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O tiobarbiturato, que quando utilizados após a medicação pré-anestésica, apresentam todos os planos anestésicos de forma homogênea, indo desde a an...

O tiobarbiturato, que quando utilizados após a medicação pré-anestésica, apresentam todos os planos anestésicos de forma homogênea, indo desde a anestesia superficial até a profunda. Suscetibilidade do paciente ao fármaco: Além da suscetibilidade individual que pode existir em função de qualquer fármaco anestésico para as diferentes espécies de animais, ainda há algumas especificidades, como a sensibilidade de algumas raças de suínos ao halotano, em especial as raças Landrace e Pietrain. Isso faz com que não seja possível, por vezes, identificar os planos anestésicos em algumas linhagens de Landrace, indicando que a sensibilidade é de origem genética. Estado físico do paciente: A avaliação do estado físico do animal é de suma importância, já que em animais debilitados e desnutridos os planos profundos de anestesia são alcançados rapidamente, levando o animal ao risco de intoxicação anestésica. Isso não acontece em animais com sobrepeso, pois nestes, a indução barbitúrica como medida cautelar deve ser mais demorada, por serem esses anestésicos extremamente lipossolúveis. Outra característica que deve ser levada em consideração é a idade do paciente. Em animais idosos (devido à dificuldade na metabolização) ou muito jovens (pelas alterações hemodinâmicas), os planos profundos de anestesia são alcançados rapidamente com doses menores de fármacos. Tipo de intervenção cirúrgica: Em cada tipo de cirurgia, deve ser considerada toda a estrutura envolvida, visto que para cada uma existe uma escala de sensibilidade. Evita-se assim, planos profundos desnecessários que podem ser prejudiciais ao paciente. Influência da concentração alveolar mínima: É aceita como a concentração alveolar mínima de anestésico a uma atmosfera de pressão capaz de produzir ausência de resposta em pelo menos 50% de animais submetidos a um estímulo nocivo. Por isso, cada anestésico volátil apresenta sua própria concentração alveolar mínima. Esse parâmetro é uma forma de avaliar a potência do anestésico. PRINCIPAIS REFLEXOS AVALIADOS NA ANESTESIA ANIMAL A avaliação da profundidade anestésica, em pequenos animais, deve ser realizada inicialmente pela observação do paciente antes do procedimento, quando ainda íntegro e com seus próprios reflexos normais. Essa avaliação servirá como controle para distinguir as alterações nos reflexos após a administração dos anestésicos. Para os pequenos animais, os principais reflexos que devem ser avaliados durante a anestesia, segundo relatado por Massone (2019), são: 1. Reflexos oculopalpebrais: São os reflexos que ocorrem nas pálpebras, córneas e pupilas, e são importantes, pois, à medida que vão desaparecendo (pálpebra e córnea) ou se alterando (pupila), indicam um plano anestésico. O reflexo palpebral é observado tocando-se discretamente a comissura nasal da pálpebra e observando-se o seu fechamento. O reflexo pupilar é observado com o auxílio de uma lanterna cujo feixe de luz causará o estímulo fotomotor. O reflexo da córnea deve ser verificado com cuidado para não causar lesão no local 2. Reflexo interdigital: É indicativo do início de planos cirúrgicos e começa a desaparecer no 2º plano do estágio III. Seu teste é realizado pressionando-se a membrana interdigital com as unhas, e, a partir disso, o animal irá recolher o membro devido ao estímulo doloroso se ainda não estiver sob o efeito de analgesia; 3. Reflexo laringotraqueal: A ausência desse reflexo pode permitir ou não a introdução da sonda endotraqueal e geralmente é alcançada após a administração de barbitúricos ou anestesia volátil por máscara; 4. Reflexos cardíacos: A observação da frequência ou do tipo de batimento cardíaco indica o plano anestésico ou a contratilidade. A indução anestésica por barbitúricos promove bloqueio vagal com aumento da taquicardia. Já os demais anestésicos, de modo geral, promovem a depressão do centro vasomotor, com redução da contratilidade cardíaca ou até levando ao estado de bradicardia, indício que antecede o choque bulbar; 5. Reflexos respiratórios: A observação da qualidade e da quantidade dos movimentos respiratórios está diretamente ligada à sequência dos estágios e planos anestésicos, em função da profundidade anestésica. Esta se inicia com excitação ou delírio, com uma respiração arrítmica, dessincronizada e entrecortada. Com a passagem para planos mais profundos, há um aumento da amplitude, levando à redução da frequência para manter o volume por minuto e a respiração passar a ser toracoabdominal. Quando ocorre o bloqueio dos músculos intercostais, a respiração se torna abdominocostal (geralmente entre o 2º e 3º plano), para logo em seguida se tornar uma respiração abdominal superficial apenas (no 4º plano do estágio III), evoluindo posteriormente para respiração diafragmática. Em um último momento, a respiração se torna laringotraqueal, pois usará apenas o ar contido no espaço morto anatômico. É importante salientar que, se chegar a esse ponto, o animal já vai estar descerebrado e não terá recuperação. Por isso, é fundamental o controle da respiração, pois antes de qualquer parada cardíaca, ocorre parada respiratória quando há sobredose do anestésico. Assim, esse reflexo é importante para avaliação do estágio de anestesia e para controle de segurança do animal. Em animais de médio e grande porte, há uma maior variação nos reflexos observados devido às peculiaridades entre as espécies. Os principais reflexos que devem ser avaliados durante a anestesia, segundo relatado por Massone (2019), são: 1. Reflexos oculopalpebrais: O reflexo da pálpebra é similar entre as espécies, contudo, o reflexo da pupila varia em equinos, bovinos e pequenos ruminantes, pois neles a presença de miose (longitudinal) é indício de plano profundo (3º plano do estágio III), e ainda há a presença de nistagmo nos equinos, o que indica os 1º e 2º planos do estágio III nessa espécie; 2. Reflexos digitais: Em equinos, os reflexos digitais não são verificados devido à anatomia do casco, enquanto em bovinos e pequenos ruminantes, o teste é realizado abrindo-se o casco; 3. Reflexo laringotraqueal: Esse reflexo nos animais de médio e grande porte é similar ao dos pequenos animais; 4. Reflexos cardíacos: Os reflexos cardíacos também são similares aos descritos para os pequenos animais; 5. Reflexos respiratórios: Os reflexos respiratórios nos bovinos são abdominocostais e são reflexos vitais, pois, em cirurgias demoradas, ocorre a dilatação dos compartimentos gástricos por gases, que acabam pressionando o diafragma e dificultando a respiração costal, mascarando o reflexo respiratório, sendo que nesses casos a introdução da sonda gástrica é necessária. Em equinos, os reflexos respiratórios são costoabdominais e a espécie é menos sensível a problemas relacionados à respiração; 6. Reflexo anal: Este reflexo fica ausente nos equinos entre o 3º e 4º planos, o que não é conveniente, tendo em vista que a presença desse reflexo com menor resposta ao estímulo doloroso é preferível do que sua ausência. CLASSIFICAÇÃO DOS ESTÁGIOS E PLANOS ANESTÉSICOS Os estágios e planos anestésicos foram classificados, primeiramente, para a anestesia com éter por meio do esquema clássico proposto por Guedel (1951). Posteriormente, essa classificação foi adaptada para outros fármacos anestésicos. No Diagrama 1, podemos observar com detalhamento essa classificação. Como observamos, o estágio III é dividido em quatro planos diferentes, como mostra a o Quadro 1. Além dos estágios e planos classificados por Guedel, atualmente, têm sido adotadas uma caracterização e uma nomenclatura mais flexíveis: Equipamentos e circuitos anestésicos O conhecimento acerca dos equipamentos de anestesia é essencial, pois qualquer falha no circuito anestésico ou erro de manuseio, por negligência ou desconhecimento, pode levar o paciente a uma complicação fatal. Com isso, é crucial que os profissionais da anestesia realizem uma revisão cuidadosa dos equipamentos básicos, principalmente de reanimação, antes de iniciar qualquer tipo de procedimento, mesmo que seja algo simples. De uma forma geral, os equipamentos e circuitos anestésicos são projetados para fornecer com precisão a quantidade adequada de oxigênio e de agente volátil ao paciente. A realização de um procedimento anestésico seguro depende cada vez mais de equipamentos elétricos e mecânicos. Por isso, é ess

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AVA Unidade 2 - Tipos de anestesia
19 pág.

Anestesiologia Veterinária Centro Universitário Faculdade Maurício de NassauCentro Universitário Faculdade Maurício de Nassau

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