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Resumo_ Histórico do SUS e Reforma Sanitária

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Resumo: Histórico do SUS e Reforma Sanitária
· A evolução histórica das políticas públicas de saúde está relacionada diretamente a evolução político-social e econômico da sociedade brasileira, não sendo possível dissociá-los.
· A lógica do processo evolutivo sempre obedeceu à ótica do avanço do capitalismo na sociedade brasileira, sofrendo a forte determinação do capitalismo a nível internacional;
· A saúde nunca ocupou lugar central dentro da política do Brasil.
· Condição sanitária do Rio de Janeiro (1808) 
· Cidade mal cheirosa; Baixa qualidade do escoamento do lixo e do esgoto; Proliferação de doenças, ratos e baratas; 
· Propostas: o nivelamento das ruas de modo a facilitar o escoamento, o aterramento dos pântanos, e a construção e limpeza das valas.
· Impacto da Família Real sobre a Saúde Pública no Brasil! 
· Saúde existente: cirurgiões barbeiros, boticários, curandeiros, rezadores e parteiras. 
· Mudanças propostas por Dom João VI (1808): 
· Instituição das primeiras escolas de Medicina da Colônia (BA/RJ). 
· Criado 2 cursos de cirurgia – Salvador e RJ Abertura de portos às nações amigas. 
· Criação da fisicatura – fiscalização de estabelecimentos e autorização de prática terapêutica. 
· Impacto da família real sobre a saúde pública no Brasil
· Falta de um modelo sanitário para o país – EPIDEMIAS. 
· Quadro sanitário caótico: varíola, malária, febre amarela, e posteriormente a peste. 
· Saúde do Brasil: República Velha
· Rio em 1990:
· Lei Áurea
· Proliferação dos cortiços
· Oswaldo Cruz e o Sanitarismo Campanhista
· Rio 1902
· Nomeação do médico sanitarista Oswaldo Cruz como Diretor Geral de Saúde Pública para acabar com os problemas 
· Proposta: combater a peste bubônica, a febre amarela e a varíola
· Até a década de 20, estabeleceu-se como modelo hegemônico de saúde o sanitarismo campanhista (1º modelo), de inspiração militar, que visava o combate às doenças através de estruturas verticalizadas e estilo repressivo de intervenção. Esse modelo foi predominante até a década de 60.
· “A Polícia Sanitária teve que intervir nos domicílios, mesmo sem o consentimento dos moradores. Mais do que fazer o papel de mandar retirar entulhos, limpar os depósitos de água e remover tudo o que pudesse servir de reservatório para o mosquito, ela interferiu no espaço urbano com a demolição de várias habitações coletivas e casas de cômodos”.
· Combatendo a Varíola
· A vacina anti-varíola passou a ser obrigatória;
· Brigadas de saúde pública podiam entrar nas casas das pessoas e vacinar à força;
Muitos médicos descrentes da eficácia da vacina;
Medo da vacina atuar como propagação da doença;
Adeptos do positivismo, tendo por princípio filosófico “O estado não tem o direito de intervir na decisão individual de vacinar-se ou não”
· Combatendo a Peste Bubônica
· Determinou a caça aos ratos, cujas pulgas transmitiam a doença;
· A população recebia uma quantia por cada animal entregue ao governo;
· Montou um esquadrão de 50 homens vacinados para percorrer becos espalhando raticidas e recolhendo lixos;
· Invasão das casas e queimas de roupas e colchões
· Em 1904, a Lei Federal nº 1261, de 31 de outubro, instituiu a vacinação anti varíola obrigatória para todo o território nacional. Surge, então, um grande movimento popular de revolta que ficou conhecido na história como a revolta da vacina.
· A vacina foi considerada uma tirania. A população saiu nas ruas e iniciou a Revolta da Vacina (10 a 16 1904) colocando a cidade do Rio em estado de sítio. Oswaldo Cruz acabou sendo afastado do cargo.
· Observações: Oswaldo Cruz e o Sanitarismo Campanhista. 
· Na reforma promovida por Oswaldo Cruz foram incorporados como elementos das ações de saúde: 
· o registro demográfico, possibilitando conhecer a composição e os fatos vitais de importância da população; 
· a introdução do laboratório bacteriológico como auxiliar do diagnóstico etiológico; 
· a fabricação organizada de produtos profiláticos para uso em massa. 
· Criação do Instituto Oswaldo Cruz e Inst. Butantan. 
· Erradicação da febre amarela no RJ e combate a diversas doenças. 
· Carlos Chagas – Proposta de Educação Sanitária. 
· Em 1920, com a criação do Departamento Nacional de Saúde , Carlos Chagas assume o lugar de Oswaldo Cruz. 
· O modelo de saúde é reestruturado e há propagandas e educação sanitária na técnica rotineira de ação, inovando o modelo campanhista de Oswaldo Cruz que era puramente fiscal e policial. 
· 1. Criaram-se órgãos especializados na luta contra a tuberculose, a hanseníase e as doenças sexuais. 
· 2. A assistência hospitalar, infantil e a higiene industrial se destacaram como problemas individualizados. 
· 3. Expandiram-se as atividades de saneamento para outros estados, além do Rio de Janeiro e São Paulo. Foi instituída a Escola de Enfermagem Anna Nery. 
· 4. Essas ações foram consideradas o primeiro passo para a institucionalização de um movimento sanitário no país. 
· 5. Combate a endemias rurais – economia/agropecuária.
· O Nascimento da Previdência Social e Direitos à Saúde Pública 
· 1923 - Lei Eloy Chaves – Nascimento da previdência social: CAP. 
· Após greve dos operários em 1917 e 1919. 
CAP: organizadas por empresas , não era obrigatório e não previa participação do Estado. Trabalhadores urbanos. (Rurais – 1963) 
Empresas passaram a oferecer a seus empregados assistência médica, além de aposentadoria e pensões. Compra de serviços privados/terceirizados. 
· 1933 - Criação dos IAP ( Todo trabalhador de carteira assinada passa a ser contribuinte e beneficiário do sistema). – Compra de serviços do setor privado. Organizado por categoria. 
· 1943 – Criação da CLT ( consolidação das leis trabalhistas) 
· 1967 - INPS: unificação dos IAP´s, marcado pela opção de compra de serviços assistenciais do setor privado, com um modelo hospitalocêntrico, curativista e médico-centrado. 
· 1977/78 - Criação do INAMPS – órgão prestador de assistência médica do governo, basicamente à custa de compra de serviços hospitalares e especializados.
· A Crise do Sistema de Saúde Previdenciário
· Por ter priorizado a medicina curativa, o modelo proposto foi incapaz de solucionar os principais problemas de saúde coletiva, como as endemias, as epidemias, e os indicadores de saúde (mortalidade infantil, por exemplo); 
· Aumentos constantes dos custos da medicina curativa, centrada na atenção médica-hospitalar de complexidade crescente.
· Modelo médico assistencial privatista e suplementar 
· Na década de 70 o país apresentava um modelo hegemônico: médico assistencial privatista. INPS financiava a construção dos hospitais. Mas é também neste período que surgem os alicerces político-ideológicos para o surgimento do movimento pela Reforma Sanitária. Marcos importantes: 
· 1.Desvios de verba do sistema previdenciário para cobrir despesas de outros setores e para realização de obras por parte do governo federal; 
· 2.Priorizou a medicina curativa; 
· 3. Aumento constante dos custos da medicina centrada na atenção médico-hospitalar. 
· 4.Diminuição do crescimento econômico e crise no sistema previdenciário; 
· 5. Incapacidade do sistema em atender a uma população cada vez maior de marginalizados, sem carteira assinada e contribuição previdenciária. 
· 6. O não-repasse pela União de recursos do tesouro nacional para o sistema previdenciário. Reforma sanitária e o surgimento do SUS. 
· Reforma Sanitária e o Surgimento do SUS
· 1985 – Fim do Regime Militar e Eleições Diretas ( Tancredo Neves)
· Um projeto social, articulado a uma estratégia global para a sociedade, tendo em vista a ampliação dos direitos de cidadania às camadas sociais marginalizadas no processo histórico de acumulação do capital. 
· “A Reforma Sanitária brasileira nasceu na luta contra a ditadura, com o tema Saúde e Democracia, e estruturou-se nas universidades, no movimento sindical, em experiências regionais de organização de serviços. 
· 8ª Conferência Nacional de Saúde, em 1986. 
· O resultado foi garantir na Constituição, por meio de emenda popular, que a saúdeé um direito do cidadão e um dever do Estado.
· Como resultado central da VIII CNS, tivemos o estabelecimento de um consenso político que permitiu a conformação do projeto da Reforma Sanitária, caracterizado por três aspectos principais: 
· o conceito abrangente de saúde; 
· saúde como direito de cidadania e dever do Estado; 
· a instituição de um Sistema Único de Saúde. 
· Encaminhamento do Relatório da VIII Conferência Nacional de Saúde para a Assembléia Nacional Constituinte - apoio à criação do SUS
· Reflexões: Reforma Sanitária Brasileira
· Saúde como questão social e política, não limitada ao biológico nem à assistência médica (direito à saúde). 
· Impulsionada pela sociedade civil, não por governos, partidos, ou organizações internacionais, e com perspectiva distinta das reformas setoriais . 
· Descentralização: eixo de implementação do SUS. Participação social. 
· 1988 - Constituição Federal – Artigo 196 
· “A saúde é direito de todos e dever do Estado, garantido mediante políticas sociais e econômicas que visem à redução do risco de doença e de outros agravos e ao acesso universal e igualitário às ações e serviços para sua promoção, proteção e recuperação”. 
· Criação do SUS: Lei 8.080/90 e a Política de Atenção Universal à Saúde 
· O SUS é concebido como o conjunto de ações e serviços de saúde, prestados por órgãos e instituições públicas federais, estaduais e municipais, da administração direta e indireta e das fundações mantidas pelo Poder Público. A iniciativa privada poderá participar do SUS em caráter complementar. 
· Lei 8.080/90 – Conceito Ampliado de Saúde 
· Art. 3º - A saúde tem como fatores determinantes e condicionantes, entre outros, a alimentação, a moradia, o saneamento básico, o meio ambiente, o trabalho, a renda, a educação, o transporte, o lazer e o acesso aos bens e serviços essenciais; os níveis de saúde da população expressam a organização social e econômica do País.

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