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CENTRO UNIVERSITÁRIO SANTO AGOSTINHO – UNIFSA CURSO: DIREITO DISCIPLINA: DIREITO CIVIL II PROF: GILBERTO ALUNO: PABLO DIEGO LIMA NERES ESTUDO DIRIGIDO Leia o capitulo concernente aos Direitos pessoais e figuras híbridas, em seguida responda as questões abaixo: 1- Claudio adquiriu um veiculo de Paulo pagando pelo mesmo a quantia de R$ 50.000,00 (cinqüenta mil reais). As prestações da relação contratual acima pactuada foram oportunamente cumpridas. Analise o exercício da titularidade da relação jurídica estabelecida entre Claudio e o bem móvel, realçando duas características. Justifique. Relação jurídica de direito real onde se apoiam na relação entre Claudio e a coisa, sendo que esta deve possuir valor econômico e suscetível de apropriação. Tem como características a oponibilidade ”erga omnes”, ou seja, o direito alheio deverá ser respeitado mediante a legislação e a aderência, ou seja, à coisa não é senão a constatação do fato de que o direito real permanece incidindo sobre o bem, ainda que este circule entre outros indivíduos e se transmita a terceiros, o aludido direito seguirá juntamente com a coisa. 2- Analise os itens abaixo, julgando-os em (V) para verdadeiro e (F) para falso, em seguida marque a alternativa correta. I) A relação jurídica pessoal é estabelecida entre pessoas determinadas e/ou determináveis, revelando-se como elemento objetivo um comportamento. (v) II) A eficácia erga omnes inerente as relações jurídicas de natureza real ressaltar o dever geral de abstenção de qualquer prática que venha a lesar o exercício de titularidade do direito real sobre o bem jurídico correspondente. (v) III) A seqüela é uma característica das relações obrigacionais, mais especificamente quanto ao comportamento contraído pelo devedor; (F) IV) A relatividade dos direitos pessoais ressalta-se na medida da eficácia das prestações recaindo entre os sujeitos do pólo obrigacional. (F) A) Ambas são falsas já que não retratam as características das respectivas relações jurídicas; B) A assertivas II é a justificativa da I, sendo um complemento da outra. ( ) C) As assertivas I e II retratam típicas características que distinguem as relações jurídicas reais e pessoais. (x) D) As assertivas I, III e IV são verdadeiras, demonstrando uma característica dos direitos pessoais. ( ) E) As assertivas I, II e III são verdadeiras demonstrando características de direitos obrigacionais especificamente. 3) Marcos celebrou um contrato de locação mediante um instrumento escrito, comprometendo-se em arcar com o pagamento dos alugueis ao longo de 12 meses, pelo valor de R$ 2.000,00 (dois mil reais). Todavia, na hipótese de o locador alienar o imóvel locado a um terceiro, João, seria correto afirmar que o adquirente estaria obrigado a aguardar o término de vigência da locação? Justifique. Como não se tem nenhuma referência que o contrato de locação foi levado a registro em cartório na matricula do imóvel, esse negócio e meramente pessoal produzindo efeitos apenas entre as partes, deste modo o novo adquirente não seria obrigado a esperar o termino da locação. Entretanto, o locatário que ainda está no imóvel, poderá pedir uma indenização pelo fato do direito a preferência e por não ter sido notificado com antecedência. 4). Acrescendo na situação hipotética acima, a circunstância do contrato ter sido levado a registro na matrícula do imóvel, embora não foi assegurado o exercício da preferência do locatário para adquirir o imóvel, mesmo que tivesse tal intenção. Quais as condutas que o mesmo poderá adotar? Justifique. Conforme o Art. 576 do CC. se a coisa for alienada durante a locação, o adquirente não ficará obrigado a respeitar o contrato, se nele não for consignada a cláusula da sua vigência no caso de alienação, e não constar de registro. Deste modo, o adquirente poderá notificar o locatário para a desocupação do imóvel no prazo de 90 dias. Podendo também firmar acordo para a continuidade da locação ou não. Com o registro do referido contrato na matriculo do imóvel em cartório, a situação se trata de uma obrigação de eficácia real, ou seja, oponível perante a terceiros. 5) Diante da situação hipotética relatada na 3ᵃ questão, a quem poderá recair a posição de devedor quanto ao pagamento da conta de energia durante o período de utilização pelo inquilino? Justifique. Caso esteja expressamente previsto no contrato firmado que as responsabilidades dos referidos pagamentos sejam do locatário e o mesmo já estiver feito a troca de titularidade, a responsabilidade recairia para o inquilino mediante a obrigação propter personam. Entretanto caso não esteja previsto em contrato e nem a troca de titularidade feita, a responsabilidade recairia sobre o novo proprietário do imóvel por se tratar de uma obrigação propter rem. 6) Paulo e Marta conviviam em uma união estável por mais de dez anos. Todavia, a aludida convivência não foi mais possível passando os conviventes a partilharem os bens que adquiriram ao longo do período acima. Com o resultado da partilha, Marta ficou proprietária de um apartamento que apresentava débitos de condomínio, referente ao período que Paulo figurava como titular, inclusive sendo este réu numa ação de cobrança. Poderá Marta ter seu imóvel penhorado em razão de tal débito? Sim, pois se trata de uma obrigação propter rem, bem fundamentada no Art. 1.345 do código civil, onde relata que o adquirente de unidade responde pelos débitos do alienante, em relação ao condomínio, inclusive multas e juros moratórios.
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