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RESUMO - PROCESSO PENAL PARTE DOUTRINA

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DIREITO PROCESSUAL PENAL – AULA – 00
SISTEMAS PROCESSUAIS PENAIS
SISTEMA INQUISITIVO
Típico dos sistemas ditatoriais, contempla um processo judicial em que podem estar reunidas na pessoa do juiz as funções de acusar, defender e julgar. Neste sistema NÃO SE assegura ao réu o contraditório e ampla defesa. 
Como se admite o princípio da verdade real, o acusado não é sujeito de direitos.
O juiz inquisidor é dotado de ampla iniciativa acusatória e probatória, tendo liberdade para coletar de oficio elementos informativos e provas, seja no curso das investigações, seja no curso da instrução processual.
SISTEMA ACUSATÓRIO
Próprio dos sistemas democráticos, o sistema acusatório caracteriza-se pela distinção absoluta entre as funções de acusar, defender e julgar, que deverão ficar a cargo de pessoas distintas. Aqui é assegurado ao réu, o contraditório e ampla defesa. 
Tem como característica também, a substituição do princípio da verdade real pelo princípio da busca da verdade, devendo a prova ser produzida com fiel observância ao contraditório e ampla defesa.
A gestão da prova recai precipuamente sobre as partes. Na fase investigatória, o juiz só deve intervir quando provocado e se houver necessidade para tal ato. Já, durante a instrução processual, o juiz tem certa iniciativa probatória, podendo determinar a produção de provas de ofício, desde que a faça de maneira subsidiária.
SISTEMA MISTO OU INQUISITIVO GARANTISTA
Classicamente, define-se sistema processual misto como um modelo processual intermediário entre o sistema acusatório e o sistema inquisitivo. Isso porque, ao mesmo tempo em que há a observância de garantias constitucionais, como a presunção de inocência, a ampla defesa e o contraditório, mantém ele alguns resquícios do sistema inquisitivo, a exemplo da faculdade que assiste ao juiz quanto à produção probatória ex officio e das restrições à publicidade do processo que podem ser impostas em determinadas hipóteses.
	Sistema Inquisitivo
	Sistema Acusatório
	· Concentração de poder nas mãos do juiz
· Exerce todas as funções ao mesmo tempo (acusa, defende e julga)
· Inexistência de contraditório
· Princípio da verdade real
· O acusado não era considerado sujeito de direito
· O juiz pode produzir prova de oficio 
	· Funções exercidas por partes distintas
· Separa-se as funções de (acusar, defender e julgar)
· Respeito ao contraditório
· Princípio da busca da verdade
· O acusado passa a ser sujeito de direitos
· O juiz não pode mais produzir provas de ofício na fase investigatória, apenas quando provocado, apenas na fase processual
PRINCÍPIOS FUNDAMENTAIS DO PROCESSO PENAL 
Princípio da presunção de inocência (ou da não culpabilidade)
Em decorrência da alteração de entendimento recente do STF, que decidiu sobre a impossibilidade de execução provisória da pena, este princípio ganhou mais relevância. Um dos motivos para alteração do entendimento se deve ao fato de que a presunção de inocência só cessa com o trânsito em julgado da condenação. Enquanto couber algum recurso, ele se presume inocente. Logo, incabível a execução provisória da pena. 
Conceito – direito de não ser declarado culpado, senão após o trânsito em julgado de sentença penal condenatória.
Este princípio possui fundamento tanto na CF quanto na convenção americana de direitos humanos.
Segundo o STF, a presunção de inocência da pessoa presa em flagrante delito, ainda que pela prática de crime inafiançável e hediondo, é razão, em regra, para que ela permaneça em liberdade. 
	Regra
	Exceção
	Responder o processo penal em liberdade;
	Estar preso no curso do processo
O limite temporal da presunção de inocência é o transito em julgado da sentença condenatória. 
O cumprimento de pena só poderá ter início após o esgotamento dos recursos.
Princípio do Contraditório
Nos termos do art. 5º, LV, da CF, aos litigantes, em processo judicial ou administrativo, e aos acusados em geral, são garantidos o contraditório e a ampla defesa. Com os meios e recursos a ela inerentes.
Conceito – o contraditório consiste na ciência bilateral dos atos ou termos do processo e a possibilidade de contrariá-los
Elementos do contraditório – 
· Direito à informação (o que justifica a importância dos atos de comunicação – citação, intimação, notificação);
· Direito de participação (possibilidade de contrariar).
Sumula 707 – STF – constitui nulidade a falta da intimação do denunciado para oferecer contrarrazões ao recurso interposto da rejeição da denúncia, não suprindo a nomeação de defensor dativo.
Princípio da Ampla Defesa
Nos termos do art. 5º, LV, da CF, aos litigantes, em processo judicial ou administrativo, e aos acusados em geral, são garantidos o contraditório e a ampla defesa. Com os meios e recursos a ela inerentes. 
Segundo a maior parte da doutrina a ampla defesa se divide em:
· Defesa técnica – é aquela exercida por um profissional da advocacia. Segundo o art. 261 do CPP, nenhum acusado, ainda que ausente ou foragido, será processado ou julgado sem defensor.
· Sumula 523 – STF – no processo penal, a falta de defesa constitui nulidade absoluta, mas a sua deficiência só o anulará se houver prejuízo para o réu;
· A defesa técnica goza de caráter irrenunciável;
· Impossível ao acusado fazer sua própria defesa técnica
· Autodefesa – é aquela exercida pelo próprio acusado. 
· É renunciável;
· A autodefesa possui três desdobramentos, quais sejam:
	Direito de Audiência
	Direito de Presença
	Capacidade Postulatória autônoma do acusado
	O acusado tem o direito de ser ouvido pelo juiz em audiência com intuito de convencer o magistrado de sua inocência.
	É o direito que o acusado possui de acompanhar os atos da instrução probatória.
	É o direito que o acusado possui de praticar determinados atos processuais, independentemente de um advogado.
Princípio do Juiz Natural
Trata-se do direito que o acusado/investigado possui de conhecer antecipadamente o juiz que irá julgá-lo.
Regras de proteção que decorrem do princípio do Juiz Natural
· Só podem exercer jurisdição órgãos instituídos pela CF;
· Ninguém pode ser julgado por juízo criado após o fato; (Tribunal de Exceção)
· Entre os juízos pré-constituídos vigora uma ordem taxativa de competências que exclui qualquer alternativa deferida à discricionariedade de quem quer que seja.
Princípio da publicidade
Trata-se de um princípio relacionado ao caráter democrático do processo penal.
Divisão da publicidade:
· Publicidade ampla: é a regra. Traduz a ideia de que o processo penal é “aberto”, no sentido de ser acessível a todos.
É aquela atribuída as partes, aos advogados/procuradores e por fim, conferida ao público.
· Publicidade restrita: caso se verifique que há necessidade de proteção da intimidade ou a o interesse da sociedade, conforme a própria CF também o prevê, é possível que haja restrições da publicidade. 
Princípio da inadmissibilidade das provas obtidas por meios ilícitos
Segundo art. 5º, LVI: São inadmissíveis, no processo, as provas obtidas por meios ilícitos.
LEI PROCESSUAL PENAL NO TEMPO
No direito processual, foi adotado o princípio da aplicação imediata das normas processuais, sem efeito retroativo. É o que estampa o art. 2º do CPP: “A lei processual penal aplicar-se-á desde, sem prejuízo dos atos realizados sob a vigência da lei anterior”. Não há efeitos retroativos na lei processual.
A lei processual penal tem aplicação imediata e é aplicável tanto nos processos que se iniciarem após a sua vigência, quanto nos processos que já estiverem em curso no ato da sua vigência, e até mesmo nos processos que apurarem condutas delitivas ocorridas antes da sua vigência.
Aplica-se, portanto, o princípio do tempus regit actum, ou seja, o tempo rege a ação. Desse princípio, derivam 2 efeitos:
1. As normas processuais têm aplicação imediata, regulado o desenrolar restante do processo, respeitados o ato jurídico perfeito, o direito adquirido e a coisa julgada (art. 5º, XXXVI, CF; LICC art. 6º, CPP, art. 2º).
2. Os atos realizados sob a vigência da lei anterior são considerados válidos.
Em caso de normas processuaismateriais — mistas ou híbridas —, aplica-se a retroatividade da lei mais benéfica.
EFEITO REPRISTINATÓRIO - ocorre quando uma norma que revoga outra é declarada inconstitucional. Nesse caso, a decisão que reconhece a inconstitucionalidade da norma revogadora pode estabelecer o retorno da lei revogada. 
REPRISTINAÇÃO:
- É o retorno da lei revogada por ter a revogadora perdido sua vigência. 
- Exceção no direito brasileiro; só pode quando houver expressa previsão legal.
Exceções:
Lei processual nova de conteúdo material, também denominada híbrida ou mista, deverá ser aplicada de acordo com os princípios de temporalidade da lei penal, e não com o princípio do efeito imediato, consagrado no direito processual penal pátrio.
LEI PROCESSUAL PENAL NO ESPAÇO
Aplicação da lei processual no espaço
· art. 01º CPP
· Princípio da territorialidade
· Locus regit actum - lugar rege o ato
Outra diferença do CP. Lá se permite a extraterritorialidade, prevista no art. 7º onde a lei penal pode ser aplicada fora do território brasileiro. No CPP vigora o princípio da territorialidade ou seja suas normas devem ser aplicadas somente em fatos ocorridos dentro do território brasileiro. Notar que o próprio artigo traz as exceções em seus incisos I, II, III, IV e V que são tratadas de forma excepcionais.
A lei processual penal brasileira adota o princípio da absoluta territorialidade em relação a sua aplicação no espaço: não cabe adotar lei processual de país estrangeiro no cumprimento de atos processuais no território nacional.
Interpretação da lei processual penal
Art. 3º, CPP – a lei processual penal admitirá interpretação extensiva e aplicação analógica, bem como, o suplemento dos princípios gerais do direito.

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