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5 2. CARDIOLOGIA REVISÃO MORFOFUNCIONAL Função do sistema cardiovascular é suprir o corpo com sangue a partir da demanda metabólica. CICLO CARDÍACO A contração de fibras cardíacas é proporcional à pressão. o O fim da diástole ventricular está com as válvulas mitral e tricúspide abertas, acabado o sangue do átrio. Essa fase é o enchimento ventricular lento, com pouca diferença de pressão entre as câmaras e musculatura ventricular relaxada. o Ocorre o forçamento da saída do restante do sangue na sístole atrial (Onda A). o O fechamento das válvulas AV ocorre concomitante (B1) à contração isovolumétrica (C) e o relaxamento atrial (X). o A ultrapassagem da pós-carga faz a abertura das válvulas semilunares com a ejeção rápida (pico do gráfico de Pressão) e depois ejeção lenta, ativando os barorreceptores, causando a vasodilatação periférica o A perda de pressão gera o fechamento das válvulas semilunares (B2), prosseguida de um relaxamento isovolumétrico (V) 7 concomitante ao fluxo retrógrado de sangue. o A elevação da pressão atrial do outro lado é suficiente para abrir as válvulas AV e continuar o ciclo INSPEÇÃO DO PRECÓRDIO o Forma do tórax: atípico, barril, sino, sapateiro, pectus escavatum, pectus carinatum o Precórdio calmo ou agitado o Deformidades grosseiras: tumorações, manchas, cicatrizes o Baqueteamento digital – shunt central + posição de cócoras o Abaulamentos e retrações o Pulsações visíveis o Ictus: visível ou não PALPAÇÃO DO PRECÓRDIO o Procurar impulsões, choque valvar, atrito pericárdico e ictus o Fossas claviculares, fúrcula esternal o Base do pescoço, processo xifoide (epigastro – dissecação de aorta), regiões axilares, infraescapulares e focos auscultatórios o frêmito ICTUS o É a ponta do coração batendo no dedo no tórax. Indica deslocamento do ápice por cardiomegalia, obesidade, enfisema pneumatórax hipertensivo ou dextrocardia. o Localização: 5 EICE na LHCE e 2EICD na LPE o Ritmo, forma, poupas digitais, impulsividade o Mobilidade: Decúbito de Pachon – normal de 2 a 5 cm PERCUSSÃO DO PRECÓRDIO o Baseado em evidência kk o Determinação de área cardíaca o Fazer de cima para baixo o 3°, 4° e 5° EICE a 4, 7 e 10 cm da corda do esterno. AUSCULTA CARDÍACA RITMO CARDÍACO NORMAL o Ritmo, frequência e bulhas/ruídos cardíacos. o Campânula: sons de menor frequência o Diafragma: sons de maior frequência o As válvulas do lado esquerdo ( Mitral e Aórtica) se fecham antes do lado direto (tricúspide e pulmonar) por causa da maior pressão da circulação direita FOCOS DE AUSCULTA CADÍACA o Focos de Base: Aórtico (2 EICD, BED), Pulmonar ( 2EICE, BEE) o Focos acessórios: Aórtico Acessório ( 3EICE, BEE), Epigastro, pescoço e dorso o Focos apicais: Tricúspide (4 EICE, BEE); Mitral (5EICE, LHC) 8 PRIMEIRA BULHA (B1) o Representa o fechamento das válvulas Atrioventricular o É mais grave e durável (tum) o Coincide com o ictus o Componente mitral (primeiro) e componente tricúspide (segundo) o Audíveis nos focos apicais SEGUNDA BULHA (B2) o Representa o fechamento das válvulas Semilunares o É mais aguda e menos durável (tá) o Componente Aórtico (primeiro) e Pulmonar (segundo) OS SONS NORMAIS o Pequeno silêncio: depois de B1, sístole o Grande Silêncio: depois de B2, diástole RITMO CARDÍACO ALTERADO TERCEIRA BULHA(B3) o Protodiastólica (depois de B2) o Originada por cauda da distensão súbita da parede dos ventrículos o Fisiológica em crianças e jovens adultos ou Patológica o Melhor audível em foco mitral em Decúbito de pachon com a campânula QUARTA BULHA (B4) o Ruído pré-sistólico (antes de B1) o Sempre patológica o Desaceleração brusca do sangue na contração atrial o Mais bem escutado na campânula Ritmo em galope: audição de três ou mais bulhas com possível sobreposição de algumas FONÉTICA DAS BULHAS PRIMEIRA BULHA Hiperfonética o Aumento da pressão: estenose mitral na fase inicial, taquicardia, tórax delgado, PR curto Hipofonética o PR longo, estenose mitral avançada, disfunção ventricular, tórax espesso Desdobramento o Bloqueio de Ramo direito – A tricúspide fica mais lenta no seu fechamento o Tlum tá SEGUNDA BULHA Hiperfonética o Aumento da pressão: Dilatação da aorta, HAS, Hipertensão pulmonar, tórax delgado Hipofonética 9 o Estenose aórtica e pulmonar, disfunção do ventrículo, tórax espesso Desdobramento o Fisiológico Em Rivero-Carvalho (inspiração forçada) o Amplo: acentua o que já estava lento (BRD) o Fixo: não muda com a inspiração (CIA) o Paradoxal: o retardo do componente aórtico é anulado com a inspiração, que tem o componente pulmonar normalmente já mais lento que o aórtico, fusionando-as. (BRE, estenose aórtica) OUTROS SONS ANORMAIS CLIQUES o Som sistólico (pequeno Silêncio) o Protosistólico: fase ejetiva ventricular, causada por estenose aórtica e pulmonar, aneurisma ou coarctação o Mesotelesistólico: prolapso das valvas AV ESTALIDOS o Abertura das valvas AV o Som rígido e seco ATRITO PERICÁRDICO o Parece o início de 7 rings da ariana Grande o Não segue a duração do ciclo o Velcro kk SOPROS Ruídos produzidos por vibrações caudas por alteração do fluxo (turbilhonamento). Aumento da velocidade, áreas estreitas, áreas de dilatação, irregularidades. SEMIOLOGIA DO SOPRO o Situação e duração no ciclo: Sistólico (coincide com o ictus), diastólico ou contínuo. Holo, proto, meso ou tele. o Formato: Crescendo, decrescendo, diamante ou platô. Ejetivo ou Aspirativo o Localização: Foco melhor audível o Intensidade (vide tabela) o Irradiação o Timbre e tons: grave/agudo. Rude/Ruflar ( tá feliz Mariah?) EFEITOS DE MANOBRA o Exercício isotônico: ↑DC e Volemia. Intensifica todos os sopros o Rivero-Carvalho: ↓Pressão intratorácica, ↑ Retorno Venoso e Volume D, ↑ Sopro das câmaras direitas o Squartting: ↑ Retorno Venoso e Volemia Geral, Os de cardiomiopatia hipertrófica não aumenta o Valsalva: CMH e PVM não aumenta o Handgrip: Aumenta o lado esquerdo. ↑ CIV e Insuficiência Mitral 10 DOENÇAS E ACHADOS SEMIOLÓGICOS INSUFICIÊNCIA AÓRTICA o Sangue volta da cavidade esquerda na diástole o Pulso martelo d'água o Sinal de musset o Sopro aspirativo mesodiastolico mitral (Austin Flint) ESTENOSE AÓRTICA o Sangue passa com dificuldade na Sístole o Angina instável o Ictus sustentado e extenso o Pulso pavus e tarvus o Sopro Sistólico com Foco na base sem Riveiro e irradiação para pescoço audível em mitral (Gallabardin) o B2 com desdobramento paradoxal o Clique protossistolico em Aorta bicúspide INSUFICIÊNCIA PULMONAR o Sangue passa com dificuldade durante a Sístole o Riveiro Carvalho o Sopro aspirativo ESTENOSE PULMONAR o Sangue com dificuldade de sair na Sístole o Sopro sistólico na base INSUFICIÊNCIA MITRAL o Sangue volta na Sístole por transferência de pressão durante contração ventricular o Sopro Sistólico em platô o Riveiro Carvalho ESTENOSE MITRAL o Sangue fica com dificuldade de passar pro ventrículo na diástole o Estase jugular, hepatomegalia, esplenomegalia, ascite, edema sacral e edema de membros inferiores são marcadores de IC direita por Hipertensão Pulmonar (HP) o Sopro Diastólico em foque em ápice o B1 hiperfonetica INSUFICIÊNCIA TRICÚSPIDE o Sangue volta pra câmara direita em Sístole por transferência de pressão em contração o Aumento da onda V o Sopro sistólico em platô ESTENOSE TRICÚSPIDE o Dificuldade de passar o sangue pra câmara direita o Aumento da onda A o Sopro diastólico com foque em ápice PROLAPSO DA MITRAL o Sopro rude mesotelessistolico o Clique mesotelessistolico