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163 PROBLEMA RESOLVIDO 3.1 O eixo de seção circular BC é vazado com diâmetros interno e externo de 90 mm e 120 mm, respectivamente. Os eixos de seção circular AB e CD são cheios e têm diâmetro d. Para o carregamento mostrado na fi gura, determine (a) as tensões de cisalhamento máxima e mínima no eixo BC, (b) o diâmetro d necessário para os eixos AB e CD, se a tensão de cisalhamento admissível nesses eixos for de 65 MPa. SOLUÇÃO Equações da estática. Chamando de TAB o torque no eixo AB, cortamos uma seção através do eixo AB e, para o diagrama de corpo livre mostrado, escrevemos 16 kN m2 TAB 0 TAB 6 kN m©Mx 0: Cortamos agora uma seção através do eixo BC e, para o corpo livre mostrado, temos 16 kN m2 114 kN m2 TBC 0 TBC 20 kN m©Mx 0: a. Eixo BC. Para esse eixo circular vazado temos J p 2 1c42 c412 p2 3 10,06024 10,04524 4 13,92 10 6 m4 Tensão de cisalhamento máxima. Na superfície externa, temos tmáx 86,2 MPa tmáx t2 TBC c2 J 120 kN m2 ˛10,060 m2 13,92 10 6 m4 Tensão de cisalhamento mínima. Escrevemos que as tensões são proporcionais à distância do centro do eixo. tmín 64,7 MPa tmín tmáx c1 c2 tmín 86,2 MPa 45 mm 60 mm b. Eixos AB e CD. Notamos que em ambos os eixos a intensidade do torque é T � 6 kN � m e tadm � 65 MPa. Chamando de c o raio dos eixos, escrevemos d 77,8 mm d 2c 2138,9 mm2 c3 58,8 10 6 m3 c 38,9 10 3 m t Tc J 65 MPa 16 kN m2c p 2 c4 TA � 6 kN · m TB � 14 kN · m 0,9 m d A B TC � 26 kN · m TD � 6 kN · m 0,7 m 0,5 m 120 mm d C D A TAB x TA � 6 kN · m TB � 14 kN · m A B TBC xx TA � 6 kN · m c1 � 45 mm c2 � 60 mm 2� 1� A B 6 kN · m 6 kN · m 164 PROBLEMA RESOLVIDO 3.2 O projeto preliminar de um grande eixo conectando um motor a um gerador determinou que o eixo escolhido fosse vazado e com diâmetros interno e externo de 100 mm e 150 mm, respectivamente. Sabendo que a tensão de cisalhamento admis- sível é de 82 MPa, determine o valor do torque máximo que pode ser transmitido (a) pelo eixo conforme o projeto preliminar, (b) por um eixo de seção cheia com o mesmo peso, (c) por um eixo de seção vazada com o mesmo peso e com diâmetro externo de 200 mm. SOLUÇÃO a. Eixo vazado conforme foi projetado. Para o eixo vazado, temos J p 2 1c42 c412 p2 3 10,075 m 24 10,050 m 24 4 39,9 10 6 m4 Utilizando a Equação (3.9), escrevemos T 43,6 kN m tmáx Tc2 J 82 MPa T 10,075 m 2 39,9 10 6 m4 b. Eixo de seção cheia de mesmo peso. Para que o eixo projetado e a seção transversal cheia tenham o mesmo peso e comprimento, suas áreas de seção transver- sal devem ser iguais. p 3 10,075 m 22 10,050 m 22 4 pc23 c3 0,056 m A1a2 A1b2 Como tadm � 82 MPa, escrevemos T 22,62 kN m tmáx Tc3 J 82 MPa T 10,056 m 2 p 2 10,056 m 24 c. Eixo vazado com 200 mm de diâmetro externo. Para ter o mesmo peso, as áreas das seções transversais devem ser iguais. Determinamos o diâmetro interno do eixo escrevendo p 3 10,075 m 22 10,050 m 22 4 p 3 10,100 m 22 c25 4 c5 0,083 m A1a2 A1c2 Para c5 � 0,083 m e c4 � 100 mm J p 2 3 10,100 m 24 10,083 m 24 4 8,25 10 5 m4 Com tadm � 82 MPa e c4 � 100 mm T 67,65 kN m tmáx Tc4 J 82 MPa T 10,10 m 2 8,25 10 5 m4 150 mm100 mm 2,50 m T' T T c2 � 0,075 m c1 � 0,050 m c3 T c5 T c4 = 100 mm PROBLEMAS 3.1 Para o eixo cilíndrico mostrado, determine a tensão de cisalhamento máxi- ma provocada por um torque de intensidade T � 1,5 kN � m. 3.2 Determine o torque T que provoca uma tensão de cisalhamento máxima de 80 MPa no eixo cilíndrico de aço mostrado. 3.3 Sabendo que o diâmetro interno do eixo vazado mostrado é d � 22,9 mm, determine a máxima tensão de cisalhamento causada por um torque de intensidade T � 1,017 kN � m aplicado. 3.4 Sabendo que d � 30,5 mm, determine o torque T que causa a máxima ten- são de cisalhamento de 51,7 MPa no eixo vazado mostrado. 3.5 (a) Determine o torque que pode ser aplicado a um eixo de seção cheia com diâmetro de 20 mm, sem exceder a tensão de cisalhamento admissível do material do eixo de 80 MPa. (b) Resolva a parte a considerando que a seção transversal cheia foi substituída por um eixo vazado com a mesma área de seção transversal e com um diâmetro interno igual à metade de seu próprio diâmetro externo. 3.6 Um torque T � 3 kN � m é aplicado ao cilindro sólido de bronze mostrado. Determine (a) a máxima tensão de cisalhamento, (b) a tensão de cisalhamento no ponto D que se encontra sobre um círculo de raio 15 mm situado na extremidade do cilindro e (c) a porcentagem do torque total absorvido pela porção do eixo compreen- dida pelo raio de 15 mm. 3.7 O sistema da fi gura é constituído por um eixo de seção transversal cheia AB e com uma tensão de cisalhamento admissível de 82,7 MPa, e por um tubo CD feito de latão com uma tensão de cisalhamento admissível de 48,3 MPa. Determine (a) o maior torque T que pode ser aplicado em A, sem que a tensão de cisalhamento admis- sível do material do tubo CD seja excedida e (b) o valor correspondente necessário para o diâmetro d do eixo AB. 3.8 O sistema da fi gura é constituído por um eixo de aço com seção transversal cheia AB, com diâmetro d � 38 mm e tensão de cisalhamento admissível de 82 MPa, e por um tubo CD feito de latão com uma tensão de cisalhamento admissível de 48 MPa. Determine o maior torque T que pode ser aplicado em A. T 22 mm 100 mm 200 mm 76 mm C B D A d T t = 6,4 mm Fig. P3.1 e P3.2 d 40,6 mm T Fig. P3.3 e P3.4 60 mm 30 mm D 200 mmT 5 3 kN · m Fig. P3.6 Fig. P3.7 e P3.8 165 166 Torção 3.9 Os torques mostrados são aplicados nas polias A e B. Sabendo que os eixos de aço tem seção cheia, determine a máxima tensão de cisalhamento (a) no eixo AB e (b) no eixo BC. 3.10 Para reduzir a massa total do conjunto do Problema 3.9, está sendo con- siderado um novo projeto no qual o diâmetro do eixo BC será menor. Determine o menor diâmetro do eixo BC para o qual o valor máximo da tensão de cisalhamento no conjunto não será aumentado. 3.11 Sob condições normais de operação, o motor elétrico aplica um torque de 2,8 kN � m no eixo AB. Sabendo que cada um dos eixos tem seção transversal cheia, determine a tensão de cisalhamento máxima no (a) eixo AB, (b) eixo BC e (c) eixo CD. 3.12 Para reduzir a massa total do conjunto do Problema 3.11, está sendo con- siderado um novo projeto no qual o diâmetro do eixo BC será menor. Determine o menor diâmetro do eixo BC para o qual o valor máximo da tensão de cisalhamento no conjunto não será aumentado. 30 mm TA 5 300 N · m TB 5 400 N · m 46 mm C A B A 56 mm TB 5 1,4 kN · m B 48 mm 48 mm 46 mm C D TC 5 0,9 kN · m TD 5 0,5 kN · m E Fig. P3.9 Fig. P3.11 3.13 Os torques mostrados são aplicados nas polias A, B e C. Sabendo que ambos os eixos são cheios, determine a tensão de cisalhamento máxima no (a) eixo AB e (b) eixo BC. 3.14 Os eixos do conjunto de polias mostrado na fi gura deve ser redimensio- nado. Sabendo que a tensão de cisalhamento admissível em cada eixo é de 58,6 MPa, determine o menor diâmetro admissível para (a) o eixo AB, (b) o eixo BC. 3.15 A tensão de cisalhamento admissível é de 103 MPa na barra de aço AB e 55 MPa na barra de latão BC. Sabendo que um torque de intensidade T � 1130 N � m é aplicado em A e desprezando o efeito das concentrações de tensão, determine o diâmetro necessário de (a) barra AB e (b) barra BC. 3.16 A tensão de cisalhamento admissível é de 103 MPa na barra de aço AB de 38,1 mm de diâmetro e 55 MPa na barra BC de 45,7 mm de diâmetro. Desprezando o efeito das concentrações de tensão, determine o maior torque que pode ser aplicado em A. 3.17 A seção transversal cheia mostrada na fi gura é feita de latão para o qual a tensão de cisalhamento admissível é de 55 MPa. Desprezando o efeito das concentra- ções de tensão, determine os menores diâmetros dAB e dBC para os quais a tensão de cisalha mento admissível não é excedida. 3.18 Resolva o Problema 3.17, considerando que a direção de TC seja invertida. 3.19 A tensão admissível é de 50 MPa nabarra de latão AB e de 25 MPa na bar- ra de alumínio BC. Sabendo que um torque de intensidade T � 1 250 N � m é aplicado em A, determine o diâmetro necessário (a) da barra AB e (b) da barra BC. 3.20 A barra BC de seção cheia tem diâmetro de 30 mm e é feita de um alumí- nio para o qual a tensão de cisalhamento admissível é de 25 MPa. A barra AB é vazada e tem um diâmetro externo de 25 mm; ela é feita de um latão para o qual a tensão de cisalhamento admissível é de 50 MPa. Determine (a) o maior diâmetro interno da barra AB para o qual o coefi ciente de segurança seja o mesmo para cada barra e (b) o maior torque que pode ser aplicado em A. 768 N · m 45,7 mm 1 829 mm C 1 175 N · m 33,0 mm407 N · m B 1 219 mmA B C Latão T A Aço A 600 mm 750 mm dAB dBC C B TB � 1200 N · m TC � 400 N · m Alumínio Aço T B C A Fig. P3.13 e P3.14 Fig. P3.15 e P3.16 Fig. P3.19 e P3.20 Fig. P3.17 Problemas 167 168 Torção 3.21 Um torque de intensidade T � 904 kN � mm é aplicado em D, como mos- tra a fi gura. Sabendo que a tensão de cisalhamento admissível é de 51,7 MPa em cada eixo, determine o diâmetro necessário do (a) eixo AB e (b) eixo CD. 3.22 Um torque de T � 904 kN � mm é aplicado em D, como mostra a fi gura. Sabendo que o diâmetro do eixo AB é de 57,1 mm e que o diâmetro do eixo CD é de 45 mm, determine a tensão de cisalhamento máxima no (a) eixo AB e (b) eixo CD. 3.23 Dois eixos de aço com seção transversal cheia são conectados por en- grenagens conforme mostra a fi gura. É aplicado um torque de intensidade T � 900 N � m no eixo AB. Sabendo que a tensão de cisalhamento admissível é de 50 MPa e considerando somente tensões causadas por torção, determine o diâmetro necessário para (a) o eixo AB e (b) o eixo CD. 3.24 O eixo CD é feito de uma barra de 66 mm de diâmetro e está conectado ao eixo AB de 48 mm de diâmetro, como mostra a fi gura. Considerando somente tensões em decorrência da torção e sabendo que a tensão de cisalhamento admissível é de 60 MPa para cada eixo, determine o maior torque T que pode ser aplicado. 3.25 Os dois eixos de seção transversal cheia estão conectados por engrena- gens como você pode ver na fi gura e são feitos de um aço para o qual a tensão de cisalhamento admissível é de 48,3 MPa. Sabendo que os diâmetros dos dois eixos são, respectivamente, dBC � 40,6 mm e dEF � 31,8 mm, determine o maior torque TC que pode ser aplicado em C. A 101,6 mm 40,6 mmC B D T 5 904 kN · mm 240 mm 80 mm B A T C D Fig. P3.21 e P3.22 Fig. P3.23 e P3.24 3.26 Os dois eixos de seção transversal cheia estão conectados por engrena- gens, como mostra a fi gura, e são feitos de um aço para o qual a tensão de cisa- lhamento admissível é de 58,6 MPa. Sabendo que um torque de intensidade TC � 565 kN � mm é aplicado em C e que o conjunto está em equilíbrio, determine o diâ- metro necessário do (a) eixo BC e do (b) eixo EF. 3.27 Um torque de intensidade T � 120 kN � m é aplicado ao eixo AB do trem de engrenagem mostrado. Sabendo que a tensão de cisalhamento é de 75 MPa em cada um dos três eixos sólidos, determine o diâmetro necessário para (a) o eixo AB, (b) o eixo CD e (c) o eixo EF. 3.28 Um torque de intensidade T � 100 kN � m é aplicado ao eixo AB do trem de engrenagem mostrado. Sabendo que os diâmetros dos três eixos sólidos são respec- tivamente, dAB � 21 mm, dCD � 30 mm, e dEF � 40 mm, determine a máxima tensão de cisalhamento no (a) eixo AB, (b) eixo CD e (c) eixo EF. 3.29 Embora a distribuição exata das tensões de cisalhamento em um eixo ci- líndrico vazado seja como mostra a Fig. P3.29a, pode-se obter um valor apro ximado para tmáx considerando que as tensões são uniformemente distribuídas sobre a área A da seção transversal, como mostra a Fig. P3.29b, e supondo ainda que todas as forças de cisalhamento elementares agem a determinada distância do ponto O dada pelo raio médio da seção transversal 12(c1 � c2). Esse valor é uma aproximação de t0 � T�Arm, em que T é o torque aplicado. Determine a relação tmáx�t0, em que tmáx é a tensão de cisalhamento exata e t0 é a tensão aproximada para valores da relação c1�c2, respectivamente iguais a 1,00; 0,95; 0,75; 0,50 e 0. 101,6 mm 63,5 mm B E G H A D F C TC TF C B F D A 30 mm 25 mm 60 mm 75 mm E T 3.30 (a) Para uma dada tensão de cisalhamento admissível, determine a relação T�w do torque T máximo admissível e o peso por unidade de comprimento w para o eixo vazado mostrado na fi gura. (b) Chamando de (T�w)0 o valor dessa relação para uma seção transversal cheia com o mesmo raio c2, expresse a relação T�w para o eixo vazado em termos de (T�w)0 e c1�c2. Problemas 169 Fig. P3.25 e P3.26 Fig. P3.29 Fig. P3.27 e P3.28 Fig. P3.30 c2 c1 O O c1 máx rmc2 0 (a) (b) 170 Torção 3.5. Ângulo de torção no regime elástico Nesta seção, será determinada uma relação entre o ângulo de torção f de um eixo circular e o momento torçor T aplicado no eixo. Vamos considerar que o eixo permanece elástico em qualquer parte. Considerando primeiro o caso de um eixo de comprimento L e de seção transversal uniforme de raio c submetido a um momento torçor T em sua extremidade livre (Fig. 3.22), lembramos da Seção 3.3 que o ângulo de torção f e a deformação de cisalha- mento máxima gmáx estão relacionados da seguinte forma: gmáx cf L (3.3) Contudo, no regime elástico, a tensão de escoamento não é excedida em nenhum ponto do eixo, assim aplica-se a lei de Hooke da seguinte forma: gmáx � tmáx�G. Dessa relação e da Equação (3.9), obtém-se gmáx tmáx G Tc JG (3.15) Igualando os dois membros direitos das Equações (3.3) e (3.15), e resolvendo para f, escrevemos f TL JG (3.16) em que f é expresso em radianos. A relação obtida mostra que, dentro do regime elástico, o ângulo de torção f é proporcional ao momento torçor T aplicado no eixo. Isso está de acordo com a evidência experimental citada no início da Seção 3.3. A Equação (3.16) nos proporciona um método conveniente para determinar o módulo de elasticidade transversal de um material. Um corpo de prova do material a ser analisado, na forma de uma barra cilíndrica de diâmetro e com- primento conhecidos, é colocado em uma máquina para ensaios de torção (Fig. 3.23). Torques T de intensidades crescentes são aplicados ao corpo de prova e os valores correspondentes do ângulo de torção f em determinado comprimento L do corpo de prova são registrados. Enquanto a tensão de escoamento do material não é excedida, os pontos obtidos em um gráfi co de T em função de f estarão em uma linha reta. A inclinação dessa linha representa a quantidade JG�L, por meio da qual pode ser calculado o módulo de elasticidade transversal G. L T c � �máx Fig. 3.22 Fig. 3.23 Máquina de teste de torção. A Equação (3.16) para o ângulo de torção só pode ser utilizada se o eixo for homogêneo (G constante), se a seção transversal for uniforme, e se o car- regamento for aplicado somente nas extremidades. Se o eixo estiver subme- tido a torques em outras localizações que não as suas extremidades, ou se ele consistir em várias partes com diferentes seções transversais e possivelmente em diferentes materiais, devemos dividi-lo em partes componentes que satis- façam individualmente às condições necessárias para a aplicação da Equação (3.16). No caso do eixo AB mostrado na Fig. 3.24, por exemplo, devem ser considera das quatro partes diferentes: AC, CD, DE e EB. O ângulo de torção total do eixo, isto é, o ângulo pelo qual a extremidade A gira com relação à extremidade B, é obtido somando-se algebricamente os ângulos de torção de cada parte componente. Chamando, respectivamente, de Ti, Li, Ji e Gi o mo- mento torçor interno, o comprimento, o momento polar de inércia da secção transversal e o módulo de elasticidade transversal correspondente à parte i, o ângulo de torção total do eixo é expresso como f a i Ti Li Ji Gi (3.17) O momento torçor interno Ti em qualquer parte do eixo é obtido cortando-se uma seção do eixoatravés daquela parte e desenhando o diagrama de corpo livre da parte do eixo localizada em um dos lados da seção. Esse procedimen- Qual o torque que deverá ser aplicado à extremidade do eixo do Exemplo 3.1 para produzir um ângulo de torção de 2°? Use o valor G � 77 GPa para o módulo de elasticidade transversal do aço. Resolvendo a Equação (3.16) para T, escrevemos T JG L f Substituindo os valores dados f 2°a2p rad 360° b 34,9 10 3 rad G 77 109 Pa L 1,5 m e lembrando do Exemplo 3.1 que, para a seção transversal, dada, J 1,021 10 6 m4 temos T 1,829 103 N m 1,829 kN m 134,9 10 3 rad211,021 10 6 m42 ˛177 109 Pa2 1,5 m T JG L f Qual o ângulo de torção que criará uma tensão de cisalhamento de 70 MPa na superfície interna do eixo vazado de aço dos Exemplos 3.1 e 3.2? O método de abordagem para resolver esse problema que vem à mente, em primeiro lugar, é usar a Equação (3.10) para encontrar o torque T correspondente ao valor fornecido de t, e a Equação (3.16) para determinar o ângulo de torção f corres- pondente ao valor de T que acabamos de encontrar. No entanto, pode ser utilizada uma solução mais direta. Pela lei de Hooke, primeiro calculamos a deformação de cisa lhamento na superfície interna do eixo: gmín tmín G 70 106 Pa 77 109 Pa 909 10 6 Lembrando a Equação (3.2), que foi obtida expressando o com- primento do arco AA¿ na Fig. 3.14c em termos de g e f, temos f Lgmín c1 1500 mm 20 mm 1909 10 62 68,2 10 3 rad Para obtermos o ângulo de torção em graus, escrevemos f 168,2 10 3 rad2a 360° 2p rad b 3,91° EXEMPLO 3.2 EXEMPLO 3.3 TC TD TA TB A C B E D Fig. 3.24 171 172 Torção to, que já foi explicado na Seção 3.4 e ilustrado na Fig. 3.17, é aplicado no Problema Resolvido 3.3. No caso de um eixo com uma seção circular variável, como mostra a Fig. 3.25, a Equação (3.16) pode ser aplicada a um disco de espessura dx. O ângu- lo segundo o qual uma face do disco gira em relação a outra é, portanto, df T dx JG em que J é uma função de x que pode ser determinada. Integrando em x de 0 a L, obtemos o ângulo total de torção do eixo: f L 0 T dx JG (3.18) O eixo mostrado na Fig. 3.22, utilizado para deduzir a Equação (3.16) e o eixo da Fig. 3.16, discutido nos Exemplos 3.2 e 3.3, tinham ambos uma das extremidades engastada a um suporte fi xo. Em cada caso, portanto, o ângulo de torção f do eixo era igual ao ângulo de rotação de sua extremidade livre. No entanto, quando ambas as extremidades de um eixo giram, o ângulo de torção do eixo é igual ao ângulo pelo qual uma extremidade do eixo gira em relação a outra. Considere, por exemplo, o conjunto mostrado na Fig. 3.26a, que consiste em dois eixos elásticos AD e BE, cada um deles com comprimento L, raio c e módulo de elasticidade transversal G, que estão ligados a engrenagens aco- pladas em C. Se for aplicado um torque T em E (Fig. 3.26b), ambos os eixos sofrerão torção. Como a extremidade D do eixo AD está fi xa, o ângulo de torção de AD é medido pelo ângulo de rotação fA da extremidade A. No entanto, como ambas as extremidades do eixo BE giram, o ângulo de torção de BE é igual à diferença entre os ângulos de rotação fB e fE, isto é, o ângulo de torção é igual ao ângulo segundo o qual a extremidade E gira em relação à extremidade B. Designando esse ângulo relativo de rotação por fE�B, escrevemos fE B fE fB TL JG x A dx B L T' T Fig. 3.25 (a) (b) C0 C Suporte fixo B L T rB Ef Bf A D E rA C Extremidade fixa B L A D Af C' E Fig. 3.26