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A violência como fator social

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A violência como fator social: conflitos para uma cultura de paz.
A violência nas grandes cidades vem desafiando cada vez mais as policias, o governo e a sociedade como um todo. A criminalidade tem tomado grandes proporções que, torna-se urgente políticas e estratégia eficazes de prevenção e combate à violência. A cultura de paz é uma alternativa que, quando colocada em pratica pode gerar resultados significativos para a promoção de confiança entre a população e as policias, como consequência a redução da violência e uma melhor interação entre policias e sociedade onde todos ganham e a criminalidade perde.
Objetivo:
Este trabalho tem como objetivo realizar uma breve análise quanto á violência, o medo e possíveis formas de intervenções com base em uma cultura de paz alinhado as práticas e desafios que policiais encontram no dia a dia.
Análise crítica articulada as práticas:
É importante ressaltar que a violência abrange todos os grupos sociais. Existe violência nas famílias, nas escolas, no trabalho, nas ruas e em todos os locais onde existem raças, credos e culturas diferentes. Os ambientes públicos, por vezes vira o espaço da insegurança, da violência, onde a violência da marginalidade incita a violência policial como forma de punição. Assim como explica Gullo (1998), “a violência, considerada como um fenômeno social, é analisada como um filtro que permite esclarecer certos aspectos do mundo social porque denota as características do grupo social e revela o seu significado no contexto das relações sociais”.
Como se não bastasse todo sentimento de medo e insegurança que a sociedade tem vivenciado, as notícias massificadas por mídias, onde monstra todo o tipo de violência como, assaltos, tiroteios, homicídios, violências contra mulheres, abusos de crianças e adolescentes, arrombamentos, brigas de transito entre outros, acaba desenvolvendo o medo e a sensação de insegurança, além de alimenta a cresça que as polícias não são capazes de dar conta de tamanho problema. Assim o sujeito começa a ter a cara do medo, outrora expõe a própria agressividade, com o objetivo de se proteger. Para Gullo (1998), “a violência é parte das relações que compõem a sociedade”. 
Ao discutir violência social é de relevância considerar que a violência, ainda segundo Gullo (1998), “é um fato universal e histórico, assim tendo como ponto de partida suas singularidades e seus modos específicos de manifestação em cada cultura”. Ou seja, devem-se levar em consideração as particularidades de cada sociedade, como sua cultura, valores, ideologias e suas conceituações históricas.
Pesquisadores como Costa e Durante (2019), buscaram compreender os principais fatores que podem explicar o medo da violência, bem como analisar seus impactos na qualidade de vida das pessoas. Os autores também explicam que o medo abrange até mesmo a atuação das policias, principalmente por este se insuficiente para a quantidade de crimes que ocorrem em demasia dentro e fora de seus bairros.
De acordo com estudos realizados por Costa e Durante (2019), o ambiente urbano se projeta de forma significativa no medo da violência, pois os moradores de lugares com desordens (prédios e carros abandonados, terrenos baldios, com lixo acumulado etc.) e incivilidades (pichações, prostituição, brigas, som alto etc.) tendem a sentir mais medo. Nestas regiões a qualidade dos serviços públicos também afeta a e aumenta a sensação de insegurança, esse questionamento abrange não somente a falta de policiamento, pois também é válido para os serviços de transporte, iluminação e fiscalização do trânsito. Esses fatores contribuem para o aumento do tráfico de drogas e circulação usuários que por vezes cometem delitos como roubos, arrombamentos, ameaças etc.... 
Por outro lado, quando os policiamentos nestas regiões ocorrem de forma mais presente tendem a receber maior participação das comunidades, e este fator afeta consideravelmente o medo da violência: a presença, confiança e satisfação com a atuação da polícia aumenta e o sujeito começa a se sentir mais seguro. (COSTA E DURANTE 2019).
Em concordância com os estudos de Costa e Durante (2019), onde revela que a participação da sociedade pode favorecer uma significativa redução da criminalidade e a promoção de um melhor bem-estar social, Moreira e Branco (2016), diz: “cultura de Paz é constituída em um processo dinâmico que ocorre de forma individual e coletiva, fazendo se necessárias transformações das mais diversas sociedades” Ainda de acordo com os autores, o conceito de paz não pode ser visto apenas do ponto de vista teórico ou ideológico, mas colocados em práticas concretas para a resolução de problemas e redução da criminalidade. A simples presença da polícia nas ruas pode ser suficiente para aumentar a sensação de segurança. Mas essa presença nem sempre é visto assim. Exatamente por isso, a saturação de área é a estratégia mais frequentemente utilizada para promover uma sensação de segurança. Para Costa e Durante (2019), embora seja relativamente bem-sucedida, este tipo de estratégia de policiamento tem sérias limitações de tempo e espaço e geralmente bairros mais ricos tem mais prioridade e por tempo limitado, ou seja, não podendo ser empregada por muito tempo e tampouco pode ser aplicada a todos os bairros.
Conclusão: 
Em resumo, a Cultura de Paz está intrinsecamente relacionada à prevenção e à resolução de conflitos de forma pacifica. É uma cultura baseada na tolerância; uma cultura que respeita os direitos e diferenças individuais, assegurando e sustentando a liberdade de opinião. Ela se empenha em prevenir conflitos resolvendo-os em suas fontes ou origens. Também podendo ser definida como um tipo de situação na qual as pessoas ou os grupos sociais buscam ou percebem opiniões opostas, afirmam valores ou têm interesses divergentes, ou seja, é um fenômeno de incompatibilidade
Ainda pode se ressaltar que, a paz nega a violência, porém não nega os conflitos, pois estes fazem parte da vida. É bem verdade que muitos conflitos foram e ainda são geradores de violência, o que pode dar origem a grandes tragédias, seja na família ou guerra entre países, como tem ocorrido na sociedade. Isso ocorre porque as pessoas têm dificuldade em internalizar e vivenciar a paz como um valor social importante. 
Referências: 
COSTA, Arthur Trindade Maranhão, DURANTE, Marcelo Ottoni. A Polícia e o Medo do Crime no Distrito Federal. DADOS, Rio de Janeiro, vol.62(1), 2019.
GULLO, Álvaro de Aquino e Silva. Violência urbana: um problema social. Tempo Social; Rev. Sociol. USP, S. Paulo, 10(1):105-119, maio de 1998.
 MOREIRA, Letícia de Sousa e BRANCO, Ângela Maria Cristina Uchoa de Abreu. Processo de socialização e promoção da Cultura de
Paz na perspectiva de policiais militares. Estudos de Psicologia, Campinas 33(3), 553-563, julho - setembro 2016

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