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Powerpoint - Psicopatologia II

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Psicopatologia II 
Professora Rosane de Albuquerque Costa
Aula I – Ansiedade Normal e Patológica
Aula I – Ansiedade Normal e Ansiedade Patológica
A ansiedade é uma resposta habitual do ser humano ao meio em que vive e às situações experimenta. 
A ansiedade possui uma função adaptativa. 
A sensação de ansiedade prepara o indivíduo para situações que podem ser difíceis. 
 
Aula I – Ansiedade Normal e Ansiedade Patológica
Ao se preparar para tais situações, a chance de sucesso pode aumentar. 
A ansiedade adverte o organismo a respeito de possíveis perigos, sejam eles físicos (dor, cansaço, esforço, ferimentos) ou psicológicos (impotência, punição, frustração, separação). 
A ansiedade permite ao indivíduo providenciar o que é necessário para evitar o perigo ou a ameaça, ou reduzir suas consequências. 
Aula I – Ansiedade Normal e Patológica
Temos muitos exemplo de como a ansiedade ajuda a nós preparar para situações difíceis: uma prova, um concurso, uma festa.
A ansiedade faz com que as pessoas se preparem e se dediquem, com o objetivo de evitar qualquer situação de desconforto.
Aula I – Ansiedade Normal e Patológica
 Medidas tomadas em função da ansiedade não irão garantir o sucesso, mas minimizarão a chance de não o serem. 
A ansiedade não é, por si só, uma condição negativa. 
Ela se torna negativa quando passa a ser patológica.
Aula I – Ansiedade Normal e Patológica
A Psiquiatria aponta que há um “grau” de ansiedade normal e que tem função adaptativa, o que remete, novamente, à perspectiva biológica.
 
É difícil estabelecer o limite entre a ansiedade normal e a patológica, precisar o momento em que ela passa de vantajosa para prejudicial. 
Esse é, inclusive, um conceito que varia de acordo com diferentes autores, os quais estudam os distúrbios de ansiedade.
Aula I – Ansiedade Normal e Patológica
Certo grau de ansiedade é necessário para um bom desempenho em tarefas cognitivas. 
A ansiedade muito alta pode ser inadequada, perturbando acentuadamente o desempenho. 
Conforme aumenta o grau de ansiedade de um indivíduo, o seu desempenho também vai aumentando, melhorando as chances de sucesso em determinada atividade; até que atinge um ponto a partir do qual o aumento da ansiedade passa a não ser mais associado a vantagens e, sim, a prejuízos, passando a alterar o comportamento normal do indivíduo e a afetar negativamente sua vida. 
A ansiedade patológica pode ser considerada: como uma resposta inadequada a um determinado estímulo (ou a vários estímulos, simultaneamente). Inadequada em função de sua intensidade e de sua duração (ser muito intensa e durar por muito tempo).
 Pode provocar, naqueles que a sofrem, confusão e distorções da percepção temporal, espacial - em relação a pessoas e ao significado dos acontecimentos
 A ansiedade somente deverá ser considerada patológica e, portanto, alvo de intervenção médica, quando for desproporcional às possíveis causas aparentes, muito persistente e interferir no funcionamento global do indivíduo de maneira significativa.
 A ansiedade patológica pode ser de natureza primária ou secundária. 
É primária quando representa a manifestação principal ou única do quadro clínico e secundária quando é resultado de outras doenças, de natureza psiquiátrica ou não.
 A ansiedade é um estado emocional que possui tanto componentes psicológicos (como medo persistente, preocupação, entre outros) como componentes fisiológicos (como taquicardia, tremores, palpitações, sudorese, entre outros) e que faz parte do repertório normal de experiências humanas.
 Na grande maioria das vezes, inclusive quando a ansiedade é manifestada em intensidade normal, chega mesmo a ser propulsora do desempenho. 
Passa a ser patológica, portanto, quando é desproporcional à possível causa, persiste por tempo muito maior do que o necessário, quando se repete em pequenos intervalos de tempo ou quando não existe um fato ou situação específica, para os quais seja direcionada.
Aula II – Ansiedade Patológica -Transtorno do Pânico 
Critérios Diagnósticos 300.01 (F41.0)
A. Ataques de pânico recorrentes e inesperados. Um ataque de pânico é um surto abrupto de medo
intenso ou desconforto intenso que alcança um pico em minutos e durante o qual ocorrem quatro (ou mais) dos seguintes sintomas:
Nota: O surto abrupto pode ocorrer a partir de um estado calmo ou de um estado ansioso.
 1. Palpitações, coração acelerado, taquicardia.
 2. Sudorese.
 3. Tremores ou abalos.
 4. Sensações de falta de ar ou sufocamento.
Aula II – Ansiedade Patológica – Transtorno de Pânico
 5. Sensações de asfixia.
 6. Dor ou desconforto torácico.
 7. Náusea ou desconforto abdominal.
 8. Sensação de tontura, instabilidade, vertigem ou desmaio.
 9. Calafrios ou ondas de calor.
 10. Parestesias (anestesia ou sensações de formigamento).
 11. Desrealização (sensações de irrealidade) ou despersonalização (sensação de estar distanciado de si mesmo).
 12. Medo de perder o controle ou “enlouquecer”.
 13. Medo de morrer
Aula II – Ansiedade Patológica – Transtorno de Pânico
 B. Pelo menos um dos ataques foi seguido de um mês (ou mais) de uma ou de ambas as seguintes
características:
 1. Apreensão ou preocupação persistente acerca de ataques de pânico adicionais ou sobre
suas consequências (p. ex., perder o controle, ter um ataque cardíaco, “enlouquecer”).
 2. Uma mudança desadaptativa significativa no comportamento relacionada aos ataques pânico
ex., comportamentos que têm por finalidade evitar ter ataques de pânico, como a esquiva de exercícios ou situações desconhecidas).
Aula II – Ansiedade Patológica – Transtorno do Pânico
 C. A perturbação não é consequência dos efeitos psicológicos de uma substância (p. ex., droga de abuso, medicamento) ou de outra condição médica (p. ex.,hipertireoidismo, doenças cardiopulmonares).
 D. A perturbação não é mais bem explicada por outro transtorno mental (p. ex., os ataques de pânico
não ocorrem apenas em resposta a situações sociais temidas, como no transtorno de ansiedade
social; em resposta a objetos ou situações fóbicas circunscritas, como na fobia específica;
em resposta a obsessões, como no transtorno obsessivo-compulsivo; em resposta à evocação
de eventos traumáticos, como no transtorno de estresse pós-traumático; ou em resposta à separação de figuras de apego, como no transtorno de ansiedade de separação).
Aula II – Ansiedade Patológica – Transtorno do Pânico
Características Diagnósticas
Transtorno de pânico se refere a ataques de pânico inesperados recorrentes (Critério A). 
Um ataque de pânico é um surto abrupto de medo ou desconforto intenso que alcança um pico em minutos e durante o qual ocorrem quatro ou mais de uma lista de 13 sintomas físicos e cognitivos. 
O termo recorrente significa literalmente mais de um ataque de pânico inesperado. 
O termo inesperado se refere a um ataque de pânico para o qual não existe um indício ou desencadeante óbvio no momento da ocorrência – ou seja, o ataque parece vir do nada, como quando o indivíduo está relaxando ou emergindo do sono (ataque de pânico noturno)
Aula II – Ansiedade Patológica – Transtorno do Pânico
Em contraste, os ataques de pânico esperados são ataques para os quais existe um indício ou desencadeante óbvio, como uma situação em que os ataques de pânico ocorrem geralmente. 
A determinação de os ataques de pânico serem esperados ou inesperados é feita pelo clínico, que faz esse julgamento com base na combinação de um questionamento cuidadoso quanto à sequência dos eventos que precederam ou conduziram ao ataque e do próprio julgamento do indivíduo do quanto o ataque lhe pareceu ocorrer sem razão aparente
Aula II – Ansiedade Patológica – Transtorno do Pânico
A frequência e a gravidade dos ataques de pânico variam de forma considerável. 
Em termos de frequência, pode haver ataques moderadamente frequentes (p. ex., um por semana) durante meses, pequenos surtos de ataques mais frequentes (p. ex., todos os dias) separadas por semanas, meses sem ataquesou ataques menos frequentes (p. ex., dois por mês) durante muitos anos. 
As pessoas que têm ataques de pânico infrequentes se parecem com as pessoas com ataques de pânico mais frequentes em termos de sintomas do ataque, características demográficas, comorbidade com outros transtornos, história familiar e dados biológicos. 
Aula II – Ansiedade Patológica – Transtorno do Pânico
Em termos de gravidade, os indivíduos com transtorno de pânico podem ter ataques com sintomas completos (quatro ou mais sintomas) ou com sintomas limitados (menos de quatro sintomas), e o número e o tipo de sintomas do ataque de pânico frequentemente diferem de um ataque de pânico para o seguinte. 
No entanto, é necessário mais de um ataque de pânico completo inesperado para o diagnóstico de transtorno de pânico.
Aula II – Ansiedade Patológica – Transtorno do Pânico 
As preocupações acerca dos ataques de pânico ou de suas consequências geralmente relacionam-se:
 1. A preocupações físicas, como a preocupação de que os ataques de pânico reflitam a presença de doenças ameaçadoras à vida (p. ex., doença cardíaca, transtorno convulsivo); 
2. Preocupações pessoais, como constrangimento ou medo de ser julgado negativamente pelos outros devido aos sintomas visíveis de pânico; e preocupações acerca do funcionamento mental.
 
Aula II – Ansiedade Patológica – Transtorno do Pânico 
Medo de “enlouquecer” ou perder o controle (Critério B). 
As mudanças desadaptativas no comportamento representam as tentativas de minimizar ou evitar os ataques de pânico ou suas consequências.
Os exemplos incluem a esquiva de esforço físico, reorganização da vida diária para garantir que haja ajuda disponível no caso de um ataque de pânico, restrição das atividades diárias habituais e esquiva de situações agorafóbicas, como sair de casa, usar transporte público ou fazer compras.
Aula II – Ansiedade Patológica – Transtorno do Pânico
Prevalência
Na população em geral, a estimativa de prevalência de 12 meses para o transtorno de pânico nos Estados Unidos e em vários países europeus é de 2 a 3% em adultos e adolescentes. 
. A diferenciação de gênero ocorre na adolescência e já é observável antes dos 14 anos de idade. 
Embora ocorram ataques de pânico em crianças, a prevalência geral do transtorno é baixa antes dos 14 anos (< 0,4%).
 
Aula II – Ansiedade Patológica – Transtorno do Pânico
As taxas do transtorno apresentam aumento gradual durante a adolescência, em particular no sexo feminino, e possivelmente após o início da puberdade, e alcançam seu pico durante a idade adulta.
 As taxas de prevalência declinam em indivíduos mais velhos (0,7% em adultos acima de 64 anos), refletindo, de modo provável, a diminuição na gravidade até níveis subclínicos.
Aula II – Ansiedade Patológica – Transtorno do Pânico
Desenvolvimento e Curso
O curso habitual, se o transtorno não é tratado, é crônico, mas com oscilações. 
Alguns indivíduos podem ter surtos episódicos com anos de remissão entre eles, e outros podem ter sintomatologia grave contínua. 
Apenas uma minoria dos indivíduos tem remissão completa sem recaída subsequente no espaço de poucos anos. 
O curso do transtorno de pânico geralmente é complicado por uma variedade de outros transtornos, em particular outros transtornos de ansiedade, transtornos depressivos e transtornos por uso de substâncias (ver a seção “Comorbidade” para esse transtorno).
Aula II – Ansiedade Patológica – Transtorno do Pânico
Como nos adultos, o transtorno de pânico em adolescentes tende a ter um curso crônico e é frequentemente comórbido com outros transtornos de ansiedade, transtorno depressivo e transtorno bipolar. 
Até o momento, não foram encontradas diferenças na apresentação clínica entre adolescentes e adultos. 
Aula II – Ansiedade Patológica – Ataque de Pânico
 Os sintomas são apresentados com o propósito de identificação de um ataque de pânico;
no entanto, o ataque de pânico não é um transtorno mental e não pode ser codificado. 
Os ataques de pânico podem ocorrer no contexto de um transtorno de ansiedade, além de outros transtornos mentais (p. ex., transtornos depressivos, transtorno de estresse pós-traumático, transtornos por uso de substâncias) e algumas condições médicas (p. ex., cardíaca, respiratória, vestibular, gastrintestinal). 
Aula II – Ansiedade Patológica – Ataque de Pânico
Quando a presença de um ataque de pânico é identificada, ela deve ser anotada como um especificador (p. ex., “transtorno de estresse pós-traumático com ataques de pânico”).
 Para transtorno de pânico, a presença de ataque de pânico está inclusa nos critérios diagnósticos, e o ataque de pânico não é usado como especificador. 
Um surto abrupto de medo ou de desconforto intenso que alcança um pico em minutos e durante o qual ocorrem quatro (ou mais) dos seguintes sintomas:
Aula II – Ansiedade Patológica – Ataque de Pânico
 O surto abrupto pode ocorrer a partir de um estado calmo ou de um estado ansioso.
1. Palpitações, coração acelerado ou taquicardia.
2. Sudorese.
3. Tremores ou abalos.
4. Sensações de falta de ar ou sufocamento.
5. Sensações de asfixia.
6. Dor ou desconforto torácico.
7. Náusea ou desconforto abdominal.
8. Sensação de tontura, instabilidade, vertigem ou desmaio.
9. Calafrios ou ondas de calor
Aula II – Ansiedade Patológica – Ataque de Pânico
10. Desrealização (sensações de irrealidade) ou despersonalização (sensação de estar distanciado de si mesmo).
11. Medo de perder o controle ou “enlouquecer”.
12. Medo de morrer
Aula II – Ansiedade Patológica – Ataque de Pânico
Características
A característica essencial de um ataque de pânico é um surto abrupto de medo ou desconforto intenso que alcança um pico em minutos e durante a qual ocorrem quatro ou mais dos 13 sintomas físicos e cognitivos. 
Onze desses sintomas são físicos (p. ex., palpitações, sudorese), enquanto dois são cognitivos (medo de perder o controle ou enlouquecer, medo de morrer).
 "Medo de enlouquecer" é um coloquialismo usado com frequência por indivíduos com ataques de pânico e não tem a pretensão de ser um termo pejorativo ou diagnóstico. 
A expressão em minutos significa que o tempo para atingir o pico de intensidade é literalmente uns poucos minutos. 
Aula II – Ansiedade Patológica – Ataque de Pânico
O pânico pode se originar a partir de um estado calmo ou de um estado ansioso, e o tempo para alcançar o pico de intensidade deve ser avaliado independentemente da ansiedade precedente.
O início do ataque de pânico é o ponto no qual existe um aumento abrupto no desconforto, e não o ponto em que a ansiedade começou a se desenvolver. Da mesma forma, um ataque de pânico pode retornar a um estado ansioso ou a um estado calmo e possivelmente ter outro pico.
Aula II – Ansiedade Patológica – Ataque de Pânico
Um ataque de pânico é diferenciado de ansiedade persistente por seu tempo até o pico de intensidade, que ocorre em minutos; sua natureza distinta; e sua gravidade geralmente maior. 
Os ataques que satisfazem todos os outros critérios, mas têm menos de quatro sintomas físicos e/ou cognitivos, são denominados ataques com sintomas limitados.
Aula II – Ansiedade Patológica – Transtorno de Pânico com Agorafobia
Critérios Diagnósticos 300.22 (F40.00)
A. Medo ou ansiedade marcantes acerca de duas (ou mais) das cinco situações seguintes:
1. Uso de transporte público (p. ex., automóveis, ônibus, trens, navios, aviões).
2. Permanecer em espaços abertos (p. ex., áreas de estacionamentos, mercados, pontes).
3. Permanecer em locais fechados (p. ex., lojas, teatros, cinemas).
4. Permanecer em uma fila ou ficar em meio a uma multidão.
5. Sair de casa sozinho.
Aula II – Ansiedade Patológica – Transtorno de Pânico com Agorafobia
Critérios Diagnósticos 300.22 (F40.00)
B. O indivíduo tem medo ou evita essas situações devido a pensamentos de que pode ser difícil escapar ou de que o auxílio pode não estar disponível no caso de desenvolver sintomas do tipo pânico ou outros sintomas incapacitantes ou constrangedores (medo de cair nos idosos;medo de incontinência).
C. As situações agorafóbicas quase sempre provocam medo ou ansiedade.
D. As situações agorafóbicas são ativamente evitadas, requerem a presença de uma companhia ou são suportadas com intenso medo ou ansiedade.
Aula II – Ansiedade Patológica – Transtorno de Pânico com Agorafobia
Critérios Diagnósticos 300.22 (F40.00)
 E. O medo ou ansiedade é desproporcional ao perigo real apresentado pelas situações agorafóbicas e ao contexto sociocultural.
F. O medo, ansiedade ou esquiva é persistente, geralmente durando mais de seis meses.
Aula II – Ansiedade Patológica – Transtorno de Pânico com Agorafobia
G. O medo, ansiedade ou esquiva causa sofrimento clinicamente significativo ou prejuízo no funcionamento social, profissional ou em outras áreas importantes da vida do indivíduo.
H. Se outra condição médica (p. ex. doença inflamatória intestinal, doença de Parkinson) está presente, o medo, ansiedade ou esquiva é claramente excessivo.
Aula II – Ansiedade Patológica – Transtorno de Pânico com Agorafobia
Critérios Diagnósticos 300.22 (F40.00)
I. O medo, ansiedade ou esquiva não é mais bem explicado pelos sintomas de outro transtorno mental - por exemplo, os sintomas não estão restritos a fobia específica, tipo situacional; não envolvem apenas situações sociais (como no transtorno de ansiedade social); e não estão relacionados exclusivamente a obsessões (como no transtorno obsessivo compulsivo), percepção de defeitos ou falhas na aparência física (como no transtorno dismórfico corporal) ou medo de separação (como no transtorno de ansiedade de separação).
A agorafobia é diagnosticada independentemente da presença de transtorno de pânico. Se a apresentação de um indivíduo satisfaz os critérios para transtorno de pânico e agorafobia, ambos os diagnósticos devem ser dados.
Aula III – Transtorno de Ansiedade – Fobia Específica 
Critérios Diagnósticos
A. Medo ou ansiedade acentuados acerca de um objeto ou situação (p. ex., voar, alturas, animais, tomar uma injeção, ver sangue).
Em crianças, o medo ou ansiedade pode ser expresso por choro, ataques de raiva, imobilidade ou comportamento de agarrar-se.
B. O objeto ou situação fóbica quase invariavelmente provoca uma resposta imediata de medo ou ansiedade.
Aula III – Transtorno de Ansiedade – Fobia Específica 
 0 objeto ou situação fóbica é ativamente evitado ou suportado com intensa ansiedade ou sofrimento.
O medo ou ansiedade é desproporcional em relação ao perigo real imposto pelo objeto ou situação específica e ao contexto sociocultural.
O medo, ansiedade ou esquiva é persistente, geralmente com duração mínima de seis meses.
O medo, ansiedade ou esquiva causa sofrimento clinicamente significativo ou prejuízo no funcionamento social, profissional ou em outras áreas importantes da vida do indivíduo.
Aula III – Transtorno de Ansiedade – Fobia Específica 
G. A perturbação não é mais bem explicada pelos sintomas de outro transtorno mental, incluindo medo, ansiedade e esquiva de situações associadas a sintomas do tipo pânico ou outros sintomas incapacitantes (como na agorafobia); objetos ou situações relacionados a obsessões (como no transtorno obsessivo-compulsivo); evocação de eventos traumáticos (como nos Transtornos de Ansiedade de estresse pós-traumático); separação de casa ou de figuras de apego (como no transtorno de ansiedade de separação); ou situações sociais (como no transtorno de ansiedade social).
Aula III – Transtorno de Ansiedade – Fobia Específica 
Código baseado no estímulo fóbico:
300.29 (F40.218) Animal (p. ex., aranhas, insetos, cães).
300.29 (F40.228) Ambiente natural (p. ex., alturas, tempestades, água).
300.29 (F40.23x) Sangue-injeção-ferimentos (p. ex., agulhas, procedimentos médicos invasivos).
 
Aula III – Transtorno de Ansiedade – Fobia Específica 
F40.230 medo de sangue; 
F40.231 medo de injeções e transfusões; 
F40.232 medo de outros cuidados médicos; ou F40.233 medo de ferimentos.
300.29 (F40.248) Situacional (p. ex., aviões, elevadores, locais fechados).
300.29 (F40.298) Outro (p. ex., situações que podem levar a asfixia ou vômitos; em crianças.
ex., sons altos ou personagens vestidos com trajes de fantasia).
Aula III – Transtorno de Ansiedade – Fobia Específica 
Características Associadas que Apoiam o Diagnóstico
Os indivíduos com fobia específica geralmente experimentam aumento na excitabilidade autonômica pela antecipação ou durante a exposição a um objeto ou situação fóbica. 
 A resposta fisiológica à situação ou ao objeto temidos varia. 
 Os indivíduos com fobias específicas situacionais, de ambiente natural e de animais têm probabilidade de apresentar excitabilidade aumentada do sistema nervoso simpático, aqueles com fobia específica a sangue injeção-ferimentos frequentemente demonstram uma resposta de desmaio ou quase desmaio vasovagal que é marcada por breve aceleração inicial do ritmo cardíaco e elevação da pressão arterial seguida por desaceleração do ritmo cardíaco e queda na pressão arterial. 
Aula III – Transtorno de Ansiedade – Fobia Específica 
Desenvolvimento e Curso
Ocasionalmente, a fobia específica se desenvolve após um evento traumático (p. ex., ser atacado por um animal ou ficar preso no elevador), por observação de outras pessoas que passam por um evento traumático (p. ex., ver alguém se afogar), por um ataque de pânico inesperado na situação a ser temida (p. ex., um ataque de pânico inesperado no metrô) ou por transmissão de informações (p. ex., ampla cobertura da mídia de um acidente aéreo). 
Entretanto, muitas pessoas com fobia específica não conseguem se lembrar da razão para o início de suas fobias. 
A fobia específica geralmente se desenvolve no início da infância, com a maioria dos casos se estabelecendo antes dos 10 anos de idade. 
Aula III – Transtorno de Ansiedade – Fobia Específica 
A idade média de início situa-se entre 7 e 11 anos, com a média aproximadamente aos 10 anos. 
As fobias específicas situacionais tendem a ter uma idade mais tardia de início em comparação às fobias específicas de ambiente natural, animais ou sangue- injeção-ferimentos. 
As fobias específicas que se desenvolvem na infância e na adolescência têm probabilidade de apresentar recidivas e remissões durante esse período. 
Aquelas que persistem até a idade adulta provavelmente não terão remissão na maioria dos indivíduos
Aula III – Transtorno de Ansiedade – Fobia Específica 
Fatores de Risco e Prognóstico
Temperamentais. 
Os fatores de risco temperamentais para fobia específica, como afetividade negativa (neuroticismo) ou inibição comportamental, também são fatores de risco para outros transtornos de ansiedade.
Aula III – Transtorno de Ansiedade – Fobia Específica 
Fatores de Risco e Prognóstico
Ambientais. Os fatores de risco ambientais para fobias específicas, como superproteção, perda e separação parentais e abuso físico e sexual, também tendem a predizer outros transtornos de ansiedade.
Conforme observado anteriormente, encontros negativos ou traumáticos com o objeto ou situação temidos ocasionalmente (mas nem sempre) precedem o desenvolvimento de fobia específica-Fobia Específica 
Aula III – Transtorno de Ansiedade – Fobia Específica 
Fatores de Risco e Prognóstico
Genéticos e fisiológicos. Pode haver suscetibilida.de genética para certa categoria de fobia específica (p. ex., um indivíduo com um parente de primeiro grau com uma fobia específica de animais tem probabilidade significativamente maior de ter a mesma fobia específica do que qualquer outra categoria de fobia). 
Indivíduos com fobia de sangue-injeção-ferimentos apresentam propensão peculiar a síncope vasovagal (desmaio) na presença de estímulos fóbicos
Aula III - Transtorno de Ansiedade Social (Fobia Social)
Critérios Diagnósticos 300.23 (F40.10)
A. Medo ou ansiedade acentuados acerca de uma ou mais situações sociais em que o indivíduo é exposto a possível avaliação por outras pessoas. 
Exemplos incluem interações sociais (p. ex., manter uma conversa, encontrar pessoas que não são familiares),ser observado (p. ex., comendo ou bebendo) e situações de desempenho diante de outros (p. ex., proferir palestras).
Em crianças, a ansiedade deve ocorrer em contextos que envolvem seus pares, e não apenas em interações com adultos.
Aula III - Transtorno de Ansiedade Social (Fobia Social)
Critérios Diagnósticos 300.23 (F40.10)
B. O indivíduo teme agir de forma a demonstrar sintomas de ansiedade que serão avaliados negativamente (será humilhante ou constrangedor; provocará a rejeição ou ofenderá a outros).
C. As situações sociais quase sempre provocam medo ou ansiedade. 
 
Aula III - Transtorno de Ansiedade Social (Fobia Social)
Critérios Diagnósticos 300.23 (F40.10)
Em crianças, o medo ou ansiedade pode ser expresso chorando, com ataques de raiva, imobilidade, comportamento de agarrar-se, encolhendo-se ou fracassando em falar em situações sociais.
D. As situações sociais são evitadas ou suportadas com intenso medo ou ansiedade.
E. O medo ou ansiedade é desproporcional à ameaça real apresentada pela situação social e o contexto sociocultural. 
Aula III - Transtorno de Ansiedade Social (Fobia Social)
Critérios Diagnósticos 300.23 (F40.10)
F. O medo, ansiedade ou esquiva é persistente, geralmente durando mais de seis meses.
G. O medo, ansiedade ou esquiva causa sofrimento clinicamente significativo ou prejuízo no funcionamento social, profissional ou em outras áreas importantes da vida do indivíduo.
Aula III - Transtorno de Ansiedade Social (Fobia Social)
Critérios Diagnósticos 300.23 (F40.10)
H. O medo, ansiedade ou esquiva não é consequência dos efeitos fisiológicos de uma substância (p. ex., droga de abuso, medicamento) ou de outra condição médica.
I. O medo, ansiedade ou esquiva não é mais bem explicado pelos sintomas de outro transtorno mental, como transtorno de pânico, transtorno dismórfico corporal ou transtorno do espectro autista.
J. Se outra condição médica (p. ex., doença de Parkinson, obesidade, desfiguração por queimaduras ou ferimentos) está presente, o medo, ansiedade ou esquiva é claramente não relacionado ou é excessivo.
Aula III - Transtorno de Ansiedade Social (Fobia Social)
Especificadores
Os indivíduos com transtorno de ansiedade social do tipo somente desempenho têm preocupações com desempenho que são geralmente mais prejudiciais em sua vida profissional (p. ex., músicos, dançarinos, artistas, atletas) ou em papéis que requerem falar em público. 
Os medos de desempenho também podem se manifestar em contextos de trabalho, escola ou acadêmicos nos quais são necessárias apresentações públicas regulares. 
Aula III - Transtorno de Ansiedade Social (Fobia Social)
Especificadores
Os indivíduos com transtorno de ansiedade social somente desempenho não temem ou evitam situações sociais que não envolvam desempenho.
A característica essencial do transtorno de ansiedade social é um medo ou ansiedade acentuados ou intensos de situações sociais nas quais o indivíduo pode ser avaliado pelos outros. 
Em crianças, o medo ou ansiedade deve ocorrer em contextos com os pares, e não apenas durante interações com adultos (Critério A). 
Quando exposto a essas situações sociais, o indivíduo tem medo de ser avaliado negativamente. 
Ele tem a preocupação de que será julgado como ansioso, débil, maluco, estúpido, enfadonho, amedrontado, sujo ou desagradável. 
Aula III - Transtorno de Ansiedade Social (Fobia Social)
Especificadores
O indivíduo teme agir ou aparecer de certa forma ou demonstrar sintomas de ansiedade, tais como ruborizar, tremer, transpirar, tropeçar nas palavras, que serão avaliados negativamente pelos demais (Critério B). 
Aula III - Transtorno de Ansiedade Social (Fobia Social)
Curso e Desenvolvimento
A idade média de início do transtorno de ansiedade social nos Estados Unidos é 13 anos, e 75% dos indivíduos têm idade de início entre 8 e 15 anos. 
O transtorno ocasionalmente emerge de história infantil de inibição social ou timidez nos estudos norte-americanos e europeus. 
O início também pode ocorrer no princípio da infância. Pode se seguir a uma experiência estressante ou humilhante (p. ex., ser alvo de bullying, vomitar durante uma palestra pública) ou pode ser insidioso, desenvolvendo-se lentamente. 
Aula III - Transtorno de Ansiedade Social (Fobia Social)
Curso e Desenvolvimento
O início na idade adulta é relativamente raro e é mais provável de ocorrer após um evento estressante ou humilhante ou após mudanças na vida que exigem novos papéis sociais (p. ex., casar-se com alguém de uma classe social diferente, receber uma promoção no trabalho). 
O transtorno de ansiedade social pode diminuir depois que um indivíduo com medo de encontros se casa e pode ressurgir após o divórcio. 
Entre as pessoas que buscam atendimento clínico, o transtorno tende a ser particularmente persistente.
Aula III - Transtorno de Ansiedade Social (Fobia Social)
Fatores de Risco e Prognóstico
Temperamentais.
 Os traços subjacentes que predispõem os indivíduos ao transtorno de ansiedade social incluem inibição comportamental e medo de avaliação negativa.
Aula III - Transtorno de Ansiedade Social (Fobia Social)
Fatores de Risco e Prognóstico
Ambientais. 
Não existe um papel causal dos maus-tratos na infância ou outra adversidade psicossocial com início precoce no desenvolvimento do transtorno de ansiedade social. 
Contudo, maus-tratos e adversidades na infância são fatores de risco para o transtorno.
Aula III - Transtorno de Ansiedade Social (Fobia Social)
Fatores de Risco e Prognóstico
Genéticos e fisiológicos. 
Os traços que predispõem os indivíduos ao transtorno de ansiedade social, como inibição comportamental, são fortemente influenciados pela genérica. 
Essa influência está sujeita à interação gene-ambiente; ou seja, crianças com alta inibição comportamental são mais suscetíveis às influências ambientais, tais como um modelo socialmente ansioso por parte dos pais. 
Além disso, o transtorno de ansiedade social pode ser herdado (embora a ansiedade do tipo somente desempenho seja menos). 
Parentes de primeiro grau têm uma chance 2 a 6 vezes maior de ter o transtorno, e a propensão a ele envolve a interação de fatores específicos (p. ex., medo de avaliação negativa)
Aula IV - Transtorno de Ansiedade Generalizada
Critérios Diagnósticos 300.02 (F41.1)
 A. Ansiedade e preocupação excessivas (expectativa apreensiva), ocorrendo na maioria dos dias por pelo menos seis meses, com diversos eventos ou atividades (tais como desempenho escolar ou profissional).
B. O indivíduo considera difícil controlar a preocupação.
C. A ansiedade e a preocupação estão associadas com três (ou mais) dos seguintes seis
Aula IV - Transtorno de Ansiedade Generalizada
Critérios Diagnósticos 300.02 (F41.1)
Sintomas (com pelo menos alguns deles presentes na maioria dos dias nos últimos seis meses).
1. Inquietação ou sensação de estar com os nervos à flor da pele.
2. Fatigabilidade.
3. Dificuldade em concentrar-se ou sensações de “branco” na mente.
4. Irritabilidade.
5. Tensão muscular.
6. Perturbação do sono (dificuldade em conciliar ou manter o sono, ou sono insatisfatório e inquieto).
Aula IV - Transtorno de Ansiedade Generalizada
Critérios Diagnósticos 300.02 (F41.1)
D. A ansiedade, a preocupação ou os sintomas físicos causam sofrimento clinicamente significativo ou prejuízo no funcionamento social, profissional ou em outras áreas importantes da vida do indivíduo.
E. A perturbação não se deve aos efeitos fisiológicos de uma substância (droga de abuso, medicamento) ou a outra condição médica (p. ex., hipertireoidismo).
Aula IV - Transtorno de Ansiedade Generalizada
Características Diagnósticas
As características essenciais do transtorno de ansiedade generalizada são ansiedade e preocupação
excessivas (expectativa apreensiva) acerca de diversos eventos ou atividades. 
A intensidade, duração ou frequência da ansiedade e preocupação é desproporcional à probabilidade real ou ao impacto do evento antecipado. 
Aula IV - Transtorno de Ansiedade Generalizada
CaracterísticasDiagnósticas
O indivíduo tem dificuldade de controlar a preocupação e de evitar que pensamentos preocupantes interfiram na atenção às tarefas em questão. 
Os adultos com transtorno de ansiedade generalizada frequentemente se preocupam com circunstâncias diárias da rotina de vida, como possíveis responsabilidades no trabalho, saúde e finanças, a saúde dos membros da família, desgraças com seus filhos ou questões menores (p. ex., realizar as tarefas domésticas ou se atrasar para compromissos). 
As crianças com o transtorno tendem a se preocupar excessivamente com sua competência ou a qualidade de seu desempenho. 
Durante o curso do transtorno, o foco da preocupação pode mudar de uma preocupação para outra
Aula IV - Transtorno de Ansiedade Generalizada
Desenvolvimento e Curso
Muitos indivíduos com transtorno de ansiedade generalizada relatam que se sentem ansiosos e nervosos por toda a vida. 
A idade média de início do transtorno é 30 anos; entretanto, a idade início se estende por um período muito amplo. 
A idade média de início é mais tardia do que para outros transtornos de ansiedade. Os sintomas de preocupação e ansiedade excessivas podem ocorrer no início da vida, mas manifestam-se como um temperamento ansioso. 
O início do transtorno raramente ocorre antes da adolescência. 
Os sintomas tendem a ser crônicos e têm remissões e recidivas ao longo da vida, flutuando entre formas sindrômicas e subsindrômicas do transtorno.
 As taxas de remissão completa são muito baixas.
Aula IV - Transtorno de Ansiedade Generalizada
Fatores de Risco e Prognóstico
Temperamentais. Inibição comportamental, afetividade negativa (neuroticismo) e evitação de danos foram associadas ao transtorno de ansiedade generalizada.
Ambientais. Embora as adversidades na infância e a superproteção parental tenham sido associadas ao transtorno de ansiedade generalizada, não foram identificados fatores ambientais específicos para o transtorno ou necessários ou suficientes para fazer o diagnóstico.
Genéticos e fisiológicos. Um terço do risco de experimentar transtorno de ansiedade generalizada é genético. 
Os fatores genéticos se sobrepõem ao risco de neuroticismo e são compartilhados com outros transtornos de ansiedade e humor, particularmente o transtorno depressivo maior.
Aula IV – Transtornos Relacionados A Trauma e Estressores - Transtorno de Estresse Pós Traumático
Os transtornos relacionados a trauma e a estressores incluem transtornos nos quais a exposição a um evento traumático ou estressante está listada explicitamente como um critério diagnóstico e reúnem o transtorno de apego reativo, o transtorno de interação social desinibida, o transtorno de estresse pós-traumático (TEPT), o transtorno de estresse agudo e os transtornos de adaptação. 
Podemos Observar a relação íntima entre esses diagnósticos e transtornos dos capítulos adjacentes: transtornos de ansiedade, transtorno obsessivo-compulsivo e transtornos relacionados e transtornos dissociativos.
Aula IV – Transtornos Relacionados A Trauma e Estressores - Transtorno de Estresse Pós Traumático
Critérios Diagnósticos 309.81 (F43.10)
A. Exposição a episódio concreto ou ameaça de morte, lesão grave ou violência sexual em uma (ou mais) das seguintes formas:
1. Vivenciar diretamente o evento traumático.
2. Testemunhar pessoalmente o evento traumático ocorrido com outras pessoas.
3. Saber que o evento traumático ocorreu com familiar ou amigo próximo. Nos casos de episódio concreto ou ameaça de morte envolvendo um familiar ou amigo, é preciso que o evento tenha sido violento ou acidental.
4. Ser exposto de forma repetida ou extrema a detalhes aversivos do evento traumático (socorristas que recolhem restos de corpos humanos; policiais repetidamente expostos a detalhes de abuso infantil).
 O Critério A 4 não se aplica à exposição por meio de mídia eletrônica, televisão, filmes ou fotografias, a menos que tal exposição esteja relacionada ao trabalho.
Aula IV – Transtornos Relacionados A Trauma e Estressores - Transtorno de Estresse Pós Traumático
Critérios Diagnósticos 309.81 (F43.10)
B. Presença de um (ou mais) dos seguintes sintomas intrusivos associados ao evento traumático, começando depois de sua ocorrência:
1. Lembranças intrusivas angustiantes, recorrentes e involuntárias do evento traumático.
2. Sonhos angustiantes recorrentes nos quais o conteúdo e/ou o sentimento do sonho estão relacionados ao evento traumático.
Aula IV – Transtornos Relacionados A Trauma e Estressores - Transtorno de Estresse Pós Traumático
Critérios Diagnósticos 309.81 (F43.10)
3. Reações dissociativas (p. ex., flashbacks) nas quais o indivíduo sente ou age como se o evento traumático estivesse ocorrendo novamente. (Essas reações podem ocorrer em um continuum, com a expressão mais extrema na forma de uma perda completa de percepção do ambiente ao redor.)
4. Sofrimento psicológico intenso ou prolongado ante a exposição a sinais internos ou externos que simbolizem ou se assemelhem a algum aspecto do evento traumático.
5. Reações fisiológicas intensas a sinais internos ou externos que simbolizem ou se assemelhem a algum aspecto do evento traumático.
Aula IV – Transtornos Relacionados A Trauma e Estressores - Transtorno de Estresse Pós Traumático
Critérios Diagnósticos 309.81 (F43.10)
C. Evitação persistente de estímulos associados ao evento traumático, começando após a ocorrência do evento, conforme evidenciado por um ou ambos dos seguintes aspectos:
1. Evitação ou esforços para evitar recordações, pensamentos ou sentimentos angustiantes acerca de ou associados de perto ao evento traumático.
2. Evitação ou esforços para evitar lembranças externas (pessoas, lugares, conversas, atividades, objetos, situações) que despertem recordações, pensamentos ou sentimentos angustiantes acerca de ou associados de perto ao evento traumático.
Aula IV – Transtornos Relacionados A Trauma e Estressores - Transtorno de Estresse Pós Traumático
Critérios Diagnósticos 309.81 (F43.10)
D. Alterações negativas em cognições e no humor associadas ao evento traumático começando ou piorando depois da ocorrência de tal evento, conforme evidenciado por dois (ou mais) dos seguintes aspectos:
1. Incapacidade de recordar algum aspecto importante do evento traumático (geralmente devido a amnésia dissociativa, e não a outros fatores, como traumatismo craniano, álcool ou drogas).
2. Crenças ou expectativas negativas persistentes e exageradas a respeito de si mesmo, dos outros e do mundo (p. ex., “Sou mau”, “Não se deve confiar em ninguém”, “O mundo é perigoso”, “Todo o meu sistema nervoso está arruinado para sempre”).
Aula IV – Transtornos Relacionados A Trauma e Estressores - Transtorno de Estresse Pós Traumático
Critérios Diagnósticos 309.81 (F43.10)
 3. Cognições distorcidas persistentes a respeito da causa ou das consequências do evento traumático que levam o indivíduo a culpar a si mesmo ou os outros.
4. Estado emocional negativo persistente (p. ex., medo, pavor, raiva, culpa ou vergonha).
5. Interesse ou participação bastante diminuída em atividades significativas.
6. Sentimentos de distanciamento e alienação em relação aos outros.
7. Incapacidade persistente de sentir emoções positivas (p. ex., incapacidade de vivenciar sentimentos de felicidade, satisfação ou amor).
Aula IV – Transtornos Relacionados A Trauma e Estressores - Transtorno de Estresse Pós Traumático
Critérios Diagnósticos 309.81 (F43.10)
E. Alterações marcantes na excitação e na reatividade associadas ao evento traumático, começando ou piorando após o evento, conforme evidenciado por dois (ou mais) dos
seguintes aspectos:
Aula IV – Transtornos Relacionados A Trauma e Estressores - Transtorno de Estresse Pós Traumático
Critérios Diagnósticos 309.81 (F43.10)
1. Comportamento irritadiço e surtos de raiva (com pouca ou nenhuma provocação) geralmente expressos sob a forma de agressão verbal ou física em relação a pessoas e objetos.
2. Comportamento imprudente ou autodestrutivo.
3. Hipervigilância.
4. Resposta de sobressaltoexagerada.
5. Problemas de concentração.
6. Perturbação do sono (p. ex., dificuldade para iniciar ou manter o sono, ou sono agitado)
Aula IV – Transtornos Relacionados A Trauma e Estressores - Transtorno de Estresse Pós Traumático
Critérios Diagnósticos 309.81 (F43.10)
F. A perturbação (Critérios B, C, D e E) dura mais de um mês.
G. A perturbação causa sofrimento clinicamente significativo e prejuízo social, profissional ou em outras áreas importantes da vida do indivíduo.
H. A perturbação não se deve aos efeitos fisiológicos de uma substância (p. ex., medicamento, álcool) ou a outra condição médica.
Determinar o subtipo:
Com sintomas dissociativos: 
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Critérios Diagnósticos 309.81 (F43.10)
sintomas persistentes ou recorrentes de:
1. Despersonalização: Experiências persistentes ou recorrentes de sentir-se separado e como se fosse um observador externo dos processos mentais ou do corpo (sensação de estar em um sonho; sensação de irrealidade de si mesmo ou do corpo ou como se estivesse em câmera lenta).
2. Desrealização: Experiências persistentes ou recorrentes de irrealidade do ambiente ao redor ( o mundo ao redor do indivíduo é sentido como irreal, onírico, distante ou distorcido).
Aula IV – Transtornos Relacionados A Trauma e Estressores - Transtorno de Estresse Pós Traumático
Características Diagnósticas
A característica essencial do transtorno de estresse pós-traumático é o desenvolvimento de sintomas característicos após a exposição a um ou mais eventos traumáticos. 
As reações emocionais ao evento traumático (p. ex., medo, desespero, horror) não fazem mais parte do Critério A. 
A apresentação clínica do TEPT varia. Em alguns indivíduos, sintomas de revivência do medo, emocionais e comportamentais podem predominar. 
Em outros, estados de humor anedônicos ou disfóricos e cognições negativas podem ser mais perturbadores. 
Em alguns outros, a excitação e sintomas reativos externalizantes são proeminentes, enquanto em outros, sintomas dissociativos predominam. Por fim, algumas pessoas exibem combinações desses padrões de sintomas.
Aula IV – Transtornos Relacionados A Trauma e Estressores - Transtorno de Estresse Pós Traumático
Características Diagnósticas
 O evento traumático pode ser revivenciado de diversas maneiras. 
É comum que a pessoa tenha lembranças recorrentes, involuntárias e intrusivas do evento (Critério Bl). 
As lembranças intrusivas no TEPT são distintas das ruminações depressivas no sentido de que só se aplicam a recordações angustiantes involuntárias e intrusivas. 
A ênfase é nas lembranças recorrentes do evento, as quais normalmente incluem componentes comportamentais sensoriais, emocionais ou fisiológicos. 
Um sintoma comum de revivência são sonhos angustiantes que repetem o evento em si ou são representativos ou relacionados tematicamente às ameaças principais envolvidas no evento traumático (Critério B2). 
A pessoa pode sofrer estados dissociativos que duram desde alguns segundos até várias horas ou até mesmo dias, durante os quais aspectos do evento são revividos e a pessoa se comporta como se o evento estivesse ocorrendo naquele momento
Aula IV – Transtornos Relacionados A Trauma e Estressores - Transtorno de Estresse Pós Traumático
B3). Esses eventos ocorrem em um continuum desde intrusões visuais ou sensoriais breves de parte do evento traumático sem perda de senso de realidade até a perda total de percepção do ambiente ao redor. Esses episódios, conhecidos como flashbacks, são geralmente breves, mas Transtorno de Estresse Põs-traumático podem estar associados a sofrimento prolongado e excitação elevada. 
No caso de crianças pequenas, a reencenação de eventos relacionados ao trauma pode aparecer na brincadeira ou em estados dissociativos. Frequentemente ocorre sofrimento psicológico intenso (Critério B4) ou reatividade fisiológica (Critério B5) quando o indivíduo é exposto a eventos precipitadores que se assemelham a ou simbolizam algum aspecto do evento traumático (p. ex., dias ventosos depois de um furacão; ver alguém parecido com o criminoso). 
Aula IV – Transtornos Relacionados A Trauma e Estressores - Transtorno de Estresse Pós Traumático
Desenvolvimento e Curso
O TEPT pode ocorrer em qualquer idade a partir do primeiro ano de vida. 
Os sintomas geralmente se manifestam dentro dos primeiros três meses depois do trauma, embora possa haver um atraso de meses, ou até anos, antes de os critérios para o diagnóstico serem atendidos. 
Existem evidências abundantes para o que o DSM-IV chamou de "início tardio", mas que agora é chamado de "expressão tardia", com o reconhecimento de que alguns sintomas normalmente se manifestam imediatamente e de que a demora está em satisfazer plenamente os critérios.
Com frequência, a reação de um indivíduo a um trauma satisfaz inicialmente os critérios para transtorno de estresse agudo imediatamente após o trauma. 
Aula IV – Transtornos Relacionados A Trauma e Estressores - Transtorno de Estresse Pós Traumático
Desenvolvimento e Curso
Os sintomas de TEPT e a predominância relativa de diferentes sintomas podem variar com o tempo. 
A duração dos sintomas também varia, com a recuperação completa em três meses ocorrendo em aproximadamente metade dos adultos, enquanto alguns indivíduos permanecem sintomáticos por mais de 12 meses e às vezes por mais de 50 anos. 
A recorrência e a intensificação dos sintomas podem ocorrer em resposta a recordações do trauma original, estressores na vida presente ou experiências de eventos traumáticos novos. 
No caso de indivíduos mais velhos, a deterioração da saúde, a piora do funcionamento cognitivo e o isolamento social podem exacerbar sintomas de TEPT.
A expressão clínica da revivência pode variar de acordo com o desenvolvimento. 
Aula IV – Transtornos Relacionados A Trauma e Estressores - Transtorno de Estresse Pós Traumático
Fatores de Risco e Prognóstico
Os fatores de risco (e de proteção) geralmente são divididos em fatores pré-traumáticos, peritraumáticos e pós-traumáticos.
Fatores pré-traumáticos
Temperamentais. Incluem problemas emocionais na infância até os 6 anos de idade (traumática pregressa, problemas de ansiedade ou externalizações) e transtornos mentais prévios ( transtorno de pânico, transtorno depressivo, TEPT ou transtorno obsessivo compulsivo (TOC).
Ambientais. Incluem status socioeconômico mais baixo; grau de instrução inferior; exposição anterior a trauma (especialmente durante a infância); adversidades na infância (privação econômica, disfunção familiar, separação ou morte dos pais). 
Genéticos e fisiológicos. Incluem gênero feminino e idade mais jovem no momento da exposição ao trauma (para adultos). Alguns genótipos podem ser ou protetores, ou promotores do risco de desenvolver TEPT depois da exposição a eventos traumáticos.
Aula IV – Transtornos Relacionados A Trauma e Estressores - Transtorno de Estresse Pós Traumático
Fatores de Risco e Prognóstico
 Fatores peritraumáticos
Ambientais. Incluem gravidade (dose) do trauma (quanto maior a magnitude do trauma, maior a probabilidade de TEPT), ameaça percebida à vida, lesão pessoal, violência interpessoal (particularmente trauma perpetrado por um cuidador ou envolvendo uma ameaça presenciada a
Fatores pós-traumáticos
Temperamentais. Incluem avaliações negativas, estratégias de enfrentamento inapropriadas e desenvolvimento de transtorno de estresse agudo.
Ambientais. Incluem exposição subsequente a lembranças desagradáveis repetidas, eventos de vida adversos subsequentes e perdas financeiras ou outras perdas relacionadas ao trauma. 
O apoio social (incluindo estabilidade familiar para crianças) é um fator protetor que modera a evolução depois do trauma
Aula V - Transtorno Obsessivo compulsivo e Transtornos
Relacionados
O TOC é caracterizado pela presença de obsessões e/ou compulsões.
 Obsessões são pensamentos impulsos ou imagens recorrentes e persistentes que são vivenciados como intrusivose indesejados, enquanto compulsões são comportamentos repetitivos ou atos mentais que um indivíduo se sente compelido a executar em resposta a uma obsessão ou de acordo com regras que devem ser aplicadas rigidamente. 
Alguns outros transtornos obsessivo-compulsivos e transtornos relacionados também são caracterizados por preocupações e por comportamentos repetitivos ou atos mentais em resposta a preocupações. 
Outros transtornos obsessivo-compulsivos e transtornos relacionados são caracterizados principalmente por comportamentos repetitivos recorrentes focados no corpo (arrancar os cabelos, beliscar a pele) e tentativas repetidas de reduzi-los ou pará-los.
Aula V - Transtorno Obsessivo compulsivo e Transtornos Relacionados
A inclusão de um capítulo sobre os transtornos obsessivo-compulsivos e transtornos relacionados no DSM-5 reflete as crescentes evidências da relação desses transtornos entre si em termos de uma gama de validadores diagnósticos, bem como a utilidade clínica de agrupá-los em um mesmo capítulo. 
Os clínicos são encorajados a avaliar essas condições em indivíduos que se apresentam com uma delas e a terem conhecimento das sobreposições existentes entre elas. 
Aula V - Transtorno Obsessivo compulsivo e Transtornos Relacionados
Há diferenças importantes nos validadores diagnósticos e nas abordagens de tratamento entre esses transtornos. 
Existem relações íntimas entre os transtornos de ansiedade e alguns dos transtornos obsessivo-compulsivos e transtornos relacionados (p. ex., TOC), o que se reflete na sequência dos capítulos do DSM-5, com os transtornos obsessivo-compulsivos e transtornos relacionados vindo logo após os transtornos de ansiedade.
Aula V - Transtorno Obsessivo compulsivo e Transtornos Relacionados
Os transtornos obsessivo-compulsivos e transtornos relacionados diferem das preocupações e rituais típicos das diferentes fases de desenvolvimento por serem excessivos e persistirem além dos períodos apropriados ao nível de desenvolvimento.
 A distinção entre a presença de sintomas subclínicos e um transtorno clínico requer a avaliação de inúmeros fatores, incluindo o nível de sofrimento do indivíduo e o prejuízo no funcionamento.
Aula V - Transtorno Obsessivo compulsivo e Transtornos Relacionados
Embora o conteúdo específico das obsessões e compulsões varie entre os indivíduos; certas dimensões dos sintomas são comuns no TOC, incluindo:
1. De limpeza (obsessões por contaminação e compulsões por limpeza); 
2. Simetria (obsessões por simetria e compulsões de repetição, organização e contagem); 
3. Pensamentos proibidos ou tabus (p. ex., obsessões agressivas, sexuais e religiosas e compulsões relacionadas); 
4. Ferimentos (p. ex., medo de ferir a si mesmo ou aos outros e compulsões de verificação relacionadas). 
Aula V - Transtorno Obsessivo compulsivo 
Critérios Diagnósticos 300.3 (F42)
A. Presença de obsessões, compulsões ou ambas:
Obsessões são definidas por (1) e (2):
1. Pensamentos, impulsos ou imagens recorrentes e persistentes que, em algum momento durante a perturbação, são experimentados como intrusivos e indesejados e que, na maioria dos indivíduos, causam acentuada ansiedade ou sofrimento.
2. O indivíduo tenta ignorar ou suprimir tais pensamentos, impulsos ou imagens ou neutralizá-los com algum outro pensamento ou ação.
Aula V - Transtorno Obsessivo compulsivo 
Critérios Diagnósticos 300.3 (F42)
As compulsões são definidas por (1) e (2):
1. Comportamentos repetitivos (p. ex., lavar as mãos, organizar, verificar) ou atos mentais (p. ex., orar, contar ou repetir palavras em silêncio) que o indivíduo se sente compelido a executar em resposta a uma obsessão ou de acordo com regras que devem ser rigidamente aplicadas.
2. Os comportamentos ou os atos mentais visam prevenir ou reduzir a ansiedade ou o sofrimento ou evitar algum evento ou situação temida; entretanto, esses comportamentos ou atos mentais não têm uma conexão realista com o que visam neutralizar ou evitar ou são claramente excessivos.
Aula V - Transtorno Obsessivo compulsivo 
Critérios Diagnósticos 300.3 (F42)
B. As obsessões ou compulsões tomam tempo (p. ex., tomam mais de uma hora por dia) ou causam sofrimento clinicamente significativo ou prejuízo no funcionamento social, profissional ou em outras áreas importantes da vida do indivíduo.
C. Os sintomas obsessivo-compulsivos não se devem aos efeitos fisiológicos de uma substância (droga de abuso, medicamento) ou a outra condição médica.
D. A perturbação não é mais bem explicada pelos sintomas de outro transtorno mental (p. ex., preocupações excessivas, como no transtorno de ansiedade generalizada; preocupação com a aparência, como no transtorno dismórfico corporal; dificuldade de descartar ou se desfazer de pertences, como no transtorno de acumulação; arrancar os cabelos, como na tricotilomania [transtorno de arrancar o cabelo]; beliscar a pele, como no transtorno de escoriação [skin-picking]’
Aula V - Transtorno Obsessivo compulsivo 
Critérios Diagnósticos 300.3 (F42)
Comportamento alimentar ritualizado, como nos transtornos alimentares; preocupação com substâncias ou jogo, como nos transtornos relacionados a substâncias e transtornos aditivos; preocupação com ter uma doença, como no transtorno de ansiedade de doença; impulsos ou fantasias sexuais, como nos transtornos parafílicos; impulsos, como nos transtornos disruptivos, do controle de impulsos e da conduta; ruminações de culpa, como no transtorno depressivo maior; inserção de pensamento ou preocupações delirantes, como nos transtornos do espectro da esquizofrenia e outros transtornos psicóticos; ou padrões repetitivos de comportamento, como no transtorno do espectro autista).
Aula V - Transtorno Obsessivo compulsivo 
Características Diagnósticas
0 sintoma característico do TOC é a presença de obsessões e compulsões (Critério A).
Obsessões são pensamentos repetitivos e persistentes (p. ex., de contaminação), imagens (p. ex., de cenas violentas ou horrorizantes) ou impulsos (p. ex., apunhalar alguém). 
É importante observar que as obsessões não são prazerosas ou experimentadas como voluntárias: são intrusivas e indesejadas e causam acentuado sofrimento ou ansiedade na maioria das pessoas. 
O indivíduo tenta ignorá-las ou suprimi-las (p. ex., evitando os desencadeantes ou usando a supressão do pensamento) ou neutralizá-las com outro pensamento ou ação (p. ex., executando uma compulsão). Compulsões (ou rituais) são comportamentos repetitivos (p. ex., lavar, verificar) ou atos mentais (p. ex., contar, repetir palavras em silêncio) que o indivíduo se sente compelido a executar em resposta a uma obsessão ou de acordo com regras que devem ser aplicadas rigidamente. 
A maioria das pessoas com TOC tem obsessões e compulsões. 
As compulsões são geralmente executadas em resposta a uma obsessão (p. ex., pensamentos de contaminação levando a rituais de lavagem ou pensamentos de que alguma coisa está incorreta levando à repetição de rituais até parecer "direita" (just right)]. 
O objetivo é reduzir o sofrimento desencadeado pelas obsessões ou evitar um evento temido (p. ex., ficar doente). 
Aula V - Transtorno Obsessivo compulsivo 
Desenvolvimento e Curso
Nos Estados Unidos, a idade média de início do TOC é 19,5 anos, e 25% dos casos iniciam-se até os 14 anos de idade. 
O início após os 35 anos é incomum, mas ocorre. Indivíduos do sexo masculino têm idade mais precoce de início do que os do sexo feminino: cerca de 25% dos homens têm o transtorno antes dos 10 anos. 
O início dos sintomas é geralmente gradual; entretanto, um início agudo também tem sido relatado
Aula V - Transtorno Obsessivo compulsivo 
Fatores de Risco e Prognóstico
Temperamentais. Mais sintomas internalizantes, afetividade negativa mais alta e inibição do comportamento na infância são possíveis fatores de risco temperamentais.
Ambientais. Abuso físico e sexual na infância e outros eventos estressantes ou traumáticos foram associados a um risco aumentado para o desenvolvimento de TOC. 
Algumas crianças podem desenvolvero início abrupto de sintomas obsessivo-compulsivos, o que foi associado a diferentes fatores ambientais, incluindo vários agentes infecciosos e uma síndrome autoimune pósinfecciosa.240 Transtorno
Genéticos e fisiológicos. A taxa de TOC entre parentes de primeiro grau de adultos com o transtorno é aproximadamente duas vezes a de parentes de primeiro grau daqueles sem o transtorno; no entanto, entre os parentes de primeiro grau de indivíduos com início de TOC na infância ou adolescência, a taxa é aumentada em 10 vezes.
Aula V – Transtorno Obsessivo Compulsivo -Transtorno Dismórfico Corporal
 
Critérios Diagnósticos 300.7 (F45.22)
A. Preocupação com um ou mais defeitos ou falhas percebidas na aparência física que não são observáveis ou que parecem leves para os outros.
B. Em algum momento durante o curso do transtorno, o indivíduo executou comportamentos repetitivos (verificar-se no espelho, arrumar-se excessivamente, beliscar a pele, buscar tranquilidade) ou atos mentais (p. ex., comparando sua aparência com a de outros) em resposta às preocupações com a aparência.
C. A preocupação causa sofrimento clinicamente significativo ou prejuízo no funcionamento social, profissional ou em outras áreas importantes da vida do indivíduo.
D. A preocupação com a aparência não é mais bem explicada por preocupações com a gordura ou o peso corporal em um indivíduo cujos sintomas satisfazem os critérios diagnósticos para um transtorno alimentar.
Aula V – Transtorno Obsessivo Compulsivo -Transtorno Dismórfico Corporal
Características Diagnósticas
Os indivíduos com transtorno dismórfico corporal (anteriormente conhecido como dismorfofobia) são preocupados com um ou mais defeitos ou falhas percebidas em sua aparência física, que acreditam parecer feia, sem atrativos, anormal ou deformada (Critério A). 
As falhas percebidas não são observáveis ou parecem apenas leves para outros indivíduos.
 As preocupações variam desde parecer "sem atrativos" ou "não adequado" até parecer "hediondo" ou "como um monstro". 
Aula V – Transtorno Obsessivo Compulsivo -Transtorno Dismórfico Corporal
Características Diagnósticas
Podem focar em uma ou mais áreas do corpo, mais comumente a pele (p. ex., percepção de acne, cicatrizes, rugas, palidez), os pelos (p. ex., cabelo "escasso" ou pelo corporal ou facial "excessivo") ou o nariz (p. ex., o tamanho ou formato). 
Qualquer área do corpo pode ser foco de preocupação (p. ex., olhos, dentes, peso, estômago, mamas, pernas, tamanho ou formato do rosto, lábios, queixo, sobrancelhas, genitais). 
Algumas pessoas são preocupadas com a percepção de assimetria de áreas corporais. 
As preocupações são intrusivas, indesejadas, tomam tempo (ocorrendo, em média, de 3 a 8 horas por dia) e geralmente são difíceis de resistir ou controlar.
Aula V – Transtorno Obsessivo Compulsivo -Transtorno Dismórfico Corporal
Características Diagnósticas
 A dismorfia muscular, uma forma de transtorno dismórfico corporal que ocorre quase exclusivamente no sexo masculino, consiste na preocupação com a ideia de que o próprio corpo é muito pequeno ou insuficientemente magro ou musculoso. 
Os indivíduos com essa forma de transtorno, na verdade, têm uma aparência corporal normal ou são ainda mais musculosos. 
Eles também podem ser preocupados com outras áreas do corpo, como a pele ou o cabelo. A maioria (mas não todos) faz dieta, exercícios e/ou levanta pesos excessivamente, às vezes causando danos ao corpo.
Alguns usam esteroides anabolizantes perigosos e outras substâncias para tentar deixar seu corpo maior e mais musculoso. 
O transtorno dismórfico corporal por procuração é uma forma de transtorno dismórfico corporal em que os indivíduos são preocupados com defeitos que eles percebem na aparência de outra pessoa.
Aula V – Transtorno Obsessivo Compulsivo -Transtorno Dismórfico Corporal
Desenvolvimento e Curso
A média de idade de início do transtorno é 16 a 17 anos, a mediana de idade de início é 15 anos, e a idade mais comum de início é 12 a 13 anos. 
Dois terços dos indivíduos têm início do transtorno antes dos 18 anos. 
Os sintomas subclínicos do transtorno dismórfico corporal começam, em média, aos 12 ou 13 anos.
 As preocupações subclínicas geralmente se desenvolvem de forma gradual até o transtorno completo, embora alguns indivíduos experimentem o início abrupto do transtorno. 
Aula V – Transtorno Obsessivo Compulsivo -Transtorno Dismórfico Corporal
Desenvolvimento e Curso
O transtorno dismórfico corporal parece ser crônico, embora uma melhora seja provável quando é feito tratamento baseado em evidências. 
As características clínicas do transtorno parecem, em grande parte, similares em crianças/adolescentes e adultos.
O transtorno também ocorre em idosos, mas pouco é sabido a seu respeito nessa faixa etária. 
Os indivíduos com início do transtorno antes dos 18 anos têm maior probabilidade de tentar suicídio, de apresentar mais comorbidade e de ter início gradual do transtorno (em vez de agudo) do que aqueles com transtorno dismórfico corporal com início na idade adulta
Aula V – Transtorno Obsessivo Compulsivo -Transtorno Dismórfico Corporal
Fatores de Risco e Prognóstico
Ambientais. 
O transtorno dismórfico corporal foi associado a altas taxas de negligência e abuso infantil.
Genéticos e fisiológicos. 
A prevalência de transtorno dismórfico corporal é elevada em parentes de primeiro grau de indivíduos com TOC.
Aula V – Transtorno Obsessivo Compulsivo - Transtorno de Acumulação
Critérios Diagnósticos 300.3 (F42)
A. Dificuldade persistente de descartar ou de se desfazer de pertences, independentemente do seu valor real.
B. Esta dificuldade se deve a uma necessidade percebida de guardar os itens e ao sofrimento associado a descartá-los.
C. A dificuldade de descartar os pertences resulta na acumulação de itens que congestionam e obstruem as áreas em uso e compromete substancialmente o uso pretendido. 
Se as áreas de estar não estão obstruídas, é somente devido a intervenções de outras pessoas (membros da família, funcionários de limpeza, autoridades).
D. A acumulação causa sofrimento significativo ou prejuízo no funcionamento social, profissional ou em outras áreas importantes da vida do indivíduo (incluindo a manutenção de um ambiente seguro para si e para os outros).
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Critérios Diagnósticos 300.3 (F42)
E. A acumulação não é devida a outra condição médica (p. ex., lesão cerebral, doença cerebrovascular, síndrome de Prader-Willi).
F. A acumulação não é mais bem explicada pelos sintomas de outro transtorno mental (p. ex., obsessões no transtorno obsessivo-compulsivo, energia reduzida no transtorno depressivo maior, delírios na esquizofrenia ou outro transtorno psicótico, déficits cognitivos no transtorno neurocognitivo maior, interesses restritos no transtorno do espectro autista).
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Características Diagnósticas
A característica essencial do transtorno de acumulação são as dificuldades persistentes de descartar ou se desfazer de pertences, independentemente do seu valor real (Critério A).
 O termo persistente indica uma dificuldade permanente em vez de circunstâncias vitais mais transitórias que podem levar ao acúmulo excessivo, como herdar uma propriedade. A dificuldade em descartar pertences observada no Critério A refere-se a qualquer forma de descarte, incluindo jogar fora, vender, dar ou reciclar. 
As principais razões dadas para essas dificuldades são a utilidade percebida ou o valor estético dos itens ou um forte apego sentimental aos pertences. 
Alguns indivíduos se sentem responsáveis pelo destino dos seus pertences e com frequência se esforçam muito para evitar o desperdício. 
O medo de perder informações importantes também é comum.
Os itens mais comumente guardados são jornais, revistas, roupas velhas, bolsas, livros, correspondência e papelada, mas praticamente qualquer item pode ser guardado. 
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Características Diagnósticas
 A natureza dos itens não está limitada aos pertences que a maior parte das outras pessoas definiria como inúteis ou de valor limitado. 
Muitos indivíduos juntam e também guardam muitas coisas valiosas, as quais com frequência são encontradas em pilhas misturadas com outros itens menos valiosos.
Os indivíduos com transtorno de acumulação guardam intencionalmente os pertences e experimentam sofrimento quando enfrentam a perspectiva de descartá-los (Critério B). 
Esse critério enfatiza que guardar os pertences é intencional, o que discrimina o transtorno de acumulação de outras formas de psicopatologia que são caracterizadas pela acumulação passiva de itens ou pela ausência de sofrimento quando os pertences são removidos.
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Desenvolvimento e Curso
A acumulação parece iniciar cedo na vida e estender-se até os estágios finais. Os sintomas de acumulação podem emergir inicialmente em tomo dos 11 aos 15 anos de idade, começam a interferir no funcionamento diário do indivíduo na metade da década dos 20 anos e causam prejuízo clinicamente significativo por volta da metade da década dos 30 anos. 
Os participantes de estudos de pesquisa clínica estão geralmente na década dos 50 anos. Assim, a gravidade da acumulação aumenta a cada década da vida. 
Depois de iniciados os sintomas, o curso da acumulação é com frequência crônico, com poucos indivíduos relatando um curso com remissões e recidivas.
A acumulação patológica em crianças parece ser facilmente distinguida de comportamentos de poupar e colecionar adaptativos de acordo com o nível do desenvolvimento. 
Como as crianças e os adolescentes geralmente não controlam o ambiente em que vivem e os comportamentos de descarte, a possível intervenção de outras pessoas (p. ex., os pais mantendo os espaços utilizáveis e, assim, reduzindo a interferência) deve ser considerada quando é feito o diagnóstico.
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Fatores de Risco e Prognóstico
Temperamentais. A indecisão é uma característica proeminente dos indivíduos com transtorno
de acumulação e em seus parentes de primeiro grau.
Ambientais. Os indivíduos com transtorno de acumulação com frequência relatam retrospectivamente eventos vitais estressantes e traumáticos precedendo o início do transtorno ou causando uma exacerbação.
Genéticos e fisiológicos. O comportamento de acumulação é familiar, com cerca de 50% dos indivíduos que acumulam relatando ter um parente que também acumula. 
Estudos de gêmeos indicam que aproximadamente 50% da variabilidade no comportamento de acumulação deve-se a fatores genéticos aditivos.
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Tricotilomania (Transtorno de Arrancar o Cabelo)
Critérios Diagnósticos 312.39 (F63.3)
A. Arrancar o próprio cabelo de forma recorrente, resultando em perda de cabelo.
B. Tentativas repetidas de reduzir ou parar o comportamento de arrancar o cabelo.
C. O ato de arrancar cabelo causa sofrimento clinicamente significativo ou prejuízo no funcionamento social, profissional ou em outras áreas importantes da vida do indivíduo.
D. O ato de arrancar cabelo ou a perda de cabelo não se deve a outra condição médica (uma condição dermatológica).
E. O ato de arrancar cabelo não é mais bem explicado pelos sintomas de outro transtorno mental ( tentativas de melhorar um defeito ou falha percebidos na aparência)
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Tricotilomania (Transtorno de Arrancar o Cabelo)
Características Diagnósticas
A característica essencial da tricotilomania (transtorno de arrancar o cabelo) é arrancar o próprio cabelo de forma recorrente (Critério A). Esse comportamento pode ocorrer em qualquer região do corpo em que crescem pelos; os locais mais comuns são o couro cabeludo, as sobrancelhas e os cílios, enquanto os menos comuns são as regiões axilar, facial, púbica. 
Os locais de onde o cabelo é arrancado podem variar com o tempo. O ato de arrancar o cabelo pode ocorrer em breves episódios distribuídos durante o dia ou durante períodos menos frequentes, porém mais intensos, que podem continuar por horas, e esse ato pode durar por meses ou anos. 
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Tricotilomania (Transtorno de Arrancar o Cabelo)
Características Diagnósticas
 O Critério A requer que arrancar cabelo leve à perda de cabelo, embora os indivíduos com esse transtorno
possa fazê-lo em um padrão bem distribuído ( puxar fios individuais dispersos), de forma que a perda de cabelo pode não ser claramente visível, ou então podem tentar esconder ou camuflar tal perda (p. ex., usando maquiagem, lenços ou perucas). 
Os indivíduos com tricotilomania já fizeram repetidas tentativas de reduzir ou parar o ato de arrancar o cabelo (Critério B). O Critério C indica que arrancar o cabelo causa sofrimento clinicamente significativo ou prejuízo no funcionamento social, profissional ou em outras áreas importantes da vida do indivíduo. 
O termo sofrimento inclui afetos negativos que podem ser experimentados pelos indivíduos que arrancam
o cabelo, tais como sensação de perda de controle, constrangimento e vergonha. 
Pode ocorrer prejuízo significativo em várias áreas diferentes de funcionamento (social, profissional,
acadêmica e lazer), em parte devido à evitação do trabalho, da escola ou de outras situações
Públicas.
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Tricotilomania (Transtorno de Arrancar o Cabelo)
Desenvolvimento e Curso
O ato de arrancar o cabelo pode ser visto em bebês, e esse comportamento se resolve durante o início do desenvolvimento. 
O início do comportamento de arrancar o cabelo na tricotilomania coincide mais comumente com a puberdade ou após seu início. 
Os locais de onde o cabelo é arrancado podem variar com o tempo. 
O curso habitual da tricotilomania é crônico, com algumas remissões e recidivas se o transtorno não é tratado. 
Os sintomas podem piorar no sexo feminino, acompanhando as alterações hormonais ( menstruação, menopausa). 
Para alguns indivíduos, o transtorno pode ir e vir por semanas, meses ou anos. 
Aula V – Transtorno Obsessivo Compulsivo - 
Tricotilomania (Transtorno de Arrancar o Cabelo)
Fatores de Risco e Prognóstico
Genéticos e fisiológicos. 
Existem evidências de vulnerabilidade genética para a tricotilomania.
O transtorno é mais comum em indivíduos com TOC e em seus parentes de primeiro grau do que na população em geral.
Aula V – Transtorno Obsessivo Compulsivo - Transtorno de Escoriação (Skin-picking)
Critérios Diagnósticos 698.4 (L98.1)
A. Beliscar a pele de forma recorrente, resultando em lesões.
B. Tentativas repetidas de reduzir ou parar o comportamento de beliscar a pele.
C. O ato de beliscar a pele causa sofrimento clinicamente significativo ou prejuízo no
funcionamento social, profissional ou em outras áreas importantes da vida do indivíduo.
D. O ato de beliscar a pele não se deve aos efeitos fisiológicos de uma substância (p. ex.,
cocaína) ou a outra condição médica (p. ex., escabiose).
E. O ato de beliscar a pele não é mais bem explicado pelos sintomas de outro transtorno
mental (p. ex., delírios ou alucinações táteis em um transtorno psicótico, tentativas de
melhorar um defeito ou falha percebida na aparência no transtorno dismórfico corporal,
estereotipias no transtorno de movimento estereotipado ou intenção de causar danos a si
mesmo na autolesão não suicida).
Aula V – Transtorno Obsessivo Compulsivo - Transtorno de Escoriação (Skin-picking)
Características Diagnósticas
A característica essencial do transtorno de escoriação (skin-picking) é o beliscar recorrente da própria pele (Critério A). 
Os locais mais comumente beliscados são rosto, braços e mãos, porém muitos indivíduos beliscam múltiplas partes do corpo. Podem beliscar pele saudável, irregularidades menores na pele, lesões como espinhas ou calosidades ou cascas de lesões anteriores. 
A maioria das pessoas belisca com as unhas, embora muitas usempinças, alfinetes ou outros objetos. 
Além de beliscar a pele, pode haver comportamentos de esfregar, espremer e morder. 
OsTranstorno de Escoriação (Skin-picking) indivíduos com transtorno de escoriação frequentemente passam quantidades significativas de tempo em seu comportamento de beliscar, às vezes várias horas por dia, e esse comportamento pode durar meses ou anos. 
O Critério A requer que o beliscar a pele provoque lesões cutâneas, embora os indivíduos com o transtorno com frequência tentem esconder ou camuflar essas lesões (com maquiagem ou com roupas). 
Essas pessoas já fizeram repetidas tentativas de reduzir ou parar de beliscar a pele (Critério B).
Aula V – Transtorno Obsessivo Compulsivo - Transtorno de Escoriação (Skin-picking)
Características Diagnósticas
O Critério C indica que beliscar a pele causa sofrimento clinicamente significativo ou prejuízo no funcionamento social, profissional ou em outras áreas importantes da vida do indivíduo.
O termo sofrimento inclui afetos negativos que podem ser experimentados por aqueles que beliscam a pele, tais como sensação de perda de controle, constrangimento e vergonha. 
Pode ocorrer prejuízo significativo em várias áreas diferentes de funcionamento (p. ex., social, profissional acadêmica e lazer), em parte devido à evitação de situações sociais
Aula V – Transtorno Obsessivo Compulsivo - Transtorno de Escoriação (Skin-picking)
Características Diagnósticas
O Critério A requer que o beliscar a pele provoque lesões cutâneas, os indivíduos com o transtorno com frequência tentem esconder ou camuflar essas lesões (p. ex., com maquiagem ou com roupas). Essas pessoas já fizeram repetidas tentativas de reduzir ou parar de beliscar a pele (Critério B).
O Critério C indica que beliscar a pele causa sofrimento clinicamente significativo ou prejuízo no funcionamento social, profissional ou em outras áreas importantes da vida do indivíduo.
O termo sofrimento inclui afetos negativos que podem ser experimentados por aqueles que beliscam a pele, tais como sensação de perda de controle, constrangimento e vergonha. 
Pode ocorrer prejuízo significativo em várias áreas diferentes de funcionamento (p. ex., social, profissional acadêmica e lazer), em parte devido à evitação de situações sociais
Aula V – Transtorno Obsessivo Compulsivo - Transtorno de Escoriação (Skin-picking)
Desenvolvimento e Curso
Embora indivíduos de várias idades possam apresentar transtorno de escoriação, beliscar a pele tem seu início mais frequentemente durante a adolescência, em geral coincidindo ou logo após o início da puberdade. 
O transtorno com frequência começa com uma condição dermatológica, como acne. 
Os locais onde o indivíduo belisca a pele podem variar com o tempo. 
O curso em geral é crônico, com algumas remissões e recidivas se não tratado. Para algumas pessoas, o transtorno pode ir e vir por semanas, meses ou anos.
Aula V – Transtorno Obsessivo Compulsivo - Transtorno de Escoriação (Skin-picking)
Fatores de Risco e Prognóstico
Genéticos e fisiológicos.
 O transtorno de escoriação é mais comum em indivíduos com TOC e em membros da sua família de primeiro grau do que na população em geral.
Aula VI – Transtorno Somatoformes
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Aula IX Transtorno de Humor
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Aula XII – Transtornos Psicóticos
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