Buscar

O Jogo da Realidade_ Surgem as ciências que estudam a sociedade lição 3

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 3, do total de 14 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 6, do total de 14 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 9, do total de 14 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Prévia do material em texto

23/04/2020 O Jogo da Realidade: Surgem as ciências que estudam a sociedade
https://cead.uvv.br/graduacao/conteudo.php?aula=o-jogo-da-realidade-surgem-as-ciencias-que-estudam-a-sociedade&dcp=estudos-socioantropologicos&topico=03 1/14
Lição 03
O Jogo da Realidade: Surgem as
ciências que estudam a sociedade
Começar a aula
1. Introdução
A Revolução Francesa e a Revolução Industrial foram os acontecimentos que serviram de cenário
para o surgimento da Sociologia. A Europa experimentava grandes mudanças que transformaram a
vida da população, seus valores, seu cotidiano e seu trabalho. Alguns costumes e tradições
começaram a desaparecer e a antiga organização social começou a abrir espaço para o processo de
industrialização e urbanização da sociedade europeia.
Em um prazo relativamente curto, a humanidade presenciou uma das maiores transformações em
sua história: a família patriarcal, a servidão e o trabalho manufatureiro foram desaparecendo,
dando início à indústria capitalista. Num espaço de cem anos, a Europa que possuía fazendas,
pequenas manufaturas e dispositivos mecânicos simples foram substituídos por máquinas
complexas e grandes fábricas.
Paralelamente, a Revolução Francesa promoveu ideais seculares, como a liberdade e a
igualdade, desafiando a ordem social tradicional, e muitas das explicações baseadas na religião
passaram a receber críticas e a serem superadas por interpretações racionais e lógicas da realidade.
As mudanças provocadas pela revolução científico-tecnológica que chamamos de Revolução
Industrial, e pela Revolução Francesa, alteraram profundamente a mentalidade coletiva e a
organização social, criando novas formas de organização da vida e provocando modificações
culturais que se mantém até os dias atuais.
É nesse cenário de mudanças rápidas e abruptas que a Sociologia nasce, tentando explicar essas
transformações e produzir um conhecimento científico que permitisse uma análise racional da
realidade social.
23/04/2020 O Jogo da Realidade: Surgem as ciências que estudam a sociedade
https://cead.uvv.br/graduacao/conteudo.php?aula=o-jogo-da-realidade-surgem-as-ciencias-que-estudam-a-sociedade&dcp=estudos-socioantropologicos&topico=03 2/14
2. Contexto histórico do surgimento da
sociologia
Compreender minimamente a história do século XVIII é essencial para entendermos a mentalidade
ocidental que estava se construindo e para o surgimento da Sociologia. As transformações
intelectuais, políticas, econômicas e culturais se aceleram e apresentam problemas inéditos aos
filósofos iluministas.
Com o pensamento iluminista viralizando a mentalidade europeia, e principalmente a França, o
poder absoluto da Monarquia e da Igreja passou a ser questionado. A riqueza e a ostentação dos
nobres e do Alto Clero, antes vista com naturalidade, passou a ser vista como ofensiva em relação à
miséria experimentada pelo povo.
Impregnados dos ideais de liberdade e igualdade, representantes dos comerciantes, empresários,
trabalhadores urbanos e camponeses se uniram para formular uma nova constituição para a França
e, a partir daí, em meio a muita revolta popular e violência, iniciou-se a Revolução Francesa.
Na Inglaterra, com o desenvolvimento tecnológico promovendo a Revolução Industrial, o vapor e a
eletricidade substituíram as fontes tradicionais de energia utilizadas até então: a água, o vento e o
músculo dos animais e dos humanos. A substituição da energia humana pela energia motriz, das
ferramentas pelas máquinas, bem como da produção doméstica pelo sistema fabril, trouxe enormes
prejuízos para as famílias que começaram a ficar desempregadas.
Os habitantes das aldeias e das fazendas, vendo suas antigas profissões se tornarem desnecessárias,
passaram a emigrar para as minas de carvão mineral ou para as cidades onde havia fábricas, em
busca de trabalho e sustento para suas famílias.
A Revolução Industrial foi mais do que apenas a introdução da máquina no cotidiano do trabalho
humano e seus constantes aperfeiçoamentos; ela representou o triunfo da indústria capitalista,
administrada por empresários que aos poucos concentraram as máquinas, as terras e as
ferramentas sob o controle de poucos, transformando populações inteiras de camponeses e
trabalhadores independentes em grandes massas humanas aglomeradas nas cidades.
https://cead.uvv.br/conteudo/wp-content/uploads/2018/09/aula_estsoc_top3_img01.jpg
23/04/2020 O Jogo da Realidade: Surgem as ciências que estudam a sociedade
https://cead.uvv.br/graduacao/conteudo.php?aula=o-jogo-da-realidade-surgem-as-ciencias-que-estudam-a-sociedade&dcp=estudos-socioantropologicos&topico=03 3/14
As cidades fabris, devido a um crescimento populacional grande e rápido, não possuíam a
infraestrutura necessária para acomodar tantos novos habitantes, e as consequências da rápida
industrialização foram percebidas no aumento do alcoolismo, da criminalidade, da violência, da
prostituição; surtos de epidemias de tifo e cólera se tornaram constantes, exterminando uma
grande quantidade de pessoas. O cenário urbano da Inglaterra estava se transformando num caos e
os índices de suicídio aumentavam constantemente. O social torna-se um problema a ser
estudado.
As mudanças promovidas pela Revolução Industrial e pela Revolução Francesa produziram a
ascensão definitiva da sociedade capitalista e desenharam um novo futuro para a humanidade:
muita produção de bens e riqueza num ritmo frenético, coexistindo com um cenário inimaginável
de miséria e desvalorização da vida.
Alvin Toffler, futurista americano e estudioso das revoluções científico-tecnológicas da
humanidade, argumenta que na Revolução Industrial os meios de produção de riqueza se
alteraram. Na economia agrícola a forma de gerar riqueza era cultivando a terra, e os meios de
produção de riqueza eram, portanto, a terra, alguns implementos agrícolas (ferramentas de
cultivo), os insumos básicos (sementes), e o trabalho do ser humano e de animais, que fornecia toda
a energia necessária ao processo produtivo. Do ser humano se esperava que tivesse um mínimo de
conhecimento sobre técnicas de plantio e colheita, e que tivesse a força física para trabalhar.
Em tempos de industrialização, os prédios (fábricas), equipamentos, energia para os equipamentos,
matéria prima, o trabalho do ser humano, e, naturalmente o capital (dada a necessidade de grandes
investimentos iniciais) passaram a assumir um papel essencial enquanto meios de produção. Do ser
humano passou a se esperar que pudesse entender ordens e instruções, que fosse disciplinado e
que, na maioria dos casos, tivesse força física para trabalhar.
Para que o camponês europeu pudesse se adaptar a essas novas demandas da indústria, era
necessário treiná-lo, discipliná-lo e transformá-lo num sujeito útil para as indústrias.
Para alcançar esse objetivo, foi criada a Escola.
Trabalhadores aglomerados em busca de empregos nas cidades industriais.
3. A origem da educação
Joseph Meyer, um dos mais diligentes editores do século XIX, inventou o slogan “A educação
liberta!”, e a democracia social do século XX elevou esse slogan à categoria de exigência política,
levando todos a acreditarem na educação como um grande benefício concedido às pessoas.
Talvez você já tenha ouvido a frase “Saber é Poder!” ou “Cultura para todos!” e tenha acreditado na
transformação que a educação pode causar na vida das pessoas, ou na importância de todas as
crianças frequentarem uma escola.
23/04/2020 O Jogo da Realidade: Surgem as ciências que estudam a sociedade
https://cead.uvv.br/graduacao/conteudo.php?aula=o-jogo-da-realidade-surgem-as-ciencias-que-estudam-a-sociedade&dcp=estudos-socioantropologicos&topico=03 4/14
No entanto, Hans Magnus Enzensberger, poeta, ensaísta e escritor alemão, em sua obra
Mediocridade e Loucura (1995), argumenta que a escola foi criada pelo Estado para atender a uma
exigência dos capitalistas industriais, que precisavam de trabalhadores treinados para operarem
suas máquinas e fazerem funcionar suas indústrias.
Enzensberger diz que já em 1880 na Alemanha, o índicede analfabetismo era menor do que 1% e
hoje é praticamente inexistente, mas desconfia da notícia, acreditando que ela não seja tão boa
quanto parece. Em suas próprias palavras,
Nossa alegria em relação a este triunfo mantém-se dentro de certos limites. A notícia é boa
demais para ser verdadeira. Os povos aprenderam a ler e a escrever não por vontade própria,
mas porque se viram obrigados a tanto. A emancipação deles foi, simultaneamente, uma
cassação dos seus direitos. A partir de então, o ato de aprender passou a ser controlado
pelo Estado e suas agências: a escola, o exército e a justiça.
(...) A meta perseguida pela alfabetização da população nada teve a ver com o Iluminismo. Os
filantropos e os sacerdotes da cultura que a defendiam foram apenas cúmplices de uma
indústria capitalista, exigindo que o Estado colocasse à sua disposição trabalhadores
treinados. (...) O esforço nunca tratou de abrir um caminho para a “cultura escrita” e muito
menos de libertar as pessoas para que falassem por si mesmas. O que estava em jogo era um
tipo completamente diferente de progresso. Ele consistia em domesticar os analfabetos,
acabando com a imaginação e a teimosia deles, passando-se desde então a explorar não
apenas sua força muscular e suas habilidades, como também seus cérebros.
Aquilo a que chamamos de Educação e da qual nos orgulhamos, foi na verdade um processo
histórico de adestramento populacional para o trabalho na indústria, que desejava empregar
pessoas que fossem tecnicamente treinadas, obedientes e dóceis.
Michel Foucault (1987) constatou em suas pesquisas que nos séculos XVII e XVIII inaugura-se na
sociedade europeia o momento das disciplinas, ou seja, um momento histórico em que as práticas
de vigilância eram utilizadas como método de controle comportamental, através de instituições
como as prisões, os quartéis, as escolas, os hospitais e outras organizações, produzindo corpos
submissos por meio de uma sujeição implantada nos indivíduos que sabiam que estavam sendo
observados. Era um tipo de poder que ele chama de microfísico e que, nas palavras do próprio
Foucault “[...] se exerce continuamente através da vigilância [...]”.
Cena do clipe Another brick in the wall, da banda Pink Floyd, que acusa o sistema educacional de controlar as mentes das
cianças.
https://cead.uvv.br/conteudo/wp-content/uploads/2018/09/aula_estsoc_top3_img02.gif
23/04/2020 O Jogo da Realidade: Surgem as ciências que estudam a sociedade
https://cead.uvv.br/graduacao/conteudo.php?aula=o-jogo-da-realidade-surgem-as-ciencias-que-estudam-a-sociedade&dcp=estudos-socioantropologicos&topico=03 5/14
A vigilância dos corpos e o controle do indivíduo no espaço e no tempo são, portanto, segundo
Foucault, estratégias utilizadas pelo poder para garantir a docilização do indivíduo e torná-lo útil à
sociedade.
A escola absorveu muito dessa metodologia de vigilância e transformou o ambiente de aprendizado
num ambiente de disciplinamento, vigilância e punição. Talvez você já tenha se submetido ao mapa
de sala, para ter o controle territorial dos alunos, ou já tenha sido envergonhado publicamente por
não se adequar aos padrões comportamentais exigidos na escola.
Foi essa “parceira de adestramento” entre o Estado e a Indústria Capitalista que nos colocou
num banco de escola, aprendendo aquilo que a indústria (e atualmente o Mercado) determinou que
deveríamos aprender.
As escolas foram os locais criados para se preparar a mão de obra para o trabalho na indústria. Até o formato das salas de
aula correspondiam ao ambiente da indústria.
4. O surgimento da sociologia
Esse cenário de mudanças profundas em todas as esferas da sociedade inspirou os intelectuais que
já buscavam compreender a sociedade, a empreenderem uma investigação mais profunda e
científica.
Para isso, alguns pensadores começaram a desenvolver metodologias de pesquisa e análise da
realidade, buscando criar uma ciência que pudesse estudar a realidade social de modo racional e
sistematizado. A criação da Sociologia representa o resultado da pesquisa e da produção científica
de um conjunto de pensadores que se empenharam em compreender as novas situações de
existência que estavam acontecendo.
Os pensadores ingleses que testemunhavam estas transformações e com elas ocupavam seu
pensamento, eram antes de tudo pessoas voltadas para a ação, que tinham o objetivo de introduzir
determinadas mudanças na sociedade. Participavam ativamente dos debates das diferentes
correntes ideológicas, como os liberais, conservadores e socialistas.
https://cead.uvv.br/conteudo/wp-content/uploads/2018/09/aula_estsoc_top3_img03_-768x229.jpg
23/04/2020 O Jogo da Realidade: Surgem as ciências que estudam a sociedade
https://cead.uvv.br/graduacao/conteudo.php?aula=o-jogo-da-realidade-surgem-as-ciencias-que-estudam-a-sociedade&dcp=estudos-socioantropologicos&topico=03 6/14
Todas as transformações que ocorreram desde o século XVIII trouxeram consigo problemas para a
vida em comunidade, daí surge a Sociologia e seus pesquisadores para esclarecerem as mudanças
ocorridas no meio social, juntamente com os processos que interligam os indivíduos em grupos,
associações e instituições. O termo Sociologia foi criado por Auguste Comte em 1838, e
pretendia unificar a Psicologia, a Economia e a História, levando em consideração que todos esses
assuntos giram em torno do ser humano e seu comportamento. Mas os fundamentos sociológicos só
foram institucionalizados com Karl Marx, Émile Durkheim e Max Weber, pensadores que se
tornam base para a fundação da Sociologia como ciência.
Durkheim afirmou que desde quando “a tempestade revolucionária passou, constituiu-se como que
por encanto a noção de ciência social”, ou seja, desde os primeiros impactos das Revoluções
Francesa e Industrial, o ritmo e o nível das mudanças ocorridas, colocaram a sociedade como “um
problema” a ser investigado.
A tarefa que esses pensadores se propuseram foi a de compreender racionalmente a nova ordem
social que estava sendo estabelecida pelos capitalistas, buscando encontrar soluções para o estado
de “desorganização” existente.
Inspirados pelo pensamento conservador da época, alguns intelectuais e particularmente os
positivistas¹ estavam interessados na preservação da nova ordem econômica e política que estava
sendo implantada. Preocupados com a ordem, a estabilidade e a coesão social, enfatizaram a
importância da autoridade, da hierarquia, da tradição e dos valores morais para a conservação da
vida social. O principal representante dessa visão foi o francês Auguste Comte.
Mas para restabelecer a “ordem e a paz”, para encontrar um estado de equilíbrio nessa nova
sociedade, seria necessário, segundo eles, conhecer as leis que regem os fatos sociais, instituindo
uma ciência da sociedade.
No entanto, além dos conservadores, que buscavam a estabilidade e a manutenção da nova
sociedade capitalista, havia os revolucionários, que viam o sistema capitalista como uma nova
roupagem para a escravidão humana, e 
por isso buscavam compreender suas fraquezas e suas brechas, para poder derrubá-lo. 
Assim percebemos que a Sociologia surge como algo mais do que mera reflexão sobre a moderna
sociedade. Suas explicações tinham intenções práticas, objetivando interferir no rumo desta
civilização, tanto para manter como para alterar os fundamentos da sociedade que a impulsionaram
e a tornaram possível.
Eles não desejavam apenas compreender o cenário social ou produzir conhecimento sobre as
novas condições de vida, mas procuravam orientar-se para a ação transformadora, tanto para
manter, como para reformar ou modificar radicalmente a sociedade de seu tempo. Isso significa
que os precursores da Sociologia eram militantes políticos, indivíduos que participavam e se
envolviam profundamente com os problemas de suas sociedades, buscando modificá-las.
23/04/2020 O Jogo da Realidade: Surgem as ciências que estudam a sociedade
https://cead.uvv.br/graduacao/conteudo.php?aula=o-jogo-da-realidade-surgem-as-ciencias-que-estudam-a-sociedade&dcp=estudos-socioantropologicos&topico=037/14
 
4.1. Os Fundadores da Ciência da Sociedade
Durkheim e o método
Durkheim é considerado por muitos historiadores como o verdadeiro fundador da Sociologia como
ciência independente das outras ciências sociais. Buscou estabelecer regras metodológicas claras
para a prática da Sociologia e em 1895 lançou seu famoso livro As regras do método sociológico,
indicando como deveria ser a abordagem dos problemas sociais, estabelecendo regras de análise
dos fenômenos.
Baseado na metodologia desenvolvida em seu livro, Durkheim publica dois anos mais tarde O
Suicídio, fruto de uma pesquisa sobre as reais causas dos suicídios; ele constatou que o suicídio é
mais do que um simples ato individual de desespero, e é fortemente influenciado por fatores
sociais. Com isso, demonstrou a influência de fatores sociais na vida dos indivíduos e a
importância de estudá-los para compreender a dinâmica da vida social.
Durkheim chamou o suicídio que ocorre em ambientes de baixa regulação social de “suicídio
anômico”. Ele ocorre quando as regras que governam o comportamento dos indivíduos são
definidas de maneira vaga, tornando seu cotidiano muito imprevisível.
Na situação oposta, ou seja, em ambientes de alta regulação social, tendem a ocorrer suicídios que
Durkheim denominou “suicídio fatalista”. Ele decorre de uma regulação ou normatização
excessiva da vida social e que deixa pouco espaço para que os indivíduos manifestem suas paixões e
necessidades, ou seja, sua individualidade.
Já em contextos de baixa integração social, isto é, em contextos nos quais a frequência e
intensidade das interações sociais são baixas, ocorre o “suicídio egoísta”. O suicídio
egoísta decorre de uma falta de integração do indivíduo à sociedade devido a laços sociais fracos
com outros indivíduos.
Por fim, o “suicídio altruísta” ocorre quando existe um grau muito alto de integração social, de
forma que as ações individuais dizem respeito aos interesses do grupo.
Karl Marx e a revolta dos explorados
Enquanto o objetivo do positivismo foi a preservação da nova sociedade capitalista, Karl Marx
fará a crítica radical a esse tipo de ordem social, expondo suas falhas e contradições.
Enxergando a exploração do ser humano na base do sistema capitalista, Marx e Engels se dedicam a
estudar e expor todas as falhas desse novo sistema.
Karl Marx argumentou que os proprietários de indústrias estavam ansiosos por melhorar a maneira
como o trabalho estava organizado e por adotar novas ferramentas, máquinas e métodos de
produção. Tais inovações lhes possibilitariam produzir mais eficientemente, obter mais lucros e
eliminar concorrentes ineficientes do mercado.
23/04/2020 O Jogo da Realidade: Surgem as ciências que estudam a sociedade
https://cead.uvv.br/graduacao/conteudo.php?aula=o-jogo-da-realidade-surgem-as-ciencias-que-estudam-a-sociedade&dcp=estudos-socioantropologicos&topico=03 8/14
No entanto, o impulso para o lucro também faz com que os capitalistas concentrem os
trabalhadores em estabelecimentos cada vez maiores, mantenham os salários o mais baixo que
puderem e invistam o mínimo possível na melhoria das condições de trabalho.
Para que isso seja possível, Karl Marx argumenta que os capitalistas industriais produziam uma
ideologia, ou seja, uma ilusão, uma falsa consciência, uma concepção idealizada da realidade para
que os trabalhadores acreditassem e permanecessem dominados.
A ideologia é considerada um instrumento de repressão que age através do convencimento,
alienando a consciência humana. A ideologia é a produção de uma certa “compreensão da
realidade” para ocultar ou disfarçar a dominação das classes privilegiadas.
Segundo Karl Marx, a própria sobrevivência dos trabalhadores era determinada pelos patrões, que
ele chamava de capitalistas, ou seja, os detentores do capital. Os capitalistas industriais passaram
a se articular com o Estado e a produzir legislação favorável à sua acumulação de capital.
Assim, Marx argumentou: uma classe de trabalhadores pobres, cada vez maior, opõe-se a uma
classe cada vez menor de proprietários dos meios de produção.
Daí se origina o que Marx chama de Luta de Classes, e estabelece a centralidade do conflito
como motor das relações sociais.
Max Weber e o desenvolvimento da sociologia
Max Weber é considerado um dos mais importantes pensadores do começo do século XX, pois deu
inúmeras contribuições à Sociologia, formulando conceitos e desenvolvendo tipologias de análise
científica.
Entre os estudos mais relevantes, estudou a Burocracia, os sistemas de estratificação social e a
questão da autoridade.
Talvez um dos conceitos mais centrais na teoria weberiana seja o de “ação social”, que, segundo o
autor, deveria ser o principal objeto de estudo da Sociologia. Weber estudava aspectos mais
cotidianos da vida dos indivíduos justamente por acreditar que o grande motivador da ação na
vida das pessoas eram as ideias, as crenças e os valores, sendo também os principais
catalizadores das mudanças sociais, e não apenas a estrutura das instituições ou a situação
econômica do sujeito.
Ele acreditava que os indivíduos tinham liberdade para agir e mudar a sua realidade. A ação
social seria, portanto, qualquer ação que possuísse um sentido e uma finalidade determinados por
seu autor. Em outras palavras, uma ação social constitui-se como ação a partir da intenção de seu
autor em relação à resposta que deseja de seu interlocutor.
5. Principais teorias sociológicas
5.1 Funcionalismo
23/04/2020 O Jogo da Realidade: Surgem as ciências que estudam a sociedade
https://cead.uvv.br/graduacao/conteudo.php?aula=o-jogo-da-realidade-surgem-as-ciencias-que-estudam-a-sociedade&dcp=estudos-socioantropologicos&topico=03 9/14
O sociólogo norte-americano Talcott Parsons (1902-1979) foi um dos pensadores funcionalistas
mais importantes, depois de Émile Durkheim. Uma de suas principais contribuições foi a de
identificar como as várias instituições sociais devem operar a fim de assegurar o funcionamento
regular da sociedade.
Os funcionalistas acreditam que o equilíbrio social depende de cada instituição cumprir sua
função na sociedade. Nessa perspectiva, cada indivíduo e cada instituição contribuem para o
funcionamento harmonioso da sociedade.
Para Parsons, a sociedade encontra-se bem integrada e em equilíbrio quando as famílias
educam bem as novas gerações, quando os militares defendem satisfatoriamente a sociedade das
ameaças externas, quando as escolas ensinam às crianças as habilidades e os valores que elas
precisam para funcionar como adultos produtivos, quando as religiões criam um código moral
compartilhado entre as pessoas e quando o governo transforma os impostos pagos pelos cidadãos
em benefícios para toda a sociedade, tais como educação, segurança e saúde.
Os funcionalistas enfatizam que o comportamento humano é governado por padrões
estáveis de relações sociais; também argumentam que as estruturas sociais mantêm ou
enfraquecem o equilíbrio social. É por essa razão que os funcionalistas são, às vezes, chamados
de “funcionalistas estruturais”: eles analisam como as partes da sociedade (as estruturas) se
encaixam umas às outras e como cada parte contribui para a estabilidade do todo (sua função).
Ainda de acordo com a perspectiva funcionalista, as estruturas sociais baseiam-se,
principalmente, em valores compartilhados, pois são estes valores que mantêm as pessoas
unidas, são essas crenças que as aproximam. Sugerem que o restabelecimento do equilíbrio
social é a melhor solução para os problemas da sociedade. Durkheim escreveu que a
estabilidade social poderia ser restaurada na Europa do fim do século XIX (que sofria com as
desgraças da Revolução Industrial) por meio da criação de novas associações de patrões e
empregados que poderiam, por sua vez, diminuir as expectativas dos trabalhadores em relação ao
que poderiam esperar da vida. Para Durkheim, se as pessoas desejassem menos, então a
solidariedade social aumentaria e haveria menos greves e taxas de suicídio menores.
O Funcionalismo representou, portanto, umaresposta conservadora para o mal-estar
generalizado na França do fim do século XIX, e foi assim considerado porque não contempla a
diversidade e não analisa as contradições existentes na realidade, mas busca uma padronização dos
seres humanos para a manutenção de uma certa ordem.
5.2 Teoria Do Conflito
VOCÊ SABIA
O olhar funcionalista parecia se adequar perfeitamente às necessidades de compreensão e
legitimação de uma sociedade que necessitava de uma padronização intensa, já que as
indústrias e suas linhas de montagem haviam se espalhado por todo o globo terrestre.
23/04/2020 O Jogo da Realidade: Surgem as ciências que estudam a sociedade
https://cead.uvv.br/graduacao/conteudo.php?aula=o-jogo-da-realidade-surgem-as-ciencias-que-estudam-a-sociedade&dcp=estudos-socioantropologicos&topico=03 10/14
Outra tradição teórica da sociologia enfatiza a centralidade do conflito na vida social. A
teoria do conflito teve origem na obra do pensador social alemão Karl Marx. Membro da geração
imediatamente anterior à de Durkheim, Karl Marx observou a pobreza e o descontentamento
produzidos pela Revolução Industrial e desenvolveu um argumento generalizado acerca da maneira
como as sociedades se desenvolvem.
A teoria de Marx era radicalmente diferente da de Durkheim: em vez de enfatizar a
importância do equilíbrio social, o cerne de suas ideias é a luta de classes, isto é, os conflitos
entre as classes no sentido de resistir e superar a oposição de outras classes.
A teoria do conflito concentra sua atenção no estudo das grandes estruturas macrossociais,
tais como “relações de classe” ou padrões de dominação, submissão e luta entre indivíduos de
posições sociais altas e baixas. Para os teóricos do conflito, os ricos lutam para permanecer ricos e,
para isso, exploram injustamente a mão-de-obra da grande maioria de trabalhadores, dando-lhes
baixos salários e más condições de trabalho. Os pobres lutam para manter um padrão de vida que
beira à mera sobrevivência e lutam por seus interesses, gerando uma relação conflituosa com seus
patrões
A teoria do conflito enfatiza como os membros de grupos privilegiados tentam manter suas
vantagens, enquanto grupos subordinados lutam para aumentar as suas. Desse ponto
de vista, as condições sociais em um dado período de tempo são a expressão de uma luta de poder
contínua entre grupos privilegiados e grupos subordinados. Nessa perspectiva, a eliminação dos
privilégios diminuirá o grau de conflito e aumentará o bem-estar humano total.
Essa teoria analisa as contradições que são inerentes à existência humana e que, em um sistema
desigual por excelência, essas contradições assumem um caráter significativo para compreensão da
realidade social e sua transformação.
5.3 Interacionismo
Como vimos anteriormente, Max Weber foi um dos mais importantes sociólogos, influenciando
profundamente o desenvolvimento da sociologia no mundo todo. Em muitas de suas obras, Weber
enfatizou a importância de se compreender os motivos e significados que as pessoas
atribuem às coisas para entender mais claramente o significado de suas ações.
A ideia de que significados e motivos individuais devem ser levados em consideração
em qualquer análise sociológica que se pretenda completa, foi uma das contribuições de
Weber à teoria sociológica clássica.
Para Weber, compreender o significado que as pessoas davam para suas ações e as motivações que
as levavam a praticá-las, era de extrema importância para compreender a sociedade.
23/04/2020 O Jogo da Realidade: Surgem as ciências que estudam a sociedade
https://cead.uvv.br/graduacao/conteudo.php?aula=o-jogo-da-realidade-surgem-as-ciencias-que-estudam-a-sociedade&dcp=estudos-socioantropologicos&topico=03 11/14
Sua ênfase em significados subjetivos encontrou solo fértil nos Estados Unidos no final do século
XIX e início do século XX porque suas ideias ressoaram no profundo individualismo da cultura
norte-americana.
Os americanos foram culturalmente educados a acreditarem que o talento e a iniciativa individual
tornavam possível que as pessoas conseguissem praticamente qualquer coisa naquela terra de
oportunidades. Neste caso, o talento e a iniciativa individual são muito valorizados
como fatores de transformação social.
Assim, teorias interacionistas concentram suas análises na comunicação interpessoal, produzida
em ambientes microssociais, nos significados subjetivos criados em pequenos ambientes. Assim,
enfatiza que a vida social só é possível na medida em que as pessoas, individualmente, atribuem
significado às coisas. Uma explicação adequada do comportamento social requer a compreensão
dos significados subjetivos que as pessoas associam às suas circunstâncias sociais. Não podemos
supor que as pessoas pensem de maneira idêntica; sabemos que temos nossas
particularidades, que de alguma maneira somos seres únicos, e por isso as interpretações
individuais e microssociais fazem parte do comportamento social.
Assim, o Interacionismo insiste no fato de que as pessoas ajudam a criar circunstâncias
sociais e não simplesmente reagem a elas. Erving Goffman, por exemplo, analisou as diversas
maneiras como as pessoas se apresentavam umas às outras na vida cotidiana, de forma a
aparecerem da melhor maneira possível. Goffman comparava a interação social a uma peça
cuidadosamente encenada, completa, com um palco, um cenário, papéis definidos e diversos
adereços. Nessa peça, a idade, o gênero, a raça e outras características de uma pessoa podem ajudar
a determinar/padronizar suas ações, mas também existe muito espaço para a criatividade
individual.
5.4 Construtivismo Social
Uma variante do Interacionismo que tem se tornado particularmente popular nos últimos anos é
o construtivismo social. Os construtivistas sociais argumentam que quando as pessoas
interagem, elas quase sempre pressupõem que as coisas são, natural ou biologicamente, o que
deveriam ser, ou seja, não se questionam sobre a origem e a natureza dos fatos. No
entanto, características aparentemente naturais ou inatas da vida são muitas vezes sustentadas por
processos sociais que variam histórica e culturalmente.
As pessoas, de maneira geral, são tão bem sucedidas em construir realidades sociais de
aparência natural em suas interações na vida cotidiana, que não notam os materiais? Utilizados
no processo dessa construção. Em resumo, estudar os indivíduos em meio à multidão nos
ajuda a perceber além da imagem oficial, além dos estereótipos, aprofundando nossa compreensão
de como a sociedade funciona e complementando com as informações adquiridas a partir da análise
de grandes estruturas.
5.5 Feminismos
Poucas mulheres tiveram destaque na história inicial da sociologia. As obrigações colocadas
sobre elas pela família do século XIX e a falta de oportunidades na sociedade como um todo
impediram que a maioria das mulheres tivesse formação superior e contribuísse de maneira efetiva
para a sociologia. As mulheres que deixaram sua marca na sociologia em seus primórdios,
normalmente tinham biografias pouco comuns.
23/04/2020 O Jogo da Realidade: Surgem as ciências que estudam a sociedade
https://cead.uvv.br/graduacao/conteudo.php?aula=o-jogo-da-realidade-surgem-as-ciencias-que-estudam-a-sociedade&dcp=estudos-socioantropologicos&topico=03 12/14
Algumas dessas mulheres excepcionais trouxeram à tona questões de gênero ignoradas por Marx,
Durkheim, Weber e outros sociólogos clássicos. O reconhecimento das contribuições
sociológicas de mulheres pioneiras tem aumentado nos últimos anos porque a preocupação
com questões de gênero tem se tornado parte substancial da sociologia contemporânea.
Harriet Martineau (1802-1876) foi a primeira socióloga, sendo uma defensora
importante dos direitos das mulheres de votar, de ter acesso à educação superior e da igualdade de
gênero na família.
Apesar da agitação inicial, o pensamento feminista teve pouco impacto na sociologia, até que
em meados de 1960 o surgimento do movimento feminista moderno chamou a atenção para muitas
das desigualdades que ainda existiam entre homense mulheres. Em virtude da grande influência
que a teoria feminista vem exercendo sobre a Sociologia desde então, é possível considerá-la
como a quarta grande tradição teórica da sociologia nos dias de hoje.
As teorias feministas se concentram nos diversos aspectos do patriarcalismo, isto é, o sistema de
dominação masculina na sociedade. O patriarcalismo, conforme argumentam as feministas, é tão
ou mais importante do que as desigualdades de classe na determinação das oportunidades que uma
pessoa tem na vida.
As teorias feministas sustentam que a dominação masculina e a subordinação feminina não
são determinadas biologicamente, mas decorrem de estruturas de poder e de convenções
sociais.
Também examinam como o patriarcalismo funciona nos níveis micro e macrossociais,
isto é, examinam como a dominação masculina acontece nas grandes estruturas, tais como igrejas,
empresas, política e na própria cultura de um país, mas também nas pequenas estruturas, como nas
famílias e nos círculos íntimos.
A teoria feminista argumenta que os padrões existentes de desigualdade de gênero podem
e devem ser mudados para o benefício de todos os membros da sociedade. As principais
fontes de desigualdade de gênero incluem as maneiras como meninos e meninas são educados, que
resulta em barreiras em relação a oportunidades iguais de educação, trabalho remunerado e
política, assim como uma divisão desigual de responsabilidades domésticas entre homens e
mulheres.
Movimentos feministas em diferentes épocas, defendendo diferentes pautas.
https://cead.uvv.br/conteudo/wp-content/uploads/2018/09/aula_estsoc_top3_img04_-768x238.jpg
23/04/2020 O Jogo da Realidade: Surgem as ciências que estudam a sociedade
https://cead.uvv.br/graduacao/conteudo.php?aula=o-jogo-da-realidade-surgem-as-ciencias-que-estudam-a-sociedade&dcp=estudos-socioantropologicos&topico=03 13/14
6. Conclusão
Espero que você tenha compreendido um pouco melhor os impactos das Revoluções Industrial e
Francesa na dinâmica das sociedades europeias e posteriormente nas sociedades ao redor do
mundo.
Foram esses impactos que promoveram a criação de instituições como a indústria, a escola, o
Estado e o próprio sistema capitalista, que determina muitos aspectos em nossas vidas individuais
e nos mergulham numa realidade que pouco compreendemos e que, por isso, tendemos a
naturalizar.
Utilize a reflexão sociológica para te ajudar a refinar sua percepção da realidade e das relações
humanas, que são muito mais complexas do que imaginamos. Apenas um mergulho no estudo e na
pesquisa de campo pode nos dar a noção da rede complexa de relações e de interesses que
compõem o mundo ao nosso redor.
Somos o tempo todo estimulados(as) por essas forças, influenciados(as) por seus apelos, e os
próximos tópicos nos ajudarão a compreender melhor o jogo que estamos jogando.
7. Notas Complementares
¹ Para Auguste Comte, o positivismo é uma doutrina filosófica, sociológica e política. Surgiu como
desenvolvimento sociológico do iluminismo, das crises social e moral do fim da Idade Média e do
nascimento da sociedade industrial - processos que tiveram como grande marco a Revolução
Francesa.
8. Referências
DIAS, Reinaldo. Introdução à Sociologia. 2. ed. São Paulo, SP: Pearson, 2012.
ENZENSBERGER, Hans Magnus. Mediocridade e Loucura. São Paulo: Ed. Ática, 1995.
FOUCAULT, Michel. Vigiar e Punir. Petrópolis: Ed. Vozes, 1987.
GOFFMAN, Erving. A representação do eu na vida cotidiana. 10. ed. Petrópolis: Vozes, 2002.
MARX, Karl; ENGELS, Friedrich. A ideologia alemã. São Paulo: Martin Claret, 2005.
Robert Brym et al. Sociologia: sua bússola para um novo mundo. São Paulo: Thomson Learning,
2006.
23/04/2020 O Jogo da Realidade: Surgem as ciências que estudam a sociedade
https://cead.uvv.br/graduacao/conteudo.php?aula=o-jogo-da-realidade-surgem-as-ciencias-que-estudam-a-sociedade&dcp=estudos-socioantropologicos&topico=03 14/14
TOFFLER, Alvin. A terceira onda. Rio de Janeiro: Ed. Record, 2014.
YouTube. (2017, Fevereiro, 15). History Channel Brasil. Capitalismo, Revolução Industrial,
Doenças, Drogas. 46min19seg. Disponível em: <https://www.youtube.com/watch?
v=feO4X3_EgtU&t=111s>. Acesso em: 20 maio 2018.
YouTube. (2014, Setembro, 24). TEDx Talks. Tendências da Educação Contemporânea.
20min02seg. Disponível em: <https://www.youtube.com/watch?v=9k96UWzhKNU>. Acesso em:
22 maio 2018.
YouTube. (2013, Junho, 09). Lucas Camargo. Another Brick In The Wall - Pink Floyd (Legendado
PT-BR). 44seg. Disponível em: <https://www.youtube.com/watch?v=mP-ZAgsMAkE>. Acesso em:
22 maio 2018.

Outros materiais