constitui em pagamento integral (pressuposto da denúncia espontânea) e a este não se substitui, exatamente porque não se pode certificar que, embora pagas algumas parcela, as demais serão igualmente quitadas nos termos do artigo 158 do CTN. E sem a quitação integral do débito, não se aplica o artigo 138 do CTN no que diz respeito à multa moratória. Deverá ocorrer a incidência da multa com os juros moratórios em decorrência do atraso no pagamento do tributo.
c) Na hipótese de tributo sujeito ao lançamento por homologação, considerando que tenha ocorrido equívoco quanto ao recolhimento tempestivo do tributo, o contribuinte, reconhecendo o erro e realizando o pagamento, poderá se beneficiar da denúncia espontânea. (Falso) 
  Justificativa: SÚMULA N. 360 -STJ
O benefício da denúncia espontânea não se aplica aos tributos sujeitos a lançamento por homologação regularmente declarados, mas pagos a destempo. Rel. Min. Eliana Calmon, em 27/8/2008.
QUESTÃO 2. (1,0 ponto) Em caso de denúncia espontânea, o contribuinte inadimplente e beneficiado pelo referido instituto, ficará desobrigado ao pagamento de multas punitivas, mas não da multa moratória? Justifique e fundamente. 
O contribuinte ficará desobrigado ao pagamento da multa moratória . Atendidos os requisitos do art. 138 do CTN, a denúncia espontânea afasta a aplicação de multa, inexistindo, nesse caso, diferença entre multa moratória e multa punitiva.
Art. 138. A responsabilidade é excluída pela denúncia espontânea da infração, acompanhada, se for o caso, do pagamento do tributo devido e dos juros de mora, ou do depósito da importância arbitrada pela autoridade administrativa, quando o montante do tributo dependa de apuração.
O CTN não fez diferença entre multas de mora e  multa de ofício, possuindo ambas natureza punitiva. Entendimento pacífico do STJ, proferido na sistemática de recursos repetitivos, de que “a sanção premial contida no instituto da denúncia espontânea exclui as penalidades pecuniárias, ou seja, as multas de caráter eminentemente punitivo, nas quais se incluem as multas moratórias, decorrentes da impontualidade do contribuinte”. REsp 1.149.022/SP, rel. ministro Luiz Fux, 1ª Seção, julgado em 9/6/2010, DJe 24/6/2010.
QUESTÃO 3. (1,0 ponto) Nos termos legais, a exclusão do crédito tributário decorrente de infração à legislação tributária, concedida em caráter geral ou por despacho da autoridade administrativa, é chamada de denúncia espontânea? Justifique e fundamente. 
Errado, a questão se refere a anistia aonde o legislador extingue a punibilidade do sujeito passivo infrator da legislação tributaria, impedindo a constituição do credito. Na anistia o crédito não foi constituído.
Art. 181. A anistia pode ser concedida:
I - em caráter geral;
[..]
Art. 182. A anistia, quando não concedida em caráter geral, é efetivada, em cada caso, por despacho da autoridade administrativa, em requerimento com o qual o interessado faça prova do preenchimento das condições e do cumprimento dos requisitos previstos em lei para sua concessão.
QUESTÃO 4. (1,0 ponto) Acerca da anistia, assinale a alternativa correta. (Resposta Alternativa B)
A) A anistia, quando prevista em contrato, independe de lei, sendo concedida por despacho da autoridade administrativa. 
B) A anistia pode ser concedida limitadamente às infrações da legislação relativa a determinado tributo. (RESPOSTA CORRETA)
C) A anistia concedida por prazo certo e em função de determinadas condições pode ser revogada ou modificada por lei a qualquer tempo, desde que com observância ao princípio da anterioridade. 
D) A anistia, quando concedida em caráter geral, é efetivada, em cada caso, por despacho da autoridade administrativa, em requerimento com o qual o interessado faça prova do preenchimento das condições e do cumprimento dos requisitos previstos em lei. 
E) A anistia abrange exclusivamente as infrações cometidas posteriormente à vigência da lei que a concede, não se aplicando aos atos qualificados em lei, como crimes ou contravenções, e aos que, mesmo sem essa qualificação, sejam praticados com dolo, fraude ou simulação pelo sujeito passivo ou por terceiro em benefício daquele. 
QUESTÃO 5. (1,0 ponto) No tocante à denúncia espontânea, está incorreto: (Resposta Alternativa B) 
A) Só se considera espontânea a denúncia apresentada antes de qualquer medida de fiscalização relacionada com a infração fiscal. 
B) É cabível ao caso em que o contribuinte devedor confessa a dívida e obtém o parcelamento do débito tributário. (Esta é a alternativa incorreta)
C) Exclui a exigência da multa, mas não evita a incidência dos juros moratórios e da correção monetária do débito confessado. 
D) Não pode ser aplicada aos tributos sujeitos a lançamento por homologação regularmente declarados, mas que são pagos a destempo. 
QUESTÃO 6. (1,0 ponto) O instituto tributário da anistia de caráter geral  (Resposta alternativa E) 
A) pode alcançar infrações cometidas posteriormente à vigência da lei que a concedeu, desde que concedida em caráter específico. 
B) somente tem lugar diante da denúncia espontânea da infração, sendo dispensada lei para sua concessão, pois refere-se à obrigação tributária acessória. 
C) tem lugar para perdoar crédito tributário cujo fato gerador foi praticado com dolo, fraude ou simulação pelo sujeito passivo ou por terceiro em benefício daquele, desde que expressamente veiculada por lei do ente competente para instituir o tributo. 
D) se concede apenas mediante requerimento comprovando preenchimento de determinados requisitos legais já discriminados no Código Tributário Nacional e despacho da autoridade administrativa competente. 
E) não se aplica a atos qualificados em lei como crimes ou contravenções e aos que, mesmo sem essa qualificação, sejam praticados com dolo, fraude ou simulação pelo sujeito passivo ou por terceiro em benefício daquele. (Alternativa correta)
QUESTÃO 7. (2,0 pontos) Discorra sobre a pretensão punitiva do Estado nos crimes contra a ordem  tributária considerando a hipótese de parcelamento do crédito tributário, fundamentando na lei. 
No Direito Penal Tributário a punibilidade é excluída, nos casos de pagamento de tributo, mesmo mediante parcelamento.
Durante o período em que a pessoa física ou jurídica relacionada com o agente do crime estiver incluída no plano de parcelamento, fica “suspensa a pretensão punitiva do Estado”, desde que “o pedido de parcelamento tenha sido formalizado antes do recebimento da denúncia criminal (§ 2º). A prescrição da pretensão punitiva [e não executória] também fica suspensa (§ 3º). Ocorrendo o pagamento integral dos débitos parcelados,extingue-se a punibilidade (§ 4º).
Lei 9.430/96
Dispõe sobre a legislação tributária federal, as contribuições para a seguridade social, o processo administrativo de consulta e dá outras providências.
Art. 83. A representação fiscal para fins penais relativa aos crimes contra a ordem tributária previstos nos arts. 1o e 2o da Lei no 8.137, de 27 de dezembro de 1990, e aos crimes contra a Previdência Social, previstos nos arts. 168-A e 337-A do Decreto-Lei no 2.848, de 7 de dezembro de 1940 (Código Penal), será encaminhada ao Ministério Público depois de proferida a decisão final, na esfera administrativa, sobre a exigência fiscal do crédito tributário correspondente. (Redação dada pela Lei nº 12.350, de 2010)
Parágrafo único. As disposições contidas no caput do art. 34 da Lei nº 9.249, de 26 de dezembro de 1995, aplicam-se aos processos administrativos e aos inquéritos e processos em curso, desde que não recebida a denúncia pela juiz.
§ 1o Na hipótese de concessão de parcelamento do crédito tributário, a representação fiscal para fins penais somente será encaminhada ao Ministério Público após a exclusão da pessoa física ou jurídica do parcelamento. (Incluído pela lei 12.382/11).
§ 2o É suspensa a pretensão punitiva do Estado referente aos crimes previstos no caput, durante o período em que a pessoa física ou a pessoa jurídica relacionada com o agente dos aludidos crimes estiver incluída no parcelamento, desde que o pedido de parcelamento tenha sido formalizado antes do recebimento da denúncia criminal. (Incluído pela lei 12.382/11).
§ 4o Extingue-se a punibilidade dos crimes referidos no caput quando a pessoa física ou a pessoa jurídica relacionada com o agente efetuar o pagamento integral dos débitos oriundos de tributos, inclusive acessórios, que tiverem sido objeto de concessão de parcelamento. (Incluído pela lei 12.382/11).
Ora, se o interesse maior do Estado Fiscal é receber o tributo, e o recebe “a qualquer tempo”, não há porque se penalizar na esfera criminal quem pagou o tributo ,seja em que tempo for, pois a privação de bens e/ou da própria liberdade, esfera penal, deve ser a ultima alternativa.
O pagamento do tributo pode a qualquer tempo acarretar a extinção da punibilidade. É possível, portanto, que, durante a execução fiscal que tramita paralelamente à ação penal o acusado faça o pagamento e provoque o encerramento do processo criminal.
No caso de parcelamento este deve ser solicitado antes do recebimento da denúncia criminal, então nesse caso é suspensa a pretensão punitiva do Estado até que o contribuinte pague montante devido.
Cabe ressaltar que mesmo a quitação posterior ao trânsito em julgado pode beneficiar o agente, porque a Lei nº 10.684/03 não estabelece marco temporal, e não cabe ao Judiciário decidir lastreado em limites inexistentes.

Outros materiais