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UNIVERSIDADE FRANCISCANA SEGUNDO SEMESTRE SEMINÁRIO INTEGRADO II DR. EDUARDO CORRÊA CASO 2 Bruna Przybitowicz Fuhrmann Santa Maria, 22 de março de 2020. 1. Entender a relação entre derrame pleural e a tosse do paciente. O paciente tem um relato de Linfoma não Hodgkin de células B, em tratamento com imunoterapia com Imbruvica. A imbruvica pode levar a um caso de Doença Pulmonar Intersticial, dano permanente que resulta em acúmulo anormal de células inflamatórias no tecido pulmonar. Essa inflamação leva a dispneia e tosse persistente. A taquipneia indica que houve uma diminuição da superfície respiratória pulmonar, tal anormalidade poderia ser a consequência de um derrame pleural. 2. Explicar e relacionar os achados semiológicos do tórax com a patologia. Na radiografia de tórax, que pode ser normal na DPI, ressalta-se que devem ser avaliados os volumes pulmonares, o padrão e a distribuição da doença, além de achados extrapulmonares. Além disso, é fundamental rever todas as radiografias prévias para avaliar a progressão ou a estabilidade da doença. Derrame pleural é uma complicação que consiste no acúmulo de líquido na cavidade pleural. Essa cavidade é um espaço entre a pleura visceral e parietal, o líquido acumulado é o líquido pleural seroso que possui função lubrificante, fazendo com que as pleuras deslizem suavemente durante a respiração. Diariamente em média são produzidos 700ml desse líquido. O Raio-X mostra um volumoso derrame pleural que obstrui o pulmão esquerdo deixando-o quase completamente sem funcionalidade. Consequentemente o pulmão direito precisa trabalhar em forma dobrada para compensar a redução da troca gasosa. Além disso, outro fator que contribuí para o diagnóstico de derrame pleural e perda das funções alveolares é o murmúrio vesicular abolido e o frêmito tóracovocal ausente durante a ausculta pulmonar, visto que ambos são indicadores para a doença. A fim de reduzir a expansão do acúmulo de líquidos, o médico fez uma punção pleural e retirou 2500 ml de líquido citrino que estava acumulado em excesso. Sem esse procedimento o paciente iria gradativamente perder suas funções pulmonares. Com a toracocentese ele demonstrou melhora respiratória já durante o procedimento pois a retirada do liquido causou expansão pulmonar com abertura dos alvéolos que antes estavam obstruídos fazendo, assim, com que a superfície de contato alveolocapilar e, por consequência, aumento na superfície da troca gasosa. 3. Entender a fisiopatologia da tosse ao final do procedimento. A tosse apresentada ao final do procedimento é uma das complicações associadas a toracocentese. Isso ocorre devido à distensão abrupta dos espaços aéreos. Ela pode ser minimizada se forem retirados volumes inferiores a 1.500 ml. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS 1- MOORE & DALLEY, Anatomia Orientada Para a Clínica; 2- JOHN E HEFFNER, Diagnostic evaluation of a pleural effusion in adults: Initial testing; 3- FREEDMAN E FRIEDBERG, Treatment of relapsed or refractory mantle cell lymphoma;
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