Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
Introdução • A evolução histórica das políticas públicas de saúde está ligada à evolução politico-social- economica do Brasil • Avanço do capitalismo = processo evolutivo • A saúde nunca ocupou lugar central dentro da política Brasileira Somente em momentos de epidemias e endemias • As propostas de saúde sempre procuravam atender a certos grupos sociais importantes Os grupos sociais urbanos > grupos sociais dispersos e sem organização • As conquistas dos direitos sociais têm sido resultantes do poder de luta dos trabalhadores Brasileiros • A história da saúde se confunde a da previdência social em alguns momentos • Medicina preventiva e a curativa sempre foram constantes 1500 até o 1° reinado • Não dispunha de nenhum modelo de atenção à saúde Limitava-se as plantas e ervas por parte dos curandeiros • Com a vinda da família real, houve a necessidade da organização sanitária mínima As atribuições sanitárias às juntas municipais Controle de navios e saúde nos portos • Carência gigantesca de médicos durante o Brasil Colonial e o Imperial número de Boticários • Boticários faziam a manipulação das formulas prescritas pelos médicos Eles mesmos prescreviam Não dispunham de nenhum aprendizado acadêmico “Carta de habilitação” Aptidão para instalar sua própria botica • 1808: Dom Joao VI funda na Bahia o Colégio Medico-Cirúrgico, no Real Hospital Militar – Salvador • Novembro de 1808: foi criada a Escola de Cirurgia do Rio de Janeiro, anexa ao Real Hospital Militar Início da republica • 1889 até 1930 Quadro politico • Proclamação da República Forma de organização Jurídica-Politica Assegurou apenas as condições da representação burguesa Voto direto • Coronelismo • A eleição do presidente produziu lutas efetivas • Movimento de 1930 Quadro sanitário • A falta de um modelo sanitário para o país Epidemias nas cidades • Rio de Janeiro em um quadro caótico Doenças graves (varíola, febre amarela, malária e a peste) Saúde coletiva ; comercio exterior Os navios estrangeiros não atracavam mais no porto do Rio de Janeiro • Oswaldo Cruz é nomeado Diretor Geral de Saúde Publica Se propôs a erradicar a febre amarela na cidade do Rio de Janeiro • Modelo campanhista Exercito de 1.500 pessoas começaram a desinfecção nas ruas contra o mosquito causador da febre amarela Falta de esclarecimentos e arbitrariedades cometidas pelos “guardas-sanitários” causam revolta Uso de força e da autoridade Conseguiu erradicar a febre amarela da cidade Fortaleceu o modelo proposto, tornando- se por décadas uma proposta de intervenção • Lei Federal nº 1261 Vacinação obrigatória (antivariólica) Revolta da vacina • Organização da diretoria geral Oswaldo Cruz • Reforma promovida por Oswaldo Cruz Registro demográfico Fabricação de produtos profiláticos A introdução do laboratório como auxiliar do diagnostico etiológico Precaução • 1920: Carlos Chagas reestruturou o Departamento Nacional de Saúde Ligado com o Ministério da Justiça Introduziu a propaganda e a educação sanitária Inovou o modelo campanhista de Oswaldo Cruz • Criação de novos órgãos contra a tuberculose, a lepra e as doenças venéreas • Problemas individualizados Assistência hospitalar, infantil e a higiene industrial • Maior atividades de saneamento nos demais estados • Criou-se a Escola de Enfermagem Anna Nery • O modelo campanhista deslocou sua ação para as zonas rurais Combate de endemias rurais Sucam (Fundação Nacional de Saúde) Combate da esquistossomose, doença de chagas e outras Nascimento da previdência social • Inicio do processo de industrialização do país Acumulação capitalista advinda do comercio exterior Eixo Rio-São Paulo Urbanização Imigrantes como mão de obra nas industrias (principalmente os europeus) • Os operários não tinham nenhuma garantia trabalhista Férias, pensão, aposentadoria e jornada de trabalho definida • Os imigrantes procuraram mobilizar e organizar a classe operaria do Brasil na luta pela conquista de seus direitos • O movimento operário Duas greves gerais no país 1917 e 1919 Os operários começavam a garantir alguns direitos sociais • 24/01/1923: aprovado pelo Congresso Nacional a Lei Elói Chaves Marco inicial da previdência social no Brasil Caixas de Aposentadoria e Pensão (CAPS) Características das Caps • Por instituição ou empresa • Aposentadorias e pensões • Serviços funerários • Socorro médico para a família do trabalhador • Medicamentos por preços especiais • Assistência por acidente de trabalho • Financiamento e gestão: trabalhador e empregador • Assistência medica para o trabalhador e sua família OBS. O Estado não participava do financiamento das CAPS, logo era bipartite • Crise do café e a crise política da Velha República Golpe de Estado: Revolução de 30 A indústria passou a ser a maior responsável pelo acumulo de capital Vargas assume o “Governo provisório” • 1933: as CAPS foram unificadas Criados os Institutos de Aposentadorias e Pensões (IAPS) As Iaps • Surgiram da necessidade do Estado de estender a todas as categorias do operariado urbano Organizando os benefícios da previdência • Financiamento tripartite O governo assumiu o financiamento • Os benefícios: Aposentadoria Pensão em caso de morte Assistência medica e hospitalar Socorros farmacêuticos • 1941: I Conferência Nacional de Saúde e a criação do Serviço Especial de Saúde Pública (SESP) Durante a 2ª Guerra Mundial • Sesp Atribuições centrais: sanear a Amazônia e a regia do Vale do Rio Doce Altos índices de malária e febre amarela Declínio da mortalidade infantil por doenças imunopreveniveis Diferença entre as Caps e as Iaps • CAPS Organização por empresa Financiamento bipartite • IAPS Organização por categoria profissional Financiamento tripartite Autoritarismo • 1964 a 1984 • Regime militar Forças policiais e do exercito e atos de exceção para se impor • Governo militar • 1966: Unificação dos IAPS no INPS O novo órgão passou a gerir as aposentadorias, as pensões e a assistência medica de todos os trabalhadores formais Excluiu os trabalhadores rurais e boa parte dos trabalhadores informais Se tornou muito complexo Ponto de vista administrativo e financeiro • 1978: Criação do Inamps • Surge o modelo medico privatista/ curativo A doença e o doente Hospitais criados para o atendimento dos contribuintes Excludente • 1978: Conferencia Internacional sobre Atenção Primaria à Saúde, em Alma-Ata Contra a elitização da pratica medica Contra a inacessibilidade dos serviços médicos Reafirmou-se ser a saúde um dos direitos fundamentais do homem e responsabilidade do governo • A população com baixos salários começaram a conviver com o desemprego Consequências sociais Marginalidade Favelas Mortalidade infantil • Medicina curativa Incapaz de solucionar os principais problemas da saúde coletiva Endemias Epidemias Indicadores de saúde • Consequências da medicina curativa Custos da medicina preventiva Crescimento econômico Incapacidade em atender a grande população de marginalizados Excluídos do sistema Desvios de verbas • 1981: Criação da Conasp Ligado ao Inamps Intuito de: Produtividade Melhorar a assistência Equilibrar as ofertasda população urbana e rural Combater fraudes • 1983: Criação da AIS Interministerial Ações curativas-preventivas e educativas Previdência passa a comprar e pagar os serviços prestados por: Estados Municípios Hospitais filantrópicos, públicos e universitários Marco inicial da atenção primaria no país Fim da ditadura e Nova Republica • 1985 a 1988 • 1985: Diretas já Eleição de Tancredo Neves Diversos movimentos sociais • Criação da Conass e Conasems • 1986: VIII Conferencia Nacional de Saúde Bases da reforma sanitária e do SUDS Ideais que viriam a ser o SUS O marco da reforma sanitária Participação social pela primeira vez Unificação do sistema de saúde Conceito ampliado de saúde Saúde como direito do cidadão e dever do Estado Modificação nas Conferencias Nacionais de Saúde Organização Representação Deliberação • A Constituição Federal de 1988 Art 196: “A saúde é direito de todos e dever do Estado” Art 198: “[...] um sistema único, organizado com as seguintes diretrizes: I. Descentralização II. Atendimento integral; medidas preventivas de saúde III. Participação social • Nascimento do SUS
Compartilhar