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Introdução à Farmacologia: Medicamentos e Formas de Administração

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Introdução a farmacologia 
Os medicamentos podem ser originados de: 
- plantas: alcaloides, glicosídeos, gomas, resinas e óleos; 
- Animais: hormônios, enzimas, vacinas; 
- Minerais: sais; Estes tem origem: naturais, semi-sintéticas e sintéticas. 
 
Formas farmacêuticas 
 Preparações constituídas de uma ou mais substâncias (princípio ativo) associadas à auxiliares de formulação (adjuvantes); 
Substâncias adjuvantes: substâncias desprovidas de atividades terapêuticas, que facilitam a administração do medicamento, 
garantindo a precisão das doses e mantendo a concentração terapêutica adequada. Ex: aromatizantes, corantes, dentre 
outros. 
 
Formas farmacêuticas:  Líquidas, semi-sólidas e sólidas de  Liberação imediata (ex.: comprimidos) e liberação controlada 
(ex.: pellets e adesivos); 
 
Comprimidos: o fármaco é compresso em pó, com a adição de adjuvantes (ex. aromatizantes, corantes e sabores); 
Cápsulas: o fármaco é envolto por um invólucro de gelatina; 
Drágeas: são fármacos que possuem uma película gastrorresistente (M&M); 
Supositório: são fármacos administrados via retal e vaginal, com dissolução de acordo com a temperatura corpórea; 
Soluções: um ou mais fármacos dissolvidos em água; 
Suspensões: são partículas sólidas insolúveis em meio aquoso (agitar antes de usar); 
Colutórios: uso em cavidade bucal e porção superior da faringe (enxaguantes e etc); (Ex.: Periogard (clorexidina 0,12%) o uso 
excessivo pode causar pigmentação na mucosa, perda do paladar, lesões periodontais, etc.) 
Emulsões: fases líquidas imiscíveis (ex. óleo trifásico); 
Loções: pó insolúvel em água ou substâncias dissolvidas num líquido espesso; 
Unguentos: possuem gordura ou propriedades semelhantes as do fármaco, e diferem dos cremes pois não apresentam água 
em sua composição; 
Xaropes: um ou mais fármacos estão associados a adjuvantes como o açúcar, corantes e afins; 
Elixires e Tinturas: dissolução em álcool e água; 
Colírios: fármaco de uso conjuntival; 
Nebulizadores: fármacos administrados em estado gasoso nas vias respiratórias; 
Aerossóis: ar ou gás pressurizados; 
Vernizes: é aplicado sobre os dentes e o fármaco torna-se consistente quando em contato com a saliva; 
Orabases: fármaco em forma de “pomada” para uso exclusivo da cavidade oral, sua consistência permite ficar aderido aos 
tecidos moles; 
Dentifrícios: gél, creme ou pasta de dente; 
Cremes: fármaco de uso tópico; absorvido pela pele; 
Pomada: base monofásica – diversos fármacos; aplicação por fricção; 
Géis: agente geleificadores; 
Pastilhas: o fármaco é associado a adjuvantes e sacarose ou goma, e possui dissolução lenta em boca; 
Implante Subdérmico: dispositivo transdérmico (ex. pellets); 
Adesivos: o fármaco é aplicado sobre a pele, e atravessa as camadas até acessar a corrente sanguínea. 
 
Vias de administração 
- Estruturas orgânicas com as quais o fármaco toma contato para iniciar um processo sequencial que vai levá-lo ao seu sitio 
de ação. 
Enterais (passa pelo TGI) bucal (Periogard); sublingual (Toragesic); translingual (spray); oral - VO (comprimido); gástrica 
(sonda); retal (supositório). 
Parenterais (não passa pelo TGI) endovenosa – EV; intramuscular – IE; intradérmica; subcutânea/submucosa; cutânea; 
mucosa; conjuntival; respiratória; vaginal. 
Infusões especializadas: epidural; intratecal; intrapleural; intraperitoneal; intra-óssea; intra-articular; intracanal/intrapulpar 
(endodontia). 
Métodos de administração: deglutição, instilação (gota-a-gota), irrigação, bochecho, injeção, fricção, aplicação, inalação, 
sondagem nasogástrica e enema (lavagem intestinal). 
 
 
Via oral: 
- Vantagens: Maior segurança; efeitos surgem lentamente; fácil administração; absorção em diferentes partes do TGI; custo 
acessível; 
- Desvantagens ou Contraindicações: situações emergenciais; impossibilidade de deglutição; fármacos sensíveis ao sucos 
gástricos; substâncias com elevado metabolismo de 1ª passagem (fenômeno no qual a concentração do fármaco é 
reduzida/inativada pelas enzimas do fígado, antes de atingir a circulação sistêmica); 
Via sublingual: 
- Vantagens: Elimina o metabolismo de 1º passagem, absorção rápida e prolongada; 
Via endovenosa (EV): 
- Indicações: emergências médicas; doenças graves; choques; administração de grandes volumes; 
- Vantagens: biodisponibilidade de 100% do fármaco; efeitos imediatos; 
- Desvantagens: menor segurança; desconforto; custo elevado; 
Via intramuscular (IM): Efeito prolongado; desconfortável; formação de hematomas e abcessos estéreis, custo elevado; 
Via respiratória: ex – bombinha - Efeitos rápidos; necessita de dispositivos para a administração; utilização da mucosa das 
vias aéreas; há limitações na presença de secreções. 
 
FARMACOCINÉTICA 
É a área da farmacologia que estuda o percurso realizado pelo fármaco no organismo, desde a sua administração até a sua 
excreção; 
 
1. Absorção: A absorção é o processo que se inicia com a aplicação ou tomada do medicamento até a entrada na 
corrente sanguínea. Ou seja, é a transferência do fármaco do local de administração para a corrente sanguínea. 
A absorção pode acontecer por diversas vias, de acordo com a indicação para cada caso: oral, retal, cutânea, intramuscular, 
respiratória, subcutânea e intraperitoneal. A administração medicamentosa via endovenosa não passa pela fase de 
absorção. 
Algumas condições de saúde e de fisiologia podem influenciar a absorção adequada do fármaco, como processos 
inflamatórios, velocidade do fluxo sanguíneo, patologias, dosagem aplicada e até mesmo a via de adm (EV não passa pela fase 
de absorção). 
 Janela Terapêutica 
A janela terapêutica representa o índice de concentração medicamentosa 
no organismo, que indica a dose necessária para surgir um efeito 
terapêutico, assim como as quantidades de subdose e de toxicidade. 
 
 
 
 
 Fármaco ácido: tem melhor absorção no estômago; 
 Fármaco básico: tem melhor absorção no intestino; 
 Fármaco hidrossolúvel – ionizado – passa com dificuldade pela bicamada lipídica da célula (membrana plasmática), 
portanto necessita de proteínas carreadoras; 
 Fármaco lipossolúvel – não ionizado – passa com mais facilidade pela membrana plasmática; 
 
 Biodisponibilidade: é a quantidade do fármaco, após administrado, que chega ao sítio de ação e/ou fluidos orgânicos. 
No caso de administração endovenosa, a biodisponibilidade é de 100%, enquanto nas demais vias, a 
biodisponibilidade é menor, devido ao metabolismo de 1º passassem. 
 Metabolismo de 1º Passagem: é o processo pelo qual o fármaco é submetido a enzimas do fígado, após ter sido 
administrado via oral, que faz com que a biodisponibilidade desse fármaco tenha uma redução (e inativação) 
significativa, antes de atingir a circulação sistêmica. Vias de administração alternativas podem ser utilizadas para 
evitar o metabolismo de 1º passagem e, assim, ter um aproveitamento maior, ou de até 100% de biodisponibilidade 
do fármaco. 
 
2. Distribuição: processo pelo qual o fármaco é liberado da circulação sistêmica para os líquidos e tecidos corporais. 
Fatores que afetam na distribuição: patologias associadas ao fígado; desnutrição; senilidade; gestação; etc. 
 
 
https://pt.wikipedia.org/wiki/Concentra%C3%A7%C3%A3o
https://pt.wikipedia.org/wiki/F%C3%ADgado
3. Eliminação 
 Meia-vida: intervalo de tempo que leva para que a concentração de fármaco seja reduzida à metade (50%); 
Após 4 meias-vidas é considerado que o fármaco foi eliminado do organismo. 
Ex.: O fármaco X possui meia-vida de 01h30min, portanto a sua eliminação do organismo ou horário de uma nova 
administração é de 6h. 
 Metabolismo: processo em que o fármaco é modificado em hidrossolúvel para que possa ser excretado; 
 Excreção: processo em que o fármaco é liberado do corpo; 
Obs.: em casos de patologias renais ou hepáticas é preciso: 
 Aumento no intervalo de dose – pois devido a/as patologia(s), o organismo apresenta uma deficiência ou na 
absorção do fármaco, ou metabolização,dentro outras etapas, fazendo com que o fármaco fique mais tempo 
disponível no organismo; 
 Diminuição da dose – pois devido a/as patologia(s), o organismo apresenta uma deficiência ou na absorção do 
fármaco, ou metabolização, dentro outras etapas, fazendo com que o fármaco fique mais tempo disponível no 
organismo; 
Obs.: Em alguns casos, é necessário fazer o aumento no intervalo da dose associado à diminuição da dose. 
FARMADINÂMICA 
É a área da farmacologia que estuda a relação dos fármacos com o organismo, como seu mecanismo de ação, assim como a 
relação de dose e efeito; 
 
 Ação: local onde o fármaco age; 
 Efeito: consequência da ação clinicamente observável; 
 
 - Específica (causa) -> uso de antibiótico para combater inflamação bacteriana; 
 Ação – 
 - Inespecífica (manifestações) -> uso de anti-inflamatórios para combater os sintomas/manifestações da 
inflamação; 
 
Resposta  consequência da ação, clinicamente observável 
 
Fatores que influenciam no efeito do fármaco: 
- dieta: a adm VO de fármacos associados à alimentação gera uma competição entre o princípio ativo do fármaco e as 
micromoléculas dos alimentos diante aos receptores; 
- atividade física; 
- horário correto e regularidade de administração; 
- idade; 
- interações medicamentosas; 
- condições do hospedeiro; 
 
Características da interação fármaco-receptor: 
Por Afinidade: capacidade de ligação; 
Por Atividade Intrínseca: gera resposta farmacológica após acoplamento; 
Por Especificidade Química: receptor só aceita fármaco de estrutura similar; 
Por Reversibilidade: forças ligantes são transitórias; 
 
 Agonista: fármacos que se ligam receptor e geram o efeito; 
 Antagonista: fármaco similar se liga no receptor, impedindo a ligação do agonista, e assim, reduzindo o efeito; 
 
 Interações Medicamentosas: 
Antagonismo: é quando um fármaco inibe o efeito do outro -> 1+1=0 
Potenciação: é quando um fármaco sem atividade intensifica o efeito do outro -> 0+1=2 (ex.: amoxicilina + clavulanato de 
potássio) 
Somação ou Adição: drogas similares são adms juntas -> 1+1=2 
Sinergismo: interação de fármacos com resposta exacerbada -> 1+1=3 
 
 
Prescrição medicamentosa 
Ordem escrita dirigida ao farmacêutico, definido como o fármaco deve ser fornecido ao paciente, e a este, determinando as 
condições em que o fármaco deve ser utilizado; 
 
Deve conter na prescrição medicamentosa: agente farmacológico, forma farmacêutica, concentração, quantidade a ser 
fornecida, dose, unidades de medida, via de administração, intervalo de doses/horários, método de administração e duração 
prevista; 
 
Normas gerais: escrito a caneta e de forma legível, sem rasura, números em numeral e por extenso entre parênteses, 
fármacos controlados (receituário específico), máximo 3 especialidades farmacêuticas, máximo 6 unidades comerciais, 
validade de 30 dias (geralmente), assinatura e carimbo; 
 
Estrutura  Cabeçalho, superinscrição, inscrição, subinscrição, transcrição, data e assinatura; 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Designação de fármacos  genérico/farmacológico ou comercial - Genéricos: vantagem: baixo custo; 
 
Notificação de receita: (modelo Ulbra) 
Documento padronizado destinado a notificação e prescrição; 
A - Entorpecentes (cor amarela) -> dentista não usa receituário amarelo!!! 
B- Psicotrópicos (cor azul) -> dentista usa receituário azul (apenas esse) 
C - Retinóides de uso sistêmico e Imunossupressores (cor branca) 
 
Fármacos controlados: 
 Azul: Receita B; 1 produto farmacêutico; 5 ampolas ou 60 dias de tratamento - Psicoterápicos - Benzodiazepinicos (listas B1 
e B2) 
 
 Receita de controle especial: 1 produto farmacêutico; Validade de 30 dias; 2 vias (controle especial significa 2 vias); 
- Antidepressivos, retinoides de uso tópico, antiretrovirais, anabolizantes e outros (listas C1, C2, C4 e C5) 
 
Antibioticos  deve ser prescrito em receituário de controle especial (2 vias) ou em receituário comum em duas vias; 
 
Efeitos adversos e manejo das reações indesejáveis 
Efeitos adversos: qualquer reação indesejada que ocorre com o uso de medicamentos em doses profiláticas, diagnósticas ou 
terapêuticas. 
Sistemas mais comuns a serem afetados pelos efeitos adversos: Sistema digestório, nervoso central e periférico, 
cardiovascular, respiratório e revestimento; 
 
- Efeitos: 
Tóxicos: superdosagem. Doses repetidas no paciente com dificuldade de depurar a dose. Ex.: hepatopatas e nefropatas; 
Colaterais: efeitos que ocorrem conjunto com o efeito desejado. Ex.: tylex - analgesia, sedação, náusea e vômito, constipação 
e antitussígeno; 
Secundários: Ocorrem secundariamente, após a ação primária. Ex.: antibióticos: desorganização da flora, causando diarreia; 
atuam em várias bactérias; 
Teratogênicos: Interfere em alguma fase de formação da criança, fisicamente ou fisiologicamente; - Ex.: Talidomida; 
Hipersensibilidade: reação alérgica que independe da dose; Podendo ser imediatas, aceleradas ou tardias; Ex.: choque 
anafilático, urticária; dermatite de contato; 
Idiossincrásicos: efeitos raros – Ex.: espasmo unilateral, causado pelo Plasil; Hipertermia maligna, causada pela anestesia 
geral; 
Paradoxal: Efeito contrário ao desejado. Todos azepínicos podem causar essa reação; prescrito para deixar paciente calmo e 
ele fica agitado; Ex.: diazepam 
Tolerância: necessita de dose maior de medicação para obter efeito; Reações adaptativas; 
Dependência: Física: alterações que ocorrem no organismo (alucinações, tonturas); Psíquica: “vontade” de obter a reação que 
medicamento causa; 
Síndrome de retirada: retirada abrupta do medicamento; Ex.: corticoides, as doses devem ser reduzidas antes da interrupção 
total do fármaco; 
Efeito rebote: após a remoção do fármaco, o sintoma retorna de maneira exacerbada; Ex.: abcesso fênix (agudização de 
processo crônico) 
 
 Não existe substância isenta de efeitos adversos. 
Manejo das reações adversas: 1. suspensão do fármaco; 2. CSVR - controle dos sinais vitais de rotina; 3. induzir êmese; 4. 
aguardar a eliminação completa do fármaco; 5. utilizar fármacos que antagonizem os efeitos indesejáveis; 6. solicitar 
assistência emergencial; 
 
Interações medicamentosas 
Múltiplas exposições medicamentosas: Pode ocorrer  indiferentismo farmacológico (nada) ou interações farmacológicas 
 
Alterações: Qualitativa: resposta farmacológica completamente diversa dos efeitos habituais. 
 Quantitativas: sinergia - potencialização ou adição; antagonismo parcial; antagonismo total - antidotismo. 
 
Risco: As maiores propensões para interações evidenciam-se em idosos, insuficientes renais, hepáticos, cardíacos e 
respiratórios, pacientes com hipertireoidismo, epilepsia grave, asma aguda e diabéticos descompensadas. 
 
Classificação: 
Interações farmacêuticas: fármacos que não podem entrar em contato, se ocorrer, nota-se mudança de cor, precipitação, 
inativação de um dos fármacos ou formação de novo composto. 
 
Interações farmacocinéticas: dois fármacos onde um deles interfere na cinética (movimentação) do outro. Se ocorrer nota-se 
formação de complexos insolúveis ou não-absorvíveis, alteração da flora bacteriana, diminuição da capacidade de ligação à 
proteínas, indução ou inibição de enzimas hepáticas, alteração do pH urinário, alteração do fluxo plasmático renal, diminuição 
da capacidade funcional dos rins. 
Interações farmacodinâmicas: dois fármacos onde um deles interfere no mecanismo de ação do outro. Se ocorrer nota-se 
estímulo da receptividade dos receptores, inibição de enzimas que ativam o local de ação, competitividade pelo mesmo 
receptor. 
 
Interações de efeito: quando os fármacos associados, por meio de mecanismos diversos, exercem efeitos similares ou opostos 
sobre uma mesma função do organismo, sem interagir diretamente um sobre o outro. 
 
Sinergismo: atuam juntos procurando aumento do efeito do fármaco. 
 
Sinergismoadição: utilização de fármacos parecidos (mesma função) em conjunto em menor quantidade, ao invés de usar 
apenas um em dose alta, assim, diminuindo os efeitos indesejáveis. (Ex: paracetamol e fosfato de codeína - Tylex). 
 
Sinergismo de potencialização: associação de uma substância a outra, aumentando o efeito do fármaco principal, podendo 
assim diminuir a concentração do fármaco principal e gerar menos efeitos indesejáveis. 
 
Antagonismo: fármacos que realizam efeitos diferentes. 
 
Vantagens das alterações: Aumento da adesão ao tratamento medicamentoso; Aumento da eficácia terapêutica; Redução de 
efeitos tóxicos (redução das doses); Combinação de características peculiares; Aumento de espectro de ação; Maior duração 
de efeito; Anulação de efeitos indesejáveis; Inativação dos agentes causadores de intoxicação. 
 
Fármacos e processos mórbidos que afetam os tecidos bucais e influenciam na prática da odontologia 
 
Efeitos adversos dos fármacos sobre os tecidos bucais: Xerostomia; Pigmentação; Ulceração gengival; Halitose; infecção 
fúngica; perda de conteúdo mineral; sangramento; necrose de mucosa; formação de cálculo; hiperplasia gengival; estomatite; 
alterações gustativas; atrofia da mucosa; inflamação gengival; parestesias; edema. 
 
Alterações da estrutura dentária: abrasão (desgaste por uso de dentifrícios abrasivos), atrição (desgaste na borda 
incisal/oclusal, causando perda de dimensão vertical devido parafunções), erosão (desgaste por acidez) e abfração (fratura 
cervical por má oclusão, ex.); 
 
Alterações de cor: metais pesados; tetraciclina; flúor e sulfato ferroso; 
 
Necrose e ulceração: ácido acetil salicílico; fenóis; cresóis e peróxidos; 
 
Sangramento: anti-agregantes plaquetários; anti-coagulantes orais; heparina e corticosteroides; 
Obs.: não se suspende a utilização de AAS em até 100mg/dia; 
 
 Heparina (anticoagulante endovenoso, de meia vida menor) e Warfarina (anticoagulante oral). 
 
Distúrbios hematologicos: hemofilias; distúrbio de coagulação; hepatopatias; uso crônico de antiagregantes plaquetários e 
uso crônico de anticoagulantes orais;  Infecções oportunistas: antibióticos; corticoides; anti-neoplásicos e 
imunossupressores; 
 
Hiperplasia gengival medicamentosa: fenitoína (anticonvulsivante); nifedipina (vasodilatador); ciclosporina 
(imunossupressor); anti-neoplásicos e imunossupressores. 
- Etiologia: placa bacteriana, porém com o uso do fármaco, o caráter inflamatório gengival fica exacerbado; 
- Tratamentos: controle de placa bacteriana; gengivoplastia; se possível, suspensão/substituição do fármaco; 
 
Xerostomia: irritação e eritema; ulceração; atrofia das papilas linguais; cárie e doença periodontal; 
 
Alterações na secreção salivar: antidepressivos tricíclicos; analgésicos de ação central; benzodiazepínicos; anti-histamínicos; 
inibidores de apetite; anticolinérgicos; beta-bloqueadores e diuréticos; 
 
Alterações gustativas: disgeusia (gosto alterado); hipogeusia (menos gosto); ageusia (não sente gosto) e gosto desagradável; 
 
Insuficiência renal crônica: ajuste rigoroso de doses de medicamentos; predisponibilidade a hemorragias; minimização do 
estresse; anemia crônica; susceptibilidade a infecções e atendimento preferencial no dia seguinte após a hemodiálise; 
 
Patologias Cardiovasculares: HAS (hipertensão arterial sistêmica), arritmias cardíacas, angina pectoris, histórico de infarto do 
miocárdio, AVC (hemorrágico ou isquêmico), histórico de transplante cardíaco, presença de próteses valvares, histórico ou 
risco de endocardite bacteriana; 
 
 Cuidar medicações que possam interferir no remédio do paciente: anti-inflamatórios diminuem o efeito de substâncias 
utilizadas no controle da pressão arterial (diuréticos, anti-hipertensivos); 
Diabetes melito: retardo na cicatrização; susceptibilidade a infecções; parestesias linguais; hálito acetonado; condições buco-
dental precária; uso de hipoglicemiantes orais ou insulina; choques hiperglicêmicos e hipoglicêmicos; 
Formas de atender pacientes diabéticos controlados: 
- Preferível atendimento após refeição; ter algo doce por perto; consultas curtas; 
Doenças neuropsicológicas: alcoolismo; convulsões; depressão; Alzheimer; doença de Parkinson; psicopáticas. 
 
 
Farmacologia do sistema endócrino 
Sistema endócrino  Regula funções orgânicas  Distúrbios orgânicos. 
 
Glândulas endócrinas: hipófise, tireoide, paratireoide, adrenais, pâncreas e gônadas. 
Hormônios: substâncias químicas liberadas na corrente sanguínea para atuar em tecido a distância. 
Sistema de retroalimentação: secreção hormonal  hormônios plasmáticos  mais ou menos produção hormonal. 
 
Hipófise: 
- Adeno-hipófise: produz ACTH- adrenocorticotrofinas que produz cortisol (glicocorticoides e mineralocirticoides - supra-renais). 
- Neuro-hipófise: produz vasopressina (ação diurética, aumenta T.A.) e ocitocina. 
 
Aplicação clínica: Felipressina  Vasopressina 
Anestésicos locais; Efeito local; Não atua na circulação coronária e não tem função cardíaca 
 
Pâncreas: 
- Insulina (células beta) e Glucagônio (células alfa) -> Ilhotas de Langerhans -> Metabolismo da glicose. 
- Somatostatina e Peptídeos pancreáticos 
- Glucagônio: estimula a produção de glicose (infecção e estresse) 
- Insulina: aumenta a captação celular de glicose, converte glicose em glicogênio, diminui a glicogênese e causa diabete melito 
 
Aplicação clínica: Catecolaminas (efeito a-adrenérgico); Anestésicos locais 
Epinefrina e Norepinefrina inibem Células beta-pancreáticas, assim, não produz insulina, a glicose sobe e causa hiperglicemia. 
 
“Usar felipessina como vasoconstritor/anestesia em caso de urgência odontológica, pois não aumenta glicemia e não aumenta pressão 
cardíaca, se não tiver, usar alguma que não tenha vasoconstritor” 
 
“Paciente controlado de diabetes e hipertensão, pode usar qualquer anestésico e qualquer vasoconstritor, por é considerado normal” 
 
Pacientes diabéticos controlados usam: antiglicemiantes ou insulina exógena, deixando baixa a glicemia podendo causar hipoglicemia. 
 
Hipoglicemia: tremor, sudorese, fraqueza, distúrbios visuais, fome, confusão mental, taquicardia, cefaléia, convulsões, coma e morte 
 
Aplicação clínica: Diabéticos: insulina (estresse cirúrgico), pacientes não-controlados (não realizar cirurgia), doença periodontal, aumento 
da glicose salivar e quimioprofilaxia (infecções) 
 
 Cuidar medicações que possam interferir no remédio do paciente: anti-inflamatórios diminuem o efeito de substâncias utilizadas no 
controle da pressão arterial (diuréticos, anti-hipertensivos) 
 
Farmacologia do sistema nervoso central 
SNC: processa informações, homeostasia de sistemas, regula funções vegetativas, raciocínio e comunicação 
 
Sist. Límbico: recebe informações sensoriais, impulsionam comportamentos, expressões de emoções, controle do SNA e do sist endócrino 
 
Sist. Extrapiramidal: controle do tônus muscular, correção da sequência contráctil, modulação da motricidade  Movimentos harmônicos 
 
Efeitos centrais: analgésicos de ação central, ansiolíticos, antidepressivos, anticonvulsivantes, anestésicos gerais, anestésicos locais, 
corricosteroides, ATBs, relaxantes musculares centrais e psicotrópicos 
 
Neurofarmacos: morfina, álcool, benzodiazepinicos, anestésicos locais, marinha, nicotina, cocaina, atropina, clonidina e morfina 
 
Anestésico local: 
Anestesia  bloqueio da condução nervosa e consequentemente perda da sensação dolorosa, associada ou não a perda de consciência. 
 
Mecanismo de ação do anestésico local: Solução anestésica  base orgânica fraca + HCL = Sal ácido 
Relação Ph solução anestésica e Ph tecidual: tamponamento, liberação da base, membrana/bainha neuronal, ionização, ligação com sitio 
receptor no axonio (Na), inativação do mecanismo “portão”; Diminui influxo Na = Diminui despolarização axonal. 
 O anestésico local é antagonista competitivo com o Na (sódio) 
 
Farmacologia do sistema nervoso autônomo 
Funções vitais: atividade cardíaca, temperatura corpórea, balanço hidroelétrico,digestão, metabolismo 
Neurônios - Gânglios - Plexos  glândulas, coração, paredes de vasos, órgãos do trato digestivo 
 
Fármacos parassimpaticoliticos: antagonistas competitivos da acetilcolina, diminuiem o fluxo salivar. 
Farmacos simpaticomiméticos: Epinefrina: vasoconstritor em soluções anestésicas; diminuir secreções respiratórias; broncoespasmo; 
estimulação cardíaca; aumenta T.A. (Pressão); hemostasia (diminui sangramento); retração gengival - moldagens; vasodilatação rebote. 
 
Vasoconstritores: Vantagens: aumento do tempo de ação anestésica, redução do risco da superdosagem, aumento do tempo de trabalho, 
hemostasia, absorção mais lenta do anestésico e diminui níveis sanguíneos da solução anestésica 
 
Vasoconstritores simpaticomimeticos: adrenalina, epinefrina, noraadrenalina, noreoinefriba. 
Vasoconstritores não simpaticomimetico: felipressina e octapressina.

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