Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
UNIVERSIDADE FEDERAL DA FRONTEIRA SUL CAMPUS ERECHIM Curso: Pedagogia – Licenciatura Componente Curricular: A pedagogia como ciência e o campo profissional do pedagogo. Fase: 1ª Ano/semestre: 2018/1 Turma: 2018 Número de créditos: 4 créditos Professora: Magali Maria Johann Endereço Eletrônico: magali.johann@uffs.edu.br 10° encontro: 15/05/2018- Tema da aula: O pedagogo diante da realidade contemporânea; A seguir encontram-se algumas pontuações sobre o livro: SAVIANI, Demerval. A pedagogia no Brasil: história e teoria. 1. ed. Campinas: Autores Associados, 2008 O livro socializa os resultados do projeto de pesquisa: o espaço acadêmico da pedagogia no Brasil: perspectiva histórica e teórica. USP- 2002 e 2004. O projeto conta com duas frentes: 1. Perspectiva histórica 2. Perspectiva teórica No primeiro capítulo: Saviani demonstra a emergência do espaço acadêmico da pedagogia pela proposta de Francisco Campos em 1931. Os outros dois capítulos tratam do instituto de educação paulista USP e do instituto de educação carioca, por sua vez incorporado pela Universidade do Distrito Federal absorvida em 1939, pela Universidade do Brasil, atual UFRJ. A inserção desses dois institutos no interior da universidade dá origem aos cursos de formação de professores (pedagogia e licenciaturas) instituídos pelo decreto LEI n. 1.190, de 4 de abril de 1939, que deu organização definitiva a faculdade nacional de filosofia. No capítulo quarto: traça a trajetória do curso de pedagogia seguido pelo capítulo quinto que tem por objeto os estudos superiores de educação, analisados a partir da proposta contida na indicação n.67, de 2 de setembro de 1975, de autoria de Valnir Chagas. No capítulo sexto, examina-se as diretrizes curriculares nacionais para o curso de pedagogia, aprovadas em 2006 pelo CNE. Ou seja, chama-se a atenção para a rica tradição teórica da pedagogia e a problemática teórica da pedagogia. A segunda parte começa por uma introdução que situa a pedagogia como teoria da educação no âmbito das principais concepções educativas. Os dois primeiros capítulos dessa parte abordam a questão teórica da pedagogia em sua manifestação na história da educação brasileira. O capítulo 7 mostra que o termo pedagogia embora ainda não aparecesse, havia o problema pedagógico que já se faz presente na educação desde a chegada dos jesuítas em 1549. Por isso o capítulo chama-se pedagogia antes da pedagogia. O capítulo 8, examina as diferentes expressões da teoria pedagógica no período de constituição do espaço acadêmico da pedagogia no Brasil. Os capítulos seguintes falam sobre o dilema da pedagogia caracterizado pela: oposição entre teoria e prática no (capítulo 9), a via de superação desse dilema (capítulo 10) e a questão científica da pedagogia (capítulo 11). E a polemização do campo pedagógico (capítulo 12). Na conclusão desenvolvem -se reflexões que articulam os principais elementos para caracterizar o espaço acadêmico da pedagogia como o lugar apropriado para a realização de estudos e pesquisas educacionais amplos e aprofundados. É esse o espaço adequado para acolher os jovens com genuíno interesse em tornar- se educadores e colocá-los num ambiente de intenso e exigente estimulo intelectual. A terceira parte do livro trata-se de um glossário pedagógico. Essa parte surgiu por conta do Projeto 20 anos: navegando na história da educação brasileira. Formulado por ocasião das comemorações do vigésimo aniversário do HISTEDBR. É uma seleção dos principais verbetes incidentes sobre os temas tratados no evento. O autor incorporou no texto alusões a outras obras trabalhadas em outros veículos científicos. Reitera ainda que esse livro tem afinidade com o livro: história das ideias pedagógicas no Brasil (2007), na qual está construído os capítulos 7 e 8. O autor disponibiliza a documentação relativa as novas diretrizes curriculares nacionais do curso de pedagogia, que entraram em vigor em 2006. Tem o parecer n. 5/2005, aprovado pelo conselho pleno do conselho nacional de educação em 13 de dezembro de 2005 e reexaminado pelo mesmo conselho por meio Parecer n.3 /2006, aprovado em 21 de fevereiro de 2006. Acompanhado da resolução que fixou as diretrizes curriculares nacionais do curso de pedagogia. Assim pode-se consultar a atual organização e funcionamento dos cursos de formação de pedagogos. Página 1- introdução geral: pedagogia: a teoria na história A pedagogia ocidental foi entendendo como acontecia o modo de aprender e de se instituir o processo educativo. A pedagogia desenvolveu-se conjuntamente a prática educativa, constituindo-se como teoria ou ciência desta prática, identificada em certos momentos como o modo intencional de realizar a educação. Ao longo dos séculos a pedagogia construiu uma rica tradição teórica e científica sobre a prática e a mesma deve continuar a fazê- la. Desde a GRÉCIA- de um lado o conceito é ligado a filosofia, elaborado em função da finalidade que guia a atividade educativa. De outro lado, o sentido empírico e prático inerente a Paidéia entendida como a formação da criança para a vida, reforçando o aspecto metodológico presente no sentido etimológico da pedagogia como meio, caminho, a condução da criança. A partir do século XVII, esses dois conceitos tendem a unificar-se, segundo Comenius. Para ele a didática é a arte de ensinar tudo a todos. Com Herbart, os dois aspectos da tradição pedagógica foram reconhecidos como distintos, sendo unificados num sistema coerente: os fins da educação devem ser elaborados por meio da ética. Os meios educacionais são organizados pela pedagogia que elabora a partir da psicologia. A partir daí a pedagogia consolidou-se como disciplina universitária, definindo- se como espaço acadêmico de estudos e pesquisas educacionais. Para o idealismo na figura de Gentile a pedagogia identifica- se com a filosofia. Para ele o método é o próprio professor que não pode sujeitar-se a nenhuma programação didática. O método não pode ser ensinado. Para o positivismo, a pedagogia foi assimilada à prática educativa. Para Durkheim (1965), a pedagogia é uma teoria prática, interessada no fenômeno educativo, em contraposição a teoria cientifica, interessada no conhecimento do fato educativo, tarefa esta da sociologia da educação. Posteriormente no positivismo teve o empenho em imprimir caráter científico à pedagogia. Ou seja, as ciências empíricas reconhecidas e tomadas como modelo para a pedagogia. A partir do final dos anos 70 do século XX, a pedagogia tomou um caminho de independência científica, segundo os autores: 1. Schmied-Kowarzik, 2. Frabboni e 3. Genovesi. 1. A pedagogia é uma ciência rica em tradição. 2. Articula a educação e a pedagogia no contexto dos novos paradigmas que vieram obter grande circulação a partir da década de 90 do século XX. 3. Afirma a pedagogia como ciência autônoma com uma linguagem própria que se expressa segundo um método e fins próprios, gerando conhecimentos baseados em experimentações e técnicas, que permitem construir modelos educativos. A pedagogia surgiu na Grécia por meio dos sofistas. O fazer da educação se pauta no plano da ideia consciente. Da Grécia vai para Roma, onde os alemães denominaram de “cultura helenístico romana”. Do grego para a língua latina deu origem a paedagogatus, depois paedagogus e paedagoga. O sentido era de pedagogo, preceptor, mestre, guia, aquele que conduz. E paedagogium para a escola e escravos e as crianças que frequentavam a escola. Do latim se transportou para o Francês. A obra de Santo Agostinho, De Magistro, em 389 na forma de um diálogo com seu filho Adeodato, pretende instruir o filho não somente nas verdades divinas, mas também humanas. Há a discussão sobreo sentido e finalidade da linguagem. Também, em que consiste o ensino. Evidencia-se que o homem pode ensinar indiretamente. A verdadeira aprendizagem é a que acontece interiormente. São Tomás de Aquino , nove séculos mais tarde, não recorre também ao termo pedagogia mas fala da matéria que se ensina e a quem comunica a ciência. Foi a partir do século XIX que se tendeu a utilizar o termo pedagogia para designar a conexão entre a elaboração consciente da ideia da educação e o fazer consciente do processo educativo, o que ocorreu fortemente nas línguas germânicas e latinas do que nas línguas anglo-saxônicas. O problema estava na formação dos professores e fora preconizada por Comenius no século XVII. O primeiro estabelecimento de ensino fora instituído por São João Batista de La Salle, em 1684, em Reims, com o nome “seminário dos mestres” (DUARTE, 1986,PP.65-66). Mas depois da revolução francesa, a formação de professores irá exigir uma resposta institucional diante do problema da instrução popular. É daí que deriva a criação de escolas NORMAIS, como instituições encarregadas de formar professores. A primeira instituição com o nome de ESCOLA NORMAL foi proposta pela Convenção, em 1794, e instalada em Paris, em 1795. A partir desse momento se introduziu a distinção entre ESCOLA NORMAL SUPERIOR para FORMAR PROFESSORES de nível SECUNDÁRIO, e ESCOLA NORMAL simplesmente, também chamada de ESCOLA NORMAL PRIMÁRIA, para preparar os professores do ensino PRIMÁRIO. Napoleão ao conquistar o norte da Itália, instituiu em 1802 a ESCOLA NORMAL DE PISA nos moldes da ESCOLA NORMAL SUPERIOR DE PARIS. Essa escola, da mesma forma que seu modelo francês, destinava-se a formação de professores para o ensino secundário, mas na prática transformou-se em instituição de altos estudos, deixando de lado qualquer preocupação com o preparo didático-pedagógico. Além da França e Itália, os demais países como Alemanha, Inglaterra e Estados Unidos também foram instalando ao longo do século XIX, suas ESCOLAS NORMAIS. O problema se configura a partir do século XIX. Mas a formação de professores ocorreu antes disso. Nas instituições deviam ter professores que recebiam algum tipo de formação. Muitos deles aprendiam fazendo. A partir do século XIX, a necessidade de universalizar a instrução elementar conduziu a organização dos sistemas nacionais de ensino. Estes concebidos como um conjunto amplo constituídos por grande número de escolas organizadas num mesmo padrão, viram-se diante do problema de formar professores em grande escala para atuar nas escolas. E o caminho encontrado foi a criação das escolas normais, de nível médio, para formar professores primários, atribuindo ao nível superior a tarefa de formar professores secundários. Nesse contexto configuram-se dois modelos de formação de professores: 1- Modelo dos conteúdos culturais cognitivos: para este modelo a formação dos professores esgota-se na cultura geral e no domínio específico dos conteúdos da área de conhecimento correspondente à disciplina que o professor irá lecionar. 2- Modelo pedagógico didático: contrapondo-se ao anterior este modelo considera que a formação propriamente dita dos professores só se completa com o efetivo preparo pedagógico-didático. Na história da formação de professores, constata-se que o primeiro modelo predominou nas universidades e demais instituições de ensino superior que se encarregaram da formação de professores secundários. Ao passo que o segundo tendeu a prevalecer nas escolas normais, ou seja, na formação dos professores primários. Quando se afirma que a universidade não tem interesse pelo problema da formação de professores o que está se querendo dizer é que ela nunca se preocupou com a formação específica, ou seja, o preparo didático pedagógico dos professores. A luta entre os dois modelos diferentes de formação sempre aconteceu antagonicamente. Parte 1- Perspectiva histórica- questão pedagógica, da Colônia e a primeira república- Jesuítas e Pombal. Projeto de Lei de ensino de Januário da Cunha Barbosa tinha 4 graus: 1 ensino elementar, pedagogias ou escolas de primeiras letras. Capítulo I- significado da faculdade de educação, ciências e letras- Ministro Francisco Campos, responsável pela elaboração do decreto relativo ao Estatuto das Universidades Brasileiras, como condição possível, e não obrigatória. Capítulo II- o instituto de educação paulista e a universidade de SP- USP-1934- Filosofia, ciências e letras. Criação do instituto pedagógico por Lourenço Filho. Pasta da saúde e educação. Capítulo III- O Instituto de Educação Carioca e a Universidade do Distrito Federal- em 1920 pelo movimento renovador teve a conquista para a pedagogia- movimento renovador. 1935- Criação da Universidade do Distrito Federal. RJ. Foi criada a Universidade do Brasil (atual UFRJ) por Gustavo Capanema, opositor de Anísio Teixeira. A PARTIR DE 1939, a Faculdade de Filosofia, Ciências e Letras da Universidade do Brasil e a USP acentuaram a característica profissionalizante. Capítulo IV: O curso de pedagogia pelo decreto Lei de 1939 cria a filosofia, ciências, letras e pedagogia. A didática é considerada “seção especial”. O curso de pedagogia dava o diploma de bacharelado e com a didática tinha-se a licenciatura. Era o conhecido: ESQUEMA 3+1. Foram definidos para todos os cursos, os respectivos currículos plenos. Na p. 39, vemos o currículo previsto para a pedagogia. Em 1941- criou-se a PUC Rio e em 1946 a PUC SP. Alegando ser contrários aos valores da escola nova e ideias de Anísio Teixeira, chamado de comunista. A estrutura permaneceu até a primeira LDB n. 4.024, de 20 de dezembro de 1961. Em 1938- foi criado o INEP- Instituto Nacional de Estudos pedagógicos- Hoje é o Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira. 1951- Fundação da CAPES. 1962- Novo parecer de Valnir Chagas. 1971- Reforma do ensino de primeira e segundo graus. Pg. 42-51- Encontram-se os pareceres e suas modificações aos níveis de currículo e estrutura de curso da pedagogia, duração do Curso. Capítulo V: estudos superiores de educação- aprovada a Lei n. 5.692/71, o conselheiro Valnir Chagas se dedicou a tarefa de regular todo o sistema de ensino de acordo com a nova legislação. Principalmente os pareceres sobre a formação de professores nas licenciaturas. A partir de 1975 elaborou-se as especializações dentro da pedagogia, depois de passar por quase sua extinção como curso. Formação de pós latu sensu. A estrutura até a nova LDB pautou-se no parecer n.252/69. A partir de 1970 os profissionais da educação mobilizaram- se a favor de assegurar a pedagogia e também de permitir a formação dos professores. Muitas publicações de diversos autores brasileiros e internacionais sustentaram a questão epistemológica e didática da pedagogia. A partir de 1970 se instalam os programas de pós-graduação no país. Capítulo VI- Encontram-se neste capítulo as novas Diretrizes Curriculares Nacionais do curso de pedagogia- página 63. Conclusão- a rica tradição teórica da pedagogia- página 71. CONSTITUIÇÃO DOS GRUPOS PARA A CONSTRUÇÃO DE MAPAS CONCEITUAIS- PÁGINA 75-161. (Organizem o capítulo de vocês pelas páginas que coloquei aqui. O ano do livro que eu referenciei as páginas aqui é 2008). CAPÍTULO VII- Pedagogia antes da pedagogia- página 85-95. (Grupo 2: Danieli, Danieli, Bruna D, Danquieli, Mariana e Gabrieli) (Grupo 4: Betina, Bruna M, Eduarda, Charline, Natali, Aline). CAPÍTULO VII- A questão teórica na constituição do espaço acadêmico da pedagogia no Brasil- página 97-118. (Grupo 5: Juliane, Laiane, Vânia, Alana, Marjana, Raquel, Luci). (Grupo 9: Adriana, Diuliana, Tânia). CAPÍTULO IX e X- página 119-132. (Grupo1: Elen, Paula, Denise, Itauana, Ediane). (Grupo 8: Luisa, Igor, Fiama, Andressa, Malu, Jennifer). CAPÍTULO XI- Pedagogia e ciência (s) da educação – página 133-147. (Grupo 3: Edicarla, Angélica, Marina, Aniceli, Ana Maria). (Grupo 6: Gabriela, Bruna B, Sabrina, Taline, Viviana). PARTE 3- GLOSSÁRIO PEDAGÓGICO- TODAS FAZEM A CÓPIA DO CONTEÚDO- 163-204. (Grupo 7: Alex, Daiane, Laura, Vitória, Fabiane, Beatriz).
Compartilhar