Buscar

o uso das tecnologias no processo de ensino-aprendizagem desenvolvido no colégio estadual castro alves

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 3, do total de 9 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 6, do total de 9 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 9, do total de 9 páginas

Prévia do material em texto

UNIVERSIDADE FEDERAL DO VALE DO SÃO FRANCISCO - UNIVASF 
Secretaria de Educação da Distância – SEAD 
Avenida José de Sá Maniçoba, s/nº Centro, CEP 56.304-917, Petrolina-PE 
Tel.: (87) 2021 6823, www.sead.univasf.edu.br , e-mail: sead@univasf.edu.br 
 
 
 
O USO DAS TECNOLOGIAS NO PROCESSO DE ENSINO-APRENDIZAGEM 
DESENVOLVIDO NO COLÉGIO ESTADUAL CASTRO ALVES 
 
 
 
 
Luciana Santos Santiago1 
 
1. INTRODUÇÃO 
 
Um dos fatos norteadores desse trabalho é a importância do uso de recursos didáticos 
em sala de aula para um melhor aproveitamento das aulas e, sobretudo, do envolvimento dos 
alunos, pois é notório que esses recursos didáticos despertam uma visão crítica e ampliada da 
sociedade atual. Portanto, na problemática presente desse trabalho, logo é percebível os 
resultados positivos na sua utilização no espaço escolar, além do mais, o uso desses recursos 
oferece uma fácil assimilação nas disciplinas de maneira em que os conteúdos que são 
trabalhados a partir da exploração desses recursos tornam-se de mais fácil compreensão na 
construção do conhecimento. Essa dissertação traz uma reflexão referente ao tema abordado 
bem como alguns sentidos alusivos. Assim, pode-se considerar que o professor é o mediador 
entre aluno e esse novo método para que haja um bom desenvolvimento no processo de ensino-
aprendizagem desses alunos. 
Como se sabe, a educação atualmente, ainda é um ponto fundamental no que se diz 
respeito a uma sociedade. Neste prisma, o Brasil tem dois diferentes contrastes na história da 
educação, ou seja, de um lado instituições de ensino equipadas possuindo recursos diversos, 
 
1. Aluna do Curso de Especialização em Educação, Contemporaneidade e Novas Tecnologias. Universidade 
Federal Vale do Rio São Francisco - UNIVASF 
 
 
2 
 
 
modernos, manuais, tecnológicos e possuindo em seu núcleo, professores capacitados para 
remanejá-los, e do outro lado, apenas um modelo arcaico, tendo como base um quadro negro, 
giz e um docente que não sabe manusear a maioria desses recursos didáticos. 
De acordo com Moran (1999, p. 111): “Recurso didático é todo material utilizado 
como auxílio no ensino-aprendizagem do conteúdo proposto para ser aplicado pelo professor a 
seus alunos”. Dessa forma, na óptica desse autor, os recursos didáticos são componentes do 
ambiente educacional que estimulam os alunos, facilitando e enriquecendo o processo de 
ensino-aprendizagem, e a utilização desses recursos nesse processo, surge com o intuito de 
preencher os espaços deixados pelo ensino tradicional, propiciando aos alunos a ampliação de 
seus horizontes. 
 Diante as tecnologias serem alavancadas muito rápidas, o professor segundo Demo 
(2009) deve manter sobre os recursos didáticos um olhar mais crítico, tirando deles o essencial 
para o processo de ensino-aprendizagem dos seus alunos. Esse autor ainda salienta que a 
globalização acaba exigindo que as escolas alcancem um novo patamar nessa nova era virtual, 
e com isso é necessário à capacitação dos professores para a utilização dessas novas tecnologias 
que estão sendo introduzidas no ambiente escolar no intuito de garantir um avanço significativo 
no ato de ensinar e aprender. 
As interações dos alunos com os recursos didáticos tem grande destaque nas escolas, 
portanto se faz necessário romper com tais métodos arcaicos e familiarizar o estudante com a 
realidade, destacando o prazer e a utilidade da descoberta, formando cidadãos capazes de 
responder às necessidades da realidade atual. Os recursos didáticos, sobretudo, compreende 
uma diversidade de instrumentos e métodos pedagógicos que são utilizados como suporte 
experimental no desenvolvimento das aulas e na organização do processo de ensino-
aprendizagem. 
Concordamos com Costoldi e Polinarski (2009) quando citam que eles servem como 
objetos de motivação do interesse para aprender dos educandos. Assim, Costoldi e Polinarski 
(2009, p. 2) compreendem que: “os recursos didáticos são de fundamental importância no 
processo de desenvolvimento cognitivo do aluno”, uma vez que, os mesmos, tem a capacidade 
de aproximar o educando com a realidade, permitindo maior facilidade a fixação do conteúdo 
e consequentemente, a aprendizagem de forma mais efetiva. 
Sabe-se que os docentes reconhecem as contribuições desses recursos e sua 
potencialidade no processo de ensino-aprendizagem. Desde o livro, a TV e o computador, eles 
podem influenciar na construção da autonomia desses estudantes. Na medida em que, o 
3 
 
 
professor utiliza um recurso didático dentro da sala de aula, ele acaba transferindo os 
conhecimentos que estão expressos no livro didático para a realidade do aluno. 
Dessa forma, são exemplos de recursos didáticos para Ferreira (2007): artigos, 
apostilas, livros, softwares, sumários de livros, trabalhos acadêmicos, apresentações em 
PowerPoint, filmes, atividades, exercícios, ilustrações, CDs, DVDs. Para esse mesmo autor, a 
utilização desses, faz com que o professor desenvolva um tipo de aula diferente, sendo mais 
dinâmica e proveitosa, evitando que as aulas tornem-se monótonas, rotineiras ou que caiam na 
mesmice do dia a dia. 
Este novo parâmetro dentro nas escolas exige também o uso de novas abordagens e 
estratégias para poder dar consistência aos diferentes conteúdos que se ensina e que se aprende. 
Entende-se então que ensinar não é apenas repassar esses conteúdos para o educando, nesta 
linha de pensamento Karling (1991) aborda que esse profissional pode oferecer ensinamentos 
que são fundamentais para o desenvolvimento do ensino-aprendizagem dos alunos 
principalmente com a inserção desses recursos didáticos usados para a construção de 
conhecimentos. 
Por outro lado, um dos problemas da nova era digital enfrentados pelas escolas é a 
ausência de interesse dos professores em relação à utilização de tecnologias empregadas no 
processo de ensino. 
 
Considera-se que a há pouca utilização das TV nas escolas públicas. Segundo Fischer 
quando assistimos à TV, pode-se afirmar que esses olhares dos outros também nos 
olham, mobilizam-nos, justamente porque é possível enxergar ali muito do que somos 
(ou do que não somos), do que negamos ou a rejeitar ou simplesmente a apreciar 
(FISCHER, 2003, p. 12). 
 
Visando superar as dificuldades deixadas pelo ensino tradicional, o que se nota é que 
os professores atuais estão cada vez mais explorando essas novas metodologias para facilitar e 
auxiliar o aluno no processo de ensino-aprendizagem, valorizando a utilização de vários 
recursos didáticos em suas aulas. Porém, na realidade de muitas escolas, é tido como restritos 
à utilização dessas metodologias, tornando assim, as aulas expositivas menos interessantes e 
menos participativas. 
O uso de outros recursos didáticos de acordo com Krasilchik (2004) tais como 
audiovisuais, ferramentas computacionais, práticas no laboratório entre outros, quando 
acontece, é por iniciativas de alguns professores, Krasilchik (2004) ainda supõe que o trabalho 
escolar muitas vezes é dissociado a realidade do aluno, sendo assim ineficiente para poder 
promover uma educação de qualidade. 
4 
 
 
Cabe salientar aqui que, o conteúdo transmitido por educadores deverá estar 
fundamentado em práticas de sua realidade, priorizando não somente a criatividade, mas 
principalmente a consistência pedagógica e a clareza conceitual. Assim, é compreendido que 
os materiais didáticos são de fato elementos essenciais no trabalho dos conteúdos escolares com 
os alunos. 
Esse presente artigo pretende discorrer através de pesquisa bibliográfica sobre as TICs 
com suas novas possibilidades de interação e aprendizagem e a preocupação de estudiosos do 
tema, da sociedade e órgãos educacionais em aproximar a tecnologia, a vida e a escola, como 
forma de sintonizar esta com o mundo, com o século XXI. Também será realizada observação 
in locoe pesquisa com questionários para professores e alunos, com intuito de realizar análise 
do trabalho com as novas tecnologias que se tem desenvolvido na Escola Estadual Castro Alves, 
em Adustina, Bahia. 
 
 
2. PROBLEMATIZAÇÃO 
 
Como se sabe a educação nos dias de hoje ainda é um ponto fundamental no que se 
diz respeito a uma sociedade. Neste prisma, o Brasil tem dois diferentes contrastes na história 
da educação, ou seja, de um lado instituições de ensino equipadas possuindo recursos 
divergentes, sendo modernos, manuais, tecnológicos e ainda em seu núcleo professores 
capacitados, já do outro lado apenas um modelo arcaico, tendo como base um quadro negro, 
giz e um docente que não sabe nem se quer manusear a maioria desses recursos didáticos. Dessa 
forma, a presença de uma educação inovadora vai fazer com que os alunos interajam de maneira 
sistemática, mudando o conceito de dever por prazer e apresentando uma linha de motivações, 
passadas pelos seus educadores. 
Diante a tantas tecnologias avançadas, e o fato de ser alavancado muito rápido, o 
professor tem o papel de compreender os objetivos em que esses novos métodos de 
comunicação e aprendizagem rápida de seus alunos, de modo que esses novos recursos sejam 
usados em função de atividades escolares e não exageradamente em função individual, pois 
implicará na vida social e afetiva do indivíduo. DEMO (2009) sugere que aprender bem só é 
possível quando o ambiente de ensino seja favorável, tendo o aluno como centro da sala de aula 
para torná-lo mais crítico e participativo, portanto, é função crucial do professor, manter sobre 
os recursos didáticos um olhar mais crítico, tirando deles o essencial para o processo de ensino-
5 
 
 
aprendizagem. Contudo, para POERCSH, (2009) a globalização acaba exigindo que as escolas 
alcancem um novo patamar nessa nova era virtual, e com isso é necessário à capacitação dos 
professores para a utilização dessas novas tecnologias que estão sendo introduzidas no ambiente 
escolar no intuito de garantir um avanço significativo no ato de ensinar e aprender. 
É visto que as interações dos alunos com os recursos didáticos tem grande destaque 
nas escolas, portanto se faz necessário romper com tais métodos arcaicos e familiarizar o 
estudante com a realidade, destacando o prazer e a utilidade da descoberta, formando cidadãos 
capazes de responder às necessidades da realidade atual. Para CANDAU (2001, p, 31): “Vale 
ainda ressaltar que, na maioria das vezes, nós todos podemos ver e observar discussões das 
práticas didáticas sendo fundadas em proposições da psicologia, como se fosse a rainha das 
ciências e da sabedoria.” CANDAU (2001) ainda faz um comentário de que o principal objetivo 
do ensino da didática é avançar de maneira eficaz no processo de ensino-aprendizagem, ou seja, 
toda prática ou proposta da didática está diretamente ou indiretamente relacionada ao processo 
de ensino-aprendizagem dos alunos. 
 
Em contrapartida, os recursos didáticos, tem relevante importância de capital para uma 
aprendizagem mais significativa, porém, sendo usados como um método e não como fim em si 
próprios pelos docentes que de fato sabem suas contribuições e potencialidades no processo de 
ensino-aprendizagem. Desde o livro, a TV e o computador, eles podem oferecer ao discente 
um realidade do que se vive hoje no mundo, podendo ainda influenciar na construção da 
autonomia desses estudantes. Dessa forma, o aluno passará a ter maior facilidade de 
compreender divergentes conteúdos se iniciar a abordá-lo, enxergando a sua realidade, seu 
desenvolvimento, situações nacionais e mundiais, sendo mais crítico e pondo em prática uma 
aprendizagem com mais autonomia. 
No que se diz respeito ao livro didático, FREIRE (1989) relata a sua importância crítica 
da leitura na alfabetização, mostrando o papel do educador dentro de uma educação, onde as 
suas ações devem ser vivenciadas em uma prática concreta de libertação e construção da 
história, colocando o alfabetizando num processo criador, e que a vontade e o gosto de ler se 
desenvolve na medida em que os conteúdos a serem lidos sejam essenciais para a vida do leitor. 
Segundo FREIRE (1989. p, 12): “Creio que muito de nossa insistência, enquanto professoras e 
professores, em que os estudantes “leiam”, num semestre, uns sem-número de capítulos de 
livros residem na compreensão errônea que às vezes temos do ato de ler”. 
6 
 
 
Este novo parâmetro dentro nas escolas exige também o uso de novas abordagens e 
estratégias para poder dar consistência aos diferentes conteúdos que se ensina e que se aprende. 
Entende-se então que ensinar não é apenas passar a matéria e o conteúdo para o educando, nesta 
linha de pensamento KARLING (1991) aborda que tais conteúdos são facilmente encontrados 
tanto em revistas, jornais, livros, dentre outros. Porém é papel da escola despertar no aluno a 
vontade de estudar e orientá-lo a organizar e aproveitar esses conteúdos e não somente passá-
los. Ensinar é orientar a aprendizagem, sempre com estimulo e proporcionando ao aluno uma 
aprendizagem facilitada. Assim, esse profissional pode oferecer ensinamentos que são 
fundamentais para o desenvolvimento do ensino-aprendizagem dos mesmos principalmente 
com a inserção desses recursos didáticos usados para a construção de conhecimentos. Visando 
superar as dificuldades deixadas pelo ensino tradicional, se observa que os professores atuais 
estão cada vez mais explorando novas metodologias para facilitar e auxiliar o aluno no processo 
de ensino-aprendizagem, valorizando o uso de vários recursos didáticos em suas aulas. 
 
3. DISCUSSÃO 
 
Em pleno século XXI, com a expansão e evolução das novas tecnologias, onde a 
aprendizagem não é exclusiva do ambiente escolar, tornando-se espaço de aprendizagem o 
próprio planeta, quase nada mudou na sala de aula. Se um professor do século IX, entrar em 
uma sala do século XXI, ele vai encontrar ali quase sempre as carteiras enfileiradas, quadro, 
caderneta de chamada, tudo bem familiar, mas o que vai lhe causar espanto é a cabeça dos 
alunos e é aí que reside o grande conflito na educação nos dias de hoje, já outros profissionais, 
como um médico, por exemplo, fazendo-se a mesma comparação, mudando o ambiente para 
uma sala de cirurgia teria dificuldade até para identificar o paciente (ANDRÉ, 2014). 
Por esse paralelo é fácil perceber o quanto a escola atual ainda está arraigada ao 
modelo iluminista, que apresenta um ensino linear, fragmentado, dissociado do que ocorre 
na vida. A escola seria mais atraente, a aprendizagem mais significativa se estivesse ligada à 
vida, como fazer essa ligação deixando de fora ou até mesmo proibindo o uso das novas 
tecnologias em sala de aula, como ocorre em muitas escolas? Sobre esse fato Garcia, 2010 
apud Bruna Bariani et al (2011), comenta que: 
 
7 
 
 
Garcia (2010) defende uma “vetorização crescente entre vida e escola” (p. 40). Para 
o autor é infundada a ideia de proibir o uso de tecnologia pelos alunos em sala de aula, 
uma vez que em sua concepção (baseada em McLuhan) estes são extensões do corpo 
do estudante. Neste ponto resgatamos o conceito de hipermídia como forma de 
diálogo entre o ensino, as novas tecnologias comunicacionais e o aluno. 
 
 
Essa geração tem uma facilidade enorme de interagir com as novas tecnologias, 
incluindo-se aí a WEB 3.0, o que para muitos professores ainda é um desafio muito grande, 
sendo um desafio ainda maior, aproveitar essas ferramentas de forma criativa para melhorar o 
seu trabalho em sala de aula e consequentemente elevar a qualidade na aprendizagem. Embora 
essa dificuldade seja paralisante e o medo do novo traga angústia e perplexidades, não se podem 
fechar os olhos para essas tecnologias e as novas formas de interação com o saber e com a 
informação, é preciso ousar e trazer a vivência tecnológica para o dia a dia das escolas 
(GARCIA, 2010). 
Sobre essedesafio que se coloca na educação e na nova forma de lidar com o saber, 
com a informação, Lévy faz a seguinte afirmação: 
 
Qualquer reflexão sobre o futuro dos sistemas de educação e de formação deve ser 
fundada em uma análise prévia da mutação contemporânea da relação com o saber e 
savoirfaire. Pela primeira vez na história da humanidade, a maioria das competências 
adquiridas por uma pessoa no início de seu percurso profissional estarão obsoletas no 
fim de sua carreira. [...] Trabalhar quer dizer cada vez mais, aprender, transmitir 
saberes e produzir conhecimento (Lévy, p.156). 
 
Desde a Constituição de 1988, tornando-se mais explicita na LDB, há uma 
preocupação com a formação plena do indivíduo, preparando para o exercício da cidadania e 
dando-lhe autonomia, além de demonstração da preocupação com a formação contínua do 
professor. Soma-se a isso ainda, o desenvolvimento de políticas que visam aparelhar as escolas 
para o momento em que vivemos. Assim nos é comum encontrar ao menos nos perímetros 
urbanos, escolas com laboratórios de informática, sinal de wi-fi, lousas digitais, projetores 
multimídia, Datashow, TVs pen drives entre outras ferramentas. 
No Colégio Estadual Castro Alves, em Adustina-Bahia, mesmo após cursos de usos 
das TICs, ofertado pelo governo e efetuado pela UNEB, ainda são muito tímidas, as iniciativas 
dos professores em diversificar o uso das mídias e de incluir as redes sociais em consonância 
com os trabalhos desenvolvidos nas diversas disciplinas. Há, pelo que se pode observar através 
de questionários aplicados entre alunos e professores, um uso repetitivo do Datashow e 
apresentação de slides, muitas vezes cansativos, pela extensão do assunto e por ser a principal 
prática com novas mídias, poucos profissionais se utilizam de filmes, músicas, criação de blogs 
ou outros. 
8 
 
 
Fica evidenciado, pela observação, que outro fator inibidor do uso das tecnologias da 
informação e comunicação é o não aparelhamento da unidade escolar. No laboratório, todos os 
computadores estão quebrados, a metade das TVs pendrive está quebrada, não se sabe onde 
está, nem como se usa a lousa digital. Funcionando há apenas dois computadores em todo o 
colégio para atender uma demanda de 500 alunos e mais de 25 professores e funcionários. No 
entanto, nota-se, esforços isolados por parte de alguns professores que usam seus aparelhos de 
notebook e celulares particulares para expandir suas possibilidades didáticas, criando grupos 
no whats app, e-mails de turmas, blogs, página no facebook e outros. 
 
 
4. CONCLUSÃO 
 
Conclui-se que, o emprego desses recursos didáticos deverá ser o norte na melhoria da 
qualidade da aprendizagem dos aprendizes, assim, a função crucial da escola será a de buscar a 
constante consolidação de práticas efetivas que assegurem uma educação verdadeiramente de 
qualidade para todos. 
Contudo, apesar da tecnologia ter se adentrado ao âmbito escolar, muitas são as 
dificuldades enfrentadas pelo Colégio Estadual Castro Alves em Adustina – BA, 
principalmente no que se refere à escassez de recursos na referida escola e também a dificuldade 
do professor em lidar com as novas tecnologias, o que se constata que o âmbito escolar ainda é 
arcaico em algumas questões. 
A presente geração possui uma facilidade extrema de se comunicar com os novos 
métodos de aprendizagem, o docente ao não interagir com as novas tecnologias, compromete a 
aprendizagem do aluno. A interação entre o professor, tecnologia e aluno compõe um trinômio 
necessário para uma melhor qualidade na educação. Os rumos tomados pela sociedade requer 
urgência nessa atualização, uma vez que acomodar é perecer e o conhecimento é inconstante, 
devendo o âmbito escolar como um todo se adaptar as novas realidades. 
 
 
 
 
 
 
 
9 
 
 
5. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS: 
 
 
BARIANI, B. Hipermídia e educação: o papel das novas mídias digitais no ensino. 
http://revistaseletronicas.pucrs.br/fo/ojs/index.php/famecos/article/view/9707/7137 
CANDAU, Vera Maria. A didática em questão. 33. Ed. – Petropólis, RJ: Vozes, 2012. 
DEMO, Pedro. Educação hoje: “novas” tecnologias, pressões e oportunidades. São Paulo: 
Atlas, 2009. 
FREIRE, Paulo. A Importância do Ato de Ler - em três artigos que se completam. São 
Paulo: Cortez Editora & Autores Associados, 1989. (Coleção Polêmicas do Nosso Tempo; 4). 
KARLING, A.A. (1991), A didática necessária, São Paulo, Ibrasa. 
LÉVY,P.Cibercultura. http://minhateca.com.br/Thais.Alves/Livros/Pierre+
Levy+-+Cibercultura,27166183.pdf 
POERCSH, Ivo Pedro. NOVAS SEMENTES. RECURSOS DIDÁTICOS E 
INFORMÁTICA NAS ESCOLAS. Publicado em 05/05/2009. Disponível 
em:<http://educalegria-educalegria.blogspot.com/2009/05/recursos-didaticos-e-informatica-
nas.html?zx=a817bc0725f38b0c. Acesso em 05/07/2016. 
VIEIRA, Sofia Lerche. Politica educacional no Brasil. 3ed- Brasília, 2011.

Outros materiais