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Fundamentos da Mecânica dos Fluidos (SEM0403) UNIVERSIDADE DE SÃO PAULO ESCOLA DE ENGENHARIA DE SÃO CARLOS Núcleo de Engenharia Térmica e Fluidos Escoamentos Internos (cont.) Avaliação Energética do Escoamento em Tubos Supondo um escoamento permanente num tubo de seção variável, a equação da energia seria: ( )∫ ∫ ∂ rr&&&& =0 ( )∫ ∫ ⋅++∂ ∂ =+++ CV SC outrotocisalhameneixo AdVpveVdet WWWQ rr &&&& ρρ Supondo que não há trabalho de nenhuma espécie, escoamento permanente, incompressível e que a energia interna e pressão são uniformes em qq seções (1) e (2):interna e pressão são uniformes em qq. seções (1) e (2): ( ) ( ) −+−+ −+−= 22 2 11 2 22 12 12 12 VVmzzgmppmuumQ αα ρρ &&&&& onde α é o coeficiente cinético de energia. Dividindo a Eq acima pela vazão mássica e organizando os termosEq. acima pela vazão mássica e organizando os termos, temos: ( ) dm Quugz Vp gz Vp δα ρ α ρ −−+ ++= ++ 122 2 2 2 2 1 2 1 1 1 22 Os últimos dois termos do lado direito da Eq.a acima são identificados como sendo a perda de carga total; então: lThgz Vp gz Vp = ++− ++ 2 2 2 2 2 1 2 1 1 1 αα (4)lTgg 2211 22 ρρ ( ) Fundamentos da Mecânica dos Fluidos (SEM0403) UNIVERSIDADE DE SÃO PAULO ESCOLA DE ENGENHARIA DE SÃO CARLOS Núcleo de Engenharia Térmica e Fluidos Cálculo da perda de cargap g A perda de carga total é a soma das perdas de carga contínuas e das perdas de carga locais: lmllT hhh += A- Perda de carga contínua: Fator de Atrito Através de tubo horizontal de seção constante, hlm = 0, e z1 = z2, portanto a Eq. (4) se torna: ( ) ( )22 222211 VV αα = hp pp ∆− 21 (5)Da conservação da lh== ρρ 21 Assim, as perdas de carga contínuas podem ser expressas pela perda de pressão para escoamentos (5)a co se ação daenergia expressas pela perda de pressão para escoamentos plenamente desenvolvidos através de tubos horizontais de área constante Fundamentos da Mecânica dos Fluidos (SEM0403) UNIVERSIDADE DE SÃO PAULO ESCOLA DE ENGENHARIA DE SÃO CARLOS Núcleo de Engenharia Térmica e Fluidos A.1. Escoamento Laminar A perda de pressão pode ser computada analiticamente para escoamento laminar plenamente desenvolvido em tubo horizontal. Assim, da Lei de Poiseuille, temos: ( ) D V D L D DVL D LQp µ π πµ π µ 324128128 4 2 4 ===∆ (6) Substituindo (6) em (5): 64 22 VLVLVL µµ Da conservação da q.d.m. 2Re 6464 2 32 V D L DV V D L D V D Lhl = == ρ µ ρ µ (7) Nota: perceba o acoplamento das eqs. da energia e q.d.m. Fundamentos da Mecânica dos Fluidos (SEM0403) UNIVERSIDADE DE SÃO PAULO ESCOLA DE ENGENHARIA DE SÃO CARLOS Núcleo de Engenharia Térmica e Fluidos Fator de Atrito Da Eq (3) temos na parede do tubo que:Da Eq. (3), temos, na parede do tubo, que: o o r L p τ2 =∆ Aplicando o fator de atrito f (tensão de cisalhamento adimensional na parede de substancial interesse em escoamentos em tubos): 2 8 1 V f o ρ τ = 8 Isolando a tensão cisalhante na parede e subst. na Eq. (3): (8) 2 2V D Lfp =∆ ρ Essa equação é muito conhecida e é chamada de equação de Darcy-Weisbach. Substituindo (8) em (5) e comparando com (7), temos que : 64 22 VLVL ρ 22Re 64 V D LfV D Lhl = = ou seja, para escoamento laminar o fator de atrito, f, é dado por: por: = Re 64 laminarf Fundamentos da Mecânica dos Fluidos (SEM0403) UNIVERSIDADE DE SÃO PAULO ESCOLA DE ENGENHARIA DE SÃO CARLOS Núcleo de Engenharia Térmica e Fluidos A.2. Escoamento Turbulento No escoamento turbulento plenamente desenvolvido não d li liti t d d ãpodemos avaliar analiticamente a queda de pressão. Porém, sabemos da observação que a queda de pressão ∆p devida ao atrito em tubo horizontal de seção constante depende do diâmetro D, do comprimento L, da velocidade média V, da densidade ρ e da viscosidade do fluido µ, e da altura da rugosidade e. “Talvez a quantidade mais desejada em um escoamento em um tubo seja a perda de carga. Se a perda de carga é conhecida, a mudança de pressão pode ser calculada.” Fundamentos da Mecânica dos Fluidos (SEM0403) UNIVERSIDADE DE SÃO PAULO ESCOLA DE ENGENHARIA DE SÃO CARLOS Núcleo de Engenharia Térmica e Fluidos Dedução do fator de atrito por análise dimensional Aplicando a análise dimensional a um escoamento totalmente desenvolvido em um tubo, temos: Dedução do fator de atrito por análise dimensional = ∆ D e D L V p ,Re,2 φρ (9) Substituindo a Eq. (5) em (9), temos:q ( ) ( ), = D e D L V hl ,Re,2 φ Experiências mostram que hl é diretamente proporcional a L/D, assim: = D e D L V hl Re, 1 22 φ Obs. perda de carga adimensionalizada pela energia cinética do fluido escoante2 escoante A função desconhecida φ2 (Re, e/D) é definida como o fator de atrito, f. 2VL 2 V D Lfhl = (10) Fundamentos da Mecânica dos Fluidos (SEM0403) UNIVERSIDADE DE SÃO PAULO ESCOLA DE ENGENHARIA DE SÃO CARLOS Núcleo de Engenharia Térmica e Fluidos rugosidade relativa e/Drugosidade relativa e/D (1 94 4) e M oo dy ( ag ra m a de D ia Fundamentos da Mecânica dos Fluidos (SEM0403) UNIVERSIDADE DE SÃO PAULO ESCOLA DE ENGENHARIA DE SÃO CARLOS Núcleo de Engenharia Térmica e Fluidos A li d di d M d b (Analisando o diagrama de Moody, percebe-se que (para e/D < 0,001): • No regime de escoamento laminar, o fator de atrito decresce com o aumento do no. de Reynolds. • Na zona crítica, f aumenta acentuadamente. • No regime de escoamento turbulento, o fator de atrito decresce gradualmente ao longo da curva dos tubos lisos • No regime de escoamento completamente turbulento, oNo regime de escoamento completamente turbulento, o fator de atrito torna-se independente do no. de Reynolds Há uma série de correlações semi-empíricas que representam o diagrama de Moody; alguns exemplos: • Correlação de Blasius (Re < 105): 25,0Re3164,0 −=f • Correlação de Colebrook (Re > 4000):Correlação de Colebrook (Re > 4000): +−= 5,05,0 Re 51,2 7,3 /log0,21 f De f Obs : Na correlação de Colebrook se e = 0 tem se umaObs.: Na correlação de Colebrook, se e = 0, tem-se uma expressão para escoamento em tubo liso (nos moldes da correlação de Blasius); se Re → ∞ , tem-se uma equação para a região completamente turbulenta Fundamentos da Mecânica dos Fluidos (SEM0403) UNIVERSIDADE DE SÃO PAULO ESCOLA DE ENGENHARIA DE SÃO CARLOS Núcleo de Engenharia Térmica e Fluidos U lt ti di d M d itUma alternativa ao diagrama de Moody, que evita qualquer processo de tentativa e erro, torna-se possível através de correlações explicitas como as apresentadas por Swamee e Jain (1976) para o escoamento em um tubo. Elas podem ser aplicadas para cada uma das três categorias de problemas que são identificadas para um escoamento turbulento totalmente desenvolvido em um tubo de comprimento L: Correlações de Swamee e Jain: Fundamentos da Mecânica dos Fluidos (SEM0403) UNIVERSIDADE DE SÃO PAULO ESCOLA DE ENGENHARIA DE SÃO CARLOS Núcleo de Engenharia Térmica e Fluidos Correlação de Churchill, válida para toda gama ç p g de números de Reynolds, inclusive na zona crítica: 1 ( ) 12 2 3 12 1 Re 88 + + = BA f 16 1ln4572 =A 9,0 27,0 Re 7 ln457,2 + = D e A 16 Re 37530 =B Fundamentos da Mecânica dos Fluidos (SEM0403) UNIVERSIDADE DE SÃO PAULO ESCOLA DE ENGENHARIA DE SÃO CARLOS Núcleo de Engenharia Térmica e Fluidos B- Perdas LocaisB Perdas Locais Quando o escoamento passa por uma variedade de acessórios, curvas ou abruptas mudanças de seção, ocorrem perdas de carga adicionais, resultantes principalmente do descolamento do fluxo. As perdas de carga locas podem ser expressas por: 2VKhlm = 2lm ou 2 2VD L fh elm = onde Le é o comprimento equivalente de tubo reto. Fundamentos da Mecânica dos Fluidos (SEM0403) UNIVERSIDADE DE SÃO PAULO ESCOLA DE ENGENHARIA DE SÃO CARLOS Núcleo de Engenharia Térmica e Fluidos Fundamentos da Mecânica dos Fluidos (SEM0403) UNIVERSIDADE DE SÃO PAULO ESCOLA DE ENGENHARIA DE SÃO CARLOS Núcleo de Engenharia Térmica e Fluidos Exemplo Uma queda de pressão de 700 kPa é medida sobre um comprimento de 300 m de um tubo em ferro forjado de 10 cm de diâmetro que transporta óleo (densidade = 0,9, ν = q p ( , , 10-5 m2/s). Calcule a vazão usando (a) o diagrama de Moody e (b) correlações empíricas. (Quadro negro)
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