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PRATICA IV 2

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CURSO: DIREITO - 9º PERÍODO - TURNO: NOITE
DISCIPLINA: PRÁTICA SIMULADA IV CIVEL
PROFESSOR: JASON CINTRA SAMPAIO
ALUNO: LEANDRO MOTA SARAIVA  
MATRÍCULA: 201603034102 
Caso Concreto 2
Descrição 
Antônia Moreira Soares, portuguesa, médica, é casada há 30 anos com Pedro Soares, brasileiro, dentista. Na constância do matrimônio tiveram dois filhos, Joaquim e Maria das Dores, ambos maiores e capazes, também constituíram um vasto patrimônio, fruto do esforço comum do casal. Ocorre que Antônia descobriu que Pedro está com um relacionamento extraconjugal, razão pela qual resolveu se divorciar. Pedro, após saber da vontade da mulher em não manter o casamento deseja doar seus dois automóveis, marca Toyota, modelos SW4 e Corolla, para sua irmã, Isabel Soares, assim como passou a proferir sucessivos saques em uma das contas conjuntas do casal. Antônia, após ouvir a conversa de Pedro com Isabel, comprova junto ao banco ao qual possuem conta os saques de Pedro. Diante da hipótese, como advogado de Antônia, elabore a peça processual cabível a defesa dos seus interesses, ciente que esta desconhece todos os bens a que tem direito.
RESPOSTA:
EXCELENTÍSSIMO JUIZO DE DIREITO DA____VARA CÍVEL DA FAMILA DA CIDADE..., DO ESTADO...,
 ANTONIA MOREIRA SOARES, portuguesa, casada, médica, portadora da identidade nº..., inscrita no CPF nº…, domiciliada e residente na…, vem por seu advogado, com endereço profissional…, endereço eletrônico..., bairro..., cidade..., estado..., ( com procuração anexa ), com fulcro no artigo 77, inciso V, do CPC/2015, onde receberás as intimações, e, com fundamentos nos artigo,301,305, 306 e seguintes, ambos do Código de Processo Civil de 2015, perante Vossa Excelência propor: 
 
 AÇÃO DE DIVÓRCIO COM PEDIDO DE TUTELA CAUTELAR ANTECIPADA.
Em face de PEDRO SOARES, brasileiro, casado, médico, portador da identidade nº..., inscrito no CPF nº..., domiciliado e residente a..., pela lide e fundamentos que passa a expor:
I - DA AUDIÊNCIA DE CONCILIAÇÃO OU MEDIAÇÃO
 
 A parte Autora manifesta-se de maneira totalmente favorável na realização de audiência de conciliação ou mediação no dia e hora a ser determinado por este honroso juízo nos termos do artigo 319, inciso II e 334, ambos do Código de Processo Civil.
II - DA LIDE 
 A Requerente é casada com o requerido há 30 anos. Na constância do matrimônio tiveram dois filhos, Joaquim e Maria das dores, ambos maiores e capazes. Durante todo esse tempo o casal constituiu um vasto patrimônio, fruto do esforço mútuo do casal. 
 Ocorre que a Autora, descobriu que o Requerido está em um relacionamento extraconjugal, razão pela qual resolveu divorciar-se do deste.
 O Requerido ao saber da vontade da Autora em não manter o casamento, deseja doar seus dois automóveis, marca Toyota, modelos SW4 e Corolla, para a sua irmã, a senhora Isabel Soares, assim como passou a realizar diversos saques em uma das contas conjuntas do casal. 
 A Autora, após ouvir uma conversa entre o Réu e sua irmã Isabel, comprou juntamente ao Banco ao qual possuem conta tais saques do Requerido.
 Tudo devidamente comprovado, de forma cabal e contundente, pelos comprovantes bancários em anexo.
 Desta forma, a Requerente, para não ser seu patrimônio dilacerado pelo requerido, visando buscar uma saída para essa situação e somente com a intenção Jurisdicional de vossa Excelência pelos poderes atribuídos pela Lei, poderá dar fim a esta “novela da vida real”.
III - DOS FUNDAMENTOS
 Art. 305. A petição inicial da ação que visa à prestação de tutela cautelar em caráter antecedente indicará a lide e seu fundamento, a exposição sumária do direito que se objetiva assegurar e o perigo de dano ou o risco ao resultado útil do processo.
 Diante do ocorrido a Autora quer que haja a dissolução da sociedade conjugal conforme dispõe a lei nº 6.515/77 em seu artigo 2º, IV e Parágrafo único, in verbis, combinado com o artigo 226, §6º da Constituição Federal.
 “-Art. 2º - A Sociedade Conjugal termina: IV – pelo divórcio
Parágrafo único - O casamento válido somente se dissolve pela morte de um dos cônjuges ou pelo divórcio.” 
 Art. 226. A família, base da sociedade, tem especial proteção do Estado.
§ 6º O casamento civil pode ser dissolvido pelo divórcio. (Redação dada Pela Emenda Constitucional nº 66, de 2010)
Devemos mencionar, ainda, para o caso em tela o Art. 1.658, do Código Civil, o que traz inovações para situações como esta, no regime de comunhão parcial, comunicam-se os bens que sobrevierem ao casal, na constância do casamento, com as exceções previstas em lei. Após a separação de corpos, não mais se comunicam os bens adquiridos em separado pelos cônjuges. 
 Fica claro que pelo fato do Requerido está se desfazendo do patrimônio que também cabe a Autora, pois a mesma é meeira do Requerido, onde o requisito do fumus boni lures está presente e, há o periculum in mora, por ter o risco de ao final da dissolução da relação entre os dois de que não haja mais nenhum bem a ser dividido, pois o Requerido tem a intenção de dilapidar o patrimônio. Devendo assim, ser concedido o sequestro dos bens, como forma de coibir tal atitude adotada pelo Requerido e, pela razão da Autora (Requerente) não ter ideia de todos os bens existentes, em tutela de urgência de natureza cautelar, com prazo para contestação de 5 dias, conforme preconizado nos artigos 301 e 306 ambos do Novo Código de Processo Civil, de 2015 in verbis:
Art. 300. A tutela de urgência será concedida quando houver elementos que evidenciem a probabilidade do direito e o perigo de dano ou o risco ao resultado útil do pretende produzir.” 
 Art. 301. A tutela de urgência de natureza cautelar pode ser efetivada mediante arresto, sequestro, arrolamento de bens, registro de protesto contra alienação de bem e qualquer outra medida idônea para asseguração do direito. 
 Art. 306. O réu será citado para, no prazo de 5 (cinco) dias, contestar o pedido e indicar as provas que pretende produzir. 
 Corrobora com este entendimento a decisão do Tribunal de Justiça do Estado de Minas Gerais, senão vejamos: 
 
MEDIDA CAUTELAR DE SEQUESTRO. PERDE OBJETO INEXISTENTE. RISCO DE DILAPIDAÇÃO DO PATR IMÔNIO. PROCEDÊNCIA. - O julgamento da ação de divórcio combinado com partilha de bens não implica a perda do objeto da medida cautelar de sequestro de bens, que visa a resguardar os direitos da parte e o cumprimento da sentença proferida na ação principal Demonstrado o perigo de dilapidação do patrimônio do casal, deve ser mantido o sequestro dos bens até que se efetive o registro dos bens da partilha. procedida nos autos da ação a do divórcio.
(TJ-MG - AC: 10024097300271001 MG, Relator: Alyrio Ramos, Data de Julgamento: 22/05/2014, Câmaras Cíveis / 8ª CÂMARA CÍVEL, Data de Publicação: 02/06/2014) 
 
 A Autora quer que seja efetivado o arresto para que ao final da lide tenha garantido seu direito. Para o ilustre doutrinador GRECO FILHO, Vicente arresto “é a apreensão cautelar de bens com finalidade de garantir uma futura execução por quantia certa”. 
 
 Diante de tais fatos, não restou a Autora para ter seus direitos garantidos, senão se socorrer do poder judiciário. 
DOS PEDIDOS
 
 Pelo exposto requer:
 
1- Que seja concedida liminar inaudita altera parte para arrolar os bens do casal; 
2- Intimação do Réu para ciência da decisão; 
3- Que o Réu seja citado para contestar a demanda, sob pena de revelia; 
4- Que seja chamado o Ministério Público ao processo;
5- Que sejam as partes convocadas para a audiência de conciliação e julgamento. 
6- Julgar procedente o pedido para decretar o divórcio das partes com a consequentepartilha dos bens; 
7- Condenação do Réu ao pagamento das custas judiciais e honorários de advogado, em 20% sob o valor da condenação.
DAS PROVAS
 Requer a produção de todas as provas em direito admitidas, conforme disposto no artigo 369 do NCPC, em especial a documental.
DO VALOR DA CAUSA.
 
 Dá-se à causa o valor de R$...,
Nestes termos,
Pede-se deferimento
Local..., data...
Advogado... 
OAB/UF...

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