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Planos anestesicos

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Aluna : Tamires Bosque de Oliveira
Anestesiologia Veterinária
Resumo
Planos anestésicos
Os planos anestésicos são um modelo indicado por Guedel em 1937 para classificar a profundidade da anestesia, para o éter e depois adaptadas para outros anestésicos. Analisa-se os diferentes estágios, e auxilia e dirige para o momento certo de cada realização cirúrgica. Para que possa ter uma boa análise dos planos anestésicos devem ser levados em conta alguns fatores. 
É de extrema importância levar em consideração: a espécie animal, pois o comportamento de cada espécie se apresenta de maneira diferente em relação aos anestésicos, podemos observar que alguns dos reflexos desaparecem em estágios e planos diferentes. Temos como exemplo o reflexo palpebral que no cão é indicativo do segundo plano do estágio III, já nos gatos passa do terceiro para o quarto plano do mesmo estágio. Deve ser avaliado também os fármacos a serem utilizados, pois com a utilização de anestésicos voláteis, normalmente, os planos anestésicos são bem individualizados e permitem aprofundamento e superficialização anestésica, o que se deseja considerando o estado do paciente e o risco cirúrgico. Os barbitúricos quando administrados após uma medicação pré-anestésica, ele apresenta todos os estágios, mas de maneira breve e compacta. Deve ser considerado também a sensibilidade de alguns animais a determinados tipos de anestésicos. Outro fator a ser considerado é o estado do paciente, em animais debilitados, nota-se rapidamente o alcance de planos profundos, assim como animais obesos e mais jovens com menor dose de anestésico. É importante também considerar que cada compartimento do animal apresenta sensibilidades diferentes, evitando assim planos mais profundos desnecessários. Por fim deve-se ter em mente que cada anestésico possui sua concentração alveolar mínima. A partir dos planos anestésicos, são avaliados os principais reflexosna anestesia, que são: reflexo interdigital; reflexo laringotraqueal; reflexo cardíacos; reflexos oculopalpebrais (palpebral,corneano e pupilar); reflexos respiratórios; reflexo anal; e outros como tônus muscular e salivação. Guedel estabeleceu quatro estágios em algarismo romano e tendo o estágio III quatro planos. O estágio I é o de analgesia e perda de consciência, estão inseridos neste estágio o início da administração do anestésico até a perda de consciência ele é caracterizadopelo início da anestesia com presença ainda de sensação dolorosa ao estimulo, apresenta reações diversas em relação a cada animal, comportamento heterogêneos, apresentando taquicardia e midríase, desorientação, respiração irregular caso não tenha sido aplicado medicação pré-anestésica (MPA), nesse estágio a hipnose esta se instalando, mas ainda assim pode haver respostas aos reflexos somáticos e autonômicos aos estímulos dolorosos. O estágio II é a fase de excitação ou delírio, responsável pela perda de consciência e pela liberação de centros altos do SNC, esse estágio é caracterizado por incoordenação motora, hiperalgesia, tosse e vômito, defecação por hiper-reflexia, dilatação pupilar e lacrimejamento, taquipneia com hiperventilação e respiração arrítmica, reação anormal aos estímulos externos (sonoros, luminosos e táteis), em ruminantes e felinos pode haver salivação abundante. As reações que acontecem no estágio II podem ser evitadas com a administração da MPA diferenciadas para cada espécie, pois nelas destacam-se as propriedades adrenolíticas e potencializadoras das fenotiazinas e ansiolíticas das benzodiazepinas. Quando se aplica a MPA, por indução dos barbitúricos, essa fase de excitação geralmente inexiste, o que reduz bruscas alterações paramétricas, causados por esses fármacos, o que faz de a MPA ser indispensável na rotina anestésica. O estágio III é caracterizado pela perda da consciência e depressão progressiva do SNC, chegando até a parada respiratória. Em função dessa depressão são determinados os quatro planos anestésicos, conhecidos como planos cirúrgicos. O plano 1 é caracterizado como início dos planos cirúrgicos, e apresentam asseguintes propriedades: normalização da respiração, que se torna rítmica, costoabdominal, de menor frequência e maior amplitude; miose, com resposta ao estimulo luminoso; início da exposição da terceira pálpebra no cão; presença de reflexos interdigital e laringotraqueal, o que impede a introdução de sonsa endotraqueal em cães e equinos, nos bovinos a sonda estimula a mastigação e no gato exige um plano mais profundo; presença de reflexos oculares em toda as espécies ; apresenta intensa salivação, discreta com o uso de MPA e se ela estiver empregada com fenotiazina; pode ocorrer vômitos sem a MPA ou induzidos diretamente com éter; os felinas ainda apresentam gemidos neste plano; tônus muscular reduzido; presença de nistagmo em equinos. Não existe formas fixas para diferenciar os planos 1 e 2, mas faz-se a analise do plano 2 a partir de sinais e reflexos, como a centralização do globo ocular, com presença de miose;miose puntiforme, caso tenha usado barbitúrico;redução da pressão arterial e dos batimentos cardíacos com a maioria dos anestésicos; respiração abdominal, porém profunda erítmica; ausência do reflexo interdigital e as vezes palpebral, neste plano o estimulo doloroso cirúrgico causa liberação de catecolaminas e faz com que eleve as frequências respiratórias e cardíaca. O pano 3 é fase ideal para o procedimento cirúrgico, a respiração é superficial abdominocostal; inspiração curta; volume corrente e frequência respiratória reduzidos; silencio abdominal; inicio de midríase, com reflexo bem reduzido; todos os reflexos sensitivos ausentes (interdigital, palpebral e corneano); xerostomia; ausência de secreções a nível de mucosas; córnea seca e pupila em posição central; miose apenas em felinos. Este plano é requerido em cirurgias que exploram as cavidades abdominais e torácicas, quando a necessidade de relaxamento muscular é a maior possível. O plano 4 é o plano da depressão bulbar, plano em que a atividade metabólica esta muito baixa, caracterizado pela respiração apenas diafragmática, taquipneia e superficial; paralisia da musculatura intercostal e abdominal; volume corrente reduzido; ventilação alveolar baixa; midríase acentuada, sem resposta ao estímulo luminoso; córnea seca e sem brilho; inicio de apneia e cianose porhipoventilação. Este plano é profundo e pode apresentar dificuldade na recuperação. Por fim tem-se o estágio IV, que é o estágio mais crítico de todos, pois é nele que se observa a abolição ou diminuição de alguns certos, pode apresentar parada respiratória e cardíaca, que se não revertidas em segundos levará o animal à morte. Geralmente ocorre a midríase agônica, sem resposta ao estímulo luminoso, acompanhada de outros sintomas como hipotermia e respiração laringotraqueal, demonstrando a última tentativa de respiração do paciente, respiração agônica, levando o paciente ao choque bulbar. O conjunto desses sintomas desenvolvidos em um espaço máximo de três a quatro minutos, será indicativo que o animal terá passado por uma anóxia cerebral acusada por eletroencefaografia, onde se notara o silencio cerebral procedido de sofrimento. Este estado e irreversível levando a morte clínica do paciente.

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