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UNIVERSIDADE FEDERAL DO PARÁ CAMPUS UNIVERSITÁRIO DE ANANINDEUA FACULDADE DE ENGENHARIA DE MATERIAIS - FEMat NÉLY THATIANE BRANCO RODOLFO MOURA DE SOUZA LIMA RELATÓRIO ENSAIO DE TRAÇÃO Ananindeua – PA 2019 NÉLY THATIANE BRANCO RODOLFO MOURA DE SOUZA LIMA RELATÓRIO ENSAIO DE TRAÇÃO Trabalho apresentado como requisito de avaliação para obtenção de nota na disciplina de Ensaio dos Materiais, do Curso de Engenharia de Materiais da Universidade Federal do Pará, Campus Ananindeua. Prof. Dr. Pedro Paulo Ribeiro. Ananindeua – PA 2019 Sumário 1. IDENTIFICAÇÃO .............................................................................................................. 4 2. OBJETIVO ......................................................................................................................... 5 3. INTRODUÇÃO .................................................................................................................. 5 4.1. Ensaio de tração ..................................................................................................... 6 4.2. Materiais metálicos ................................................................................................ 6 5. PROCEDIMENTOS EXPERIMENTAIS ........................................................................ 7 6. RESULTADOS E DISCURSÕES .................................................................................. 8 7. CONCLUSÃO ................................................................................................................. 11 REFERÊNCIAS ........................................................................................................................ 12 Anexo A: ESPECIFICAÇÕES TÉCNICAS DO EQUIPAMENTO ................................... 13 4 1. IDENTIFICAÇÃO Quadro 01: identificação e considerações iniciais do ensaio. Fábricante: Shimadzu Modelo: Servopulse – tipo EHF-E N° do certificado: 139116 -101 Data de calibração: 24/07/2014 Norma: NBR-6152 (Materiais Metálicos – Ensaio de tração a temperatura ambiente) Data: 22/11/2019 Hora: 11:00 Trabalho realizado: Tração Material ensaiado: Alumínio - 5083 Quantidade de CP’s: 2 Veloc. Desloca.: 2 mm/min Célula de carga: 100 KN Pré – carga: 80 KN Temperatura: 23 °C Operador: Dalmir Matos Local: Laboratório de Engenharia mecânica Equipe: Rodolfo Lima; Nély Branco Fonte: própria autoria. 5 2. OBJETIVO Determinar as propriedades mecânicas de tração do alumínio – 5083, relacionando as características dos metais através da resposta dos mesmos quando submetidos a uma tensão. 3. INTRODUÇÃO A preocupação com a produção e fabricação de materiais para atender às exigências previstas pelo mercado vem sendo crescente nas últimas décadas. Frequentemente, materiais são selecionados para diferentes aplicações estruturais, tendo em vista combinações desejáveis de características mecânicas. Diante disso, técnicas experimentais de ensaios, análises teóricas e matemáticas são de fundamental importância para a determinação das propriedades dos materiais (CALLISTER, 2016). Amplamente utilizado para determinação de propriedades mecânicas dos materiais, o ensaio de tração, proporciona importantes informações sobre a resistência dos materiais. Nesse sentido, é possível determinar o comportamento dos materiais quando submetidos a esforços contínuos, possibilitando a identificação dos limites plástico, elástico e de escoamento, além da sua tensão de ruptura (FREDEL, et al., 2015). Ensaios mecânicos de materiais são procedimentos padronizados que abrangem testes, cálculos, gráficos e consultas a tabelas, tudo isso em conformidade com normas técnicas. Atualmente, existem uma gama de associações de normas técnicas, no entanto, as mais utilizadas são: ASTM (American Society for Testing and Materials) e ABNT (Associação Brasileira de normas Técnicas) ( DALCIN, 2007). O ensaio de tração consiste na aplicação de uma tensão de ação uniaxial crescente em um corpo de prova, possibilitando mensurar seu comportamento de modo pontual até sua ruptura ( TEÓFILO, 2010). Esse tipo de ensaio possibilita medir de forma satisfatória a resistência do material, sendo largamente utilizado para testes de controle de falhas ( DALCIN, 2007). 6 4. MATERIAIS E EQUIPAMENTOS 4.1. Ensaio de tração Para os ensaios de tração utilizou-se uma Máquina de Ensaio universal Shimadzu, modelo Servopulse – tipo EHF-E, as especificações técnicas estão disponíveis no anexo 1. A Figura 01 mostra a máquina de ensaio: (a) Vista total frontal da máquina; (b) Vista frontal da máquina na área de engate do corpo de prova destacada num círculo vermelho. Figura 01: máquina de ensaio: (a) Vista total frontal da máquina; (b) Vista frontal da máquina na área de engate do corpo de prova destacada num círculo vermelho. Fonte: própria autoria. A aplicação de uma força em um corpo de prova promove uma deformação do material na direção do esforço e o ensaio de tração consiste em submeter um material a um esforço que tende a esticá-lo ou alongá-lo. 4.2. Materiais metálicos Para os ensaios de tração foram utilizados dois corpos de prova de alumínio – 5083. O alumínio 5083 dispõe de uma excelente usinagem e estabilidade, com uma dureza entre 75 a 95HB, variável conforme espessura, sendo muito utilizado em (a) (b) 7 pequenas produções. Ele contém de 3 a 5% de adição de cromo e manganês, apresentando as melhores características das ligas de alumínio semi-acabados da série 5000. Garante uma boa soldabilidade, além disso, uma interessante resistência, sobretudo na atmosfera marinha. São amplamente utilizados no segmento naval e na indústria em geral. O 5083 possui o seu peso específico de 2,80g / cm3, sendo 1/3 menor que o aço, proporcionando um desgaste e esforço menor do equipamento, como também, facilitando a troca do molde. A Tabela 02 mostra a composição química do alumínio 50-83. Tabela 01: composiçao química do aluminio 50-83 Liga Si Fe Cu Mn Mg Cr Ni Zn V Ti Outro Nota 5083 0,40 0,40 0,10 0,40 4,0 0,05 - 0,25 - 0,15 0,05 0,15 Restante alumínio 1,0 4,9 0,25 Fonte: adaptado de Coppermetal, 2009. 5. PROCEDIMENTOS EXPERIMENTAIS A aula pratica de ensaio de tração foi desenvolvida no Laboratório de Engenharia Mecânica da Universidade Federal do Pará - UFPA, Campus Belém. Tendo início ás 9:45 horas do dia 22 de novembro de 2019. Inicialmente, a maquina de ensaios universais foi devidamente montada com as células de carga para a realização do ensaio, após inseridas as células de carga foi feita foi realizada a verificação da pressão hidráulica, além de retirar as folgas do mecanismo para evitar possíveis erros durante o ensaio. Com o auxílio de um paquímetro foram realizadas as medições do corpo de prova, isto é, comprimento, espessura e o comprimento útil. A Tabela 02 mostras os resultados das dimensões do corpo de prova. Tabela 02: dimensões do corpo de prova. Corpo de prova Largura (mm) Espessura (mm) Comprimento util (mm) Cp 1 5,82 4,95 30,0 Cp 2 5,96 4,95 29,502 Fonte: autoria própria. A Figura 02 mostra os corpos de prova antes da realização do ensaio de tração. 8 Após a calibragem da máquina e a realização das medições dos corpos de prova foi realizado o engaste da amostra nasgarras da máquina, tendo o cuidado para que o mesmo ficasse alinhado e bem preso para evitar erros durante a realização do ensaio. No software da máquina foi definido algumas condições para o ensaio, velocidade de deslocamento 2 mm/min; pré-carga de 80 KN; célula de carga de 100 KN e também as dimensões do corpo de prova, isto é, largura espessura e comprimento útil. Dando início ao ensaio, o corpo de prova sofreu esforços de tração até a sua ruptura. 6. RESULTADOS E DISCURSÕES Na Figura 03 é possível observar os corpos de prova de alumínio 5083 rompidos após o ensaio. Figura 03: copos de provas rompidos após o ensaio. Fonte: própria autoria. Figura 02: Corpo de prova e suas respectivas dimensões . Fonte: própria autoria. 9 É possível observar na Figura 03, que os corpos de prova romperam dentro da área útil, no entanto em regiões mais próximas ao pescoço. Esse fato pode ser explicado pelo corpo de prova não apresentar uniformidade em sua superfície, pois foi verificado algumas imperfeições durante toda sua extensão, essas falhas no material podem desempenhar a função de concentrador de tenções, explicando o motivo de tal comportamento, dessa forma, os resultados apresentados não apresentam consistências. A partir dos dados do ensaio foi possível a construção do gráfico de força x alongamento que representa como o material se comportou em relação ao esforço sofrido. O Gráfico 01 apresenta as curvas de ensaio de tração para os copos de prova de alumínio 5083. Gráfico 01: curvas de tração do alumínio 5083. Fonte: autoria própria. No Gráfico 01 é possível observar que os copos de provas comportaram-se de forma semelhantes, no entanto o corpo de prova (CP1) teve um melhor desempenho com limites um pouco a cima do (CP2). Os valores referentes à força máxima, tensão máxima, tenção de ruptura e modulo de elasticidade, obtidos a partir dos gráficos, estão apresentados na Tabela 03. A Tabela 03 mostra os resultados obtidos a partir dos dados do ensaio de tração. 10 Tabela 03: resultados obtidos a partir dos dados do ensaio de tração. Corpo de prova Força máxima (KN) Tensão máxima (Mpa) Tensão de ruptura (MPa) Modulo de elasticidade (GPa) 1 0,99823 333,998 177,115 33,9817 2 0,7865 321,481 201,0471 32,0264 Fonte: autoria própria. 11 7. CONCLUSÃO De acordo com o ensaio de tração realizado nos corpos de prova foi possível determinar as propriedades em tração do alumínio-5083, relacionando-as com a literatura e com a norma NBR-6152 (Materiais Metálicos – Ensaio de tração a temperatura ambiente). Também foi possível visualizar de uma forma pratica a realização do ensaio de tração e seu comportamento quando submetido a esforços, além do entendimento de forma mais objetiva e simplificada. Através da consulta na norma NBR-6152 (Materiais Metálicos – Ensaio de tração a temperatura ambiente) é possível dizer que os resultados obtidos estão dentro do previsto e especificados pela norma. Apendesse 12 REFERÊNCIAS ABNT NBR 6152, 2002, “Materiais Metálicos: Ensaio de Tração à Temperatura Ambiente”, Rio de Janeiro. CALLISTER, W. D. Jr. Ciência e Tecnologia de Materiais: uma introdução. 9. ed. Rio de Janeiro: LTC, 2016. Coppermetal. Alumínio 5083. 2009. < https://www.coppermetal.com.br › aluminio › info-tec-copp_alumi5083> Acessado em: 25 de novembro de 2019. DALCIN, G. B. Ensaios dos Materiais. Santo Ângelo. 2007. Disponível em: < http://www.urisan.tche.br/~lemm/arquivos/ensaios_mecanicos.pdf> Acesso em: 23 de novembro de 2019. FREDEL C. M.; ORTEGA P.; BASTOS E. Propriedades Mecânicas: Ensaios Fundamentais. Florianópolis: CERMAT-UFSC, 2015. Shimadzu do Brasil. Especificações técnicas servopulse – tipo E. 2019. Disponível em: <http://www.shimadzu.com.br/analitica/produtos/test/dinamicas/servo-tipo_e.shtml> Acessado em: 23 de novembro de 2019. TEÓFILO, J. Estrutura e Propriedades dos Materiais: ensaios mecânicos dos materiais. Belém. 2010. Disponível em: < https://jorgeteofilo.files.wordpress.com/2010/08/epm-apostila-capitulo09-ensaios- mod1.pdf> Acesso em: 23 de novembro de 2019. 13 Anexo A: ESPECIFICAÇÕES TÉCNICAS DO EQUIPAMENTO Quadro __: especificações técnicas servopulse – tipo E. Fonte: shimadzu.com.br.
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