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RESISTÊNCIA DOS MATERIAIS I Profª MARIANA MEDEIROS XIMENES. mariana.ximenes@uninta.edu.br CAPÍTULO 5: TORÇÃO CONTEÚDO - DEFORMAÇÃO POR EIXO CIRCULAR; - FÓRMULA DA TORÇÃO; - FALHA DE UM EIXO POR TORÇÃO - TENSÃO DE CISALHAMENTO MÁXIMA ABSOLUTA EXERCÍCIOS. DEFORMAÇÃO POR EIXO CIRCULAR - Vamos considerar os elementos estruturais e peças de máquinas que estão sob torção. - Analisaremos as tensões e as deformações em elementos com seção transversal circular submetidos a momentos de torção, ou torques. - TORQUE é um momento que tende a torcer o elemento em torno do seu eixo longitudinal. - Considerando que o material seja a borracha, com alto nível de deformação. - Se o ângulo de rotação for pequeno, o comprimento e o raio do eixo permanecerão inalterados. Se o eixo estiver preso em uma de suas extremidades e for aplicado um torque à sua outra extremidade, o plano sombreado da figura ficará distorcido até uma forma oblíqua, como mostra a figura. O ângulo ϕ(𝑥), definido dessa maneira, é denominado ângulo de torção, depende da posição x e variará ao longo do eixo como mostra a figura. Para entender como essa distorção deforma o material, isolaremos agora um pequeno elemento localizado à distância radial ρ da linha central do eixo. Devido a deformação observada na figura anterior, as faces anterior e posterior do elemento sofrerão uma rotação. A face posterior: ϕ(𝑥) A face anterior: ϕ 𝑥 + ∆ϕ O resultado é que em razão da diferença desse dois resultados o elemento é submetido a uma deformação por cisalhamento. Para calcular essa deformação, observe que, antes da deformação, o ângulo entre as bordas AB e AC é 90°; todavia, após a deformação, as bordas do elemento tornam-se AD e AC e o ângulo entre elas é 𝜃′. Pela definição de deformação por cisalhamento, temos: 𝛾 = 𝜋 2 − lim 𝐶→𝐴 𝑎𝑜 𝑙𝑜𝑛𝑔𝑜 𝑑𝑒 𝐶𝐴 𝐵→𝐴 𝑎𝑜 𝑙𝑜𝑛𝑔𝑜 𝑑𝑒 𝐵𝐴 𝜃′ Se ∆𝑥 → 𝑑𝑥 e ∆ϕ → 𝑑ϕ, temos: BD = ρ 𝑑ϕ = 𝑑𝑥 𝛾 Portanto: 𝛾 = ρ 𝑑ϕ 𝑑𝑥 → 𝑑ϕ 𝑑𝑥 = 𝛾 ρ = 𝛾𝑚𝑎𝑥 𝑐 → 𝛾 = ρ 𝑐 𝛾𝑚𝑎𝑥 A FÓRMULA DA TORÇÃO Quando um torque externo é aplicado a um eixo, ele cria um torque interno correspondente no interior do eixo. Se o material for linear elástico, então a lei de Hooke se aplica: τ = 𝐺𝛾 e, por consequência uma variação linear na deformação por cisalhamento resulta em uma variação linear na tensão de cisalhamento. Pela lei de Hooke podemos escrever: τ= ρ 𝑐 τ𝑚𝑎𝑥 Usando τ= ρ 𝐶 τ𝑚𝑎𝑥 aplicaremos a condição de que exige que o torque produzido pela distribuição de tensão por toda a seção transversal seja equivalente ao torque interno resultante T na seção, o que mantem o eixo em equilíbrio. 𝑑𝐹 = τ dA= ρ 𝑐 τ𝑚𝑎𝑥𝑑a 𝑑𝑇 = ρ τ dA 𝑇 = න 𝐴 ρ τ dA 𝑇 = න 𝐴 ρ ρ 𝑐 𝜏𝑚á𝑥dA 𝑇 = τ𝑚𝑎𝑥 𝑐 න 𝐴 ρ2 dA A integral 𝐴 ρ 2 dA depende somente da geometria do eixo. Ela representa o momento polar de inércia (J) da área da seção transversal do eixo calculada em torno da linha central longitudinal do eixo τ𝑚𝑎𝑥 = 𝑇𝑐 𝐽 τ = 𝑇ρ 𝐽 Essa fórmula só é usada se o eixo for circular e o material for homogênio e comportar-se de uma meneira linear elástica. Eixo maciço: 𝑑𝐴 = 2 𝜋 𝜌 𝑑𝜌 𝐽 = න 𝐴 ρ2 dA 𝐽 = 𝜋 2 𝑐4 Eixo tubular: 𝐽 = 𝜋 2 (𝑐0 4 − 𝑐𝑖 4) Se isolarmos um elemento de volume do material na seção transversal, então, devido à propriedade complementar do cisalhamento, tensões de cisalhamento iguais também devem agir sobre quatro de suas faces iguais: FALHA DE UM EIXO POR TORÇÃO O torque T não somente desenvolve uma distribuição linear da tensão de cisalhamento ao longo de cada linha radial no plano da área de seção transversal, como também uma distribuição de tensão de cisalhamento associada é desenvolvida ao longo de um plano axial: Em razão dessa distribuição axial da tensão de cisalhamento, eixos feitos de madeira tendem a rachar ao longo do plano axial quando sujeitos a um torque excessivo. TENSÃO DE CISALHAMENTO MÁXIMA ABSOLUTA • Em qualquer seção transversal do eixo, a tensão máxima de cisalhamento ocorre na superfície externa. • Se o eixo for submetido a um série de torques externos, ou se o raio mudar, a tensão de torção máxima no interior do eixo poderá ser diferente de uma seção para outra. • Para determinar a tensão de torção máxima absoluta, basta determinar a localização na qual a razão Tc/J é máxima. EXEMPLO 5.1 EXEMPLO 5.4 PROBLEMA 5.5 Todo o texto e todas as figuras contidas nesta apresentação tem como referência: HIBBELER, R. C. Resistência dos Materiais. Tradução de Arlete Simille Marques. 7.Ed. São Paulo: Pearson Prentice Hall, 2010. As figuras de outra bibliografia estão referenciadas. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS FIM!!!
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