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APENDICITE 1. DEFINIR ABDOME AGUDO E TIPOS 2. EXPLICAR O QUE É REMIT 3. FISIOPATOLOGIA 4. QUADRO CLINICO 5. FATORES PREDISPONENTES DA APENDICITE 6. DEFINIR DIAGNOSTICOS a. CLINICO b. EXAMES COMPLEMENTARES 7. TRATAMENTO 8. COMPLICAÇÃO DEFINIR ABDOME AGUDO E TIPOS · Abdome agudo é definido como dor abdominal de início súbito, não traumática, havendo a necessidade de diagnóstico e tratamento imediatos · Tipos de abdome Relaciona-se a um grupo de sinais e sintomas de causas diferentes, porém desencadeando o mesmo mecanismo fisiopatológico · Inflamatório/infeccioso · Apendicite aguda, colecistite aguda, pancreatite aguda, diverticulite, doença inflamatória pélvica. · Perfurativo · Perfurações gastroduodenais (úlceras pépticas, tumores) e intestinais (diverticulite, tumores, sofrimento vascular). · Obstrutivo · Aderências e bridas, hérnias, neoplasias, volvo, intussuscepções, estenoses inflamatórias, íleo biliar e infestações por vermes. · Vascular Isquêmico · Oclusões arteriais (trombose, embolia, vasculites), venosas (trombose) nos vasos do mesentéricos, ruptura de aneurismas, isquemia não oclusiva. · Hemorrágico · Ruptura de aneurismas, gravidez ectópica rota, ruptura de folículo ovariano com sangramento, ruptura hepática espontânea EXPLICAR O QUE É REMIT · RESPOSTA ENDÓCRINA, METABOLICA E IMUNOLOGICA AO TRAUMA · REMIT é necessária para que o indivíduo s;obreviva a um determinado trauma, no intuito de manter a sua homeostase · Sempre que o organismo é lesado, ele monta uma resposta a essa lesão. Esta lesão pode ser um trauma acidental ou uma lesão traumática cirúrgica. Ou seja, cirurgias podem causar REMIT. · O principal deflagrador da REMIT é a lesão tecidual (ferida traumática ou cirúrgica) · Características que acontecem em qualquer lesão traumática (REMIT) · Atonia intestinal · Oligúria funcional · Alcalose mista · Hiperglicemia: · Toda resposta que o organismo monta contra o trauma visa a maior oferta de energia/glicose para o organismo. A ferida deve receber glicose para sua restituição. A glicose é necessária as hemácias, na ferida, no SNC. Ou seja, o grande intuito da REMIT é produzir glicose. · Hipertermia · Anorexia · FASES: · Fase inicial, ou Ebb · Inicia logo após a agressão e possui uma duração de cerca de 2 a 3 dias · Instabilidade hemodinâmica · Redução do fluxo sanguíneo e débito cardíaco · Hipotensão · Aumento da resistência vascular periférica · Intuito de priorizar o fluxo para o coração e o cérebro · Redução da insulina · Aumento das catecolaminas · Redução do gasto energético e da temperatura corporal · Aumento da glicemia causado principalmente pela glicogenólise. · Fase Flow · Resposta hiperdinâmica à agressão · Hipermetabolismo. · Hiperglicemia · Devido à proteólise e lipólise · Retenção hídrica · Diminuição da resistência vascular periférica · Redução progressiva das catecolaminas · Aumento da insulina · Essa fase ainda pode ser dividida em 4 etapas: · Corticoadrenérgica (de 2 a 5 dias) à marcada pelo catabolismo e hipermetabolismo; · De transição (1 a 2 dias) à há uma redução do catabolismo; · Anabolismo precoce (3 a 12 dias) à já se inicia a deposição de gorduras; · Anabolismo tardio (meses) à balanço energético positivo FISIOPATOLOGIA · Mecanismo: · Obstrução da sua luz, em geral, por um fecalito e, raramente, por cálculo biliar, corpo estranho, linfonodos, parasitas ou neoplasias. · Promove acúmulo de secreções e aumento da pressão intraluminal · Comprometimento do retorno venoso quando ela excede a pressão de perfusão capilar, favorecendo o desenvolvimento de congestão, isquemia, a proliferação bacteriana e a inflamação transmural com exsudação fibrinosa da parede do apêndice. · Complicaçoes: · Ulceração da mucosa, trombose arterial, gangrena e ruptura da parede. · Processo inflamatório infeccioso bacteriano extensivo ao peritônio parietal e vísceras adjacentes (íleo terminal, ceco e órgãos pélvicos). · Formação de abscessos ou acometimento difuso do peritônio. · Apendicite aguda pode ser classificada: · Simples/ focal: · Edema da parede e congestão da serosa · Ulcerações da mucosa · Material purulento no lúmen. · Microscopicamente: · Infiltrado neutrofílico que envolve a muscular própria de maneira circunferencial. · Supurativa: · Congestão vascular · Petéquias · Aumento do volume do líquido peritoneal · Claro ou levemente turvo · Serosa recoberta por fibrina · Microscopicamente: · Infllamação, · Ulcerações da mucosa · Edema · Microabscessos da parede apendicular · Trombose vascular · Gangrenosa: · Forma supurativa mais avançada · Necrose em extensão variável · Inicia-se com microperfurações que podem evoluir para ruptura total do apêndice · Peritonite, com secreção purulenta livre na cavidade peritoneal e odor fétido · Abscesso na evolução desses casos · Microscopicamente: · Inflamação transmural em associação com áreas focais de necrose. · Trombose vascular mais proeminente. · Pode se apresentar em diferentes posições: · Retrocecal · Não há rigidez da parede abdominal · Comprometimento do músculo psoas causa dor ao flexionar a coxa sobre a pelve · Pélvica · Pré-ileal · Pós-ileal · Paracecal. QUADRO CLINICO · Sinais e sintomas: · Dor abdominal · Dor no quadrante inferior direito · Anorexia · Náuseas · Febre baixa · Vômitos · Migração da dor da região periumbilical para a fossa ilíaca direita · Dor à descompressão · Defesa no quadrante inferior direito · Complicação do quadro: · Calafrios · Constipação · Diarreia · Febre · Perda de apetite · Náusea a vômitos · Tremores. · Inflamação do peritônio pélvico · Elevação localizada da temperatura · Peritonite localizada · Contratura da parede abdominal é progressiva, bem como há agravamento do comprometimento sistêmico · Peritonite difusa · Dor, rebote doloroso e a contratura involuntária generalizam no abdome. · Distensão abdominalaou quando o flegmão englobar o íleo distal, pode ocasionar um quadro de suboclusão intestinal FATORES PREDISPONENTES · Fatores dietéticos · Diminuição da ingestão de fibras · Fatores familiares · Pacientes entre os dez e 20 anos de idade · O risco geral ao longo da vida é estimado entre 5% e 20% · 8,6% para homens · 6,7% para mulheres DEFINIR DIAGNOSTICOS · Clinico: · Anamnese · Tempo de evolução do quadro · Características da dor (em aperto, fisgada, queimação, respiratório dependente, intensidade, etc.) · Localização da dor · Fatores de alívio ou piora dos sintomas · Sintomas associados (ênfase em sintomas gastrointestinais, urinários e respiratórios), · Idade · Exame físico · Inspeção, ausculta, percussão e palpação · Ruborizado · Língua seca (levemente desidratado). · Febre (de até 38oC) com taquicardia · Palpação com paciente em decúbito dorsal e com a bexiga vazia · Sinal de Blumberg: Dor a compressão com piora a descompressão do quadrante inferior direito do abdome, relacionado com apendicite aguda. · Sinal de descompressão brusca: Dor a descompressão brusca do abdome, relacionado com peritonite no local da dor. · Sinal de Giordano: Dor a punho percussão lombar à direita ou esquerda, indicativo de processo inflamatório renal. · Sinal de Jobert: Timpanismo a percussão em toda região hepática, indicativo de pneumoperitônio. · Sinal de Muphy: Consite na dor à palpação do bordo inferior do figado durante uma inspiração forçada, indicativo de colecistite aguda. · Sinal do Psoas: Dor em quadrante inferior do abdome direito a elevação contra resistência da coxa ipsilateral, relacionado com apendicite, pielonefrite e abceso em quadrante inferior do abdome. · Sinal de Rovsing: Compressão do quadrante inferior esquerdo do abdome com dor no quadrante inferior direito, indicativo de apendicite aguda. · Sinal de Torres-Homem: percussão dolorosa em região hepática, relacionado com abscesso hepático · Exames complementares · Exames simples de urina · Teste de gravidez deve ser realizado nas meninas em idade fértil · Hemograma · Leucocitose · Predomínio de neutrófilos · Aumento da proteína C reativa · Ultra-sonografia · Tomografia computadorizada· Exames para excluir disfunção hepática · Amilase e lipase para excluir problemas pancreáticos Página 8 Página 1 TRATAMENTO · Remoção cirúrgica · Apendicite aguda · Hidratação venosa · Controle de distúrbios hidroeletrolíticos · Apendicite não perfurada · Antibióticos pré-operatório · Apendicite perfurada · Antibioticoterapia venosa pós operatório até o paciente se tornar afebril COMPLICAÇÃO · Rompimento · Acumulo de pus no abdômen · Peritonite – inflamação no abdômen · Pós- operatório · Prisão de ventre · Infecção da ferida
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