Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
FISIOLOGIA CARDÍACA Uma síncope/desmaio pode ocorrer se a frequência cardíaca se manter muito alta por muito tempo ou baixa por muito tempo. Se o coração bater de forma muito rápida, o enchimento ventricular não ocorre completamente. Potencial marcapasso = potencial de ação do coração. Potencial muscular. O volume de sangue total é variável e o volume circulante é variável. A pressão sanguínea é variável, porém monitorada. Do nó sinoatrial sai o primeiro potencial e vai pela fibra de Hiss e Purkinje para o átrio esquerdo e ventrículos. O coração é o único órgão que recebe sangue na diástole, se a FC aumentar muito, não dá tempo do sangue ir pro próprio coração. Pode ocorrer infarto. Betabloqueadores são utilizados para diminuir a FC. Uma inflamação do pericárdio = pericardite impacta no relaxamento muscular porque fica mais rígida. O volume faz as valvas/válvulas se abrirem. Quando a pressão atrial supera a pressão ventricular. Quando a pressão ventricular esquerda supera a pressão da válvula aórtica, ela abre e o sangue passa. Beta 1 e M2 são os receptores do coração. M2 no sinoatrial e B1 na musculatura atrial e ventricular. Afeta o potencial nodal e na contração. O simpático imediatamente impacta em ambos os processos, parassimpático não. Os átrios não se comunicam diretamente. Toda célula atrial se comunica com a célula atrial adjacente, mas não se comunica com o ventrículo diretamente. Processo chamado de sincício e junções GAP faz também a condução de potencial elétrico. Os túbulos T conduzem potencial de ação para o interior da fibra muscular. 1h 4min A actina se liga à cabeça da miosina. Exemplo: tenho 5 cabeças de actina, logo tenho que ter 5 proteínas de ancoragem. Obviamente, a força muscular vai estar mais forte quando as 5 cabeças estiverem ligadas em vez de 2 ou 3. Isso se chama de mecanismo de frank-starling. � Mecanismo de frank-starling. (Só acontece em condições fisiológicas) Estabelece que o coração, dentro de limites fisiológicos, é capaz de ejetar todo o volume de sangue que recebe proveniente do retorno venoso. Podemos então concluir que o coração pode regular sua atividade a cada momento, seja aumentando o débito cardíaco, seja reduzindo-o, de acordo com a necessidade. Há momentos do dia que seu coração vai conseguir ejetar todo o sangue que está nele. É um conceito da cardiologia para se referir à capacidade do coração de se adaptar a variações do volume sanguíneo modificando sua contratilidade. O coração bombeia todo o sangue que a ele retorna pelas veias. Se passar do máximo, não maximiza a força de contração. 1h10 Se o coração encher demais, a miosina vai se afastar da actina e na hora de contrair não dá tempo da miosina voltar pra se ligar. Pode ocorrer edema pulmonar se é injetado muito soro num paciente porque aumenta muito o volume do sangue circulante. Dependendo da fase do ciclo cardíaco há um momento do dia que o coração consegue ejetar todo o sangue que ta nele em condições fisiológicas. -> Inotropismo ou contratilidade: Capacidade do coração de se contrair sob certos estímulos. Efeito inotrópico positivo é aquele que aumentam a contratilidade e negativo o que diminui. -> Cronotropismo ou automatismo e ritmicidade: Capacidade do coração pode gerar seus próprios impulsos elétricos. Efeito cronotrópico positivo é aquele que melhora a geração de impulsos e negativo o que piora. -> Dromotropismo ou Condutividade: Capacidade de condução dos impulsos cardíacos pelo sistema. Efeito dromotrópico positivo é aquele que aumenta essa capacidade de condução de impulsos e negativo o que diminui. -> Batmotropismo ou Excitabilidade: Capacidade do coração pode ser estimulada através da manutenção de um limiar e despolarizar ao ser estimulado por um potencial elétrico -> Lusitropismo ou Retratabilidade: Capacidade de relaxamento do coração sob certos estímulos. Efeito lusitrópico positivo é aquele que aumenta a capacidade do miocárdio de relaxar e negativo o que diminui. O cálcio desencadeia a liberação de mais cálcio pelo retículo (calsequestrina). Liberação de cálcio mediada por cálcio. A função do cálcio é liberar mais dele. No retículo sarcoplasmático tem uma proteína chamada rianodina R-Ry esse canal é um canal de cálcio sensível a cálcio. Hipercalcemia aumenta a frequência cardíaca. Existem doenças nesse canal: rianodina. A pessoa vive normal, mas dependendo de algumas substâncias de uso, o canal abre e ela sofre uma hipercalcemia. A rianodina está presente também no músculo esquelético, e nesse caso pode haver hipertermia maligna= excesso de contração muscular. Quando o cálcio sai pela rianodina, ela vai gerar contração muscular cardíaca. Para o coração relaxar, é preciso retirar cálcio do citosol. Para isso acontecer, existem moduladores de cálcio. Uma das maneiras disso acontecer é entrar cálcio de volta pro retículo sarcoplasmático ou sair da célula muscular cardíaca. Tem canais de cálcio que permitem a saída de cálcio da célula e tem proteínas que permite que ele volte pra dentro do retículo. Tem um modulador chamado fosfolamban que controla o cálcio que entra de volta. Rianodina é pra saída de cálcio e Serca2 é pra entrada. Se a fosfolamban estiver fosforilada ela abre a serca2 e o cálcio entra de volta. E se a fosfolamban não estiver fosforilada. O AMPc fosforila ela e produz um catalisador a ptn cinase-a: induz a ligação de cálcio ao sistema troponina-tropomiosina para expor a actina. E o catalisador fosforila a fosfolamban para recaptar cálcio. A proteína que recapta o cálcio é o Serca2, ela está no retículo sarcoplasmático. A fosfolamban (PLB) se estiver fosforilada, abre a Serca2. O AMPc ativa a PKA (proteína cinase A) e a PKA fosforila a fosfolamban. AMPc induz uma contração rápida e um relaxamento rápido também. O receptor Beta1 produz AMPc que primariamente aumenta a frequência cardíaca porque aumenta a concentração de cálcio. Depois que isso acontece, a pPLB (fosfolamban) é fosforilada e a Serca2 entra em ação recaptando cálcio. Quando a PKA está inativa a Serca2a fica fechada. Também tem a bomba de cálcio, mas ela é lenta. O paciente transplantado não tem o sistema simpático e parassimpático ligado ao coração, logo, ele não pode correr ou fazer qualquer exercício. O Beta 1 não regula o coração dessa pessoa. Para o cálcio sair da célula, o sódio também é necessário. Pro sódio entrar, a bomba de sódio tem que estar funcionando. Se o potássio não entrar, cálcio não consegue sair. Quando B1 é ativado ele aumenta a contração cardíaca. A bomba de cálcio também funciona para retirar cálcio da célula. Se o potássio não entrar o cálcio não consegue sair. O Potencial de ação. O potencial muscular é rápido, já o potencial nodal é lento. (canal de sódio F) -> (funny) O gradiente elétrico só precisa que atinja -60mV. O canal funny faz o automatismo cardíaco. Quando ele abre, entra sódio até -40 depois desse limite abrem-se canais de cálcio. Entra cálcio até 20 e fecha o de cálcio e entra potássio. Para que o potencial nodal aconteça, o início é lento. Potencial de ação rápido de resposta de uma célula cardíaca O sódio vem dos nodos. A função do nodo é pra no músculo abrir canal de sódio e o potencial aconteça. O músculo se contrai pelo potencial elétrico que vem através dos nodos. Canal de cálcio tipo T -> transiente. Quando os nodos disparam potencial de ação, abre canal de sódio. O íon cálcio mantém a fase de Platô. Canal de cálcio tipo L.- porque é importante essa fase que mantém alto o cálcio? Para manter a contração muscular. Fase 0, 3, 4 Fase 0- canal de sódio aberto: fase ascendente. Os gráficos são de cálcio e sódio. (slide potencial de ação rápido) � Três formas de canal de sódio: No PRA o canal de sódio está inativo. No PRE mesmo que chegue potencial, não consegue abrir. No PRR se chegar um potencial mais forte que o anterior é possível produzir um P.A, embora seja necessária uma corrente de influxo maior do que a habitual. Tem canais em repouso que podem gerar sim um P.A. O CORAÇÃO COMO BOMBA Débito cardíaco: volume de sangueejetado em um minuto. Quanto mais sangue chega mais sangue consegue ser ejetado. DC = VS x FC VS-> Pré-carga, Pós-carga e contratilidade: vão interferir na ejeção de sangue. O que é pré carga? Pré-carga é um reflexo do retorno venoso. Conceito: estresse (atrito) da parede ventricular direita durante seu enchimento. Quanto mais sangue chega mais sangue será ejetado. ICC- Insuficiência cardíaca congestiva: ejeta sangue de maneira insuficiente. O coração não consegue ejetar o sangue que chega no coração. O sangue que não consegue ser ejetado vai pro pulmão por exemplo. o coração pode estar dilatado ou com contração concêntrica. Uma fase de ICC 4, apesar de ter uma pré-carga suficiente, o volume sistólico é baixo. não basta chegar sangue no coração se o músculo não é capaz de contrair. Sons cardíacos: B1: primeira bulha cardíaca- fechamento da válvula AV- sístole do coração B2: segunda bulha- fechamento das válvulas semilunares- diástole do coração. B3: terceira bulha B4: patológico. A B3 é mais comum em crianças. O sopro é a regurgitação. Quarta bulha cardíaca (B4) - é provocada pelo impacto do sangue, na parede ventricular, durante a sístole atrial. É quando o ventrículo está tão pequeno que qualquer sangue que chega nele causa um som. As condições fisiopatológicas que fazem B3 e B4 ficarem altas são: a diminuição da complacência ventricular e a hipertrofia ventricular (patológica). Débito cardíaco (Q) Pós-carga: é a resistência que os vasos sanguíneos oferecem ao ventrículo para a ejeção de sangue. É a força que o ventrículo esquerdo tem que fazer para enviar sangue pela aorta. Na hipertensão o vaso fica sempre contraído. Edema pulmonar é um risco numa crise hipertensiva. O receptor M2 abre canal de K+. hiperpolariza o nodo= o número de potenciais que sai do nodo diminui e a FC cai quando M2 está ativado. Paciente com hipercalemia tem FC baixa. Na febre a FC aumenta e na hipotermia FC diminui. O calor aumenta a permeabilidade dos íons. Cardiomiopatia hipertrófica: a pré carga fica muito menor e o débito cardíaco também. A pós carga em um paciente idoso tende a aumentar porque os vasos perdem elasticidade. Índice cardíaco: é o débito cardíaco por área de superfície corporal. conforme passam os anos, a tendência é diminuir o índice. RPT= resistência periférica total. Resistência de todos os vasos para ejeção de sangue do ventrículo esquerdo. Se o RPT continuar aumentando, o volume sistólico começa a cair porque o retorno venoso começa a diminuir. O vaso contraiu tanto que afetou na pré-carga. Se a estimulação simpática continuar alta por muito tempo e o débito cardíaco ficar alto por muito tempo, não há tempo para realizar a pré-carga e o débito diminui. Sinais de hemorragia interna: sede incontrolável, frequência cardíaca alta. O débito cardíaco é proporcional ao O2 do sangue pelo pulmões. Pa alta, e débito cardíaco diminui , tem relação com a pós carga.  patológico - ( RPT) - anemia e beribéri Alto DC fisiológico - ( RPT) - atividade física, RV causas cardíacas - ICC, valvopatias Baixo DC patológico causas não-cardíacas - hemorragia, sedentarismo, dilatação venosa aguda e obstrução venosa Entender o volume ventricular. O gráfico começa com o fechamento da valva A-V. Fração de ejeção: corresponde ao volume que o coração ejeta de sangue, que não é todo, cerca de 55% do sangue é ejetado e o resto fica. Relaxamento isovolumétrico: fase que o ventrículo tem um pouco de volume e esse volume não se altera porque todas as válvulas estão fechadas. A: Alça pressão-volume ventricular. B: Ciclo comprimento-tensão correspondente. Regulação da pressão arterial O receptor alfa-1 também está nas veias. Creatinina - biomarcador de lesão renal. Óxido nítrico sintetase= vasodilatador. O Estresse de cisalhamento são definidos pela viscosidade do fluxo. O estresse de cisalhamento altera a expressão de diversos genes no endotélio vascular e estimula a liberação de Óxido Nítrico (vasodilatador). MECANISMOS A CURTO E MÉDIO PRAZO (Resposta Rápida) – Ativos em segundos ou minutos. Ação menos duradoura. MECANISMOS A LONGO PRAZO (Resposta Lenta) – Ativos em horas ou dias. Possuem ação mais prolongada e duradoura. Mecanismos a curto e médio prazo; barorreflexo; quimiorreflexo e reflexo ativado por receptores cardiopulmonares BARORREFLEXO Reflexo ocasionado por receptores de estiramento presentes no arco aórtico e nas artérias carótidas (barorreceptores arteriais). ↑ PA = leva ao estiramento do receptor e à geração do potencial de ação. ↓ PA = menor estiramento do receptor e redução do número de potenciais de ação. Quando o vaso estira, essa informação vai via nervo vago e glossofaríngeo e chega no bulbo. O bulbo faz sinapse com fibras pre ganglionares parassimpaticas. Pressão aumenta- estira barorreceptor- impulso chega no trato solitário- fibras parassimpáticas liberam acetilcolina no receptor M2. M2 quando ativado abre canais de K+ que acarreta diminuição da frequência cardíaca, diminui débito e pressão por consequência. Assim que estimula o parassimpático, ele inibe o Brvl que faz todo o estímulo simpático, logo, o simpático fica inibido. Brvl: bulbo rostral vento lateral- faz a via simpática ou seja, aumenta a pressão. Se o barorreceptor nao for ativado, ele mantém o tônus normal. QUIMIORREFLEXO Reflexo ocasionado por receptores (Células Glomais) variações da PO2, PCO2 e do pH (quimiorreceptores) presentes no arco aórtico e nas artérias carótidas. ↑ PCO2, ↓ PO2 e do pH = elevação da resistência periféria total e da PA. ↓ PCO2, ↑ PO2 e do pH = redução da resistência periféria total e da PA. Células Glomais do Tipo I (quimioreceptores) e do tipo II (de sustentação). Há a ativação dos Centros Respiratórios. Mesmas vias neurais do Barorreflexo. REFLEXO ATIVADO POR RECEPTORES CARDIOPULMONARES São receptores localizados nos átrios, ventrículos, coronárias, pericárdio, veia cava e vasos pulmonares. → São tonicamente ativos e alteram a resistência periférica em resposta a mudanças na pressão intracardíaca e intravascular. Nos átrios há dois tipos de receptores: RECEPTORES A = Ativados pela tensão da sístole atrial RECEPTORES B = Ativados pelo estiramento durante a diástole atrial (Aferentes vagais mielinizados) Os receptores tipo a e b nao tem nome definido. Estimula o reflexo de bainbridge e liberação do PNA. → Aumento da volemia → Distensão dos atrios → Reflexo de Bainbrigde → Diminuição da volemia → Integração com SNC → Reação de Cushing Regulação a longo prazo Sistema Renina-Angiotensina-Aldosterona Existem células justaglomerulares- são ativadas quando os rins percebem que têm menos soluto e as células liberam o hormônio renina na corrente sanguínea. A renina converte angiotensinogênio em angiotensinogênio. A angiotensina-1 vira angiotensina-2 que é um potente vasoconstritor. Dessa forma, começa a chegar mais sangue nos rins e eles param de liberar renina. Esse sistema demora pra começar e demora pra terminar. Nessa conversão tem uma enzima chamada ECA enzima conversora de angiotensina. Que converte da 1 pra 2. Existem receptores para a angiotensina-2 apenas. No hipertenso chega menos sangue no rim. E acaba aumentando a pressão sanguínea e agrava o quadro. A aldosterona é produzida pela adrenal. A angiotensina-2 estimula a aldosterona que estimula a reabsorção de sódio e água. Volta mais pra cava sódio e água=volume.
Compartilhar