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PRATICA JÚRICA I - Petição Inicial

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Prévia do material em texto

Mirian da Silva Almeida 
 
 
 
 
 
 
 
PETIÇÃO INICIAL - AÇÃO DE ALIMENTOS COM PEDIDO DE ALIMENTOS 
PROVISÓRIOS C/C DANO MORAL AFETIVO 
 
PRATICA JÚRICA I 
 
 
 
 
 
 
 
SÃO GONÇALO 
2020 
 
 
 
 
Mirian da Silva Alemida 
 
 
 
 
 
 
 
PETIÇÃO INICIAL - AÇÃO DE ALIMENTOS COM PEDIDO DE ALIMENTOS 
PROVISÓRIOS C/C DANO MORAL AFETIVO 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
O Trabalho apresentado em cumprimento das 
 exigências da disciplina de Pratica Jurídica I 
 do curso de Direito da Faculdade Lusófona 
 do Rio de Janeiro 
 
 
 
 
 Orientador: Roberto Litrento 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
São Gonçalo 
2020 
 
EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR JUIZ DE DIREITO DA ____ VARA DA 
FAMÍLIA DA COMARCA DE SÃO GONÇALO/RJ 
 
AÇÃO DE ALIMENTOS COM PEDIDO DE ALIMENTOS PROVISÓRIOS C/C 
DANO MORAL AFETIVO 
 
em face de Jorge Pereira da Silva, brasileiro, casado, metalúrgico, portador do RG 
 999.887.889-65 inscrito no CPF sob o 555.667.888-99, domiciliado na Rua 
Monteiro Alves, Campo Grande/RJ, CEP 24565-678, o que faz pelas razões de fato 
e de direito a seguir expostas: 
PRELIMINARMENTE – DOS BENEFÍCIOS DA JUSTIÇA GRATUITA 
Requer o autor a concessão dos benefícios da Justiça Gratuita, com amparo na Lei 
nº 1.060/50, uma vez não tem condições de arcar com os custos do processo e 
honorários advocatícios sem prejuízo de sua própria manutenção. 
Conforme atesta declaração de pobreza anexadas, devidamente assinadas pela 
genitora, a esta na qual não possuem condições financeiras de custear os 
encargos processuais nem arcar com honorários advocatícios. 
I – DOS FATOS 
A mãe dos Requerentes conviveu com o Requerido durante aproximadamente cinco 
anos, ou seja, do ano de 2015 a 2020 
Que desta união nasceram o Requerente Thiago Pereira da Silva em data de 
01/01/2015, conforme verifica-se da Certidão de Nascimento em anexo. (doc.) 
A sociedade de fato foi rompida por culpa exclusiva do Requerido, quando este 
abandonou o lar por motivos que a mãe do Requerente desconhece. Em 
conseqüência dessa atitude , sempre que se encontravam ocorriam 
desentendimentos, ocasiões em que se ofendiam verbalmente, restando assim 
comprovada a impossibilidade da vida em comum. 
O dever de sustento está perfeitamente caracterizado, pois o Réu é pai do Requerente 
(doc.). 
A mãe do Requerente não está em condições de suportar sozinha os encargos 
alimentares e não tem condições de sustentá-lo. 
Desnecessário dizer que, ante a diferença e o descaso do Réu quanto à sorte de seu 
próprio filho, vem o Requerente, passando por inúmeras privações, pois os 
rendimentos de sua mãe não são suficientes para atender a todos os reclamos 
oriundos da sua manutenção e sustento, necessitando da colaboração paterna. 
Assim, somente a fixação judicial dos alimentos, com desconto em folha de 
pagamento do Réu, poderá atender ao menos as necessidades elementares do Autor, 
https://www.jusbrasil.com.br/legislacao/109499/lei-de-assist%C3%AAncia-judici%C3%A1ria-lei-1060-50
porquanto, cabe também ao Pai, ora Réu, esta obrigação que decorre da Lei e da 
moral. 
O Requerido trabalha na empresa METALURGICA JL LTDA , como metalúrgico, e 
com um salário de aproximadamente R$ 1.200,00 (mil e duzentos reais) por mês, valor 
este suficiente para prestar alimentos a seu filho, cumprindo, desta forma, com seu 
dever de pai. 
 
II – DO DIREITO 
É direito preliminar do ser humano a sobrevivência, e constitui meios fundamentais 
para a sua realização os alimentos, o vestuário, o abrigo, e inclusive a assistência 
médica no momento em caso de doença. 
 
Vemos na presente Ação, as dificuldades que vem passando a genitora dos 
Requerentes, que mantém seus filhos sob sua guarda e proteção exigindo assim, 
sacrifício extraordinário desde o rompimento de sua união com o Réu, pois a si cabe 
o encargo, haja vista a necessidade da presença da figura paterna na formação da 
personalidade do filho menor 
 
Ademais, a Constituição Federal dispõe "expressis verbis" em seu artigo 
229: "Os pais têm o dever de assistir, criar e educar os filhos menores, e os filhos 
maiores têm o dever de ajudar e amparar os pais na velhice, carência ou 
enfermidade.". 
É, sem dúvida, o reconhecimento da responsabilidade jurídica, além de ética 
e moral, inerente aos membros de uma mesma família, de uns para com os outros, 
incluindo-se aí, por óbvio, o dever de prestar alimentos como disciplinado na lei civil. 
A "ratio legis" da obrigação alimentar elaborada com o esmero didático de 
WASHINGTON DE BARROS MONTEIRO prescinde de qualquer retoque quando 
assevera: 
De fato, sobre a terra, o indivíduo tem inauferível direito de conservar a própria 
existência, a fim de realizar seu aperfeiçoamento moral e espiritual. E arremata: 
"Muitas vezes, entretanto, por idade avançada, doença, falta de trabalho ou qualquer 
incapacidade, vê-se ele impossibilitado de pessoalmente granjear os meios 
necessários à subsistência". (MONTEIRO, 1997, p. 295). 
O conceito do termo alimentos encontra explicitação na proverbial lição 
do seguro e respeitável magistério de YUSSEF SAID CAHALI: 
Adotada no direito para designar o conteúdo de uma pretensão ou de uma 
obrigação, a palavra "alimentos" vem a significar tudo o que é necessário para 
satisfazer aos reclamos da vida; são as prestações com as quais podem ser 
satisfeitas as necessidades vitais de quem não pode provê-las por si; mais 
amplamente, é a contribuição periódica assegurada a alguém, por um título de 
direito, para exigi-la de outrem, como necessário à sua manutenção. (CAHALI, 2002, 
p. 16). 
https://jus.com.br/tudo/seguro
No mesmo diapasão, manifesta-se o eminente civilista ORLANDO GOMES, 
fortalecendo e ampliando conceitualmente o tema, para agregar outros valores, 
discorrendo com precisão que: 
Alimentos são prestações para satisfação das necessidades vitais de quem não 
pode provê-las por si. A expressão designa medidas diversas. Ora significa o que é 
estritamente necessário à vida de uma pessoa, compreendendo, tão somente, a 
alimentação, a cura, o vestuário e a habitação, ora abrange outras necessidades, 
compreendidas as intelectuais e morais, variando conforme a posição social da 
pessoa necessitada. (GOMES, 1999, p. 427). 
O atual Código Civil, instituído pela Lei nº 10.406, de 10 de janeiro de 2002, 
em vigor desde 11.01.2003, trata dos alimentos nos artigos 1694 a 1710, valendo 
ressaltar que os parentes, os cônjuges ou companheiros podem pedir uns aos 
outros os alimentos que necessitem para viver. Esse direito é recíproco entre pais e 
filhos e extensivo a todos os ascendentes, na regra disposta no art. 1696. Na falta 
de ascendentes a obrigação cabe aos descendentes e, faltando estes, aos irmãos, 
quer germanos (mesmo pai e mesma mãe), quer unilaterais (pais diferentes), 
consoante expressamente estabelece o art. 1697. 
Por sua indiscutível importância, as normas atinentes ao direito alimentar 
são consideradas de ordem pública, pois objetivam proteger e preservar a vida 
humana. Em conseqüência, tais regras são inderrogáveis e, sobretudo quando os 
alimentos derivam do "iure sanguinis", ou seja, de obrigação por parentesco, não 
admitem renúncia ao direito nem convenção que assente a inalterabilidade de seu 
valor. 
Em virtude da especificidade e especialidade da prestação de alimentos, o 
arcabouço jurídico comporta diversas formas de possibilitar sua mais rápida 
implementação como esclarecem NELSON NERY JUNIOR e ROSA MARIA DE 
ANDRADE NERY: 
A obrigação legal de alimentos é toda especial. Como seu adimplemento se 
relaciona diretamente com a sobrevivência do alimentando, o sistema dota a 
prestação alimentar de mecanismos extraordinários de cumprimento, dentre os 
quais se destacama possibilidade de prisão civil (CF 5º LXVII); o privilégio 
constitucional creditório (CF 100 caput e § 1º); garantias especiais de execução 
(CPC 602) e o privilégio de foro do domicílio ou da residência do alimentando, para a 
ação em que se pedem alimentos (CPC 100 II)." (NERY JUNIOR, N.; NERY, R. M., 
2003, p. 749). 
Também a jurisprudência caminha no mesmo sentido, conforme assenta o 
Colendo Superior Tribunal de Justiça no seguinte julgado: 
Alimentos. Ação julgada procedente. Morte do alimentante. I - A obrigação de 
prestar alimentos transmite-se aos herdeiros do devedor, respondendo a herança 
pelo pagamento das dívidas do falecido. Lei nº 6. 515, de 1977, art. 23, e Código 
Civil, art. 1796. Aplicação. II - A condição de alimentante é personalíssima e não se 
transmite aos herdeiros; todavia, isso não afasta a responsabilidade dos herdeiros 
pelo pagamento dos débitos alimentares verificados até a data do óbito." (REsp 
https://jus.com.br/tudo/prisao-civil
64112-SC, Rel. Min. Antonio de Pádua Ribeiro, 3ª. Turma, julg. 16.05.2002, pub. 
DJU 17.06.2002). 
No tocante à composição da prestação alimentícia, esta deve ser fixada pelo 
juiz observando sempre o binômio necessidade (da pessoa que pede) e 
possibilidade (daquele que é demandado e é legalmente responsável pela 
obrigação), como se depreende do parágrafo 1º do art. 1694 do Código Civil. 
Essa equação, como adverte MARIA HELENA DINIZ "deverá ser feita, em 
cada caso concreto, levando-se em conta que a pensão alimentícia será concedida 
sempre ad necessitatem". (DINIZ, 2004, p, 1258). 
É interesse do Estado assegurar a proteção das gerações novas, pois elas constituem 
matéria-prima da sociedade futura, conforme acima descrito e assim se espera que o 
Estado diga, no caso em tela, o direito do Requerente exercendo desta forma a 
jurisdição que lhe compete. 
. 
 
IV - DO VALOR DOS ALIMENTOS 
Desta forma, Indeclinável é o dever do Requerido em prestar alimentos ao filho 
menor, que necessita atualmente dos alimentos provisórios sejam fixados de 30% 
sobre o valor dos rendimentos brutos do requerido, bem como os valores dos 
alimentos retroativos referentes aos 12 últimos meses, para a manutenção e 
sobrevivência do Requerente. A ser depositado da genitora Conta da Caixa 
Econômica Federal – Agência 72, Operação 013, Conta n. 88798-7. 
Nas ações de alimentos, o Magistrado deve, desde logo, fixar os alimentos 
provisionais, nos termos do art. 4º da Lei 5.478/68. 
No caso em tela, resta demonstrada a necessidade de fixação de tal provisão 
legal, face à dificuldade financeira e o fato de sua representante não poder prover o 
seu sustento, e, ainda, e filho do casal, conforme faz prova a cópia das certidãp de 
nascimento anexa 
O pedido formulado é juridicamente possível, uma vez que contém todos os requisitos 
indispensáveis à sua eficácia. 
 
V - DO DANO MORAL AFETIVO 
De acordo com o grande filósofo grego, Platão, “não deverão gerar filhos quem não 
quer dar-se ao trabalho de criá-los e educá-los”. 
Essa frase nos mostra exegeticamente o quão importante se faz um pai na vida de 
um filho. 
A relevância na vida de um ser humano de ter alguém pra lhe amparar, lhe ensinar 
os valores morais, a tradição da família, enfim, ser um exemplo a ser seguido. 
https://www.jusbrasil.com.br/topicos/11265061/artigo-4-da-lei-n-5478-de-25-de-julho-de-1968
https://www.jusbrasil.com.br/legislacao/103299/lei-de-alimentos-lei-5478-68
Todos sabemos da importância da presença do pai na vida de um filho, entretanto, 
não se pode mensurar os danos causados pela ausência dessa figura paterna. 
Os meandros da mente humana são difíceis de serem compreendidos, assim como 
os reflexos das atitudes exteriores que podem alterá-los, principalmente quando 
estas partem de alguém que naturalmente teria o dever moral e objetivo de cuidar, 
amparar, proteger, dar afeto. 
Destarte, Excelência, é sabido que não há e nem haverá lei alguma que obrigue 
alguém a amar, pois um sentimento tão puro, nobre e benfazejo não pode ser 
imposto juridicamente a ninguém. 
Ama-se ou não! A falta de amor de um pai para com seu filho, pode até ser 
socialmente reprovável, mas não enseja nada, pelo menos juridicamente. 
Entretanto, ambos os pais têm o dever OBJETIVO de manter os filhos, quando 
menores, em sua companhia e educá-los e isso não ocorreu em relação ao 
requerido, quando da infância e adolescência do requerente. 
Ademais, tal comportamento do requerido permanece deixando marcas profundas 
na personalidade do requerente, que hoje já encontra-se com 6 anos, e continua 
sem ter atualmente a noção da figura paterna em sua vida. 
Esse tipo de prejuízo é algo incomensurável. 
É sabido que no ordenamento pátrio já existe previsão sobre o dano em 
decorrência do abandono afetivo, como se observa na decisão do STJ no Recurso 
Especial nº1.159.242 – SP: 
RECURSO ESPECIAL Nº 1.159.242 - SP (2009/0193701-9) RELATORA: 
MINISTRA NANCY ANDRIGHI RECORRENTE: ANTONIO CARLOS JAMAS DOS 
SANTOS ADVOGADO: ANTÔNIO CARLOS DELGADO LOPES E OUTRO (S) 
RECORRIDO: LUCIANE NUNES DE OLIVEIRA SOUZA ADVOGADO: JOÃO 
LYRA NETTO EMENTA CIVIL E PROCESSUAL CIVIL. FAMÍLIA. ABANDONO 
AFETIVO. COMPENSAÇÃO POR DANO MORAL. POSSIBILIDADE. 
1. Inexistem restrições legais à aplicação das regras concernentes à 
responsabilidade civil e o consequente dever de indenizar/compensar no Direito de 
Família. 
2. O cuidado como valor jurídico objetivo está incorporado no ordenamento jurídico 
brasileiro não com essa expressão, mas com locuções e termos que manifestam 
suas diversas desinências, como se observa do art. 227 da CF/88. 3. Comprovar 
https://www.jusbrasil.com.br/topicos/10644726/artigo-227-da-constitui%C3%A7%C3%A3o-federal-de-1988
https://www.jusbrasil.com.br/legislacao/188546065/constitui%C3%A7%C3%A3o-federal-constitui%C3%A7%C3%A3o-da-republica-federativa-do-brasil-1988
que a imposição legal de cuidar da prole foi descumprida implica em se reconhecer 
a ocorrência de ilicitude civil, sob a forma de omissão. 
Isso porque o non facere, que atinge um bem juridicamente tutelado, leia se, o 
necessário dever de criação, educação e companhia – de cuidado – importa em 
vulneração da imposição legal, exsurgindo, daí, a possibilidade de se pleitear 
compensação por danos morais por abandono psicológico. 
4. Apesar das inúmeras hipóteses que minimizam a possibilidade de pleno cuidado 
de um dos genitores em relação à sua prole, existe um núcleo mínimo de cuidados 
parentais que, para além do mero cumprimento da lei, garantam aos filhos, ao 
menos quanto à afetividade, condições para uma adequada formação psicológica e 
inserção social. 
5. A caracterização do abandono afetivo, a existência de excludentes ou, ainda, 
fatores atenuantes – por demandarem revolvimento de matéria fática – não podem 
ser objeto de reavaliação na estreita via do recurso especial. 
6. A alteração do valor fixado a título de compensação por danos morais é 
possível, em recurso especial, nas hipóteses em que a quantia estipulada pelo 
Tribunal de origem revela-se irrisória ou exagerada. 7. Recurso especial 
parcialmente provido. (GRIFO NOSSO). 
Desta feita, nos embasamos no Princípio da Paternidade Responsável, disposto no 
art. 226 § 7º da Carta da Primavera de 1988, para pedir a indenização por dano 
moral afetivo decorrente do abandono, pois entre os deveres jurídicos paternos, 
um deles é prestar assistência à sua prole, seja ela de natureza material ou moral, 
e no caso em tela houve o “non facere” desse dever por parte do requerido, 
ensejando assim, uma indenização pelo abandono sofrido pelo requerente, 
requerendo a Vossa Excelência que condene o requerido ao pagamento a ser 
arbitrado no mínimo em 150 (cento e cinquenta) salários mínimos; 
VI - DOS PEDIDOS 
Diante do exposto, requer-se: 
a) Deferimento, em caráter de urgência, de liminar inaudita altera parte para, para 
fixar os alimentos provisórios no equivalente a 30% (trinta por cento) do rendimento 
bruto do requerido, inclusive férias e gratificação natalina(todas as verbas 
salariais), a serem pagos até o dia 10 (dez) de cada mês, na conta bancária da 
genitora, a saber: Banco Caixa Econômica Federal – Agência 72, Operação 013, 
Conta n. 88798-7. 
b) Deferir a citação da requerida, no endereço informado na qualificação, para, 
querendo, responder a presente ação, no prazo legal, sob pena de revelia e efeitos 
do art. 319 do CPC 
 
https://www.jusbrasil.com.br/topicos/28893817/artigo-319-da-lei-n-13105-de-16-de-marco-de-2015
https://www.jusbrasil.com.br/legislacao/174788361/lei-13105-15
c) A produção de todas as provas em direito admitidas, em especial a documental 
e a testemunhal 
d) Julgar ao final, totalmente procedente a demanda, para condenar o requerido ao 
pagamento de alimentos fixados em 30% (trinta por cento) sobre o valor dos seus 
rendimentos brutos, inclusive férias e gratificação natalina, mediante depósito na 
conta descrita no item a) do pedido, bem como os valores dos alimentos retroativos 
referentes aos 12 últimos meses 
e) O pagamento da indenização por danos morais em decorrência do abandono 
moral e afetivo do requerente pelo requerido, a ser arbitrado no mínimo em 10 
(dez) salários mínimo 
f) Seja deferido a concessão dos benefícios da assistência judiciária gratuita nos 
termos da Lei 1060/50, pelo fato do Requerente, segundo as razões retro 
mencionadas, não dispor de condições de assumir as despesas processuais. 
Protesta por todos os meios de prova em direito admitidos, notadamente 
depoimentos pessoais, ouvida de testemunhas, juntada de novos documentos, 
perícias e demais existentes no mundo jurídico. 
Junta à presente toda a documentação indicada e dá à causa, o valor de R$ 
16.788,00 (Dezesseis mil e setecentos e oitenta e oito reais). 
Nesses termos, pede deferimento. 
 
https://www.jusbrasil.com.br/legislacao/109499/lei-de-assist%C3%AAncia-judici%C3%A1ria-lei-1060-50

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