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FACISA BH Introdução ao Estudo do Direito Prof. Paulo Mendes O que é o Direito? IED A palavra DIREITO possui diversas concepções, como: Ciência, curso superior Justiça Privilégio, tratamento diferenciado Expectativa, esperança Ganho consolidado, indiscutível Certo, oposto ao errado Direito - Contextualização Direito x Ciência Direito x Moral Direito x Poder Direito x Justiça Direito Positivo x Direito Natural Direito Objetivo x Direito Subjetivo Direito Material (substantivo) x Direito Processual (adjetivo/formal) Direito Público x Direito Privado Direito Interno x Direito Internacional Direito - Contextualização Direito Público Direito Constitucional Direito Administrativo Direito Penal Direito Previdenciário Direito Eleitoral Direito Ambiental Direito Internacional Público Direito Privado Direito Civil Direito do Consumidor Direito Empresarial Direito Industrial Direito Agrário Direito Minerário O que é o Justiça? IED Aplicação cega da lei ou aplicação da lei da mesma forma para todos? (Deusa grega Têmis ou romana Diké/Dice/Astreia, guardiã imparcial da lei) Uso da equidade no caso concreto? Justiça é promover a igualdade? (Platão) Dar a cada um o que é seu? (São Tomás de Aquino) Justiça é local e temporal? O que a espada e a balança simbolizam? O Direito é Poder? IED Poder ≠ Força Poder > Força Força nem sempre gera dever, apenas obediência Dominações de Weber Coação (força física ou simbólica) x Coerção (força por uma autoridade legítima) Um assaltante coage a vítima a entregar seus bens. Um policial conduz coercitivamente um condenado. Direito – Evolução Histórica Formalismo no Direito Arcaico Sacerdotes = juízes > regras secretas Pacto de sangue Repetição de frases sagradas ipsis litteris Cerimônias para situações específicas (nascimento, casamento, enterro, etc.) Direito – Evolução Histórica Ordálio/Calvário no Direito Arcaico Direito – Evolução Histórica Empalamento no Direito Arcaico Direito – Evolução Histórica Direito Egípcio Religião Oferendas a túmulos Tortura como meio de prova (ordálio) Penas: homicídio > pena de morte; parricídio > morte na fogueira; adultério > mutilações e vergastadas (quando grávida, apenas após parto); furto > escravidão ou mutilação do ladrão (mão, orelha, nariz, mão); etc. Direito – Evolução Histórica Direito Babilônico Código de Hamurábi Escrito por volta de 1772 a.C. pelo rei Hamurábi (recebido do deus Sol) 2,25m de altura por 2m de circunferência Encontrado em 1902 na Pérsia (atualmente Irã) Direito – Evolução Histórica Direito Babilônico Hamurabi > Rei do direito > impedir que o forte oprima o fraco 282 artigos casuísticos “Esposa que mandar assassinar o marido por gostar de outro será empalada” Negar o pai > marcado com ferro em brasa, acorrentado e vendido Pena de talião (punido talmente, retaliação > talis) Direito – Evolução Histórica Direito Babilônico Mulher estéril > homem poderia se divorciar ou ter escrava como concubina Bater no pai > mãos cortadas Médico > se o paciente morrer > mãos cortadas Arquiteto > se a casa cair > morte Mulher que disser “tu não és meu marido” > jogada no rio com as mãos amarradas ou do alto da torre Direito – Evolução Histórica Direito Hebraíco Lei de Israel (preceitos morais e religiosos) Deuteronômio > rei Judá > Livro da Lei encontrado na casa de Yahvé (Jeová) Lei mosaica condensada no Torá para proteger o “povo eleito” Surge maior preocupação com a justiça, com piedade Olho por olho, dente por dente previsto no Levítico. Direito – Evolução Histórica Direito Hebraíco Poligamia Levirato > obrigação da viúva sem filhos se casar com cunhado para dar descendentes ao morto Sem distinção de ricos e pobres Filho mais velho recebia parte maior da herança Penas: idolatria, blasfêmia e adultério > morte Direito – Evolução Histórica Código de Manu – Índia (Lei Brâmica) II a.c – II d.C. Influência na Assíria, Judéia e Grécia Justifica o sistema de castas na Índia: ➢os brâmanes (sacerdotes e letrados) nasceram da cabeça de Brahma (deus criador do universo); ➢os xátrias (guerreiros) nasceram dos braços de Brahma; ➢os vaixás (comerciantes) nasceram das pernas de Brahma (ex.: Gandhi); ➢os sudras (servos: camponeses, artesãos e operários) nasceram dos pés de Brahma. ➢À margem dessa estrutura social havia os cordeiros, que vieram da poeira debaixo do pé de Brahma. Mais conhecidos como párias, sem casta, hoje são chamados de haridchens, haryens, dalit, ou intocáveis. Cada dia, na Índia são estupradas em média 3 mulheres e mortos 2 dalits. Direito – Evolução Histórica Código de Manu – Índia (Lei Brâmica) II a.c – II d.C. Dos meios de prova – capítulo 2: "somente homens dignos de confiança, isentos de cobiça podem ser escolhidos para testemunhas de fatos levados a juízo, sendo tal missão vedada para as castas inferiores". Impedimento para testemunhar (art. 49): "nenhum infeliz acabrunhado pelo pesar, nem ébrio, nenhum louco, nenhum sofrendo de fome ou sede, nenhum fatigado em excesso, nenhum que está apaixonado de amor, ou em cólera, ou um ladrão". Artigo 45: "uma mulher está sob a guarda de seu pai durante a infância, sob a guarda do deu marido durante a juventude, sob a guarda de seus filhos em sua velhice; ela não deve jamais conduzir-se à sua vontade". Direito – Evolução Histórica Código de Manu Ordálio como meio de prova A mulher era venerada: “Não se bate em uma mulher nem mesmo com uma flor, qualquer que seja a falta por ela cometida” Direito – Evolução Histórica Direito Grego Apesar do aspecto religioso, preconizava a vontade popular Leis de Atenas estabelecidas democraticamente Berço de muitas terminologias jurídicas: sinalagmático, quirografário, enfiteuse, hipoteca, etc. Direito – Evolução Histórica Direito Grego Esparta descartava recém-nascidos deformados Mulher em inferioridade (incapaz) “A justiça era meta do direito grego, confundida sempre com o bem da polis”. (GUSMÃO, 2001) Direito – Evolução Histórica Direito Romano Distinção do direito com a moral e com a religião Das Leis das XII Tábuas ao Corpus Iuris Civilis Mulher era incapaz Escravidão por dívida Lei de talião no início Direito – Evolução Histórica Influência do Império Romano: Ius Civile – dos éditos do praetor urbanus Ius Gentium – dos éditos do praetor peregrinus Ius Fetiale Direito – Evolução Histórica Direito Medieval Direito germânico > juízos de Deus Direito romano vulgar (modificado por costumes. Glosadores) Direito canônico Direito mercantil (Corporações de Mercadores) Direito das cidades Fora da cidade > jurisdição senhorial > Direito Consuetudinário Direito – Evolução Histórica Direito na Idade Moderna Descobertas marítimas do século XVI Iluminismo > racionalismo, liberdade, burguesia Codificação comercial e direito dos mares Direito Constitucional (1787 nos EUA com república e federalismo) Revolução Francesa Direito – Evolução Histórica Direito Contemporâneo e seus Sistemas Jurídicos Sistema continental = sistema codificado = civil law vs. Sistema anglo-americano = rule of precedent = common law Sistema soviético vs. Sistema capitalista Direito – Sistemas Jurídicos Civil Law: De tradição romana, prioriza o positivismo consubstanciado em um processo legislativo. A norma jurídica constitui-se em um comando abstrato e geral procurando abranger, em uma moldura, uma diversidade de casos futuros. As decisões judiciais possuem uma função secundária. (Processo Dedutivo) Common Law: forte influência anglo-americana, baseada fundamentalmente em precedentes jurisprudenciais. As decisões judiciais são fontes imediatas do direito, gerando efeitos vinculantes. A norma de direito é extraída a partir de uma decisão concreta, sendo aplicada por meio de um processo indutivo, aos casos idênticos no futuro. (Processo Indutivo) Direito – Sistemas Jurídicos O Brasil adota o Sistema da Civil Law ou da Common Law? Direito – Teoria da Norma JurídicaNoberto Bobbio aborda Direito como norma de conduta, passando pelos conceitos de justiça, validade e eficácia. Função de prevenir flutuações de opiniões pessoais, sem o devido rigor científico, que aumentam as dúvidas e os questionamentos, ocasionando variação de conceitos e terminologias. Direito – Separação de Poderes Aristóteles em “A Política” já contemplava 3 órgãos separados: Poder Deliberativo, Poder Executivo e Poder Judiciário. Locke em “Segundo Tratado Sobre o Governo Civil” defende o Poder Legislativo superior aos demais. Direito – Separação de Poderes Charles-Louis de Secondat, mais conhecido por Montesquieu, autor de “O Espírito das Leis“ (1748), foi um dos principais filósofos do Iluminismo. Defende um sistema de governo constitucional, a separação dos poderes, a preservação das liberdades civis, manutenção da lei e o fim da escravidão. O Poder é uno e emana do povo. Defendeu ainda que o clima tem influência na formação do espirito de um povo, sua forma de agir e pensar acerca da sociedade e suas instituições. Direito – Poder do Povo Art. 1º A República Federativa do Brasil, formada pela união indissolúvel dos Estados e Municípios e do Distrito Federal, constitui-se em Estado Democrático de Direito e tem como fundamentos: I - a soberania; II - a cidadania III - a dignidade da pessoa humana; IV - os valores sociais do trabalho e da livre iniciativa; V - o pluralismo político. Parágrafo único. Todo o poder emana do povo, que o exerce por meio de representantes eleitos ou diretamente, nos termos desta Constituição. Direito – Separação dos Poderes Direito – Separação dos Poderes Poder Executivo: Responsável por administrar o país, realizar políticas públicas que sejam de interesse da população e aplicar as leis. O poder executivo pode ser dividido em 3 esferas, que são: federal, estadual e municipal. Pode legislar e julgar? Direito – Separação dos Poderes Poder Legislativo: Possui a função ordenar e criar leis para o país, além de julgar e fiscalizar as políticas do Poder Executivo. O legislativo também pode ser dividido pelas 3 esferas (federal, estadual e municipal). Pode executar e julgar? Direito – Separação dos Poderes Poder Judiciário: Responsável por julgar através das leis criadas pelo legislativo e pela constituição do país. Pode executar e legislar? Direito – Separação dos Poderes Mesmo em uma república, se não há separação de poderes, a liberdade não pode ser garantida, pois a separação de poderes em diferentes esferas independentes permite que um poder restrinja tentativas de outros poderes de infringir a liberdade dos indivíduos. Sistema de Freios e Contrapesos (Checks and Balances) Direito – Separação dos Poderes Os órgãos que compõem o poder judiciário são: Supremo Tribunal Federal (STF): é o órgão máximo do Judiciário, composto por 11 ministros indicados pelo Presidente da República e aprovados pelo Senado. O Supremo deve zelar pelo cumprimento da Constituição e dar a “voz final” em conflitos que envolvam normas constitucionais. Superior Tribunal de Justiça (STJ): está abaixo do STF e julga causas criminais que envolvam pessoas que estão em cargos com o “foro privilegiado”, são eles desembargadores, governadores estaduais, Juízes de Tribunais Regionais Federais, Eleitorais e Trabalhistas, Ministros e outras autoridades. Também é a última instância de ações não constitucionais. Justiças Estaduais: cada estado tem o seu Tribunal de Justiça (TJ). Os integrantes do TJ são os chamados desembargadores (juízes de segunda instância), que podem contestar e avaliar a decisão de juízes estaduais (primeira instância). TGD – Estrutura do Judiciário Brasileiro Direito – Fontes Legislação Costume Jurisprudência Doutrina Analogia Princípios Gerais do Direito (boa fé, segurança jurídica, ampla defesa e contraditório, equidade, pacta sunt servanda, liberdade, igualdade, dignidade, democracia, etc.) Direito – Hierarquia das Fontes Direito – Fontes - Princípios Miguel Reale aduz que "princípios são enunciações normativas de valor genérico, que condicionam e orientam a compreensão do ordenamento jurídico, a aplicação e integração ou mesmo para a elaboração de novas normas. Mauricio Godinho Delgado aponta que “princípio traduz, de maneira geral, a noção de proposições fundamentais que se formam na consciência das pessoas e grupos sociais, a partir de certa realidade, e que, após formadas, direcionam-se à compreensão, reprodução ou recriação dessa realidade”. No pós-positivismo os princípios passam a ser tratados como direito. (influência de Ronald Dworkin, jurista de Harvard) Como diferenciar Regras de Princípios? Direito – Normas - Regras x Princípios 1. Conteúdo: as normas possuem um conteúdo menos referente à ideia de valores, ou seja, os princípios formam um ultimato de moralidade e justiça mais cogente do que as normas. 2. Origem e validade: as regras são derivadas de outras regras ou princípios, enquanto estes últimos já existem por si mesmo. 3. Função no ordenamento: as regras, ao contrário dos princípios, não possuem uma função justificadora e explicadora. 4. Compromisso histórico: as regras se destacam pela relatividade do seu conteúdo, enquanto os princípios são, na maior parte, absolutos e permanentes. 5. Estrutura linguística: Os princípios são aplicados em um número indeterminado de circunstâncias, pois na maioria das vezes não descrevem as condições necessárias para sua aplicação, diferentemente das regras. 6. Esforço interpretativo exigido: as regras impetram apenas uma aplicabilidade técnica e burocrática, enquanto os princípios demandam um vigor argumentativo muito mais intenso. 7. Aplicação: as regras são válidas e se aplicam ou não se aplicam por serem inválidas (sem gradações). Já os princípios deliberam que algo seja cumprido na maior medida possível (aceita mitigação). Fonte: BARCELLOS, Ana Paula de. A Eficácia Jurídica dos Princípios Constitucionais. Rio De Janeiro. São Paulo: Renovar, 2002. IED – Completude do Sistema Lacunas Ao dizer que a lacuna é uma incompletude insatisfatória, é colocada uma idéia de insuficiência que não deveria acontecer, num dado limite. IED – Lacunas Lacunas Autênticas (lacuna legal) Quando a partir da lei uma decisão não é possível, não pode ser encontrada (busca-se na jurisprudência, por exemplo) Lacunas não Autênticas Quando um fato é previsto pela lei, mas a solução é considerada indesejável (lacuna crítica ou de política jurídica) IED – Antinomias (contradições) Antinomias próprias (lei x lei) e impróprias (lei x conduta) Antinomias de princípios (princípios x regras) Antinomias de valoração (pena mais leve para crime mais grave) Antinomias teleológicas (fins x meios propostos) Antinomias de direito interno x internacional IED – Preenchimento de Lacunas Equidade Não é fonte do Direito, mas meio de integração dele. A equidade pode: expandir uma obrigação – criando deveres adicionais para além dos que constam de um contrato ou decorrem expressamente de lei; limitar o exercício de direitos para prevenir abusos; criar regras para situações que se alteraram (ex.: contribuição de melhorias). IED – Preenchimento de Lacunas Analogia O uso da analogia, no direito, funda-se no princípio geral de que se deva dar tratamento igual a casos semelhantes. Segue daí que a semelhança deve ser demonstrada sob o ponto de vista dos efeitos jurídicos, supondo-se que as coincidências sejam maiores e juridicamente mais significativas que as diferenças IED – Preenchimento de Lacunas A analogia nem sempre é aceita: Analogia x Interpretação Analógica Art. art. 327 , § 1º do Código Penal (Decreto-Lei n. 2.848/1940): Equipara-se a funcionário público quem exerce cargo, emprego ou função em entidade paraestatal, e quem trabalha para empresa prestadora de serviço contratada ou conveniada para a execução de atividade típica da Administração Pública. IED – Conflito Aparente de Normas Situações antagônicas entre duas oumais normas que seriam aplicáveis ao mesmo fato. Por que é aparente? Porque apenas uma delas deve ser de fato aplicada. IED – Resolução de Conflitos Critérios Gerais - Bobbio 1) Hierarquia 2) Cronologia 3) Especialidade Teoria da Tridimensionalidade Jurídica De acordo com Miguel Reale, em todo e qualquer fenômeno jurídico há a existência de um fato subjacente, sobre o qual incide um valor, que confere determinado significado a este fato, determinando a ação dos homens a atingir um objetivo, e por fim uma regra ou norma, que tem a finalidade de integrar um elemento a outro, por exemplo, o fato ao valor. Assim, sempre que surgir uma norma jurídica, ela mede o fato e o valora. Teoria da Tridimensionalidade Jurídica O fato vem a ser um acontecimento social que envolve interesses básicos para o homem e que por isso se enquadra no conjunto de assuntos regulados pela ordem jurídica. O fato é tudo aquilo que naquele determinado meio do direito, corresponde ao já dado ou ao já posto no meio social e que valorativamente se integra na unidade ordenada da norma jurídica, dando resultado a dialeticidade dos três fatores. O valor corresponde ao elemento moral do direito. Se toda obra humana é impregnada de valores, igualmente o direito, ele protege e procura realizar valores ou bens fundamentais e vida social. A norma consiste no comportamento ou organização social imposto aos indivíduos. Teoria da Tridimensionalidade Jurídica O Direito congrega todos os três elementos, sendo uma integração normativa de fatos segundo valores. Como um bom exemplo segundo Paulo Nader, diante do disposto no art. 548 do CC: “É nula a doação de todos os bens sem reserva de parte, ou renda suficiente para a subsistência do doador”. Neste caso, o fato seria a circunstância de alguém querer realizar a doação de seus bens a outrem, sem reservar o suficiente a sua subsistência. O valor que a lei tutela, no caso, é o valor vida, que visa impedir um fato anormal que viria a coloca-lo em perigo. A norma, expressa um dever jurídico: não realizar a doação sem reservar parte para a própria subsistência. Lei de Introdução às Normas do Direito Brasileiro (LINDB) Vigência (vacatio legis = lapso de tempo entre a publicação e a entrada em vigor. Produção em tese de efeitos), validade (requisitos), eficácia (produção concreta de efeitos) e vigor da norma (força vinculante); Lei de Introdução às Normas do Direito Brasileiro (LINDB) Validade: significa que ela está integrada ao ordenamento jurídico, ou seja, pertence ao conjunto das normas jurídicas de determinado Estado. Para descobrirmos se uma norma é formalmente válida, precisamos verificar se a autoridade que a criou possuía poder para criar normas jurídicas e se escolheu o instrumento adequado para conduzir a norma criada ao destinatário. Questão de Fixação No caso abaixo, há vigência, validade ou vigor? Uma relação contratual celebrada sob a égide de uma lei revogada (CC 1916), na qual as pessoas que celebraram o contrato devem obedecer às determinações da lei que valia ao tempo de sua celebração, ainda que no presente esteja revogada. Lei de Introdução às Normas do Direito Brasileiro (LINDB) Trata-se de um exemplo de situação na qual a norma perdeu a validade e a vigência, mas conservou o vigor, visto que entre as partes do contrato a lei inválida e sem vigência continua a ter vigor (Ultratividade = vigor sem vigência). Lei de Introdução às Normas do Direito Brasileiro (LINDB) Integração frente às lacunas: analogia, costume, princípios gerais de direito e equidade; Eficácia da lei no tempo (Vacatio legis); Eficácia da lei no espaço: uma sentença estrangeira pode ter aplicação em território nacional, desde que seja homologada pelo STJ. Lei de Introdução às Normas do Direito Brasileiro (LINDB) Lei de Introdução às Normas do Direito Brasileiro (LINDB) Revogação: ab rogação (total) ou derrogação (parcial). Expressa ou Tácita (incompatibilidade entre dos textos de lei). Repristinação: quando uma norma revogada volta a valer no caso de revogação da sua revogadora. Por determinação da lei revogadora. Efeito repristinatório: controle de constitucionalidade que reconhece nula a lei revogadora. Questões de Fixação – Certo ou Errado? O direito brasileiro veda o denominado efeito repristinatório das normas, mesmo que previsto expressamente, de modo que uma lei nova não pode prever a recuperação da vigência de lei já revogada.
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