Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
IntelIgêncIa emocIonal Estudos Transversais INTELIGÊNCIA EMOCIONAL Autores: Kelly Molinari Kelvin Cutodio Maciel 1ª Edição Centro Universitário Leonardo da vinCi - UniasseLvi UNIASSELVI Indaial - 2020 3IntelIgêncIa emocIonal estudos transversaIs Índice 1 INTRODUÇÃO 2 A CONCEPÇÃO DE INTELIGÊNCIA EMOCIONAL SOB A PERSPECTIVA DE DIFERENTES ABORDAGENS 4 DESENVOLVIMENTO DA COMPETÊNCIA SOCIAL 3 AUTOCONSCIÊNCIA EMOCIONAL E GESTÃO DAS EMOÇÕES REFERÊNCIAS APRESENTAÇÃO Olá, acadêmico(a)! Seja bem-vindo(a) ao e-book sobre Inteligência Emocional. Nele abor- daremos diversos assuntos interessantes que lhe proporcionarão mais co- nhecimentos sobre o tema e orientará você em como desenvolver e apri- morar sua competência emocional, a qual tem forte influência para o seu sucesso pessoal e profissional. Vamos lá! Tenho certeza que este tema será de grande valia para sua vida. 4IntelIgêncIa emocIonal estudos transversaIs Índice 1 INTRODUÇÃO 2 A CONCEPÇÃO DE INTELIGÊNCIA EMOCIONAL SOB A PERSPECTIVA DE DIFERENTES ABORDAGENS 4 DESENVOLVIMENTO DA COMPETÊNCIA SOCIAL 3 AUTOCONSCIÊNCIA EMOCIONAL E GESTÃO DAS EMOÇÕES REFERÊNCIAS A CONCEPÇÃO DE INTELIGÊNCIA EMOCIONAL SOB A PERSPECTIVA DE DIFERENTES ABORDAGENS COMPETÊNCIA EMOCIONAL: O QUE É E COMO É POSSÍVEL MEDIR A expressão “Inteligência Emo- cional” foi se tornando amplamente conhecida em virtude dos estudos do professor da famosa Universida- de de Harvard, Daniel Goleman. Em FIGURA 1 — DANIEL GOLEMAN FONTE: Figura 1: Disponível em: <http://bit.ly/38DX5W5>. Acesso em: 15 de nov. de 2019. 5IntelIgêncIa emocIonal estudos transversaIs Índice 1 INTRODUÇÃO 2 A CONCEPÇÃO DE INTELIGÊNCIA EMOCIONAL SOB A PERSPECTIVA DE DIFERENTES ABORDAGENS 4 DESENVOLVIMENTO DA COMPETÊNCIA SOCIAL 3 AUTOCONSCIÊNCIA EMOCIONAL E GESTÃO DAS EMOÇÕES REFERÊNCIAS 1995, Goleman publicou o livro intitulado Inteligência Emocional. Contudo, ele não foi o pioneiro a pesquisar sobre essa temática, já que os psicólogos americanos Peter Salovey e John Mayer foram os primeiros a explicar esse conceito (COBÊRO, p. 95, 2003). FIGURA 2 — JOHN MAYER FONTE: Disponível em: <http://bit.ly/2Sz- 1gfV>. Acesso em: 15 de nov. de 2019. FIGURA 3 — PETER SALOVEY FONTE: Disponível em: <http://bit.ly/2S- zcRvH>. Acesso em: 15 de nov. de 2019. 6IntelIgêncIa emocIonal estudos transversaIs Índice 1 INTRODUÇÃO 2 A CONCEPÇÃO DE INTELIGÊNCIA EMOCIONAL SOB A PERSPECTIVA DE DIFERENTES ABORDAGENS 4 DESENVOLVIMENTO DA COMPETÊNCIA SOCIAL 3 AUTOCONSCIÊNCIA EMOCIONAL E GESTÃO DAS EMOÇÕES REFERÊNCIAS É válido lembrar que, em 1990, na primeira vez que utilizaram o termo "Inteligência Emocional", Peter Salovey e John Mayer estavam partindo dos estudos do psicólogo Howard Gardner acerca das "Inteligências Múltiplas", com o intuito de questionar a supremacia da inteligência cognitiva nas pes- quisas sobre inteligência (ALMEIDA; SOBRAL, 2005). O que significa supremacia da inteligência cognitiva? Até então, a quantidade massiva de pesquisas que diziam respeito à inteligência era aquela que se concentrava nas esferas intelectuais, que envolvia lógica, razão, habilidades de memorizar e analisar proposições, características que se destacam na escola, relacionadas à apropriação dos conteúdos que eram abordados no ambiente 7IntelIgêncIa emocIonal estudos transversaIs Índice 1 INTRODUÇÃO 2 A CONCEPÇÃO DE INTELIGÊNCIA EMOCIONAL SOB A PERSPECTIVA DE DIFERENTES ABORDAGENS 4 DESENVOLVIMENTO DA COMPETÊNCIA SOCIAL 3 AUTOCONSCIÊNCIA EMOCIONAL E GESTÃO DAS EMOÇÕES REFERÊNCIAS Agüera (2008), por sua vez, atribui a criação do termo “Inteligên- cia Emocional” ao psicólogo israelita Reuvem Baron, em 1985, que tam- bém foi o pesquisador que criou a de- nominação “quociente emocional”. Segundo Woyciekoski e Hutz (2009), a inteligência emocional ex- plicita um convite à reflexão sobre os conceitos tradicionais de inteligên- cia, passando a agregar à inteligên- cia dimensões emocionais e senti- mentais. Conforme Almeida e Sobral (2005), tão logo a expressão inteli- gência emocional tenha sido cunha- da, já foi embebida com os sentidos 8IntelIgêncIa emocIonal estudos transversaIs Índice 1 INTRODUÇÃO 2 A CONCEPÇÃO DE INTELIGÊNCIA EMOCIONAL SOB A PERSPECTIVA DE DIFERENTES ABORDAGENS 4 DESENVOLVIMENTO DA COMPETÊNCIA SOCIAL 3 AUTOCONSCIÊNCIA EMOCIONAL E GESTÃO DAS EMOÇÕES REFERÊNCIAS de perceber, compreender e regular as próprias emoções. Em linhas gerais, a inteligência emocional se refere à consonância entre a razão e a emoção. Trata-se, assim, de manejar as emoções de modo inteligente. Já para Agüera (2008), a inteligência emocional equivale à capacidade humana de fazer a gestão das emoções, isto é, adaptar-se às circunstâncias que emergem no dia a dia. Por conseguinte, facilmente pode-se supor os motivos pelos quais tantas pessoas têm procurado saber mais sobre esse assunto. 9IntelIgêncIa emocIonal estudos transversaIs Índice 1 INTRODUÇÃO 2 A CONCEPÇÃO DE INTELIGÊNCIA EMOCIONAL SOB A PERSPECTIVA DE DIFERENTES ABORDAGENS 4 DESENVOLVIMENTO DA COMPETÊNCIA SOCIAL 3 AUTOCONSCIÊNCIA EMOCIONAL E GESTÃO DAS EMOÇÕES REFERÊNCIAS FIGURA 4 — INTELIGÊNCIA EMOCIONAL FONTE: Disponível em: <http://bit.ly/2P26VZN>. Acesso em: 15 de nov. de 2019. Santos, Almeida e Lemos (1999) esclarecem que está cada vez mais evidente que a inteligência não é uma habilidade de teor exclusivamente cognitivo, isto é, intelectual/mental. Não basta se destacar em habilidades e competências intelectuais e não conseguir controlar as próprias emoções. 10IntelIgêncIa emocIonal estudos transversaIs Índice 1 INTRODUÇÃO 2 A CONCEPÇÃO DE INTELIGÊNCIA EMOCIONAL SOB A PERSPECTIVA DE DIFERENTES ABORDAGENS 4 DESENVOLVIMENTO DA COMPETÊNCIA SOCIAL 3 AUTOCONSCIÊNCIA EMOCIONAL E GESTÃO DAS EMOÇÕES REFERÊNCIAS Seguindo essa linha de raciocínio, Roberts, Flores-Mendoza e Nascimento (2002) acrescentam que a inteligência emocional de uma pessoa possibilita que se anteveja seu futuro desempenho profissional. Por isso, as empresas têm procurado analisar as habilidades cognitivas, comportamentais e emo- cionais, antes de efetuar a contratação de profissionais. FIGURA 5 — INTELIGÊNCIA EMOCIONAL NAS EMPRESAS FONTE: Disponível em: <http://bit.ly/2uK5gRY>. Acesso em: 15 de nov. de 2019. 11IntelIgêncIa emocIonal estudos transversaIs Índice 1 INTRODUÇÃO 2 A CONCEPÇÃO DE INTELIGÊNCIA EMOCIONAL SOB A PERSPECTIVA DE DIFERENTES ABORDAGENS 4 DESENVOLVIMENTO DA COMPETÊNCIA SOCIAL 3 AUTOCONSCIÊNCIA EMOCIONAL E GESTÃO DAS EMOÇÕES REFERÊNCIAS Para Santos, Almeida e Lemos (1999, p. 401), “[...] ser emocionalmente inteligente está se tornando requisito imprescindível para todo profissional”, principalmente porque o mercado de trabalho tem se mostrado cada vez mais competitivo, na medida em que passa a ser mediado por dispositivos tecnoló- gicos e apresenta baixos níveis de emprego, aumentando assim a concorrên- cia e a disputa por uma vaga de trabalho entre os desempregados. Portanto, as pessoas que têm investido no desenvolvimento de sua inteligência emocio- nal estão apresentando um diferencial, potencializando sua empregabilidade. Santos, Almeida e Lemos (1999, p. 403) são ainda mais contundentes ao decla- rarem que "[...] não existe mais espaço para o profissional que não consegue desenvolver habilidades de compreender como se efetuam os mecanismos de manejo relacionados ao controle, estabilização e utilização das emoções". Por essas e outras, a inteligência emocional vem sendo discutida em inúmeros países, e diversas áreas do conhecimento têm contribuído nos es- tudos sobre ela. Por isso, ela está se caracterizando como uma temática de interesse multidisciplinar. Algumas áreas que estão se debruçando sobre ela 12IntelIgêncIa emocIonal estudos transversaIs Índice 1 INTRODUÇÃO 2 A CONCEPÇÃO DE INTELIGÊNCIA EMOCIONAL SOB A PERSPECTIVADE DIFERENTES ABORDAGENS 4 DESENVOLVIMENTO DA COMPETÊNCIA SOCIAL 3 AUTOCONSCIÊNCIA EMOCIONAL E GESTÃO DAS EMOÇÕES REFERÊNCIAS são a Psicologia, a Sociologia, a Comunicação Social, a Administração, a Me- dicina, a Biologia e a Educação (GONZAGA; MONTEIRO, 2011). Além de ampliarem as chances no mercado de trabalho, as pessoas que são mais hábeis no comando das próprias emoções provavelmente desfrutam de melhor qualidade de vida (ROBERTS; FLORES-MENDOZA; NASCIMENTO, 2002). Por quê? Porque ter capacidade para coordenar o que pensam e o que sentem, provavelmente lhes dará possibilidades mais eficazes de: • ter um melhor relacionamento consigo; • enfrentar circunstâncias adversas; • conquistar seus objetivos; • lutar por seus sonhos; • portar-se diante dos relacionamentos interpessoais, envolvendo famí- lia, amigos etc.; • conduzir adequadamente uma negociação quando forem comprar ou vender algo. 13IntelIgêncIa emocIonal estudos transversaIs Índice 1 INTRODUÇÃO 2 A CONCEPÇÃO DE INTELIGÊNCIA EMOCIONAL SOB A PERSPECTIVA DE DIFERENTES ABORDAGENS 4 DESENVOLVIMENTO DA COMPETÊNCIA SOCIAL 3 AUTOCONSCIÊNCIA EMOCIONAL E GESTÃO DAS EMOÇÕES REFERÊNCIAS FIGURA 6 — CONTROLE DAS EMOÇÕES FONTE: Disponível em: <http://bit.ly/328jIzh>. Acesso em: 15 de nov. de 2019. Talvez seja mais fácil entender que o desenvolvimento da inteligên- cia emocional possibilite que uma pessoa seja "bem resolvida" consigo. Mas será que esse atributo poderia interferir nos relacionamentos com outras 14IntelIgêncIa emocIonal estudos transversaIs Índice 1 INTRODUÇÃO 2 A CONCEPÇÃO DE INTELIGÊNCIA EMOCIONAL SOB A PERSPECTIVA DE DIFERENTES ABORDAGENS 4 DESENVOLVIMENTO DA COMPETÊNCIA SOCIAL 3 AUTOCONSCIÊNCIA EMOCIONAL E GESTÃO DAS EMOÇÕES REFERÊNCIAS pessoas? "Acredita-se que ela [Inteligência Emocional] esteja associada à capacidade das pessoas de perceber e gerenciar suas próprias emoções as- sim como perceber e, porque não, conduzir as dos outros (ROBERTS; FLO- RES-MENDOZA; NASCIMENTO, 2002, p. 89). Caso você discorde que a inteligência emocional dá o poder de "con- duzir as emoções de outrem", ao menos, faça o exercício de imaginar uma si- tuação tensa entre duas pessoas. Pode ser no contexto jurídico, por exemplo, dois advogados oponentes em uma audiência. Se aquele que dispõe de uma inteligência emocional mais desenvolvida não puder interferir diretamente nas emoções do outro advogado, ao menos terá uma suposta vantagem por conseguir manter-se calmo, concentrado na ocasião, assumindo uma postura mais profissional. O advogado opositor, por sua vez, poderá perder a asserti- vidade, entregar-se por completo às emoções e perder o controle no tribunal. É possível que você esteja pensando que desenvolver a inteligência emocional lhe dará garantias de sucesso na vida pessoal, familiar, profis- sional etc. No entanto, é necessário clarificar que a inteligência emocional 15IntelIgêncIa emocIonal estudos transversaIs Índice 1 INTRODUÇÃO 2 A CONCEPÇÃO DE INTELIGÊNCIA EMOCIONAL SOB A PERSPECTIVA DE DIFERENTES ABORDAGENS 4 DESENVOLVIMENTO DA COMPETÊNCIA SOCIAL 3 AUTOCONSCIÊNCIA EMOCIONAL E GESTÃO DAS EMOÇÕES REFERÊNCIAS pressupõe um construto psicológico que surgiu há pouco tempo, além de apresentar um campo conceitual complexo, se considerarmos o estilo e ma- terial de seu conteúdo. Consequentemente, tem demonstrado dificuldades metodológicas (WOYCIEKOSKI; HUTZ, 2009). Tanto as investigações quanto os debates em torno da inteligência emocional ainda estão em estágio inicial, portanto, há impasses conceitu- ais, além dos metodológicos, cujas medidas necessitam ser aprimoradas. Por exemplo: a inteligência emocional diz respeito a um tipo específico de inteli- gência, ou seria mais adequado enquadrá-la no campo da personalidade? É possível medir, mensurar o grau de inteligência emocional de cada pessoa? (ROBERTS; FLORESMENDOZA; NASCIMENTO, 2002). Essas são apenas algumas perguntas que permanecem sem respos- tas conclusivas sobre essa temática, alguns questionamentos que dividem opiniões entre os pesquisadores. Mas não é por ser um conhecimento que está em fase de construção (se é que algum conhecimento pode-se afirmar como completamente concluído) que deve ser desprezado. Sendo assim, 16IntelIgêncIa emocIonal estudos transversaIs Índice 1 INTRODUÇÃO 2 A CONCEPÇÃO DE INTELIGÊNCIA EMOCIONAL SOB A PERSPECTIVA DE DIFERENTES ABORDAGENS 4 DESENVOLVIMENTO DA COMPETÊNCIA SOCIAL 3 AUTOCONSCIÊNCIA EMOCIONAL E GESTÃO DAS EMOÇÕES REFERÊNCIAS agora que você já tem uma noção do que a inteligência emocional abrange e de como anda o desenvolvimento de suas pesquisas, vamos aprofundar um pouco mais esse conceito? A inteligência emocional (IE) constitui um campo de estudo que reúne pesquisas extensivas sobre a inter-relação entre pensamentos, sentimentos e habilidades. Sobretudo, investigam-se as reações e interpretações emocionais de sujeitos, bem como a função das emoções no comportamento inteligente. A consideração das interações entre cognição e emoção poderia resultar no reconhecimento da capacidade do homem em lidar com suas emoções de forma inteligente e compatível com seus mais caros objetivos de vida (WOYCIEKOSKI; HUTZ, 2010, p. 152). Essa citação parece se articular aos tópicos que foram listados nos parágrafos anteriores, sobre a forma de lidar com os relacionamentos, so- nhos, situações funestas etc. Assim, passa-se a fortificar a ideia de que o ser humano tem virtudes que lhe permite direcionar seu estado emocional de modo perspicaz, em sintonia com seus propósitos de vida. Acadêmico, essas frases disparam algum gatilho de memória de cunho religioso em você? Pa- recem assemelhar-se às ideias contidas nos versículos bíblicos que seguem? 17IntelIgêncIa emocIonal estudos transversaIs Índice 1 INTRODUÇÃO 2 A CONCEPÇÃO DE INTELIGÊNCIA EMOCIONAL SOB A PERSPECTIVA DE DIFERENTES ABORDAGENS 4 DESENVOLVIMENTO DA COMPETÊNCIA SOCIAL 3 AUTOCONSCIÊNCIA EMOCIONAL E GESTÃO DAS EMOÇÕES REFERÊNCIAS • "Melhor é o homem paciente do que o guerreiro, mais vale controlar o seu espírito do que conquistar uma cidade". Provérbios 16:32 • "Como a cidade com seus muros derrubados, assim é quem não sabe dominar-se". Provérbios 25:28 • "Mas o fruto do Espírito é amor, alegria, paz, paciência, amabilidade, bondade, fidelidade, mansidão e domínio próprio. Contra essas coisas não há lei". Gálatas 5:22-23 (BÍBLIA ON, 2019, s.p.). Talvez as frases que você tem lido nesse livro estão lhe fazendo re- cordar das "filosofias" orientais que enfatizam o aniquilamento da ira. Na concepção de Agüera (2008), a ideia de não se deixar apoderar-se pelas pai- xões remonta à Idade Antiga, sendo Platão, um filósofo que a defendia. Na filosofia platônica, as paixões e sensações pertencem ao mundo das ilusões e das ideias imperfeitas. Para o pensador, não devemos nos conduzir pelas paixões, pois as paixões são efêmeras e passageiras. 18IntelIgêncIa emocIonal estudos transversaIs Índice 1 INTRODUÇÃO 2 A CONCEPÇÃO DE INTELIGÊNCIA EMOCIONAL SOB A PERSPECTIVA DE DIFERENTES ABORDAGENS 4 DESENVOLVIMENTO DA COMPETÊNCIA SOCIAL 3 AUTOCONSCIÊNCIA EMOCIONAL E GESTÃO DAS EMOÇÕES REFERÊNCIAS FIGURA 7 — PLATÃO Fonte: Disponível em: <http://bit.ly/38DX5W5>. Acesso em: 15 de nov. de 2019. Porventura, você que conhe- ce um pouco sobre abordagens re- lacionadas à Psicologia, está se per- guntando se a contenção das emo- ções pode causar danos psicológicos à pessoa que tem buscado frear as emoções que julga nocivas para ela. Porém, o que acontece com as pes- soas que soltam totalmente os freios e lançam-se por inteiro aos impulsos emocionais? Será que elas correm riscos de desenvolver psicopatolo- gias? E o que dizer das perdas (que poderiam ser evitadas) que elas po- dem sofrer em seu cotidiano? Só para constar, o desregra- mento emocional pode acarretar: 19IntelIgêncIa emocIonal estudos transversaIs Índice 1 INTRODUÇÃO2 A CONCEPÇÃO DE INTELIGÊNCIA EMOCIONAL SOB A PERSPECTIVA DE DIFERENTES ABORDAGENS 4 DESENVOLVIMENTO DA COMPETÊNCIA SOCIAL 3 AUTOCONSCIÊNCIA EMOCIONAL E GESTÃO DAS EMOÇÕES REFERÊNCIAS • Término de relacionamentos amorosos/familiares/profissionais/ami- gáveis. • Diversos prejuízos financeiros (dívidas, compras ou vendas das quais depois se arrepende). • O contágio de doenças (DST, por exemplo). • O surgimento de doenças que não são contagiosas (o descontrole so- bre o apetite pode desencadear a obesidade, por exemplo). • Desistência de sonhos ou de objetivos (como os estudos, uma viagem que se almeja, aquisições, hobbies). • Dificuldades para conseguir se inserir no ambiente de trabalho ou man- ter-se nele. Na Psicologia e em muitas de suas áreas afins, raramente po- de-se dar garantias tangíveis, por envolver assuntos subjetivos (influen- ciados por incontáveis fatores e nem sempre plenamente previsíveis). De qualquer modo, Agüera (2008) argumenta que a inteligência emo- cional pode interferir na saúde e na qualidade das relações que a pessoa es- tabelece com outrem. Segundo Miguel, Zuanazzi e Villemor-Amaral (2017, p. 1853): “Inte- ligência emocional diz respeito à capacidade de perceber e compreender 20IntelIgêncIa emocIonal estudos transversaIs Índice 1 INTRODUÇÃO 2 A CONCEPÇÃO DE INTELIGÊNCIA EMOCIONAL SOB A PERSPECTIVA DE DIFERENTES ABORDAGENS 4 DESENVOLVIMENTO DA COMPETÊNCIA SOCIAL 3 AUTOCONSCIÊNCIA EMOCIONAL E GESTÃO DAS EMOÇÕES REFERÊNCIAS adequadamente as emoções e gerenciá-las de maneira adaptativa e cons- trutiva”. Você já deve ter notado que as palavras “perceber”, “compreender”, “gerenciar”, “adaptar”, associadas à palavra “emoções”, frequentemente fa- zem parte dos conceitos de inteligência emocional. A palavra “construtiva” não havia aparecido nos conceitos que foram apresentados nas páginas anteriores. “Construtiva” foi um vocábulo acerta- damente utilizado por Miguel, Zuanazzi e Villemor-Amaral (2017), pois seus significados envolvem algo positivo, edificante, instrutivo, no sentido de le- vantar, crescer, valorizar. Para Dantas e Noronha (2006, p. 59) a inteligência emocional refere-se à “capacidade de perceber, entender e usar precisa- mente as emoções em si e em relação aos outros, bem como gerenciá-las para facilitar os processos cognitivos e promover o crescimento pessoal e intelectual”. Nessa conceituação, fica evidente que é possível gerir as emo- ções em prol dos processos intelectuais, visando a um progresso ou eleva- ção inclusive na dimensão pessoal. A palavra “construtiva” não havia aparecido nos conceitos que foram apresentados nas páginas anteriores. “Construtiva” foi um vocábulo acerta- damente utilizado por Miguel, Zuanazzi e Villemor-Amaral (2017), pois seus significados envolvem algo positivo, edificante, instrutivo, no sentido de le- 21IntelIgêncIa emocIonal estudos transversaIs Índice 1 INTRODUÇÃO 2 A CONCEPÇÃO DE INTELIGÊNCIA EMOCIONAL SOB A PERSPECTIVA DE DIFERENTES ABORDAGENS 4 DESENVOLVIMENTO DA COMPETÊNCIA SOCIAL 3 AUTOCONSCIÊNCIA EMOCIONAL E GESTÃO DAS EMOÇÕES REFERÊNCIAS vantar, crescer, valorizar. Para Dantas e Noronha (2006, p. 59) a inteligência emocional refere-se à “capacidade de perceber, entender e usar precisa- mente as emoções em si e em relação aos outros, bem como gerenciá-las para facilitar os processos cognitivos e promover o crescimento pessoal e intelectual”. Nessa conceituação, fica evidente que é possível gerir as emo- ções em prol dos processos intelectuais, visando a um progresso ou eleva- ção inclusive na dimensão pessoal. FIGURA 8 — GESTÃO DAS EMOÇÕES FONTE: Disponível em: <http://bit.ly/2uTCqOP>. Acesso em: 15 de nov. de 2019. 22IntelIgêncIa emocIonal estudos transversaIs Índice 1 INTRODUÇÃO 2 A CONCEPÇÃO DE INTELIGÊNCIA EMOCIONAL SOB A PERSPECTIVA DE DIFERENTES ABORDAGENS 4 DESENVOLVIMENTO DA COMPETÊNCIA SOCIAL 3 AUTOCONSCIÊNCIA EMOCIONAL E GESTÃO DAS EMOÇÕES REFERÊNCIAS Talvez você esteja se fazendo uma dessas perguntas: • Mas um dos motivos que estimulou as primeiras pesquisas sobre in- teligência emocional não foi justamente romper com a hegemonia da intelectualidade que repousava sobre o termo inteligência? • E, agora, vemos uma pesquisa de 2006 afirmando que a inteligência emocional pode contribuir para o desenvolvimento intelectual de uma pessoa. Não parece contraditório? O que ocorre é que até a década de 90, os pesquisadores pareciam considerar “mais inteligentes” aquelas pessoas que apresentavam os melho- res resultados nos testes de QI, que se destacavam no desempenho acadê- mico, que “sabiam” sobre mais conteúdos geralmente vistos na escola. Não importava se essas pessoas soubessem gerir as próprias emoções ou não. O que a pesquisa de Dantas e Noronha (2006) sugere é que a inteligência global das pessoas pode resultar da junção de dimensões cognitivas/intelectuais e emocionais, e que essa somatória pode contribuir para o desenvolvimento intelectual da pessoa (dentre outros desenvolvimentos). 23IntelIgêncIa emocIonal estudos transversaIs Índice 1 INTRODUÇÃO 2 A CONCEPÇÃO DE INTELIGÊNCIA EMOCIONAL SOB A PERSPECTIVA DE DIFERENTES ABORDAGENS 4 DESENVOLVIMENTO DA COMPETÊNCIA SOCIAL 3 AUTOCONSCIÊNCIA EMOCIONAL E GESTÃO DAS EMOÇÕES REFERÊNCIAS Caso isso ainda não ficou compreensível para você, aproveite a opor- tunidade para desenvolver sua paciência. Fique tranquilo, nos próximos pa- rágrafos isso poderá ficar mais claro. Enquanto você procura assimilar essas novas informações, compreendê-las, já consegue presumir o que é a com- petência emocional? Antes de entregar esse novo conceito para você, segue um trecho da pesquisa feita por Ferreira et al. (2018, p. 22) acerca da prevenção do aban- dono dos estudos por parte de estudantes da educação em nível superior: No que se refere aos resultados da relação entre o abandono esco- lar com as variáveis sociodemográficas e com as competências emocionais, verificou-se que a perceção emocional estabelece uma relação direta com a dimensão organizacional, sugerindo que quanto mais perceção emocional os estudantes têm menos percepcionam a dimensão organizacional como fator de abandono escolar. 24IntelIgêncIa emocIonal estudos transversaIs Índice 1 INTRODUÇÃO 2 A CONCEPÇÃO DE INTELIGÊNCIA EMOCIONAL SOB A PERSPECTIVA DE DIFERENTES ABORDAGENS 4 DESENVOLVIMENTO DA COMPETÊNCIA SOCIAL 3 AUTOCONSCIÊNCIA EMOCIONAL E GESTÃO DAS EMOÇÕES REFERÊNCIAS A expressão emocional estabelece uma relação direta com a dimen- são gestão de vida, sugerindo que quanto mais expressão emocional os es- tudantes têm, menos percecionam a dimensão gestão de vida como fator de abandono escolar, enquanto o sexo estabelece uma relação inversa, indi- cando que, independentemente do sexo, os estudantes mais perceção têm da dimensão gestão de vida como potencial fator de abandono escolar. A expressão emocional também estabelece uma relação inversa com a dimensão relacional, sugerindo que quanto menos expressão emocional os estudantes têm, maior é perceção da dimensão relacional como fator de aban- dono escolar, enquanto a capacidade de lidar com a emoção estabelece uma relação direta, indicando que quanto menos capacidade de lidar com a vida têm os estudantes mais percepção têm da dimensão relacional como latente fator de abandono escolar. O sexo estabelece uma relação inversa com a di- mensão profissão/carreira e com o abandono escolar global, sugerindo que, independentemente do sexo, maior é perceção da dimensão profissão/carrei- ra como fator de abandono escolar e do abandono escolar na sua globalidade. 25IntelIgêncIa emocIonal estudos transversaIs Índice 1 INTRODUÇÃO 2 A CONCEPÇÃO DE INTELIGÊNCIA EMOCIONAL SOB A PERSPECTIVA DE DIFERENTES ABORDAGENS 4 DESENVOLVIMENTO DA COMPETÊNCIA SOCIAL 3 AUTOCONSCIÊNCIA EMOCIONAL E GESTÃO DAS EMOÇÕES REFERÊNCIAS A palavra “perceção” existe! Ela é mais utilizada em Portugal, onde se encontravamboa parte dos pesquisadores durante a rea- lização da pesquisa que acabou de ser mencionada. O significado da palavra é muito parecido com o da palavra “percepção”. Com base nesse trecho da pesquisa, sobre o abandono dos estudos, você já se aventura a rascunhar um conceito de “competência emocional”? Conforme Agüera (2008), a competência emocional consiste nas habilidades de: • monitorar e refrear os impulsos emocionais; • desvencilhar-se de estados de ânimo desfavoráveis; • entender que para obter grandes gratificações geralmente é necessá- rio abrir mão de pequenas gratificações, ou, no mínimo, deixá-las para depois. Essas habilidades parecem se articular harmoniosamente com as pa- lavras de Primi, Bueno e Muniz (2006, p. 29): 26IntelIgêncIa emocIonal estudos transversaIs Índice 1 INTRODUÇÃO 2 A CONCEPÇÃO DE INTELIGÊNCIA EMOCIONAL SOB A PERSPECTIVA DE DIFERENTES ABORDAGENS 4 DESENVOLVIMENTO DA COMPETÊNCIA SOCIAL 3 AUTOCONSCIÊNCIA EMOCIONAL E GESTÃO DAS EMOÇÕES REFERÊNCIAS A emoção, como facilitadora do ato de pensar, diz respeito à influência que as emoções têm nos processos cognitivos, e, ao mesmo tempo, à eficácia com que a pessoa compreende e utiliza a informação desse sistema de alerta que dirige a atenção e o pensamento para as informações (internas ou externas) mais importantes no processo de solução de problemas. Para que isso fique mais perceptível para você, convidamos você a refletir sobre suas atitudes, agora que está ocupando o papel de universitá- rio. Você sente vontade de estudar o tempo todo? Você se sente empolga- do todos os dias para ler ou fazer as atividades de estudo? Você sempre se sente com energia suficiente para continuar concentrado por horas em seus estudos? Ou, às vezes, você sente vontade de trocar as leituras, atividades acadêmicas por atividades de lazer? Sejamos francos! Cursar uma graduação requer muitos esforços. Uma pessoa, que sempre e prontamente cede aos impulsos emocionais de largar os livros para dormir, para passear ou para ficar navegando nas redes sociais, têm menor chance de concluir os estudos universitários, simplesmente por- 27IntelIgêncIa emocIonal estudos transversaIs Índice 1 INTRODUÇÃO 2 A CONCEPÇÃO DE INTELIGÊNCIA EMOCIONAL SOB A PERSPECTIVA DE DIFERENTES ABORDAGENS 4 DESENVOLVIMENTO DA COMPETÊNCIA SOCIAL 3 AUTOCONSCIÊNCIA EMOCIONAL E GESTÃO DAS EMOÇÕES REFERÊNCIAS que ela provavelmente desistirá deles ou acabará reprovando em várias dis- ciplinas. Então, ser universitário exige uma coibição de impulsos emocionais dia após dia. Enquanto cursamos a faculdade, nossa vida continua paralelamente, e assim como com todas as pessoas, surgem problemas vez ou outra. Apare- cem situações adversas, queiramos ou não. Se nos deixarmos abater por elas, e passarmos longos períodos entristecidos, irritados, irados, desanimados, também corremos grande risco de sairmos da instituição de Ensino Superior antes de concluirmos o curso. Já que estamos aprendendo sobre inteligên- cia emocional, lembre-se de que você precisará conseguir sair, libertar-se de estados emocionais negativos para conseguir se concentrar nos estudos. Não significa fingir que nada está acontecendo. Significa ser resiliente e dar continuidade aos seus projetos de vida, ainda que em meio aos problemas. 28IntelIgêncIa emocIonal estudos transversaIs Índice 1 INTRODUÇÃO 2 A CONCEPÇÃO DE INTELIGÊNCIA EMOCIONAL SOB A PERSPECTIVA DE DIFERENTES ABORDAGENS 4 DESENVOLVIMENTO DA COMPETÊNCIA SOCIAL 3 AUTOCONSCIÊNCIA EMOCIONAL E GESTÃO DAS EMOÇÕES REFERÊNCIAS FIGURA 9 — RESILIÊNCIA FONTE: Disponível em: <http://bit.ly/3bN8kx2>. Acesso em: 15 de nov. de 2019. E as gratificações? Só quem conclui um curso superior pode dizer quantas festas, viagens, jantares, almoços, precisou deixar de frequentar para ficar estu- dando – ou para economizar dinheiro para pagar as mensalidades da faculdade. Quantas horas de sono foram perdidas? E o distanciamento de seus hobbys? De 29IntelIgêncIa emocIonal estudos transversaIs Índice 1 INTRODUÇÃO 2 A CONCEPÇÃO DE INTELIGÊNCIA EMOCIONAL SOB A PERSPECTIVA DE DIFERENTES ABORDAGENS 4 DESENVOLVIMENTO DA COMPETÊNCIA SOCIAL 3 AUTOCONSCIÊNCIA EMOCIONAL E GESTÃO DAS EMOÇÕES REFERÊNCIAS um jeito ou de outro, é necessário abrir concessões para seguir a vida acadêmica. Quem não consegue trocar os prazeres imediatos vindos dessas ou outras situa- ções, pela gratificação da obtenção de conhecimento, da conquista de um novo diploma, também pode ter maiores dificuldades de prosseguir nos estudos. 30IntelIgêncIa emocIonal estudos transversaIs Índice 1 INTRODUÇÃO 2 A CONCEPÇÃO DE INTELIGÊNCIA EMOCIONAL SOB A PERSPECTIVA DE DIFERENTES ABORDAGENS 4 DESENVOLVIMENTO DA COMPETÊNCIA SOCIAL 3 AUTOCONSCIÊNCIA EMOCIONAL E GESTÃO DAS EMOÇÕES REFERÊNCIAS Ficou claro, agora, por que Dantas e Noronha (2006) afirmam que a inteli- gência emocional pode ser proveitosa para o crescimento pessoal ou intelectual de uma pessoa? Quem sabe, nessas alturas das suas leituras e reflexões, você es- teja se perguntando se é possível desenvolver a própria inteligência emocional, ou se é algo que já está determinado geneticamente. A pesquisa realizada por Bueno e Primi (2003) lhe permitiu constatar que sujeitos na fase adulta deram maiores demonstrações de inteligência emocional do que os adolescentes. Isso parece sinalizar que, com o transcorrer dos anos de vida e das experiências que cada um vai vivenciando, a inteligência emocional vai sendo enriquecida. Agüera (2008) alega que por meio da reflexão íntima e interior, costumei- ramente chamada de introspecção e da prática, ou seja, do aprendizado, treino, exercício, a inteligência emocional pode ser aperfeiçoada, otimizada. Diante dessa afirmação, não seria espantoso se uma pergunta que pas- sasse a pulsar em meio aos seus pensamentos, nesse momento fosse: “como eu posso desenvolver a minha inteligência emocional? Ou: “o que eu tenho que fa- zer para melhorar competência emocional?”. Que tal algumas respostas? O pri- meiro passo é ler e ponderar sobre o quadro que segue: 31IntelIgêncIa emocIonal estudos transversaIs Índice 1 INTRODUÇÃO 2 A CONCEPÇÃO DE INTELIGÊNCIA EMOCIONAL SOB A PERSPECTIVA DE DIFERENTES ABORDAGENS 4 DESENVOLVIMENTO DA COMPETÊNCIA SOCIAL 3 AUTOCONSCIÊNCIA EMOCIONAL E GESTÃO DAS EMOÇÕES REFERÊNCIAS COMO AUMENTAR A SUA COMPETÊNCIA EMOCIONAL QUADRO 1 – PARA DESENVOLVER A COMPETÊNCIA EMOCIONAL Como aumentar a sua competência emocional? Produza, suscite motivação para si. Se você se deparar com fracassos, não aceite ficar triste, acabrunhado por muito tempo. Levante-se. Persevere. Siga adiante. Comande seus impulsos em vez de permitir que eles comandem você. Policie e contenha seus estados de ânimo. Se esforce para ter compreensão com os outros. Faça o exercício de ten- tar olhar para as circunstâncias a partir do ponto de vista deles. Viva de modo que suas ações demonstrem segurança, credibilidade, con- fiabilidade. Tente transformar positivamente o ambiente em que está. Comporte-se de modo gentil, cortês e benevolente. FONTE: Adaptado de Agüera (2008) 32IntelIgêncIa emocIonal estudos transversaIs Índice 1 INTRODUÇÃO 2 A CONCEPÇÃO DE INTELIGÊNCIA EMOCIONAL SOB A PERSPECTIVA DE DIFERENTES ABORDAGENS 4 DESENVOLVIMENTO DA COMPETÊNCIA SOCIAL 3 AUTOCONSCIÊNCIA EMOCIONAL E GESTÃO DAS EMOÇÕES REFERÊNCIAS Você percebeu que habilidades como autocontrole, entusiasmo, au- tomotivação, expressão e empatia en- tremeiam essas orientações? Antes de passar para o próximo subtópico, releia o quadro que acabou de ser exposto. Você observou que algumas das frases dizem mais respeito ao relacionamen- to consigo e outras se referem ao rela- cionamento com outrem? Precisa de algumas dicas para desenvolver a sua abertura para outros pontos de vista? Agüera (2008) tem al- gumas delas para você: Seja eclético e flexível. Permita-se considerar atenta- mente osargumentos das outras pes- 33IntelIgêncIa emocIonal estudos transversaIs Índice 1 INTRODUÇÃO 2 A CONCEPÇÃO DE INTELIGÊNCIA EMOCIONAL SOB A PERSPECTIVA DE DIFERENTES ABORDAGENS 4 DESENVOLVIMENTO DA COMPETÊNCIA SOCIAL 3 AUTOCONSCIÊNCIA EMOCIONAL E GESTÃO DAS EMOÇÕES REFERÊNCIAS soas, até mesmo daquelas que pensam de maneira totalmente diferente da sua. Não é preciso mudar de opinião sempre, mas é benéfico recordar que grande parte das discordâncias possuem mais dois pontos de vista além do seu! Ou seja, o de seu interlocutor e de outras pessoas que olhem para a situação a partir de outro lugar (observam as coisas por um prisma diferente do seu e do seu interlo- cutor). Além do mais, quem garante que você é realmente o detentor da verda- de? Assim como o seu interlocutor pode estar equivocado, você também pode. Cuidado para não cair na armadilha de julgar as circunstâncias de modo irrefle- tido, tomado exclusivamente por emoções. Procure não rejeitar com veemência os argumentos dos outros. Existem maneiras mais socialmente aceitas de ouvir contrapalavras e de se posicionar diante delas. Tomando esses cuidados, você aumenta as probabi- lidades de desenvolver a sua empatia! Existem conselhos para melhorar a com- petência emocional nos dois sentidos, porque elas dividem-se em competências pessoais e sociais, como você poderá conferir a seguir. 34IntelIgêncIa emocIonal estudos transversaIs Índice 1 INTRODUÇÃO 2 A CONCEPÇÃO DE INTELIGÊNCIA EMOCIONAL SOB A PERSPECTIVA DE DIFERENTES ABORDAGENS 4 DESENVOLVIMENTO DA COMPETÊNCIA SOCIAL 3 AUTOCONSCIÊNCIA EMOCIONAL E GESTÃO DAS EMOÇÕES REFERÊNCIAS AUTOCONSCIÊNCIA EMOCIONAL E GESTÃO DAS EMOÇÕES COMPETÊNCIAS PESSOAIS Acadêmico, frisamos que desenvolver sua competência emocional é de suma importância para o seu sucesso pessoal e profissional. Perceba que, atualmente, temos inúmeros profissionais com muito conhecimento técnico, porém são raros os profissionais que se preocupam em desenvolver sua competência emocional, a fim de se tornarem mais seguros e confiantes para entrar em ação e buscarem realizar aquilo que realmente trará sentido para suas vidas. O desenvolvimento da competência emocional contribui também para melhorar o nosso relacionamento intrapessoal e os relacionamentos interpessoais no contexto do trabalho, da família, escola e demais contextos que convivemos. 35IntelIgêncIa emocIonal estudos transversaIs Índice 1 INTRODUÇÃO 2 A CONCEPÇÃO DE INTELIGÊNCIA EMOCIONAL SOB A PERSPECTIVA DE DIFERENTES ABORDAGENS 4 DESENVOLVIMENTO DA COMPETÊNCIA SOCIAL 3 AUTOCONSCIÊNCIA EMOCIONAL E GESTÃO DAS EMOÇÕES REFERÊNCIAS FIGURA 10 — COMPETÊNCIA SOCIAL FONTE: Disponível em: <http://bit.ly/3bMvML6>. Acesso em: 15 de nov. de 2019. Dito isso, na concepção de Agüera (2008), as competências pessoais definem a maneira pela qual uma pessoa se conecta com suas emoções e sentimentos individuais e sobre como ela estabelece relações com o que sente. As competências pessoais pressupõem a consciência de si, a autorre- gulação e a motivação, como você pode visualizar na sequência: 36IntelIgêncIa emocIonal estudos transversaIs Índice 1 INTRODUÇÃO 2 A CONCEPÇÃO DE INTELIGÊNCIA EMOCIONAL SOB A PERSPECTIVA DE DIFERENTES ABORDAGENS 4 DESENVOLVIMENTO DA COMPETÊNCIA SOCIAL 3 AUTOCONSCIÊNCIA EMOCIONAL E GESTÃO DAS EMOÇÕES REFERÊNCIAS Consciência de si: Engelmann (2002) esclarece que a consciência é a via pela qual cada um pode tanto sentir-se quanto saber-se algo. A consci- ência é imprescindível para a construção do conhecimento, para o saber, e é individual. Isso inclui o sentir e o saber sobre as próprias emoções, estados de ânimo e sentimentos. FIGURA 11 — AUTOCONHECIMENTO FONTE: Disponível em: <http://bit.ly/2HvFdAv>. Acesso em: 14 de nov. de 2019. 37IntelIgêncIa emocIonal estudos transversaIs Índice 1 INTRODUÇÃO 2 A CONCEPÇÃO DE INTELIGÊNCIA EMOCIONAL SOB A PERSPECTIVA DE DIFERENTES ABORDAGENS 4 DESENVOLVIMENTO DA COMPETÊNCIA SOCIAL 3 AUTOCONSCIÊNCIA EMOCIONAL E GESTÃO DAS EMOÇÕES REFERÊNCIAS Quer desenvolver sua consciência de si? Que tal começar literalmen- te pela escrita de sua própria história? “O exercício de (re)memora- ção autobiográfica é desencadeador de um processo de produção de consciência de si. Escrever sua história de vida é, portanto, o disposi- tivo que, ao ser acionado, permite a construção de uma representa- ção de si” (CUNHA, 2016, p. 96, grifo do autor). Autorregulação: para Bendassolli et al. (2016, p. 2), a autorregulação é um “[...] processo psicológico individual que contribui bastante com o de- sempenho profissional, já que influencia e agencia as ações”. A autorregu- lação inicia com o policiamento das próprias sensações e afetos, bem como com a análise de ambos. Tendo identificado as emoções, os sentimentos e os estados de ânimo, a pessoa tem condições de manejá-las em certa medida, controlando-as de modo a ajustar as próprias atitudes e ações positivamen- te. Trata-se do autocontrole emocional, que está associado ao autorreforço e autoeficácia orientados para metas, por exemplo. 38IntelIgêncIa emocIonal estudos transversaIs Índice 1 INTRODUÇÃO 2 A CONCEPÇÃO DE INTELIGÊNCIA EMOCIONAL SOB A PERSPECTIVA DE DIFERENTES ABORDAGENS 4 DESENVOLVIMENTO DA COMPETÊNCIA SOCIAL 3 AUTOCONSCIÊNCIA EMOCIONAL E GESTÃO DAS EMOÇÕES REFERÊNCIAS FIGURA 12 — EQUILÍBRIO EMOCIONAL FONTE: Disponível em: <http://bit.ly/3bJX1px>. Acesso em: 15 de nov. de 2019. 39IntelIgêncIa emocIonal estudos transversaIs Índice 1 INTRODUÇÃO 2 A CONCEPÇÃO DE INTELIGÊNCIA EMOCIONAL SOB A PERSPECTIVA DE DIFERENTES ABORDAGENS 4 DESENVOLVIMENTO DA COMPETÊNCIA SOCIAL 3 AUTOCONSCIÊNCIA EMOCIONAL E GESTÃO DAS EMOÇÕES REFERÊNCIAS Você sabia que a palavra autorre- gulação tem sido muito associada com a aprendizagem atualmente? Indicamos ler o artigo Atividades de Ensino que desenvolvem a Autor- regulação da Aprendizagem, publi- cado em 2018 por Basso e Abrahão. Clique aqui para ler o artigo. Motivação: você já deve ter ouvido alguém dizer que as empresas deveriam investir mais na motivação de seus funcionários, ou, que os pro- fessores deveriam instigar a motiva- ção de seus alunos. Então, será que a motivação é algo que só vem de fora para dentro? Ou uma pessoa pode ser capaz de produzir motivação em si? FIGURA 13 — MOTIVAÇÃO FONTE: Disponível em: <http://bit. ly/37yTXt7>. Acesso em: 15 de nov. de 2019. 40IntelIgêncIa emocIonal estudos transversaIs Índice 1 INTRODUÇÃO 2 A CONCEPÇÃO DE INTELIGÊNCIA EMOCIONAL SOB A PERSPECTIVA DE DIFERENTES ABORDAGENS 4 DESENVOLVIMENTO DA COMPETÊNCIA SOCIAL 3 AUTOCONSCIÊNCIA EMOCIONAL E GESTÃO DAS EMOÇÕES REFERÊNCIAS Há indícios de que é possível gerar uma motivação em si. É o que pa- rece defender Clement et al. (2014, p. 46) ao propalarem a expressão: “[..] motivação autônoma (formas autodeterminadas de motivação extrínseca e motivação intrínseca)”. Vale lembrar que a palavra extrínseca se refere ao que é externo, de fora, enquanto intrínseca significa inerente, interno, de dentro. “A motivação intrínseca se caracteriza pelo interesse e satisfação pela atividade em si, ou seja, o envolvimento é livre e voluntário e não ne- cessita de recompensas ou punições” (CLEMENT et al., 2014, p. 46). Dito em outras palavras, a motivação abrange inclinações, predisposições internas que favorecem que objetivos sejam atingidos. Portanto, ao analisarmos as correlações entre essas três característi- cas, que, para Agüera (2008), compõem o substrato das competências pes- soais da inteligência emocional, podemos inferir que o autoconhecimento, a percepção e o entendimento das próprias emoções, ânimos e ponderações são qualidades que definem as pessoas que possuem a intrínseca inteligên- cia emocional. 41IntelIgêncIa emocIonal estudos transversaIs Índice 1 INTRODUÇÃO 2 A CONCEPÇÃO DE INTELIGÊNCIA EMOCIONAL SOB A PERSPECTIVA DE DIFERENTES ABORDAGENS 4 DESENVOLVIMENTODA COMPETÊNCIA SOCIAL 3 AUTOCONSCIÊNCIA EMOCIONAL E GESTÃO DAS EMOÇÕES REFERÊNCIAS No entanto, é válido lembrar que não é possível dominar completamen- te as emoções, desde o surgimento até o seu desfecho. Até porque, quando somos repentinamente afetados por uma emoção, não conseguimos ante- ver o que pode acontecer, reduzindo assim nosso poderio sobre ela. Algumas emoções nos acometem de modo totalmente inesperado (AGÜERA, 2008). Por que, às vezes, nos sentimos surpreendidos por emoções e ficamos sem saber como reagir, ou agimos impensadamente em resposta a elas? O sistema límbico assume o controle antes que a parte do cérebro pensante (neocórtex) tenha tomado consciência de nossa emoção (sentimento) e tenha elaborado uma decisão. O sistema emocional “decide” uma atuação com base nas lembranças e impressões guardadas em nossas memórias emocionais, antes que chegue à consciência do neocórtex de que emoção se trata e que ação estamos tomando (AGÜERA, 2008, p. 97). O que é o sistema límbico? Está relacionado às estruturas cerebrais cujas bases neurais estão associadas às emoções (ESPERIDIÃO-AN- TONIO et al., 2008). 42IntelIgêncIa emocIonal estudos transversaIs Índice 1 INTRODUÇÃO 2 A CONCEPÇÃO DE INTELIGÊNCIA EMOCIONAL SOB A PERSPECTIVA DE DIFERENTES ABORDAGENS 4 DESENVOLVIMENTO DA COMPETÊNCIA SOCIAL 3 AUTOCONSCIÊNCIA EMOCIONAL E GESTÃO DAS EMOÇÕES REFERÊNCIAS FIGURA 14 — SISTEMA LÍMBICO FONTE: <https://www.infoescola.com/wp-content/uploads/2010/10/sistema- limbico-450x340.jpg>. Acesso em: 15 jan. 2019. 43IntelIgêncIa emocIonal estudos transversaIs Índice 1 INTRODUÇÃO 2 A CONCEPÇÃO DE INTELIGÊNCIA EMOCIONAL SOB A PERSPECTIVA DE DIFERENTES ABORDAGENS 4 DESENVOLVIMENTO DA COMPETÊNCIA SOCIAL 3 AUTOCONSCIÊNCIA EMOCIONAL E GESTÃO DAS EMOÇÕES REFERÊNCIAS O que é o neocórtex? São as regiões cerebrais responsáveis pela co- ordenação de distintas informações obtidas pelas vias sensitivas e senso- riais do corpo humano. Pode-se dizer que é o núcleo do planejamento de ações, abrangendo também a organização e administração até das ações desencadeadas pelas emoções (RIBAS, 2007). Por isso, algumas vezes so- mos precipitados, impulsivos, agimos imponderadamente, porque o com- portamento se desdobra antes que dê tempo para a reflexão, a análise dos fatos, a ponderação. Para exemplificar uma situação em que o comportamento antecede o pensamento, sugerimos a apreciação da música “Refrão de Bolero”, do grupo Engenheiros do Hawaii. Um dos trechos da música é esse: Mas eu falei sem pensar... Coração na mão... Como um refrão de um bolero... Eu fui sincero como não se pode ser... FONTE: <http://bit.ly/2SVE36V>. Acesso em: 14 jan. 2019. 44IntelIgêncIa emocIonal estudos transversaIs Índice 1 INTRODUÇÃO 2 A CONCEPÇÃO DE INTELIGÊNCIA EMOCIONAL SOB A PERSPECTIVA DE DIFERENTES ABORDAGENS 4 DESENVOLVIMENTO DA COMPETÊNCIA SOCIAL 3 AUTOCONSCIÊNCIA EMOCIONAL E GESTÃO DAS EMOÇÕES REFERÊNCIAS Falar sem pensar, ser sincero além do que deveria revela uma situa- ção em que a pessoa não refletiu antes de agir, e acabou "metendo os pés pelas mãos". Segundo Primi, Bueno e Muniz (2006), o processo decisório, isto é, as tomadas de decisão podem ser beneficiadas, incrementadas quan- do a pessoa desenvolve sua capacidade de gerar sentimentos em si mesma. Assim, a pessoa pode avaliar as circunstâncias, treinando a si própria para gerar suas emoções, examiná-las sensatamente, senti-las de modo conve- niente e manuseá-las positivamente antes de definir sua escolha. Ainda assim, Agüera (2008) defende que prontamente podemos con- trolar a durabilidade da emoção, ou seja, pelo menos é possível reger, sem demora, o espaço de tempo que a emoção ocupará. A capacidade de co- medir a extensão da emoção é fundamental para que ela não se apodere inteiramente do nosso estado de ânimo ou para que ela não perdure mais tempo do que o inevitável. Assim, podemos reagir de forma mais apropria- da perante os dilemas e percalços da vida. 45IntelIgêncIa emocIonal estudos transversaIs Índice 1 INTRODUÇÃO 2 A CONCEPÇÃO DE INTELIGÊNCIA EMOCIONAL SOB A PERSPECTIVA DE DIFERENTES ABORDAGENS 4 DESENVOLVIMENTO DA COMPETÊNCIA SOCIAL 3 AUTOCONSCIÊNCIA EMOCIONAL E GESTÃO DAS EMOÇÕES REFERÊNCIAS Existem pessoas que não conseguem se ajustar adequadamente as suas emoções, permitindo-se ser o tempo todo sugestionáveis pelo o que sentem. Entregam-se globalmente às emoções e, assim, correm riscos de paulatinamente serem desmantelados por elas, ou, minimamente danifica- dos. Inclusive, seus relacionamentos ficam vulneráveis, prestes a ruir. Esses são mais alguns motivos para que tais pessoas procurem psicólogos e/ou médicos (AGÜERA, 2008). Quando a motivação está muito baixa, as demais habilidades da inteligência emocional podem ser avariadas, abaladas, dei- xando de ser demonstradas de forma propícia (AGÜERA, 2008). Antes de avançarmos para a temática das competências sociais, va- mos recapitular que o conhecimento emocional inclui algumas capacidades, conforme Primi, Bueno e Muniz (2006): • identificar as emoções; • indicar as diferenças e gradações entre elas; • compreender sentimentos complexos; • passar de um sentimento para outro. 46IntelIgêncIa emocIonal estudos transversaIs Índice 1 INTRODUÇÃO 2 A CONCEPÇÃO DE INTELIGÊNCIA EMOCIONAL SOB A PERSPECTIVA DE DIFERENTES ABORDAGENS 4 DESENVOLVIMENTO DA COMPETÊNCIA SOCIAL 3 AUTOCONSCIÊNCIA EMOCIONAL E GESTÃO DAS EMOÇÕES REFERÊNCIAS Você quer mais orientações para desenvolver suas competências pes- soais? Aceitar os próprios erros e procurar o lado positivo das coisas sãos dois conselhos deixados por Agüera (2008). Veja as demais su- gestões deixadas pelo mesmo autor: • Lembre-se que seus erros podem lhe propiciar aprendizado, depois de terem sido assimilados por você. • Todos os seres humanos são suscetíveis a errar, e ter a hombridade para admitir que um erro foi cometido por você pode, inclusive, ele- var o nível de confiança nas pessoas que convivem ao seu redor. • Faça o máximo possível para consertar as complicações que seus er- ros causaram. • Focar no lado positivo das coisas pode lhe ajudar a superar os mo- mentos mais sofríveis. • Procure ampliar seu campo de visão. Não focalize tanto nos proble- mas. Olhe para os lados, em outras direções. Talvez você descubra oportunidades em meio às adversidades. • Ter uma atitude positiva pode melhorar o seu entorno e a sua vida como um todo! 47IntelIgêncIa emocIonal estudos transversaIs Índice 1 INTRODUÇÃO 2 A CONCEPÇÃO DE INTELIGÊNCIA EMOCIONAL SOB A PERSPECTIVA DE DIFERENTES ABORDAGENS 4 DESENVOLVIMENTO DA COMPETÊNCIA SOCIAL 3 AUTOCONSCIÊNCIA EMOCIONAL E GESTÃO DAS EMOÇÕES REFERÊNCIAS Acadêmico, frisa-se o que foi abordado até o momento com a pers- pectiva do psicólogo Daniel Goleman, pesquisador referência quando nos referimos a Inteligência Emocional. Goleman, defende a concepção que temos “duas mentes”, ou seja, nos- so cérebro é formado por uma par- te mais emocional (sistema límbico) e por uma parte mais racional (neo- córtex). É primordial frisar, que am- bas se complementam e a harmonia entre essas duas mentes é essencial para um bom desempenho em nos- sas vidas. FIGURA 15 — LIVRO INTELIGÊNCIA EMOCIONAL, DE DANIEL GOLEMAN. FONTE: Disponível em: <http://bit. ly/37Cp8n8>. Acesso em: 14 de nov. de 2019. 48IntelIgêncIa emocIonal estudos transversaIs Índice 1 INTRODUÇÃO 2 A CONCEPÇÃO DE INTELIGÊNCIA EMOCIONAL SOB A PERSPECTIVA DE DIFERENTES ABORDAGENS 4 DESENVOLVIMENTO DA COMPETÊNCIA SOCIAL 3 AUTOCONSCIÊNCIA EMOCIONAL E GESTÃO DAS EMOÇÕES REFERÊNCIAS Nesse sentido, vamos conhecer as aptidões para desenvolver a Inteli- gência Emocional, que se expandem em cinco domínios principais de acor- do com Goleman (2012): Inteligência Emocional: a teoria revolucionária que redefine o que é ser inteligente 1. Conhecer as próprias emoções (reconhecer-se): A capacidade de iden-tificar e controlar os sentimentos quando eles ocorrem é primordial para o discernimento emocional e para a autocompreensão. Pesso- as que são mais seguras em relação aos seus sentimentos tem maior consciência de como se sentem ao tomar uma decisão. 2. Lidar com as emoções (confortar-se): É a capacidade de confortar-se e se livrar da ansiedade, tristeza ou irritabilidade que nos incapacitam frente as situações. Pessoas que não possuem essa aptidão desenvolvida cons- tantemente lutam contra sentimentos de desespero, enquanto as que possuem recuperam-se rapidamente dos reveses e perturbações da vida. 49IntelIgêncIa emocIonal estudos transversaIs Índice 1 INTRODUÇÃO 2 A CONCEPÇÃO DE INTELIGÊNCIA EMOCIONAL SOB A PERSPECTIVA DE DIFERENTES ABORDAGENS 4 DESENVOLVIMENTO DA COMPETÊNCIA SOCIAL 3 AUTOCONSCIÊNCIA EMOCIONAL E GESTÃO DAS EMOÇÕES REFERÊNCIAS 3. Motivar-se (autocontrole emocional): É a capacidade de colocar as emo- ções em prol de uma meta, é essencial para centrar a atenção, automo- tivar-se, controlar-se e elevar a criatividade. Pessoas com essa aptidão entram em estado de fluxo (flow), desempenham melhor e são mais produtivas e eficazes em qualquer atividade que exerçam. 4. Reconhecer emoções nos outros (empatia): É a capacidade do não julga- mento e de compreender melhor as emoções do outro, é a escuta aten- ta. Pessoas com essa aptidão estão mais conectadas com os sutis sinais no mundo externo, que são indicadores do que o outro precisa ou quer. 5. Lidar com relacionamentos (relacionar-se): É a arte de se relacionar, que está relacionada em grande parte com a aptidão de lidar com as emoções do outro. Pessoas com essa acotiado são estrelas sociais, con- seguem interagir com tranquilidade em qualquer situação. Na essência, Inteligência Emocional é a autoconsciência de si e a em- patia com o outro. 50IntelIgêncIa emocIonal estudos transversaIs Índice 1 INTRODUÇÃO 2 A CONCEPÇÃO DE INTELIGÊNCIA EMOCIONAL SOB A PERSPECTIVA DE DIFERENTES ABORDAGENS 4 DESENVOLVIMENTO DA COMPETÊNCIA SOCIAL 3 AUTOCONSCIÊNCIA EMOCIONAL E GESTÃO DAS EMOÇÕES REFERÊNCIAS Nesse contexto, vamos explicitar melhor o que são as emoções. Gole- man (2012), compreende a emoção como um sentimento, que está relacio- nado a pensamentos distintos, estados psicológicos e biológicos e uma série de tendências para agir. FIGURA 16 — DIVERTIDAMENTE FONTE: Disponível em: <http://bit.ly/2uRmYCQ>. Acesso em: 15 de nov. de 2019. 51IntelIgêncIa emocIonal estudos transversaIs Índice 1 INTRODUÇÃO 2 A CONCEPÇÃO DE INTELIGÊNCIA EMOCIONAL SOB A PERSPECTIVA DE DIFERENTES ABORDAGENS 4 DESENVOLVIMENTO DA COMPETÊNCIA SOCIAL 3 AUTOCONSCIÊNCIA EMOCIONAL E GESTÃO DAS EMOÇÕES REFERÊNCIAS • Embora ainda existam discussões, vejamos algumas emoções conside- radas básicas por alguns pesquisadores e aquelas que correspondem a suas famílias básicas respectivamente (GOLEMAN, 2012): • Ira: fúria, revolta, ressentimento, raiva, exasperação, indignação, vexa- me, acrimônia, animosidade, aborrecimento, irritabilidade, hostilidade e, talvez no extremo, ódio e violência patológicos. • Tristeza: sofrimento, mágoa, desânimo, desalento, melancolia, autopie- dade, solidão, desamparo, desespero, e, quanto patológica, severa de- pressão. • Medo: ansiedade, apreensão, nervosismo, preocupação, consternação, cautela, escrúpulo, inquietação, pavor, susto, terror e, como psicopa- tologia, fobia e pânico. • Prazer: felicidade, alegria, alívio, contentamento, deleite, diversão, or- gulho, prazer sensual, emoção, arrebatamento, gratificação, satisfação, bom humor, euforia, êxtase e, no extremo, mania. • Amor: aceitação, amizade, confiança, afinidade, dedicação, adoração, paixão, ágape. 52IntelIgêncIa emocIonal estudos transversaIs Índice 1 INTRODUÇÃO 2 A CONCEPÇÃO DE INTELIGÊNCIA EMOCIONAL SOB A PERSPECTIVA DE DIFERENTES ABORDAGENS 4 DESENVOLVIMENTO DA COMPETÊNCIA SOCIAL 3 AUTOCONSCIÊNCIA EMOCIONAL E GESTÃO DAS EMOÇÕES REFERÊNCIAS • Surpresa: choque, espanto, pasmo, maravilha. • Nojo: desprezo, desdém, antipatia, aversão, repugnância, repulsa. • Vergonha: culpa, vexame, mágoa, remorso, humilhação, arrependimen- to, mortificação e contrição. Ficou claro para você em que consiste a Inteligência Emocional e quais aptidões você precisa desenvolver para ser competente emocionalmente? O que você acha de verificar como está o nível da sua Inteligência Emocional? Disponibilizamos um teste para você responder e descobrir, Clique aqui para responder o teste. No próximo tópico, abordaremos as habilidades sociais que influen- ciam sermos ou competentes emocionalmente. 53IntelIgêncIa emocIonal estudos transversaIs Índice 1 INTRODUÇÃO 2 A CONCEPÇÃO DE INTELIGÊNCIA EMOCIONAL SOB A PERSPECTIVA DE DIFERENTES ABORDAGENS 4 DESENVOLVIMENTO DA COMPETÊNCIA SOCIAL 3 AUTOCONSCIÊNCIA EMOCIONAL E GESTÃO DAS EMOÇÕES REFERÊNCIAS DESENVOLVIMENTO DA COMPETÊNCIA SOCIAL COMPETÊNCIAS SOCIAIS Acadêmico, partimos do prin- cípio que somos seres biopsicosso- ciais e o ato de se relacionar faz parte da evolução da nossa espécie. Para Sigmund Freud, se relacionar é da es- sência do homem, ou seja, essa ca- racterística é nata. Nós sempre bus- camos nos vincular com alguém. 54IntelIgêncIa emocIonal estudos transversaIs Índice 1 INTRODUÇÃO 2 A CONCEPÇÃO DE INTELIGÊNCIA EMOCIONAL SOB A PERSPECTIVA DE DIFERENTES ABORDAGENS 4 DESENVOLVIMENTO DA COMPETÊNCIA SOCIAL 3 AUTOCONSCIÊNCIA EMOCIONAL E GESTÃO DAS EMOÇÕES REFERÊNCIAS A Psicologia e a Sociologia são as áreas do conhecimento que tem como objeto de estudo o relacionamento interpessoal, que pode ser defini- do como a ligação, conexão ou vínculo entre duas ou mais pessoas dentro de um determinado contexto (familiar, escolar, de trabalho, por exemplo). Nossa vida é repleta de relações interpessoais, constantemente esta- mos em interação com o outro nos diversos contextos do nosso cotidiano e, muitas vezes, dúvidas podem surgir, no modo como iremos nos comunicar, por exemplo: Como vou agir em determinada situação? Como esperam que eu atue em situações específicas? Por que as pessoas interpretam de modo errôneo meus atos e palavras? Como me comunicar de modo assertivo? Como compreender corretamente o que a outra pessoa está falando? Dependendo do contexto, em que se desenvolve o processo de in- teração, as variáveis desse relacionamento são diferentes, podendo conter vários níveis e envolver diferentes sentimentos positivos, como: amor, ami- zade, solidariedade, entre outros. Pode ser marcado também por caracte- rísticas e situações, como competência, transações comerciais, inimizade, 55IntelIgêncIa emocIonal estudos transversaIs Índice 1 INTRODUÇÃO 2 A CONCEPÇÃO DE INTELIGÊNCIA EMOCIONAL SOB A PERSPECTIVA DE DIFERENTES ABORDAGENS 4 DESENVOLVIMENTO DA COMPETÊNCIA SOCIAL 3 AUTOCONSCIÊNCIA EMOCIONAL E GESTÃO DAS EMOÇÕES REFERÊNCIAS entre outros. São nesses contextos que conflitos podem surgir por uma di- vergência entre dois ou mais indivíduos, o que pode determinar e alterar o relacionamento. Por mais que sejamos seres relacionais em nossa essência, a conivência humana apresenta um certo grau de complexidade, e para que possamos apri- morar nossos relacionamentos interpessoais, veremos a seguir algumas habili- dades e estratégias que lhe auxiliarão em seu desenvolvimento interpessoal. 56IntelIgêncIa emocIonal estudos transversaIs Índice 1 INTRODUÇÃO 2 A CONCEPÇÃO DE INTELIGÊNCIA EMOCIONAL SOB A PERSPECTIVA DE DIFERENTES ABORDAGENS 4 DESENVOLVIMENTO DA COMPETÊNCIA SOCIAL 3 AUTOCONSCIÊNCIA EMOCIONAL E GESTÃO DAS EMOÇÕES REFERÊNCIAS FIGURA 17 — RELAÇÕES INTERPESSOAIS FONTE: Disponível em: <https://www.crbasso.com.br/blog/qual-importancia- das-relacoes-interpessoais/>. Acesso em: 14 de nov. de 2019. 57IntelIgêncIa emocIonal estudos transversaIs Índice 1 INTRODUÇÃO 2 A CONCEPÇÃO DE INTELIGÊNCIA EMOCIONAL SOB A PERSPECTIVA DE DIFERENTES ABORDAGENS4 DESENVOLVIMENTO DA COMPETÊNCIA SOCIAL 3 AUTOCONSCIÊNCIA EMOCIONAL E GESTÃO DAS EMOÇÕES REFERÊNCIAS A maneira pela qual uma pessoa se comporta em âmbito social, isto é, quando seus comportamentos são diretamente direcionados a outrem, é influenciada por seus pensamentos acerca das interações sociais e pelo seu repertório de habilidades sociais. Os pensamentos dela acerca dos contatos sociais incluem suas impressões sobre os acontecimentos sociais em que está inserida (PEREIRA; DUTRA-THOME; KOLLER, 2016). Assim, pode-se afirmar que as competências sociais explicitam a ma- neira pela qual nos relacionamos com as outras pessoas, e são compostas pela empatia e pelas habilidades sociais (AGÜERA, 2008) Empatia: é a capacidade de reparar quais são/perceber como são as emoções, os sentimentos, as necessidades, as apreensões das outras pesso- as. Para desenvolver a empatia é essencial saber ouvir e ter capacidade para observar outrem atentamente. Então, é possível captar e concatenar os indícios verbais e não ver- bais do estado de ânimo alheio. A empatia é imprescindível para formar re- 58IntelIgêncIa emocIonal estudos transversaIs Índice 1 INTRODUÇÃO 2 A CONCEPÇÃO DE INTELIGÊNCIA EMOCIONAL SOB A PERSPECTIVA DE DIFERENTES ABORDAGENS 4 DESENVOLVIMENTO DA COMPETÊNCIA SOCIAL 3 AUTOCONSCIÊNCIA EMOCIONAL E GESTÃO DAS EMOÇÕES REFERÊNCIAS lacionamentos sociais adequados tanto na esfera pessoal (íntima, familiar) quanto na esfera profissional, acadêmica (SOMBRA NETO et al., 2017). “É a sensibilidade para detectar os sinais externos que mostram o que os outros querem ou precisam” (AGÜERA, 2008, p. 97). FIGURA 18 — EMPATIA FONTE: Disponível em: <https://conteudo.movidesk.com/o-que-e-empatia/>. Acesso em: 14 de nov. de 2019. 59IntelIgêncIa emocIonal estudos transversaIs Índice 1 INTRODUÇÃO 2 A CONCEPÇÃO DE INTELIGÊNCIA EMOCIONAL SOB A PERSPECTIVA DE DIFERENTES ABORDAGENS 4 DESENVOLVIMENTO DA COMPETÊNCIA SOCIAL 3 AUTOCONSCIÊNCIA EMOCIONAL E GESTÃO DAS EMOÇÕES REFERÊNCIAS Se você constata que necessita desenvolver-se em termos de empatia, que tal iniciar por prestar atenção na vida e no cotidiano de seus fami- liares ou de pessoas que são importantes por você? Observe-os. Ouça- -os. Mantenha-se concentrado no que dizem quando falam com você. Entretanto, a empatia não é suficiente para estabelecer relaciona- mentos interpessoais saudáveis. Agüera (2008) chama a atenção para o fato de que há pouca serventia em ter habilidade refinada de compreender as emoções de outrem, se não souber manobrá-las ou usá-las. Por isso, o se- gundo fator que compõe as competências sociais são as habilidades sociais: Habilidades sociais: capacidades melindrosas formadas por vários elementos e aspectos que permitem ao sujeito a emissão de comportamen- tos interpessoais relativos à expressão adequada de sentimentos (SIMÕES; CASTRO, 2018). De acordo com Agüera (2008, p. 97), as habilidades sociais 60IntelIgêncIa emocIonal estudos transversaIs Índice 1 INTRODUÇÃO 2 A CONCEPÇÃO DE INTELIGÊNCIA EMOCIONAL SOB A PERSPECTIVA DE DIFERENTES ABORDAGENS 4 DESENVOLVIMENTO DA COMPETÊNCIA SOCIAL 3 AUTOCONSCIÊNCIA EMOCIONAL E GESTÃO DAS EMOÇÕES REFERÊNCIAS representam “[...] as capacidades para induzir respostas desejáveis nos ou- tros”. Habilidades sociais revelam a capacidade de relacionar-se bem com as emoções alheias, coerentemente. Englobam ainda a maestria em solucionar conflitos entre pessoas, ter inclinação para confiar nos outros e transmitir confiança a eles. Para Carneiro et al. (2007), as habilidades sociais abrangem distin- tos comportamentos sociais realizados para lidar apropriadamente com as situações interpessoais. Assim, as habilidades sociais parecem estar relacio- nadas à autoconfiança, atitudes/pensamentos positivos acerca das intera- ções sociais, disposição para apresentar-se a outrem, facilidade para iniciar conversas e sustentá-las, competências para o diálogo, demonstração de sentimentos, estratégias de enfrentamento, assertividade e moderação de comportamentos coléricos ou aborrecidos. 61IntelIgêncIa emocIonal estudos transversaIs Índice 1 INTRODUÇÃO 2 A CONCEPÇÃO DE INTELIGÊNCIA EMOCIONAL SOB A PERSPECTIVA DE DIFERENTES ABORDAGENS 4 DESENVOLVIMENTO DA COMPETÊNCIA SOCIAL 3 AUTOCONSCIÊNCIA EMOCIONAL E GESTÃO DAS EMOÇÕES REFERÊNCIAS FIGURA 19 — HABILIDADES SOCIAIS FONTE: <http://bit.ly/2HAHxX6>. Acesso em: 14 de nov. de 2019. Você sabia que pessoas com um repertório enriquecido de ha- bilidades sociais tendem a ser mais saudáveis e a desfrutar de melhor qualidade de vida quan- do idosas? Para saber mais so- bre o assunto, indicamos a lei- tura do artigo intitulado Qua- lidade de vida, apoio social e depressão em idosos: relação com habilidades sociais, publi- cado em 2007 por Carneiro et al. Clique aqui para acessar. 62IntelIgêncIa emocIonal estudos transversaIs Índice 1 INTRODUÇÃO 2 A CONCEPÇÃO DE INTELIGÊNCIA EMOCIONAL SOB A PERSPECTIVA DE DIFERENTES ABORDAGENS 4 DESENVOLVIMENTO DA COMPETÊNCIA SOCIAL 3 AUTOCONSCIÊNCIA EMOCIONAL E GESTÃO DAS EMOÇÕES REFERÊNCIAS Além de maiores indicadores de saúde e de melhor qualidade de vida, pessoas com vasto repertório de habilidades sociais costumam estabelecer relações de amizade de melhor qualidade (PEREIRA; DUTRA-THOME; KOL- LER, 2016). As habilidades sociais não interferem apenas em relacionamen- tos entre amigos, mas também a outros estilos de relacionamentos: “[...] um repertório bem desenvolvido em habilidades sociais pode melhorar as relações interpessoais, tendo como consequência melhor bem-estar psico- lógico” (QUELUZ et al., 2018, p. 537). As habilidades sociais consideradas como recursos convenientes uti- lizados pelos estudantes afetam positivamente no seu próprio desempenho escolar, como apontam Fernandes et al. (2018). Pessoas que dispõem de diversificadas habilidades sociais ainda são mais propensas a solicitar aju- da quando precisam, portanto, possuem maiores chances de resolver pro- blemas (PEREIRA; DUTRA-THOME; KOLLER, 2016), “[...] além de saber esta- belecer boas equipes de colaboradores para enfrentar questões coletivas” (AGÜERA, 2008, p. 98). Assim, pode-se afirmar que as habilidades sociais possibilitam vantagens no que tange o suporte social. 63IntelIgêncIa emocIonal estudos transversaIs Índice 1 INTRODUÇÃO 2 A CONCEPÇÃO DE INTELIGÊNCIA EMOCIONAL SOB A PERSPECTIVA DE DIFERENTES ABORDAGENS 4 DESENVOLVIMENTO DA COMPETÊNCIA SOCIAL 3 AUTOCONSCIÊNCIA EMOCIONAL E GESTÃO DAS EMOÇÕES REFERÊNCIAS Queluz et al. (2018) trazem uma informação que pode parecer con- traditória. Alegam que quanto mais desenvolvida for uma pessoa em termos de habilidades sociais, ela tende a usufruir de maior suporte emocional, bem como de maior autoestima e de melhor qualidade da relação. Em contrapar- tida, pode experimentar sobrecarga, níveis mais elevados de estresse além da presença de conflitos. Você pode levantar hipóteses das causas de mais estresse, conflito e sobrecarga em pessoas mais hábeis socialmente? Em geral, pessoas ricas em habilidades sociais possuem empatia, por- tanto se importam com os outros e possuem maior propensão a serem sen- síveis às emoções deles. Isso faz com que elas fiquem preocupadas com o bem-estar alheio, contribuindo para a elevação do estresse e para a sobre- carga. Talvez você conheça alguém que busque resolver os problemas de várias pessoas que o cercam. Isso pode gerar alto investimento de tempo e de energia na tentativa de ajudar os outros. Agora, vamos pensar na pessoa que não possui um repertório muito rico de habilidades sociais. Possivel- mente, é uma pessoa que não se implica tanto com os problemas alheios, nem se aplica sobremaneira em tentar resolvê-los – por isso, menos estres- sada e menos sobrecarregada. 64IntelIgêncIa emocIonal estudos transversaIs Índice 1 INTRODUÇÃO 2 A CONCEPÇÃO DE INTELIGÊNCIA EMOCIONAL SOB A PERSPECTIVA DE DIFERENTES ABORDAGENS4 DESENVOLVIMENTO DA COMPETÊNCIA SOCIAL 3 AUTOCONSCIÊNCIA EMOCIONAL E GESTÃO DAS EMOÇÕES REFERÊNCIAS FIGURA 20 — RELAÇÕES SAUDÁVEIS FONTE: Disponível em: <http://bit. ly/2uUtadp>. Acesso em: 14 de nov. de 2019. E quanto a presença de confli- tos? Dispor de variadas habilidades sociais não isenta a pessoa de lidar com conflitos. Ela pode ter empatia e facilidades de resolver impasses que emerjam em seu relacionamento com outras pessoas, mas nem sem- pre as outras pessoas estão dispos- tas a solucioná-los. Então, hipotetica- mente, uma pessoa com escasso re- pertório de habilidades sociais pode simplesmente afastar-se das pessoas com quem estabelece conflitos. Fugir dos conflitos não é necessariamente positivo, ou se ela não fugir, tende a não se preocupar muito com o fato de que sua opinião diverge da opi- nião de alguém. 65IntelIgêncIa emocIonal estudos transversaIs Índice 1 INTRODUÇÃO 2 A CONCEPÇÃO DE INTELIGÊNCIA EMOCIONAL SOB A PERSPECTIVA DE DIFERENTES ABORDAGENS 4 DESENVOLVIMENTO DA COMPETÊNCIA SOCIAL 3 AUTOCONSCIÊNCIA EMOCIONAL E GESTÃO DAS EMOÇÕES REFERÊNCIAS Pessoas com mais habilidades sociais dificilmente se satisfarão em sim- plesmente afastar-se de quem discorda delas. Há uma tendência ao diálogo e à construção coletiva de novas possibilidades de solução. E enquanto o con- flito continuar, tendem a ficar pensando em maneiras de resolver a situação. Elas se importam. É válido destacar que mesmo entre duas pessoas que de- senvolveram suas habilidades sociais, é inevitável o surgimento de conflitos. Conflitos não podem ser considerados como algo necessariamente ne- gativo! Barrios (2016) nos lembra de que os conflitos interpessoais são cons- titutivos da personalidade, sendo assim, relevantes nos processos de sociali- zação, desenvolvimento e educação moral desde a infância. Por isso, a escola representa um lócus privilegiado para o desencadeamento de tais experiências que contribuem para o desenvolvimento psicológico e social, como indicam as palavras de Barrios (2016, p. 263, tradução nossa): “[...] a perspectiva sociocul- tural construtivista, que enfatiza a importância dos conflitos interpessoais no processo de socialização, desenvolvimento e educação moral da criança, além de ver a escola como um contexto central para esses processos”. Ser paciente, tolerante, flexível, benevolente e tratar as pessoas com respeito são ótimas formas de safar-se de conflitos que por vezes são evitáveis e infrutíferos. 66IntelIgêncIa emocIonal estudos transversaIs Índice 1 INTRODUÇÃO 2 A CONCEPÇÃO DE INTELIGÊNCIA EMOCIONAL SOB A PERSPECTIVA DE DIFERENTES ABORDAGENS 4 DESENVOLVIMENTO DA COMPETÊNCIA SOCIAL 3 AUTOCONSCIÊNCIA EMOCIONAL E GESTÃO DAS EMOÇÕES REFERÊNCIAS Algo que precisa ficar compreensível, antes que você dê continuidade a sua leitura, é que a falta de inteligência emocional pode acarretar di- versos dispêndios ou malefícios a si mesmo e/ou aos demais. Come- çando pelo fato de que pessoas que necessitam desenvolver sua inteli- gência emocional com urgência estão fadadas a dilacerar suas relações pessoais em qualquer uma das esferas (profissional, familiar, social), podendo, ainda, gerar impactos preocupantes na saúde física, enquan- to protelam em fazer algo para desenvolver sua inteligência emocional (AGÜERA, 2008) esclarece que a inteligência intrapessoal pode auxiliar tanto na escolha por um parceiro (em qualquer esfera), ou na escolha do ambiente de trabalho, quanto no processo de adaptação a eles. Precisando de dicas para agir durante as discussões? De acordo com Agüera (2008), é ideal, antes de mais nada, acalmar-se. Mesmo que seu opo- nente se mostre irado ou descontrolado, a melhor coisa que você pode fazer é mostrar-se pacífico e tranquilo. Não se deixe dominar pelo nervosismo ou 67IntelIgêncIa emocIonal estudos transversaIs Índice 1 INTRODUÇÃO 2 A CONCEPÇÃO DE INTELIGÊNCIA EMOCIONAL SOB A PERSPECTIVA DE DIFERENTES ABORDAGENS 4 DESENVOLVIMENTO DA COMPETÊNCIA SOCIAL 3 AUTOCONSCIÊNCIA EMOCIONAL E GESTÃO DAS EMOÇÕES REFERÊNCIAS pela raiva. O melhor a fazer é preservar o silêncio até que você e a outra pes- soa estejam calmos. Porém, não aja com desdém, pois isso pode deixar o ou- tro ainda mais furioso. Demonstre estar prestando atenção a ele, responda breve e serenamente às perguntas que ele fizer. Você até pode demonstrar que está descontente, desde que evite o uso de palavras ou ações agressivas das quais poderá se arrepender posteriormente. Procure lembrar-se de que a pessoa que está perante você supostamente seja muito mais valiosa para você do que o ponto de vista que ela está defendendo naquele momento – com o qual você não necessita consentir. Se for possível adiar a continuação do diálogo para outro dia, quando ambos estiverem mais serenos, é melhor. Enquanto ainda estiverem conversando, deixe claro que respeita a opinião que diverge da sua, ainda que você não concorde com ela. Você possui dificuldades para apresentar seu ponto de vista com fir- meza? Quiçá Agüera (2008) possa auxiliá-lo! Concentre-se em falar sobre seu ponto de vista com honestidade e franqueza. Procure enfraquecer os pensamentos que lhe fazem sentir com vergonha, com medo ou ridículo, ou inconveniente na hora em que expor seus argumentos. Lembre-se de que se 68IntelIgêncIa emocIonal estudos transversaIs Índice 1 INTRODUÇÃO 2 A CONCEPÇÃO DE INTELIGÊNCIA EMOCIONAL SOB A PERSPECTIVA DE DIFERENTES ABORDAGENS 4 DESENVOLVIMENTO DA COMPETÊNCIA SOCIAL 3 AUTOCONSCIÊNCIA EMOCIONAL E GESTÃO DAS EMOÇÕES REFERÊNCIAS você não defender seus interesses, não existem muitas pessoas por aí que se prontificarão a fazer isso por você. Se você sinceramente acreditar estar certo, não tem por que se calar. Quando sobrevierem os pensamentos de que procurar apresentar seus interesses não vai ajudar em nada, lembre-se de que guardá-los para você talvez também não ajude. Além do mais, defender sua posição pode ser proveitoso, desde que você o faça de modo assertivo. Cuidado com as mentiras! Geralmente elas requerem outras mentiras para se manterem! A verdade pode vir à tona e lhe trazer complicações. O mais adequado é falar a verdade desde o começo. Assim você não corre o risco de ser flagrado mentindo e piorar ainda mais as coisas. Você tem excesso de firmeza para expor a sua opinião? Ou seja, você se vê instituindo seus pontos de vista, recorrendo à imposição, coação, força? Agüera (2008) explica que o foco não deveria ser "vencer" a conversa. Não se trata de uma batalha. É melhor focar em "convencer" seu interlocutor por meio de argumentos analíticos, até porque impor as coisas forçosamente po- dem fazer com que seu interlocutor vire um inimigo, ao passo que convencer de modo argumentativo, tende a tornar o interlocutor seu aliado. 69IntelIgêncIa emocIonal estudos transversaIs Índice 1 INTRODUÇÃO 2 A CONCEPÇÃO DE INTELIGÊNCIA EMOCIONAL SOB A PERSPECTIVA DE DIFERENTES ABORDAGENS 4 DESENVOLVIMENTO DA COMPETÊNCIA SOCIAL 3 AUTOCONSCIÊNCIA EMOCIONAL E GESTÃO DAS EMOÇÕES REFERÊNCIAS FIGURA 21 — COMUNICAÇÃO SOCIAL FONTE: Disponível em: <http://bit.ly/39GXVBl>. Acesso em: 14 de nov. de 2019. E quando você se sente coagido a engolir a opinião de outrem forço- samente? Agüera (2008) recomenda que você não aceite tal situação silen- ciosamente. É mais adequado você respeitar seus pensamentos e suas emo- 70IntelIgêncIa emocIonal estudos transversaIs Índice 1 INTRODUÇÃO 2 A CONCEPÇÃO DE INTELIGÊNCIA EMOCIONAL SOB A PERSPECTIVA DE DIFERENTES ABORDAGENS 4 DESENVOLVIMENTO DA COMPETÊNCIA SOCIAL 3 AUTOCONSCIÊNCIA EMOCIONAL E GESTÃO DAS EMOÇÕES REFERÊNCIAS ções e não deixar que outras pessoas mandem deliberadamente neles. Se você não tiver outra solução, deixe claro que até se dá por vencido, mas que não está persuadido ou conven- cido disso. Apenas se dá por vencido para manter a amizade, por exemplo. Esperamos que a sua leitura até aqui tenha deixadoelucidado que inteligência emocional é o co- nhecimento processual que permi- te a alguém: • Sondar, discernir, explorar, as- sumir seus próprios sentimen- tos e emoções. 71IntelIgêncIa emocIonal estudos transversaIs Índice 1 INTRODUÇÃO 2 A CONCEPÇÃO DE INTELIGÊNCIA EMOCIONAL SOB A PERSPECTIVA DE DIFERENTES ABORDAGENS 4 DESENVOLVIMENTO DA COMPETÊNCIA SOCIAL 3 AUTOCONSCIÊNCIA EMOCIONAL E GESTÃO DAS EMOÇÕES REFERÊNCIAS • Averiguar e identificar as emoções e os sentimentos alheios. • Regular os níveis de suas próprias emoções. • Germinar, produzir motivação em si mesmo para encarar as circunstâncias que se descortinam e para fazer as atividades necessárias, mesmo que exis- tam insatisfações, desilusões, empecilhos, insucessos ou desgotos. • Lidar satisfatoriamente com as interações sociais. • Lidar devidamente consigo. Agora que você está ciente da importância do desenvolvimento da inteligência emocional em nossas vidas, recomendamos que utilize sua in- teligência emocional e aja em prol do alcance dos seus sonhos. Sucesso em sua jornada! 72IntelIgêncIa emocIonal estudos transversaIs Índice 1 INTRODUÇÃO REFERÊNCIAS 2 A CONCEPÇÃO DE INTELIGÊNCIA EMOCIONAL SOB A PERSPECTIVA DE DIFERENTES ABORDAGENS 4 DESENVOLVIMENTO DA COMPETÊNCIA SOCIAL 3 AUTOCONSCIÊNCIA EMOCIONAL E GESTÃO DAS EMOÇÕES REFERÊNCIAS AGÜERA, L. G. Além da Inteligência Emocional. As cinco dimensões da mente. São Paulo. Cenage Learning, 2008. ALMEIDA, F. J. R. de; SOBRAL, F. J. B. A. de. Emoções, inteligência e nego- ciação: um estudo empírico sobre a percepção dos gerentes portugueses. Rev. adm. contemp., Curitiba, v. 9, n. 4, p. 9-30, Dec. 2005. Disponível em: <http://bit.ly/323UAtD>. Acesso em: 8 de nov. 2019. BARRIOS, A. Concepciones de conflictos interpersonales y desarrollo moral en la educación infantil brasileña. Rev. psicol., Lima, v. 34, n. 2, p. 261-291, jul. 2016. Disponível em: <http://bit.ly/2HztG3h>. Acesso em: 10 de nov. 2019. BENDASSOLLI, P. F. et al. Desempenho, autorregulação e competências de empreendedores de indústrias criativas brasileiras. Psic. Teor. e Pesq., Bra- sília, v. 32, n. spe, e32ne221, 2016. Disponível em: <http://bit.ly/2SCFfgt>. Acesso em: 10 de nov. 2019. 73IntelIgêncIa emocIonal estudos transversaIs Índice 1 INTRODUÇÃO REFERÊNCIAS 2 A CONCEPÇÃO DE INTELIGÊNCIA EMOCIONAL SOB A PERSPECTIVA DE DIFERENTES ABORDAGENS 4 DESENVOLVIMENTO DA COMPETÊNCIA SOCIAL 3 AUTOCONSCIÊNCIA EMOCIONAL E GESTÃO DAS EMOÇÕES BÍBLIA ON. Versículos de domínio próprio. 2019. Disponível em: https:// www.bibliaon.com/dominio_proprio/. Acesso em: 8 de nov. 2019. BUENO, José Maurício Haas; PRIMI, Ricardo. Inteligência emocional: um estudo de validade sobre a capacidade de perceber emoções. Psicol. Re- flex. Crit. Porto Alegre, v. 16, n. 2, p. 279-291, 2003. Disponível em: <http://bit.ly/2HvPDjP>. Acesso em 15 de nov. de 2019. CARNEIRO, R. S. et al. Qualidade de vida, apoio social e depressão em idosos: relação com habilidades sociais. Psicol. Reflex. Crit., Porto Alegre, v. 20, n. 2, p. 229-237, 2007. Disponível em: <http://bit.ly/2V1Armd>. Acesso em: 16 de nov. 2019. CLEMENT, L. et al. Motivação autônoma de estudantes de física: evidências de validade de uma escala. Psicol. Esc. Educ., Maringá, v. 18, n. 1, p. 45-55, jun. 2014. Disponível em: <http://bit.ly/38Iac8w>. Acesso em: 10 de nov. 2019. 74IntelIgêncIa emocIonal estudos transversaIs Índice 1 INTRODUÇÃO REFERÊNCIAS 2 A CONCEPÇÃO DE INTELIGÊNCIA EMOCIONAL SOB A PERSPECTIVA DE DIFERENTES ABORDAGENS 4 DESENVOLVIMENTO DA COMPETÊNCIA SOCIAL 3 AUTOCONSCIÊNCIA EMOCIONAL E GESTÃO DAS EMOÇÕES COBÊRO, C. Manual de inteligência emocional. Psico-USF (Impr.), Itatiba, v. 8, n. 1, p. 95-96, jun. 2003. Disponível em: <http://bit.ly/3bQrz91>. Acesso em: 5 de nov. 2019. CUNHA, J. L. da. Aprendizagem histórica: narrativas autobiográficas como dispositivos de formação. Educ. rev., Curitiba, n. 60, p. 93-105, jun. 2016. Disponível em: <http://bit.ly/2P3TUii>. Acesso em: 10 de nov. 2019. DANTAS, M. A.; NORONHA, A. P. P. Inteligência emocional: validade discrimi- nante entre MSCEIT e 16 PF. Paidéia, Ribeirão Preto, v. 16, n. 33, p. 59-70, abr. 2006. Disponível em: <http://bit.ly/326IwrB>. Acesso em: 9 de nov. 2019. ENGELMANN, A. A teoria das duas consciências: comentários. Paidéia, Ri- beirão Preto, v. 12, n. 22, p. 107-109, 2002. Disponível em: <http://bit.ly/ 37zlpad>. Acesso em: 10 de nov. 2019. ESPERIDIÃO-ANTONIO, V. et al. Neurobiologia das emoções. Rev. psiquia- tr. Clín., São Paulo, v. 35, n. 2, p. 55-65, 2008. Disponível em: <http://bit. ly/2P65ppL>. Acesso em: 14 jan. 2019. 75IntelIgêncIa emocIonal estudos transversaIs Índice 1 INTRODUÇÃO REFERÊNCIAS 2 A CONCEPÇÃO DE INTELIGÊNCIA EMOCIONAL SOB A PERSPECTIVA DE DIFERENTES ABORDAGENS 4 DESENVOLVIMENTO DA COMPETÊNCIA SOCIAL 3 AUTOCONSCIÊNCIA EMOCIONAL E GESTÃO DAS EMOÇÕES FERNANDES, L. M. de. et al. Preditores do desempenho escolar ao final do ensino fundamental: histórico de reprovação, habilidades sociais e apoio social. Temas psicol., Ribeirão Preto, v. 26, n. 1, p. 215-228, mar. 2018. Dis- ponível em: <http://pepsic.bvsalud.org/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S- 1413-389X2018000 100009&lng=pt&nrm=iso>. Acesso em: 14 de nov. 2019. FERREIRA, M. et al. Competências emocionais e prevenção do abando- no nos estudantes do ensino superior politécnico. Revista Portuguesa de Enfermagem de Saúde Mental, Porto, n. spe 6, p. 17-24, nov. 2018. Dis- ponível em: http://www.scielo.mec.pt/scielo.php?script=sci_arttext&pi- d=S1647-21602018000200003&lng=pt&nrm=iso. Acesso em: 9 de nov. 2019. GOLEMAN, Daniel. Inteligência emocional: a teoria revolucionária que re- define o que é ser inteligente. Rio de Janeiro: Objetiva, 2012. GONZAGA, A. R.; MONTEIRO, J. K. Inteligência emocional no Brasil: um pano- rama da pesquisa científica. Psic. Teor. e Pesq., Brasília, v. 27, n. 2, p. 225-232, jun. 2011. Disponível em: <http://bit.ly/3bQs3fl>. Acesso em: 5 de nov. 2019. 76IntelIgêncIa emocIonal estudos transversaIs Índice 1 INTRODUÇÃO REFERÊNCIAS 2 A CONCEPÇÃO DE INTELIGÊNCIA EMOCIONAL SOB A PERSPECTIVA DE DIFERENTES ABORDAGENS 4 DESENVOLVIMENTO DA COMPETÊNCIA SOCIAL 3 AUTOCONSCIÊNCIA EMOCIONAL E GESTÃO DAS EMOÇÕES MIGUEL, F. K.; ZUANAZZI, A. C.; VILLEMOR-AMARAL, A. E. de. Avaliação de Aspectos da Inteligência Emocional nas Técnicas de Pfister e Zulliger. Trends Psychol., Ribeirão Preto, v. 25, n. 4, p. 1853-1862, Dec. 2017. Dispo- nível em: http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S2358- 18832017000401853&lng=en&nrm=iso. Acesso em: 9 jan. 2019. PEREIRA, A. S.; DUTRA-THOME, L.; KOLLER, S. H. Habilidades sociais e fato- res de risco e proteção na adultez emergente. Psico, Porto Alegre, v. 47, n. 4, p. 268-278, 2016. Disponível em: <http://pepsic.bvsalud.org/scielo.php?s- cript=sci_arttext&pid=S0103-53712016000400003&lng=pt&nrm=iso>. Aces- so em: 14 de nov. 2019. PRIMI, R.; BUENO, J. M. H.; MUNIZ, M. Inteligência emocional: validade con- vergente e discriminante do MSCEIT com a BPR-5 e o 16PF. Psicol. Cienc. prof., Brasília, v. 26, n. 1, p. 26-45, 2006. Disponível em: http://www.scielo.br/ scielo. php?script=sci_arttext&pid=S1414-98932006000100004&lng=en&nrm=iso. Acesso em: 9 de nov. 2019. 77IntelIgêncIa emocIonal estudos transversaIs Índice 1 INTRODUÇÃO REFERÊNCIAS 2 A CONCEPÇÃO DE INTELIGÊNCIA EMOCIONAL SOB A PERSPECTIVA DE DIFERENTES ABORDAGENS 4 DESENVOLVIMENTO DA COMPETÊNCIA SOCIAL 3 AUTOCONSCIÊNCIA EMOCIONAL E GESTÃO DAS EMOÇÕES QUELUZ, F. N. F. R. et al. Inventário de habilidades sociais para cuidado- res familiares de idosos (IHS-CI): relações com indicadores de bem-estar psicológico. Temas psicol., Ribeirão Preto, v. 26, n. 2, p. 537-549, jun. 2018. Disponível em: <http://pepsic.bvsalud.org/scielo.php?script=sci_arttex- t&pid=S1413-389X2018000200001&lng=pt&nrm=isso>. Acesso em: 14 de nov. 2019. REGO, C. C. A. B. de; ROCHA, N. M. F. Avaliando a
Compartilhar